terça-feira, 17 de outubro de 2017

O Homem, O Orgulho, A Vingança

Título no Brasil: O Homem, O Orgulho, A Vingança
Título Original: L'uomo, l'orgoglio, la vendetta
Ano de Produção: 1967
País: Itália, Alemanha
Estúdio: Regal Film, Fono Roma, Constantin Film
Direção: Luigi Bazzoni
Roteiro: Luigi Bazzoni, Suso Cecchi D'Amico
Elenco: Franco Nero, Tina Aumont, Klaus Kinski
  
Sinopse:
No México do século XIX um soldado, Don José (Franco Nero), conhece a linda cigana Carmen (Tina Aumont), cuja beleza é proporcional ao perigo de se relacionar com ela. Isso porque Carmen é uma verdadeira femme fatale. Suas pretensões românticas serão colocadas à prova em duelo contra o desprezível marido de Carmen, o violento e irascível vilão Miguel Garcia (Klaus Kinski), um homem brutal que não aceita ser desafiado por absolutamente ninguém. O choque de personalidades imediatamente o colocarão em confronto direto, mais cedo ou mais tarde. Apenas o mais forte e rápido no gatilho sobreviverá.

Comentários:
Dentro do vasto universo das produções ao estilo Spaghetti Western o fã desse tipo de cinema poderá descobrir filmes realmente curiosos e interessantes. Um exemplo vem com esse "O Homem, O Orgulho, A Vingança" (que nos Estados Unidos recebeu o título de "Man, Pride & Vengeance"). O filme foi estrelado pelo eterno Django Franco Nero, mas é um erro dizer que se trata de mais um filme com o personagem. Na realidade em alguns países o material promocional do filme realmente usou o nome de Django para atrair bilheteria, porém o fato é que Nero interpretava apenas um militar (e pistoleiro) chamado Don José. Nada a ver com o Django original. O roteiro foi inspirado na ópera "Carmen", o que por si só já é uma curiosidade e tanto, algo bem diferente em se tratando de faroestes italianos. Franco Nero, já naquela época, procurava por algum tipo de material diferente, mesmo que fossem Westerns, para ser reconhecido como bom ator. Além dele o elenco tem dois óbvios atrativos. O principal deles é a presença de Klaus Kinski como um vilão louco e sádico (especialidade na carreira do ator). As melhores sequências do filme em termos de ação e atuação devem ser creditadas a Kinski que na vida real era tão insano quanto seus próprios personagens, por isso tudo acabava funcionando muito bem na tela. E para trazer beleza para a produção nada melhor do que a presença de Tina Aumont, uma das mais bonitas atrizes da época. Muitos pensavam que ela era italiana, mas não, Tina nasceu em Los Angeles, nos Estados Unidos, filha de um casal de imigrantes italianos que depois retornaram para seu país de natal. Sua familiaridade com a língua inglesa, além de sua estética sensual, lhe abriram muitas portas no cinema europeu. Por fim um detalhe curioso. A primeira versão de "L'uomo, l'orgoglio, la vendetta" foi lançada falada em alemão. Só depois surgiu a versão em italiano. No Brasil o filme foi um dos primeiros a serem exibidos dublados no cinema, fruto de seu apelo popular. A fita ficou meses em cartaz em pequenos cinemas de bairro, algo que hoje em dia infelizmente não existe mais. Foi um sucesso de bilheteria em nosso país.

Pablo Aluísio.

3 comentários:

  1. Avaliação:
    Direção: ★★★
    Elenco: ★★★
    Produção: ★★★
    Roteiro: ★★★
    Cotação Geral: ★★★
    Nota Geral: 7.0

    Cotações:
    ★★★★★ Excelente
    ★★★★ Muito Bom
    ★★★ Bom
    ★★ Regular
    ★ Ruim

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  2. Pablo, como esse filme fala em México eu me lembrei que assisti ontem Sete Homens e Um Destino. Não preciso falar que o filme e muito bom até por ser uma versão de Os Sete Samurais e também por ter Yul Brynner, Charles Bronson, Brad Dexter, Eli Wallach, James Coburn, mais outros de igual brilho no seu elenco, mas o que me chamou a atenção em um filme tão cheio de atores magníficos foi o Steve Mccqueen: como podemos viver hoje sem um ator como ele? O Steve preenche a tela, preenche o filme todo com sua presença em cena, seu jeito cool de ser e que é também cordial e integro com os companheiros e faz isso de uma forma que se todos os atores que citei não estivessem neste filme, só ele bastaria para o filme ser maravilhoso.

    Na semana passada o percursionista no meu grupo de canto disse "um cara que não deveria ter morrido é o Elvis, imagina ter ele vivo hoje?", o que eu, obviamente, concordo e acho que o Steve Mccqueen também não deveria ter morrido. Que falta a ele faz no cinema.

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  3. Grande filme. Um dos maiores clássicos do faroeste e a trilha sonora mais marcante da história. E o Steve McQueen era realmente um ator raro, de extremo carisma.

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