A grande estreia dessa semana nos cinemas é a superprodução Rogue One - Uma História Star Wars. Dirigido por Gareth Edwards o filme é mais um blockbuster com o selo Star Wars a ser lançado mundialmente pelos estúdios Disney. Como sabemos o criador da saga George Lucas vendeu há dois anos todos os direitos relativos a Star Wars para a Disney. A partir de então o estúdio tem turbinado a marca com desenhos, gibis e todo os tipos de produtos no mercado. Esse novo filme não tem ligação direta com a saga principal, mas sim inaugura uma espécie de franquia paralela. Ao custo de 150 milhões de dólares é uma aposta alta. A Disney espera que o filme vá faturar algo em torno de 1 bilhão de dólares, algo que não considero impossível. Em termos de crítica a fita vai bem. A grande maioria das críticas são positivas, demonstrando que o filme é realmente bom. O estúdio agradece já que tem planos para lançar novos filmes a cada um ou dois anos. Será uma máquina de fazer dinheiro sem precedentes.
Outro filme que está chegando nas telas é Sully - O Herói do Rio Hudson, filme que inclusive já comentei aqui no blog. Essa produção estrelada por Tom Hanks deveria ter sido lançada há duas semanas. Infelizmente houve aquele trágico acidente com os jogadores da Chapecoense e o estúdio então resolveu adiar o lançamento do filme. Para os executivos seria de mau gosto (e desrespeitoso) lançar um filme sobre um desastre aéreo na mesma semana em que o mundo ficou chocado com a morte de um time inteiro, com mais de setenta vítimas fatais. Assim, com atraso, o filme finalmente será exibido no circuito comercial. É certamente um bom filme, que conta uma história real das mais interessantes. A estrutura do roteiro não é das melhores, mas a fita é eficiente e conta bem seu enredo. Além disso tem a presença de Tom Hanks (que sempre vale o ingresso) e a direção de Clint Eastwood.
Quando um filme como esse novo blockbuster Star Wars chega no mercado os demais estúdios seguram seus grandes filmes para evitar bater de frente com uma concorrência tão pesada. Por essa razão nessa semana teremos poucas outras estreias de peso, e os que chegam nas telas serão filmes mais modestos, mais alternativos, para um público mais cult. É o caso de Neruda, filme que explora a figura do grande poeta Pablo Neruda. Aqui temos uma produção entre Chile, Argentina e Espanha, que conta a história de um inspetor de polícia que começa a perseguir os passos de Neruda por causa das acusações de que ele estaria envolvido com as atividades do Partido Comunista.
Outra opção alternativa é o filme alemão Nas Estradas do Nepal, um filme que procura mostrar o cotidiano de pessoas comuns que vivem no distante reino do Nepal. O enredo, bem bucólico, mostra o dia a dia de dois amigos, de castas diferentes dentro da sociedade, que precisam sobreviver, bem no meio de uma violenta guerra civil. Já Volta à Terra é um documentário português mostrando os desafios de uma pequena comunidade localizada nas montanhas que vê a cada ano o número de habitantes diminuir, pois os mais jovens vão embora da região em busca de emprego e meio de vida nas grandes cidades. É um curioso retrato de um lugar que vai ficando cada vez mais no passado, praticamente sumindo do mapa por falta de habitantes. Uma boa opção para quem estiver em busca de algo mais nostálgico e sentimental.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Filmes da Semana - Edição II
Filmes da TV Aberta: Semana (28/11 a 02/12) - Uma semana bem fraca em termos de filmes na TV aberta. Hoje de madrugada a Globo vai exibir Rambo IV, a tentativa tardia de Stallone em faturar mais alguns trocados com um de seus mais populares personagens. Curiosamente na época em que assisti o filme não achei tão ruim, muito provavelmente por causa do sabor da nostalgia de rever esse "exército de um homem só" que fazia a diversão das salas de cinema em minha adolescência. Tirando esse tipo de coisa pouca coisa sobra mesmo. É um filme fraco, com roteiro primário. Stallone poderia passar sem essa.
Na terça, também pela madrugada na Globo, eu indicaria o bom filme "Millennium: Os Homens que não Amavam as Mulheres", boa produção, valorizada por um roteiro inteligente e pela presença do ator Daniel Craig. Trata-se de um remake americano de um filme cult sueco também excelente que mostrava as tentativas para solucionar um mistério sobre o desaparecimento de uma jovem - afinal o que poderia haver por trás de tudo? Um tipo de roteiro ideal para os que gostam de desvendar mistérios e tramas. Particularmente gostei bastante dessa produção. Vale a pena conferir.
Na quarta e quinta nada de bom. Isso demonstra como a TV aberta do Brasil esqueceu dos filmes em geral. Cinema perdeu espaço para novelas e programas ruins, uma pena. A coisa só melhora um pouco na sexta pela tarde com a exibição da comédia "Todo Poderoso", aquela mesma em que Jim Carrey é Deus por uma semana, fazendo todos os tipos de tolices. Bobinho, mas diverte. Esse é do tempo em que o ator ainda conseguia ser divertido e engraçado, já que atualmente ele virou um verdadeiro "mala sem alça", sempre reclamando por nunca ter sido reconhecido pela Academia. Não force a barra, Jim!
Nessa mesma sexta-feira, para quem sofre de insônia, será exibido a comédia "Caramuru - A Invenção do Brasil" com Selton Mello. Um filme que até considerei engraçado, muito embora seu humor se baseie todo naquela velha visão vira-lata que os brasileiros insistem em ter de si mesmos. Basicamente é isso, apenas quatro filmes mais ou menos interessantes. Nenhum clássico, nenhuma obra prima, nada muito relevante. E assim vai a TV aberta brasileira, rumo à nulidade cultural.
Pablo Aluísio.
Na terça, também pela madrugada na Globo, eu indicaria o bom filme "Millennium: Os Homens que não Amavam as Mulheres", boa produção, valorizada por um roteiro inteligente e pela presença do ator Daniel Craig. Trata-se de um remake americano de um filme cult sueco também excelente que mostrava as tentativas para solucionar um mistério sobre o desaparecimento de uma jovem - afinal o que poderia haver por trás de tudo? Um tipo de roteiro ideal para os que gostam de desvendar mistérios e tramas. Particularmente gostei bastante dessa produção. Vale a pena conferir.
Na quarta e quinta nada de bom. Isso demonstra como a TV aberta do Brasil esqueceu dos filmes em geral. Cinema perdeu espaço para novelas e programas ruins, uma pena. A coisa só melhora um pouco na sexta pela tarde com a exibição da comédia "Todo Poderoso", aquela mesma em que Jim Carrey é Deus por uma semana, fazendo todos os tipos de tolices. Bobinho, mas diverte. Esse é do tempo em que o ator ainda conseguia ser divertido e engraçado, já que atualmente ele virou um verdadeiro "mala sem alça", sempre reclamando por nunca ter sido reconhecido pela Academia. Não force a barra, Jim!
Nessa mesma sexta-feira, para quem sofre de insônia, será exibido a comédia "Caramuru - A Invenção do Brasil" com Selton Mello. Um filme que até considerei engraçado, muito embora seu humor se baseie todo naquela velha visão vira-lata que os brasileiros insistem em ter de si mesmos. Basicamente é isso, apenas quatro filmes mais ou menos interessantes. Nenhum clássico, nenhuma obra prima, nada muito relevante. E assim vai a TV aberta brasileira, rumo à nulidade cultural.
Pablo Aluísio.
Filmes da Semana - Edição I
Filmes da TV aberta - Nesse fim de semana a TV aberta brasileira tem algumas opções interessantes. Uma delas será a exibição do primeiro filme da franquia "Missão Impossível". Pegando carona na estreia do novo filme do ator Tom Cruise nas telas de cinema (com a segunda produção da série Jack Reacher), a Globo pegou o embalo promocional e exibirá o primeiro filme de Cruise como o agente Ethan Hunt na adaptação para o cinema da famosa série de TV. O filme foi lançado em 1996, então lá se vão vinte anos de sua produção! Mesmo assim o interesse se mantém por ter sido dirigido por Brian De Palma, que curiosamente é foco de um documentário que está também chegando nas telas de cinema exatamente hoje! (que grande coincidência!)
No sábado será exibido a comédia romântica "O Casamento de Rachel". Nada muito especial a não ser a boa presença da atriz Anne Hathaway. Ela interpreta uma jovem com problemas pessoais e familiares que precisa ir para o casamento de sua irmã. Como sempre acontece nem sempre é algo agradável encontrar toda a parentada, principalmente quando são um bando de fofoqueiros, que vivem se intrometendo na vida alheia. Vale conferir, embora realmente não seja nada maravilhoso.
Outra opção do sábado à noite, também na Globo, é a exibição do filme "Amor por Acidente". O elenco traz a veterana Shirley Maclaine e essa é infelizmente uma das poucas coisas atrativas em um filme bem comum, sem maiores novidades. O enredo, bem chato por sinal, envolve enganos e mal entendidos. Se não fosse a presença de Maclaine não valeria nem a citação. Por fim, para quem curte filmes de ação há duas opções no domingo de madrugada: o primeiro é "Dose Dupla" com Denzel Washington e Mark Wahlberg. Um pouco banal, mas bem realizado. Outra dupla, essa formada por Wesley Snipes e Ving Rhames também garante a diversão sem compromissos em "O Imbatível" de 2002. O enredo mostra um boxeador campeão que é acusado de um estupro (lembrou de Mike Tyson?). Depois de condenado ele é enviado para uma prisão de segurança máxima onde terá que se manter vivo, acima de tudo. Enfim, essas são opções interessantes e assistíveis na grade de programação de filmes da TV aberta nesse fim de semana. Aproveite.
Pablo Aluísio.
No sábado será exibido a comédia romântica "O Casamento de Rachel". Nada muito especial a não ser a boa presença da atriz Anne Hathaway. Ela interpreta uma jovem com problemas pessoais e familiares que precisa ir para o casamento de sua irmã. Como sempre acontece nem sempre é algo agradável encontrar toda a parentada, principalmente quando são um bando de fofoqueiros, que vivem se intrometendo na vida alheia. Vale conferir, embora realmente não seja nada maravilhoso.
Outra opção do sábado à noite, também na Globo, é a exibição do filme "Amor por Acidente". O elenco traz a veterana Shirley Maclaine e essa é infelizmente uma das poucas coisas atrativas em um filme bem comum, sem maiores novidades. O enredo, bem chato por sinal, envolve enganos e mal entendidos. Se não fosse a presença de Maclaine não valeria nem a citação. Por fim, para quem curte filmes de ação há duas opções no domingo de madrugada: o primeiro é "Dose Dupla" com Denzel Washington e Mark Wahlberg. Um pouco banal, mas bem realizado. Outra dupla, essa formada por Wesley Snipes e Ving Rhames também garante a diversão sem compromissos em "O Imbatível" de 2002. O enredo mostra um boxeador campeão que é acusado de um estupro (lembrou de Mike Tyson?). Depois de condenado ele é enviado para uma prisão de segurança máxima onde terá que se manter vivo, acima de tudo. Enfim, essas são opções interessantes e assistíveis na grade de programação de filmes da TV aberta nesse fim de semana. Aproveite.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
O Superman Gay
A DC Comics informou nessa semana que nas próximas edições do Superman ele vai se descobrir gay, ou melhor dizendo, bissexual. Bastou a notícia se espalhar para surgir todo os tipos de comentários indignados. Muita gente dizendo que isso era um absurdo, que era uma anarquia, que era uma conspiração comunista mundial... Calma! Não é nada disso. Tem que se entender direito tudo antes de sair acreditando em todo tipo de teoria da conspiração maluca da internet. Não é bem assim, não é bem por aí.
Na verdade o personagem que se descobre gay não é o Superman, o Clark Kent que todos conhecemos, mas sim seu filho, um adolescente chamado Jon Kent. Há vários anos que ele existe nas aventuras do Superman nos gibis. Agora ele se apaixona por um amigo da escola. E dá um beijo na boca dele. Claro, para os leitores mais reacionários foi como se o apocalipse tivesse chegado no mundo dos quadrinhos. Quanta besteira! É um personagem de ficção que será exatamente aquilo que a editora e os roteiristas quiserem.
Não é a primeira vez que um personagem se revela gay. Nesse ano mesmo revelou-se que o Robin também era gay. Essa é uma maneira da DC Comics trazer diversidade e inclusão das minorias em suas histórias em quadrinhos. O Thor, por exemplo, virou uma mulher no ano passado. Vários personagens negros também surgiram ou então antigos personagens que eram brancos se tornaram negros nessa nova fase. Sob esse ponto de vista tudo é válido. É importante criar uma mentalidade longe do preconceito, principalmente em relação às crianças. Que elas aprendam a respeitar as minorias desde a infância. Isso é correto, isso é bonito.
Por outro lado não podemos também deixar de entender que isso faz parte igualmente de uma boa estratégia de marketing. O Superman é gay? Ora, isso vai criar muita polêmica, como já tem criado de ontem para hoje. E polêmica, como todo mundo sabe, vende! Todo mundo agora vai querer comprar os quadrinhos do Superman que sai do armário. Foi assim também quando transformaram o Capitão América em um... Nazista! Pois é, meus caros. Há quantos anos você não parava para falar dos quadrinhos do Superman? As vendas andavam em baixa, processo natural para um personagem tão antigo. Agora, todo mundo está falando do Superman. É claro que o Superman gay vai vender muitas revistas! Amigos, amigos, negócios à parte, não é mesmo?
Pablo Aluísio.
Na verdade o personagem que se descobre gay não é o Superman, o Clark Kent que todos conhecemos, mas sim seu filho, um adolescente chamado Jon Kent. Há vários anos que ele existe nas aventuras do Superman nos gibis. Agora ele se apaixona por um amigo da escola. E dá um beijo na boca dele. Claro, para os leitores mais reacionários foi como se o apocalipse tivesse chegado no mundo dos quadrinhos. Quanta besteira! É um personagem de ficção que será exatamente aquilo que a editora e os roteiristas quiserem.
Não é a primeira vez que um personagem se revela gay. Nesse ano mesmo revelou-se que o Robin também era gay. Essa é uma maneira da DC Comics trazer diversidade e inclusão das minorias em suas histórias em quadrinhos. O Thor, por exemplo, virou uma mulher no ano passado. Vários personagens negros também surgiram ou então antigos personagens que eram brancos se tornaram negros nessa nova fase. Sob esse ponto de vista tudo é válido. É importante criar uma mentalidade longe do preconceito, principalmente em relação às crianças. Que elas aprendam a respeitar as minorias desde a infância. Isso é correto, isso é bonito.
Por outro lado não podemos também deixar de entender que isso faz parte igualmente de uma boa estratégia de marketing. O Superman é gay? Ora, isso vai criar muita polêmica, como já tem criado de ontem para hoje. E polêmica, como todo mundo sabe, vende! Todo mundo agora vai querer comprar os quadrinhos do Superman que sai do armário. Foi assim também quando transformaram o Capitão América em um... Nazista! Pois é, meus caros. Há quantos anos você não parava para falar dos quadrinhos do Superman? As vendas andavam em baixa, processo natural para um personagem tão antigo. Agora, todo mundo está falando do Superman. É claro que o Superman gay vai vender muitas revistas! Amigos, amigos, negócios à parte, não é mesmo?
Pablo Aluísio.
Thor
Thor
O interessante do Thor é que ele na realidade não foi um personagem criado pela Marvel. O Thor é fruto de uma mitologia antiga, dos povos do norte da Europa. Esses povos antigos veneravam Thor como um deus real, eles faziam cultos em honra a ele e acreditava em sua real existência em um mundo de deuses. Imagine, é como se povos do futuro transformassem Jesus em um personagem de quadrinhos, com super poderes e tudo mais. Essa, embora estranha, é uma boa analogia do que aconteceu com o Thor.
Eu sempre fico imaginando aqueles vikings cruzando os mares (dizem que foram os primeiros europeus a chegarem na América do Norte), remando em seus barcos velozes, pedindo proteção a Thor. E vem da arqueologia também sua imagem que chegou nos quadrinhos. Desenhos muito antigos já mostravam o deus Thor com seu famoso martelo. O que Stan Lee fez para criar esse personagem? Ora, nada! Ele apenas levou toda essa mitologia para os gibis e... mais nada.
No Brasil o gibi do Thor (assim como aconteceu com o Homem de Ferro) nunca se firmou nas bancas. Era um título que nascia e logo era cancelado, para depois tentar mais uma de suas dezenas de renascimentos... Personagem dos mais conhecidos da Marvel, nunca se firmou como um grande vendedor de revistas em quadrinhos.
Nos últimos anos o Thor que conhecemos foi deixado um pouco de lado, surgindo uma versão feminina do personagem. Tudo para adequar as publicações da Marvel com os novos tempos, tempos de diversidade e empoderamento feminino. Dessa leva essa versão feminina do Thor foi uma das únicas que foi elogiada pelos críticos. Sucesso de vendas, pelo menos nos Estados Unidos, conseguiu trazer um certo fôlego de renovação para esse velho personagem. Pois é, os deuses do passado geralmente se transformam em pura mitologia no presente.
Pablo Aluísio.
O interessante do Thor é que ele na realidade não foi um personagem criado pela Marvel. O Thor é fruto de uma mitologia antiga, dos povos do norte da Europa. Esses povos antigos veneravam Thor como um deus real, eles faziam cultos em honra a ele e acreditava em sua real existência em um mundo de deuses. Imagine, é como se povos do futuro transformassem Jesus em um personagem de quadrinhos, com super poderes e tudo mais. Essa, embora estranha, é uma boa analogia do que aconteceu com o Thor.
Eu sempre fico imaginando aqueles vikings cruzando os mares (dizem que foram os primeiros europeus a chegarem na América do Norte), remando em seus barcos velozes, pedindo proteção a Thor. E vem da arqueologia também sua imagem que chegou nos quadrinhos. Desenhos muito antigos já mostravam o deus Thor com seu famoso martelo. O que Stan Lee fez para criar esse personagem? Ora, nada! Ele apenas levou toda essa mitologia para os gibis e... mais nada.
No Brasil o gibi do Thor (assim como aconteceu com o Homem de Ferro) nunca se firmou nas bancas. Era um título que nascia e logo era cancelado, para depois tentar mais uma de suas dezenas de renascimentos... Personagem dos mais conhecidos da Marvel, nunca se firmou como um grande vendedor de revistas em quadrinhos.
Nos últimos anos o Thor que conhecemos foi deixado um pouco de lado, surgindo uma versão feminina do personagem. Tudo para adequar as publicações da Marvel com os novos tempos, tempos de diversidade e empoderamento feminino. Dessa leva essa versão feminina do Thor foi uma das únicas que foi elogiada pelos críticos. Sucesso de vendas, pelo menos nos Estados Unidos, conseguiu trazer um certo fôlego de renovação para esse velho personagem. Pois é, os deuses do passado geralmente se transformam em pura mitologia no presente.
Pablo Aluísio.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Homem de Ferro
Homem de Ferro
Esse personagem é outro da linha de montagem do Stan Lee. Editor da Marvel, ele acabava sendo creditado como o autor de muitos desses super-heróis, mesmo que na prática isso não fosse necessariamente verdade. Stan Lee era um picareta? Eu prefiro ver sob outro ponto de vista. Digamos que era a mentalidade da época, o jogo que tinha que ser jogado. O pobre desenhista muitas vezes dividia o crédito para ver sua criação ser publicada. Essa era a verdade! Em termos gerais, olhando para o passado, eu sempre conheci o Homem de Ferro. Ainda criança tive um boneco de plástico dele. Depois cheguei a comprar alguns gibis.
Eu sempre achei o Homem de Ferro um personagem meio trágico, um tanto agonizante. Na versão original ele era um homem à beira da morte que sobrevivia por causa de sua armadura. Seu coração estava sempre no fio da navalha e isso me dava um certo sentimento de agonia quando ele enfrentava um personagem forte e poderoso, como o Hulk! Olhando sob esse ponto de vista ele era mesmo o mais vulnerável de todos os personagens da Marvel - que coisa não é mesmo?
Assim como o Batman, também havia uma identidade secreta de um milionário por trás. O Tony Stark era uma versão dos anos 60 do antigo bilionário americano Howard Hughes que morreu louco, cheio de fezes e urina em seu quarto de alto luxo em Las Vegas. Como era muito rico ninguém ousava lhe desafiar. Assim ele foi ficando louco sem que ninguém pudesse ajudar. Pensando assim percebo que o Homem de Ferro da vida real era tão ou mais trágico que o personagem dos gibis da Marvel.
Embora fosse um personagem tão conhecido a verdade é que no Brasil o Homem de Ferro nunca conseguiu trazer altum tipo de estabilidade em suas publicações. Era sempre uma tentativa capenga de lançar uma nova linha de gibis do personagem. Geralmente a coisa toda pareva no meio do caminho, por causa das vendas fracas. Isso mudou um pouco com os filmes para o cinema, mas hoje em dia voltou a ser como antes. Muito provavelmente ao entrar em uma banca nos dias de hoje você também não consiga comprar um gibi do personagem.
Pablo Aluísio.
Esse personagem é outro da linha de montagem do Stan Lee. Editor da Marvel, ele acabava sendo creditado como o autor de muitos desses super-heróis, mesmo que na prática isso não fosse necessariamente verdade. Stan Lee era um picareta? Eu prefiro ver sob outro ponto de vista. Digamos que era a mentalidade da época, o jogo que tinha que ser jogado. O pobre desenhista muitas vezes dividia o crédito para ver sua criação ser publicada. Essa era a verdade! Em termos gerais, olhando para o passado, eu sempre conheci o Homem de Ferro. Ainda criança tive um boneco de plástico dele. Depois cheguei a comprar alguns gibis.
Eu sempre achei o Homem de Ferro um personagem meio trágico, um tanto agonizante. Na versão original ele era um homem à beira da morte que sobrevivia por causa de sua armadura. Seu coração estava sempre no fio da navalha e isso me dava um certo sentimento de agonia quando ele enfrentava um personagem forte e poderoso, como o Hulk! Olhando sob esse ponto de vista ele era mesmo o mais vulnerável de todos os personagens da Marvel - que coisa não é mesmo?
Assim como o Batman, também havia uma identidade secreta de um milionário por trás. O Tony Stark era uma versão dos anos 60 do antigo bilionário americano Howard Hughes que morreu louco, cheio de fezes e urina em seu quarto de alto luxo em Las Vegas. Como era muito rico ninguém ousava lhe desafiar. Assim ele foi ficando louco sem que ninguém pudesse ajudar. Pensando assim percebo que o Homem de Ferro da vida real era tão ou mais trágico que o personagem dos gibis da Marvel.
Embora fosse um personagem tão conhecido a verdade é que no Brasil o Homem de Ferro nunca conseguiu trazer altum tipo de estabilidade em suas publicações. Era sempre uma tentativa capenga de lançar uma nova linha de gibis do personagem. Geralmente a coisa toda pareva no meio do caminho, por causa das vendas fracas. Isso mudou um pouco com os filmes para o cinema, mas hoje em dia voltou a ser como antes. Muito provavelmente ao entrar em uma banca nos dias de hoje você também não consiga comprar um gibi do personagem.
Pablo Aluísio.
O Batman Que Ri
Para quem estava em busca de um novo vilão no universo do Batman, temos agora esse Batman Que Ri! Isso mesmo, um Bruce Wayne de outra dimensão que é exposto a um estranho produto químico que o torna um vilão insano. Então ele vem ao universo do verdadeiro Batman e toca o terror. Até mandar corpos de outros Bruces Waynes, de dimensões paralelas ele faz! O interessante desse novo personagem é que ele é tão louco como o próprio Coringa. E o Batman para enfrentá-lo inala uma substância corporal do próprio Coringa para virar um opositor à altura dele. E nesse processo também vai enlouquecendo.
Achei estranho? Claro que sim. O sujeito é um misto perturbador entre Batman e o Coringa. Tem o uniforme do homem-morcego, mas também o sorriso louco de seu principal vilão. Ao redor dos olhos uma barra de metal. No mundo real ele obviamente não iria enxergar nada, mas como é um produto de nanquim o mais importante é mesmo a imagem - e essa ficou muito forte, temos que admitir. No saldo geral a trama se sustenta pelas seis edições. Não cai, mas também não traz maior originalidade. É o Batman enfrentando mais um vilão, ficando muito louco nessa disputa.
O Batman que Ri 1 - A Casa do Riso - Parte 1
Roteiro: Scott Snyder
Desenho: Jock
Editora: DC Comics
Pablo Aluísio. .
Achei estranho? Claro que sim. O sujeito é um misto perturbador entre Batman e o Coringa. Tem o uniforme do homem-morcego, mas também o sorriso louco de seu principal vilão. Ao redor dos olhos uma barra de metal. No mundo real ele obviamente não iria enxergar nada, mas como é um produto de nanquim o mais importante é mesmo a imagem - e essa ficou muito forte, temos que admitir. No saldo geral a trama se sustenta pelas seis edições. Não cai, mas também não traz maior originalidade. É o Batman enfrentando mais um vilão, ficando muito louco nessa disputa.
O Batman que Ri 1 - A Casa do Riso - Parte 1
Roteiro: Scott Snyder
Desenho: Jock
Editora: DC Comics
Pablo Aluísio. .
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
A Ultima Caçada De Kraven
Esse quadrinhos é considerado um dos melhores já publicados pela Marvel. Foi lançado originalmente nos anos 80, mas desde a primeira edição foi sendo relançado sempre foi em edições especiais, encadernados, etc. O roteiro foi escrito pelo aclamado J. M. DeMatteis, Pois bem, recentemente tudo foi compilado e lançado no Brasil em edição de luxo. Por isso resolvi conferir e ler pela primeira vez, já que falavam tão bem, resolvi verificar com meus próprios olhos.
O vilão é um caçador russo chamado Kraven. Ele fazia parte de uma família aristocrata que após a revolução precisou fugir para o Ocidente. Ao longo dos anos o Kraven viu seus pais perderem tudo, até a dignidade. Ele foi para a selva e lá adquiriu essa personalidade violenta e indomável.
De volta ao mundo civilizado ele decide então ir atrás do maior dos prêmios, caçando o Homem-Aranha. Esse combate entre o herói e o bizarro vilão rende excelentes momentos e até hoje é lembrado porque o Kraven mandou literalmente o Aranha para a cova! Pois é, por um período o Homem-Aranha se viu morto e enterrado. Sem dar spoilers antecipo que não curti muito a forma que esse problema foi resolvido.
O Homem-Aranha nunca poderia ser morto em uma revista em quadrinhos. De certo modo foi uma golpe publicitário colocando nas capas das edições ele saindo da tumba, etc. Há um segundo vilão na história, o Ratus, um sujeito modificado geneticamente que além de ser um serial killer, também é canibal. Esse tom mais violento e adulto desse gibi provavelmente foi o que o elevou a ter todos esse status como um dos melhores do herói. Só que hoje em dia, passados tantos anos, já não vi o mesmo impacto. Pelo contrário, considerei o material até mesmo um tanto convencional. Deve ser o efeito do passar dos anos. Para sentir o impacto desse quadrinhos só mesmo voltando nos anos 80, algo que obviamente é impossível.
Pablo Aluísio.
O vilão é um caçador russo chamado Kraven. Ele fazia parte de uma família aristocrata que após a revolução precisou fugir para o Ocidente. Ao longo dos anos o Kraven viu seus pais perderem tudo, até a dignidade. Ele foi para a selva e lá adquiriu essa personalidade violenta e indomável.
De volta ao mundo civilizado ele decide então ir atrás do maior dos prêmios, caçando o Homem-Aranha. Esse combate entre o herói e o bizarro vilão rende excelentes momentos e até hoje é lembrado porque o Kraven mandou literalmente o Aranha para a cova! Pois é, por um período o Homem-Aranha se viu morto e enterrado. Sem dar spoilers antecipo que não curti muito a forma que esse problema foi resolvido.
O Homem-Aranha nunca poderia ser morto em uma revista em quadrinhos. De certo modo foi uma golpe publicitário colocando nas capas das edições ele saindo da tumba, etc. Há um segundo vilão na história, o Ratus, um sujeito modificado geneticamente que além de ser um serial killer, também é canibal. Esse tom mais violento e adulto desse gibi provavelmente foi o que o elevou a ter todos esse status como um dos melhores do herói. Só que hoje em dia, passados tantos anos, já não vi o mesmo impacto. Pelo contrário, considerei o material até mesmo um tanto convencional. Deve ser o efeito do passar dos anos. Para sentir o impacto desse quadrinhos só mesmo voltando nos anos 80, algo que obviamente é impossível.
Pablo Aluísio.
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