A corrida ao ouro levou ao surgimento de inúmeras pequenas vilas de mineradores, algumas delas localizadas bem no alto das montanhas rochosas. O enredo desse filme se passa justamente nesse contexto histórico.Gary Cooper interpreta o médico Joseph Frail que chega em um desses lugares. O que um médico tão distinto estaria fazendo ali, naquela montanha esquecida por Deus? Claro que um passado pouco recomendável, algo que ele gostaria de esquecer.
"A Árvore dos Enforcados", western americano lançado nos cinemas em 1959, com direção de Delmer Daves, trazia no elenco um Gary Cooper já veterano, maduro, talvez até um pouco cansado de trabalhar tantos anos no cinema. Isso não o impediu de encarar locações complicadas, em uma região distante do conforto dos grandes estúdios de Hollywood.
A direção acabou sendo feita a duas mãos. Por problemas de saúde o cineasta Delmer Daves precisou se afastar do trabalho, sendo que em sua ausência o filme acabou sendo dirigido pelo ótimo ator Karl Malden que se saiu muito bem. Outro ponto positivo do filme vem na presença da atriz Maria Schell que fez o parte romântico ao lado de Cooper. Descendente de alemães, dona de uma beleza rara, além de boa atriz, ela suavizou em muitos momentos o lado mais violento do roteiro. Um faroeste clássico que a despeito de ser pouco lembrado nos dias de hoje, foi um dos momentos mais marcantes da fase final da filmografia do ator Gary Cooper.
A Árvore dos Enforcados (The Hanging Tree, Estados Unidos, 1959) Direção: Delmer Daves / Roteiro: Wendell Mayes, Halsted Welles / Elenco: Gary Cooper, Maria Schell, Karl Malden / Sinopse: O médico Joseph Frail (Cary Cooper) chega em um campo de mineração durante a corrida ao ouro tentando fugir de eventos do passado que ele prefere manter na escuridão. Lá conhece a bonita Elisabeth (Maria Schell) pela qual se apaixona, ao mesmo tempo em que tenta defendê-la dos criminosos locais.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 26 de dezembro de 2023
segunda-feira, 25 de dezembro de 2023
A Jovem que Tinha Tudo
Título Original: The Girl Who Had Everything
Ano de Lançamento: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Richard Thorpe
Roteiro: Art Cohn, Adela Rogers St. Johns
Elenco: Elizabeth Taylor, Fernando Lamas, William Powell, Gig Young, James Whitmore, Robert Burton
Sinopse:
Jean Latimer (Elizabeth Taylor) é uma jovem rica e privilegiada, filha de um renomado advogado de Los Angeles, que resolve dar um passo bem errado em sua vida. Ela se envolve com um criminoso, o gangster Victor Y. Ramondi (Lamas), que é inclusive cliente de seu próprio pai. O romance proibido terá sérias consequências para todos os envolvidos.
Comentários:
Nesse filme Elizabeth Taylor chocou Hollywood pela coragem de interpretar esse papel, considerado muito escandaloso para a época. E foi um passo ousado porque nos anos 50 ela era considerada uma estrela adolescente, admirada pelas jovens americanas em idade escolar. Por essa razão o filme quase esbarrou no código de moralidade que os estúdios seguiam naqueles tempos de conservadorismo hipócrita. Um fato curioso é que até mesmo uma cena na piscina, com Liz e Lamas em trajes sensuais, teve que sofrer autocensura por parte da MGM por ter sido considerado sexualmente "atrevido" demais! Vejam que coisa tola! E o filme nada mais era do que um remake de uma antiga produção estrelada por Clark Gable. Ou seja, o que era aceito antes de forma natural agora passava por uma série de problemas de ordem moral para chegar nas telas. Prova que a Hollywood dos anos 30 e 40 era muito mais ousada e livre do que a dos anos 50. Por fim vale a citação de que o diretor Richard Thorpe iria dirigir, pouco tempo depois, outro ídolo jovem polêmico dos anos 50 no filme "O Prisioneiro do Rock". O nome do rapaz? Sim, ele mesmo, Elvis Presley!
Pablo Aluísio.
domingo, 24 de dezembro de 2023
Joana D'arc
Assim Joana D'arc ingressou no exército francês. Cortou seus cabelos no estilo militar dos homens e aprendeu técnicas de combate. A época não poderia ser mais violenta pois vivia-se a terrível guerra dos cem anos entre franceses e ingleses. As cidades estavam destruídas, o povo passava fome e a peste negra dizimava milhões de pessoas no continente europeu. Os quatro cavaleiros do apocalipse pareciam estar soltos, cavalgando pelo solo francês, completamente manchado de vermelho do sangue derramado de seus compatriotas. Joana era apenas mais uma pessoa a engrossar as fileiras militares, mas sua presença parecia significar vitórias e mais vitórias para os franceses. Em pouco tempo ela começou a ser venerada pelos soldados e se transformou em um precioso símbolo para o Rei francês CharlesVII.
Não tardou também que ela se tornasse alvo de perseguição por parte dos ingleses. Eles queriam colocar as mãos na santa guerreira de todas as maneiras. Sua sorte mudou para pior quando foi capturada por borgonheses após perder uma batalha. Era 1430. Com apenas 18 anos de idade ela foi então vendida aos inimigos ingleses. Em pouco tempo foi condenada por bruxaria, acusada de ter visões com demônios. Era obviamente um ato político de perseguição. Não havia nenhum fundamento religioso em sua condenação. Os ingleses apenas queriam destruir um símbolo muito precioso para os combatentes franceses. Algumas tentativas de salvar sua vida foram feitas, mas foi tudo em vão. Joana foi queimada viva em uma fogueira numa praça de Rouen, na Normandia (norte da França), que naquela época estava sob dominação da coroa da Inglaterra.
A vida de Joana D'arc foi muito breve, intensa e violenta. Ela viveu praticamente toda a sua vida em campanhas militares, mas ao mesmo tempo procurou cultivar sua fé em Deus. Muitos historiadores discordam da informação amplamente divulgada de que Joana teria sido queimada por ordem de líderes religiosos católicos. Na verdade sua morte foi encomendada, até com certa pressa, pelo Rei da Inglaterra que definitivamente não queria enfrentar uma mulher que era considerada santa pelo exército francês. Assim foi uma decisão realmente puramente política. Em 1920 a Igreja Católica finalmente reconheceu a santidade de Joana e ela foi canonizada pelo Vaticano. No lugar onde foi queimada, onde antes era uma praça pública em Rouen, foi erguida uma bela igreja em sua homenagem, com arquitetura magnífica. Joana assim subiu finalmente aos altares de Deus.
Pablo Aluísio.
O Cavaleiro Medieval
O cavaleiro medieval era altamente motivado. Embaixo de sua armadura havia um ser humano que acreditava piamente nas palavras da escritura sagrada, na Bíblia. Por isso ele deixava praticamente tudo para trás para se juntar às fileiras das cruzadas. Muitas foram as motivações que moveram os cruzados ao longo dos séculos, porém todas elas sempre tinham praticamente o mesmo motivo principal: livrar a terra santa dos infiés muçulmanos que aquelas paisagens distantes ocupavam.
O típico cavaleiro medieval que conhecemos é muito parecido com essa gravura ao lado. Montado em seu cavalo, com um grande espada e uma armadura complexa que o protegia da cabeça aos pés. Essas armaduras eram caras, pesadas e nada confortáveis. Apenas os nobres ricos e os Reis tinham condições econômicas de ostentar algo assim.
Talvez a única exceção tenha sido os cavaleiros templários, porém seus elmos e armaduras eram fornecidos pela Igreja Católica, a mais rica e influente instituição da era medieval. Depois com o passar dos séculos os templários foram ficando imensamente ricos e eles próprios compravam suas armaduras. Os templários não eram apenas guerreiros como os demais cavaleiros das cruzadas. Eles eram também monges e faziam parte da hierarquia da Igreja. Os Templários faziam parte de uma ordem religiosa, tal como os Jesuítas, Franciscanos, etc. A diferença básica é que essa era uma ordem guerreira, feita para ir para a guerra. Eles eram guerreiros em essência, prontos para tudo, para defender suas crenças, mesmo em territórios estrangeiros. Deles provavelmente nasceu o lema de se ter a cruz em uma das mãos e uma espada em outra.
As mulheres medievais idolatravam os cavaleiros. Por onde eles passavam havia dezenas de mulheres dispostas a tudo para conquistá-los. Por isso logo se criou toda uma arte em volta dessas figuras metálicas. Os trovadores criavam canções e poemas, sempre mostrando o errante cavaleiro conquistando o coração das donzelas. Isso criou toda uma literatura também. Vem daí a figura do "Príncipe encantado" que iria aparecer em muitos contos infantis, chegando até nós pelas adaptações desses contos em filmes da Dinsey, por exemplo. E de fato o cavaleiro medieval era um nobre, seja um prínicipe, um rei ou um membro da chamada nobreza menor. Casar com um deles na Idade Média era tirar a sorte grande entre as mulheres, principalmente as camponesas, que viviam em uma escala social bem menor do que a dos guerreiros medievais.
Pablo Aluísio.
O típico cavaleiro medieval que conhecemos é muito parecido com essa gravura ao lado. Montado em seu cavalo, com um grande espada e uma armadura complexa que o protegia da cabeça aos pés. Essas armaduras eram caras, pesadas e nada confortáveis. Apenas os nobres ricos e os Reis tinham condições econômicas de ostentar algo assim.
Talvez a única exceção tenha sido os cavaleiros templários, porém seus elmos e armaduras eram fornecidos pela Igreja Católica, a mais rica e influente instituição da era medieval. Depois com o passar dos séculos os templários foram ficando imensamente ricos e eles próprios compravam suas armaduras. Os templários não eram apenas guerreiros como os demais cavaleiros das cruzadas. Eles eram também monges e faziam parte da hierarquia da Igreja. Os Templários faziam parte de uma ordem religiosa, tal como os Jesuítas, Franciscanos, etc. A diferença básica é que essa era uma ordem guerreira, feita para ir para a guerra. Eles eram guerreiros em essência, prontos para tudo, para defender suas crenças, mesmo em territórios estrangeiros. Deles provavelmente nasceu o lema de se ter a cruz em uma das mãos e uma espada em outra.
As mulheres medievais idolatravam os cavaleiros. Por onde eles passavam havia dezenas de mulheres dispostas a tudo para conquistá-los. Por isso logo se criou toda uma arte em volta dessas figuras metálicas. Os trovadores criavam canções e poemas, sempre mostrando o errante cavaleiro conquistando o coração das donzelas. Isso criou toda uma literatura também. Vem daí a figura do "Príncipe encantado" que iria aparecer em muitos contos infantis, chegando até nós pelas adaptações desses contos em filmes da Dinsey, por exemplo. E de fato o cavaleiro medieval era um nobre, seja um prínicipe, um rei ou um membro da chamada nobreza menor. Casar com um deles na Idade Média era tirar a sorte grande entre as mulheres, principalmente as camponesas, que viviam em uma escala social bem menor do que a dos guerreiros medievais.
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de dezembro de 2023
Carlos Magno
Carlos Magno foi um dos mais importantes monarcas medievais da história. Embora a França como nação ainda não existisse nos moldes modernos, ele é considerado um dos mais marcantes reis franceses da história, dando nome a sua própria dinastia, conhecida como Carolíngia. Tamanho era seu poder em vida que ele acumulava diversos títulos, entre eles o de Rei dos Lombardos e Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, uma tentativa tardia de restaurar os dias de glória do império romano. Carlos era filho de Pepino, o Breve. Quando esse morreu começou a luta pelo trono entre seus filhos. Como era costume na era medieval o verdadeiro sucessor iria se impor pela força de sua espada. O último que ficasse em pé, vivo, se consagraria monarca e imperador.
Após vencer a disputa pela coroa com seu irmão Carlomano, Carlos Magno começou seu projeto de expansão territorial. Ele foi efetivamente um Rei guerreiro que passou grande parte de sua vida em cima de um cavalo, com espada em punho, comandando seus exércitos reais por diversas nações. Suas campanhas militares foram extremamente bem sucedidas a ponto de Carlos Magno dominar praticamente todo o mapa da Europa, com terras conquistadas na Alemanha, na Itália, Áustria, Suíça, Bélgica e Bulgária (obviamente os países aqui nomeados não existiam na época de Carlos Magno, sendo essa apenas uma forma de localizar o leitor sobre os domínios desse Rei franco). De certa forma ele ajudou a redesenhar o mapa europeu ao seu bel prazer, como aconteceria séculos depois com Napoleão Bonaparte.
Tantos anos em um campo de batalha cobraram seu preço. Carlos Magno mal sabia ler e escrever, já adulto, quando era praticamente o monarca de toda a Europa continental, não conseguia entender nem uma frase simples escrita em um documento de seu reino. Um monarca analfabeto, como quase toda a Europa naqueles tempos medievais. Por essa razão o Rei teve o cuidado de disseminar e reformar o sistema educacional. Com o apoio da Igreja Católica o Rei sonhava com o dia em que todo menino europeu pudesse estudar em escolas mantidas pelo Estado - algo que iria se concretizar nos séculos seguintes. Esse aspecto também moldou seu modo de ajudar estudiosos, artistas e intelectuais. Para Carlos Magno nem o maior dos impérios teria futuro sem uma geração de pessoas instruídas e educadas. Até para comandar seus exércitos o Rei entendeu que era necessário que cada soldado e general pudesse se comunicar através de cartas escritas.
Carlos Magno também foi um dos fundadores do sistema feudal que iria predominar em praticamente toda a Idade Média. Os escravos da antiga Roma não teriam mais espaço em seus domínios. Ao invés disso ele determinou que cada escravo se tornasse servo, ligado a um feudo, dominado por um senhor feudal. O mais poderoso e rico senhor feudal seria o próprio Rei, ligado a uma rede de nobres que lhe deviam favores em tempos de paz e guerra. Os papas também condenavam a escravidão, pois seria anticristã. De certa forma a influência de Carlos Magno na história da Europa e do mundo ocidental foi ampla e duradoura. Ele fundou muitos aspectos que iriam dominar o mundo europeu, com influências até mesmo em nossa história.
Carlos Magno morreu de complicações pulmonares no campo de batalha. Ao invés de tentar se curar com a medicina da época ele optou por jejuar, o que piorou seu quadro, o levando à morte alguns dias depois. Corria o ano de 814 e o imperador de quase toda a Europa morria em um vilarejo lamacento em terras que hoje em dia pertencem à Alemanha. Foi obviamente enterrado com toda a pompa que um Rei tinha direito na Basílica de Saint-Denis, onde praticamente todos os reis franceses seriam enterrados, mas um fato sórdido ocorreu séculos depois. Seu túmulo foi profanado pela revolução francesa. Seu caixão foi aberto, roubaram as joias e as insígnias reais de seu corpo e depois do vandalismo seus restos mortais foram jogados no pântano. Só depois, quando a monarquia foi restaurada, já após o advento da queda de Napoleão Bonaparte é que o Rei Luís XVIII mandou que os corpos reais fossem recuperados e levados de volta para a catedral onde foram enterrados. Não foi algo fácil pois os restos mortais de todos os reis e rainhas estavam misturados, sendo impossível identificá-los. Dessa forma todos os ossos, crânios e restos mortais foram colocados em conjunto em urnas que atualmente estão em exposição para turistas que visitam a famosa igreja medieval.
Pablo Aluísio.
Após vencer a disputa pela coroa com seu irmão Carlomano, Carlos Magno começou seu projeto de expansão territorial. Ele foi efetivamente um Rei guerreiro que passou grande parte de sua vida em cima de um cavalo, com espada em punho, comandando seus exércitos reais por diversas nações. Suas campanhas militares foram extremamente bem sucedidas a ponto de Carlos Magno dominar praticamente todo o mapa da Europa, com terras conquistadas na Alemanha, na Itália, Áustria, Suíça, Bélgica e Bulgária (obviamente os países aqui nomeados não existiam na época de Carlos Magno, sendo essa apenas uma forma de localizar o leitor sobre os domínios desse Rei franco). De certa forma ele ajudou a redesenhar o mapa europeu ao seu bel prazer, como aconteceria séculos depois com Napoleão Bonaparte.
Tantos anos em um campo de batalha cobraram seu preço. Carlos Magno mal sabia ler e escrever, já adulto, quando era praticamente o monarca de toda a Europa continental, não conseguia entender nem uma frase simples escrita em um documento de seu reino. Um monarca analfabeto, como quase toda a Europa naqueles tempos medievais. Por essa razão o Rei teve o cuidado de disseminar e reformar o sistema educacional. Com o apoio da Igreja Católica o Rei sonhava com o dia em que todo menino europeu pudesse estudar em escolas mantidas pelo Estado - algo que iria se concretizar nos séculos seguintes. Esse aspecto também moldou seu modo de ajudar estudiosos, artistas e intelectuais. Para Carlos Magno nem o maior dos impérios teria futuro sem uma geração de pessoas instruídas e educadas. Até para comandar seus exércitos o Rei entendeu que era necessário que cada soldado e general pudesse se comunicar através de cartas escritas.
Carlos Magno também foi um dos fundadores do sistema feudal que iria predominar em praticamente toda a Idade Média. Os escravos da antiga Roma não teriam mais espaço em seus domínios. Ao invés disso ele determinou que cada escravo se tornasse servo, ligado a um feudo, dominado por um senhor feudal. O mais poderoso e rico senhor feudal seria o próprio Rei, ligado a uma rede de nobres que lhe deviam favores em tempos de paz e guerra. Os papas também condenavam a escravidão, pois seria anticristã. De certa forma a influência de Carlos Magno na história da Europa e do mundo ocidental foi ampla e duradoura. Ele fundou muitos aspectos que iriam dominar o mundo europeu, com influências até mesmo em nossa história.
Carlos Magno morreu de complicações pulmonares no campo de batalha. Ao invés de tentar se curar com a medicina da época ele optou por jejuar, o que piorou seu quadro, o levando à morte alguns dias depois. Corria o ano de 814 e o imperador de quase toda a Europa morria em um vilarejo lamacento em terras que hoje em dia pertencem à Alemanha. Foi obviamente enterrado com toda a pompa que um Rei tinha direito na Basílica de Saint-Denis, onde praticamente todos os reis franceses seriam enterrados, mas um fato sórdido ocorreu séculos depois. Seu túmulo foi profanado pela revolução francesa. Seu caixão foi aberto, roubaram as joias e as insígnias reais de seu corpo e depois do vandalismo seus restos mortais foram jogados no pântano. Só depois, quando a monarquia foi restaurada, já após o advento da queda de Napoleão Bonaparte é que o Rei Luís XVIII mandou que os corpos reais fossem recuperados e levados de volta para a catedral onde foram enterrados. Não foi algo fácil pois os restos mortais de todos os reis e rainhas estavam misturados, sendo impossível identificá-los. Dessa forma todos os ossos, crânios e restos mortais foram colocados em conjunto em urnas que atualmente estão em exposição para turistas que visitam a famosa igreja medieval.
Pablo Aluísio.
Clóvis I - O Primeiro Rei da França
Esse Rei dos Francos é considerado o primeiro Rei da França. Isso porque seu território correspondeu quase que exatamente o que depois iria se tornar o país da França. Mesmo assim não podemos nos esquecer que Clóvis I reinou em um passado bem distante, há mais de 1500 anos. Seu reinado durou de 481 a 511. Nessa época o Império Romano do Ocidente entrava em colapso. Considerado um Rei Bárbaro pelos Romanos, Clóvis I logo impôs seu poder na região conhecida pelos romanos como Gália. Ali ele uniu sob um mesmo reino diversas tribos dos Francos. Por isso é considerado pelos historiadores o primeiro Rei francês.
Ele também é considerado o fundador da Dinastia merovíngia que iria reinar por dois séculos na França. Foi também o primeiro líder dos francos a se converter ao catolicismo. Isso se deu em razão da influência de sua esposa, Clotilde da Borgonha. Ela era uma devota cristã. Até esse momento Clóvis seguia a religião pagã, com seus diversos deuses e crenças. Tinha adoração por Júpiter e Mercúrio. Ele renegou todos eles adotando a cruz como símbolo de seu reinado. Essa conversão ao cristianismo também trouxe o apoio da Igreja cristã que crescia entre os francos convertidos.
Outro ponto marcante no reinado de Clóvis e que fez com que ele se tornasse o criador do que seria conhecido como França, é o fato de que ele escolheu Paris para ser sua capital. Até então o Reino dos Francos não tinha uma cidade como sua capital. Povo bárbaro e guerreiro, eles tinham capitais itinerantes, usando o lema de que a capital de seu reino era onde o Rei estava. Em Paris ele fundou uma abadia, chamada de São Paulo e São Pedro, nas margens do Rio Sena.
Clóvis I morreu com apenas 46 anos de idade, em 511 e foi sepultado na Basílica de Saint-Denis. Isso deu origem a outra tradição entre os reis franceses, pois praticamente todos eles seriam enterrados nessa mesma igreja, que se tornaria um símbolo da monarquia francesa. Por todas essas razões a indicação de historiadores de que ele foi o primeiro Rei da França, é plenamente justificável.
Pablo Aluísio.
Ele também é considerado o fundador da Dinastia merovíngia que iria reinar por dois séculos na França. Foi também o primeiro líder dos francos a se converter ao catolicismo. Isso se deu em razão da influência de sua esposa, Clotilde da Borgonha. Ela era uma devota cristã. Até esse momento Clóvis seguia a religião pagã, com seus diversos deuses e crenças. Tinha adoração por Júpiter e Mercúrio. Ele renegou todos eles adotando a cruz como símbolo de seu reinado. Essa conversão ao cristianismo também trouxe o apoio da Igreja cristã que crescia entre os francos convertidos.
Outro ponto marcante no reinado de Clóvis e que fez com que ele se tornasse o criador do que seria conhecido como França, é o fato de que ele escolheu Paris para ser sua capital. Até então o Reino dos Francos não tinha uma cidade como sua capital. Povo bárbaro e guerreiro, eles tinham capitais itinerantes, usando o lema de que a capital de seu reino era onde o Rei estava. Em Paris ele fundou uma abadia, chamada de São Paulo e São Pedro, nas margens do Rio Sena.
Clóvis I morreu com apenas 46 anos de idade, em 511 e foi sepultado na Basílica de Saint-Denis. Isso deu origem a outra tradição entre os reis franceses, pois praticamente todos eles seriam enterrados nessa mesma igreja, que se tornaria um símbolo da monarquia francesa. Por todas essas razões a indicação de historiadores de que ele foi o primeiro Rei da França, é plenamente justificável.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 22 de dezembro de 2023
Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim
Desesperado por um emprego, para manter a guarda da própria irmã mais jovem, menor de idade, um homem aceita um emprego daqueles que ninguém quer. Ele passa a trabalhar como vigilante noturno de um velho estabelecimento comercial que havia feito sucesso nos anos 80, mas que havia fechado as portas após a morte trágica de cinco crianças. O lugar está abandonado há anos e tem uns velhos bonecos que funcionavam através da velha tecnologia do animatronics. E vários vigilantes noturnos tinham pedido demissão após passar as madrugadas naquele lugar sombrio e assustador. E pelo visto o terror iria novamente retornar, numa série de eventos sobrenaturais que aos poucos seriam desvendados, não sem antes ter que enfrentar velhos fantasmas e traumas do passado.
Quando esse filme começou eu fiquei surpreso ao perceber que ele tem basicamente a mesma premissa de outro filme que vi recentemente com o Nicolas Cage chamado "Willy's Wonderland - Parque Maldito". É basicamente a mesma história, o mesmo cenário e até mesmo os mesmos monstrengos desengonçados. A diferença básica é que o filme do Cage foi recebido como um trash movie e esse aqui, muito mais bem produzido, acabou faturando uma bela bilheteria nos cinemas americanos, se tornando um dos filmes mais lucrativos do ano! De maneira em geral gostei do filme (ando muito receptivo para filmes de terror ultimamente!), embora tenha ficado com um pé atrás todo o tempo. É um daqueles filmes que ficam ali na beira do abismo da ruindade, mas que nunca caem de vez no buraco. É algo que agradou aos fãs americanos de horror e que certamente dará origem a uma nova franquia cinematográfica do gênero. Agora é esperar para ver o que virá nos próximos anos. Provavelmente muitos filmes ruins, mas isso também faz parte do jogo nesse tipo de produção!
Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim (Five Nights at Freddy's, Estados Unidos, 2023) Direção: Emma Tammi / Roteiro: Scott Cawthon, Seth Cuddeback, Emma Tammi / Elenco: Josh Hutcherson, Piper Rubio, Elizabeth Lail / Sinopse: Contratado para trabalhar como vigia noturno em um velho estabelecimento há muito fechado, homem descobre que o lugar apresenta estranhos e inexplicáveis eventos sobrenaturais nas noites sombrias em que trabalha por lá!
Pablo Aluísio.
Curiosidades sobre o filme Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim
1. Para criar os bonecos assustadores do filme o estúdio contratou a equipe que no passado havia trabalhado com o diretor e especialista em marionetes Jim Henson. Só que obviamente existe uma grande diferença entre esse filme de terror e aquelas produções infantis e de fantasia do Henson como Vila Sésamo e A História Sem Fim.
2. No começo o estúdio preferia o uso de computação gráfica na produção dos bonecos, mas depois foi finalmente convencido a usar grandes robôs reais para o filme. E não foi fácil pois muitos deles apresentaram problemas técnicos durante as filmagens, atrasando o cronograma do filme como um todo.
3. Esse terror foi um grande sucesso de bilheteria. Seu custo de produção foi de aproximadamente 20 milhões de dólares. E nas bilheterias o filme alcançou a marca dos 290 milhões de dólares! Um grande sucesso e um ótimo resultado comercial! Assim entrou na lista dos dez filmes mais lucrativos no cinema durante o ano de 2023.
4. O filme foi uma produção em regime de sociedade entre a Universal Pictures e a companhia cinematográfica Blumhouse Productions, especializada em filmes de terror. O roteiro circulava há anos sem que nenhum estúdio bancasse sua produção. Coube a Blumhouse acreditar inicialmente nessa história.
5. Após o sucesso do filme o presidente da Universal declarou: "O estúdio precisa urgentemente de mais filmes como esse!" Agora o estúdio planeja a produção e lançamento de mais dois filmes para compor uma trilogia inicial. Já se pensa até mesmo em um universo expandido... O que uma boa bilheteria não faz por um filme não é mesmo?...
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2023
9 1/2 Semanas de Amor 2
Título Original: Another 9 1/2 Weeks - Love in Paris
Ano de Lançamento: 1997
País: Estados Unidos, França, Reino Unido
Estúdio: M6 Films
Direção: Anne Goursaud
Roteiro: Elizabeth McNeill, Mick Davis
Elenco: Mickey Rourke, Agathe de La Fontaine, Angie Everhart, Steven Berkoff, Dougray Scott, Werner Schreyer
Sinopse:
John (Mickey Rourke), um turista norte-americano em Paris, acaba indo atrás de um amor de seu passado. Ele ainda tenta reviver aquele antigo sentimento, mas o coração lhe traz muitas surpresas, pois logo ele se vê atraído e apaixonado pela melhor amiga dela. Como poderá superar essa armadilha emocional?
Comentários:
Depois de um começo de carreira tão promissor, onde chegou a ser até mesmo comparado a Marlon Brando, o ator Mickey Rourke entrou em um círculo vicioso de filmes ruins que fracassaram completamente nos cinemas. Um pior do que o outro, sem reservas. Seu nome passou a ser associado a bombas cinematográficas. Em uma tentativa desesperada de emplacar algum sucesso em sua cambaleante carreira, Mickey Rourke aceitou fazer essa continuação de um de seus maiores sucessos. O projeto soava como oportunismo puro e tirando Rourke nenhum outro membro do filme original estava envolvido, todos queriam distância. Nenhum sinal de Kim Basinger ou Adrian Lyne. Como era de se esperar de um filme assim, tudo deu errado. Foi massacrado pela crítica e um tremendo fracasso de bilheteria. Mesmo que a produção procurasse ser de bom gosto, com finas locações em Paris, nada conseguiu salvá-lo do desastre completo. Rourke continuava sem sorte e com o nome associado a filmes que não conseguiam fazer nenhum sucesso nos cinemas.
Pablo Aluísio.
Jovens Bruxas
Título Original: The Craft
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andrew Fleming
Roteiro: Peter Filardi, Andrew Fleming
Elenco: Fairuza Balk, Neve Campbell, Robin Tunney
Sinopse:
Uma jovem garota de Los Angeles se muda e vai parar em uma nova escola. Para seu azar é uma daquelas escolas católicas mais rígidas, só que para sua surpresa ela descobre que lá também estudam garotas como ela, que adora uma magia antiga.
Comentários:
Pois é, nos anos 90 surgiu essa modinha no cinema trazendo filmes de bruxas, mas calma aí que não é bem o que você está pensando. Não era mais aquela figura clássica das bruxas dos velhos filmes com mulheres idosas voando em suas vassouras. Nada disso. As bruxinhas agora eram todas gatas, adolescentes, jovens estudantes do ensino médio. Claro que tudo não passava de uma tremenda bobagem, mas que fazia sucesso a ponto de ter dado origem não apenas a filmes como esse, mas também a séries que também fariam sucesso naqueles anos. Numa era pré-Harry Potter parecia que tudo estava sendo preparado para a chegada dos bruxinho mais famoso da história do cinema, mas claro sem comparar os filmes pois produções como essa eram muito mais modestas!
Pablo Aluísio.
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