quinta-feira, 11 de julho de 2019
No Limite do Silêncio
Título Original: The Unsaid
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New Legend Media
Direção: Tom McLoughlin
Roteiro: Christopher Murphey, Miguel Tejada-Flores
Elenco: Andy Garcia, Vincent Kartheiser, Trevor Blumas, Chelsea Field, Linda Cardellini, Peter Hanlon
Sinopse:
Um adolescente aparentemente normal carrega segredos perturbadores e inconfessáveis que obrigam um psiquiatra a desenterrar o terrível passado dele, através de um complicado acompanhamento de seu estado mental e psicológico.
Comentários:
Andy Garcia sempre foi um bom ator. E fez muitos filmes que poucos conhecem. Filmes bons, com boas tramas, mas que geralmente só foram exibidos em canais a cabo, sumindo da programação após um tempo. Esse "The Unsaid" é uma espécie de thriller de suspense psicológico, investindo bastante no personagem do psiquiatra Dr. Michael Hunter, interpretado por Garcia. Embora trate dos problemas mentais de seus pacientes ele mesmo carrega dentro de si um grande trauma decorrente do passado, envolvendo seu filho. Andy Garcia de barba grande e grisalha convence planamente em seu papel que só é prejudicado porque o roteiro se rendeu a certos clichês recorrentes em filmes desse gênero. Mesmo assim, com pequenos e pontuais deslizes, ainda é um bom filme para se assistir. Só vai ser complicado mesmo achar uma cópia para ver nos dias de hoje, pois como disse ele só foi exibido no Brasil em canais a cabo. Não tenho notícia que algum dia tenha sido lançado em DVD em nosso país.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 10 de julho de 2019
Nunca Mais
Título Original: Enough
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Michael Apted
Roteiro: Nicholas Kazan
Elenco: Jennifer Lopez, Billy Campbell, Tessa Allen, Juliette Lewis, Dan Futterman, Fred Ward
Sinopse:
A garçonete Slim Hiller (Jennifer Lopez) acredita que tirou a sorte grande ao se casar com um homem que ela considera perfeito, só que o passar do tempo revela a verdadeira face de um relacionamento completamente abusivo.Agora ela tentará reconstruir sua vida.
Comentários:
Filme completamente incomum dentro da filmografia da atriz e cantora pop Jennifer Lopez. Ela que sempre procurou por filmes mais leves, comédias românticas em sua maioria, aqui aceitou interpretar uma mulher vítima de abuso sexual e psicológico do próprio marido dentro de um casamento infernal. Aquele tipo de romance que inicialmente parecia perfeito, mas que depois de um tempo se torna uma enorme decepção. Casamentos infelizes, aliás, que parecem ser a cada dia a regra e não a exceção. Na época em que esse filme foi lançado a Jennifer Lopez estava tendo vários atritos com a imprensa, principalmente por causa das invasões de privacidade por parte da imprensa marrom em sua vida pessoal. Essa briga acabou azedando o lançamento do filme, ainda mais depois que os jornalistas lhe deram o "Framboesa de Ouro" de pior atriz da década! Maldade pura. Embora ela não seja mesmo uma grande atriz, o fato é que até consegue levar um filme sozinha adiante. Esse aqui me agradou, tem bom argumento e explora uma realidade muitas vezes cruel na vida de muitas mulheres. Até mesmo a Lopez me pareceu bem em cena. Assim se o tema lhe interessa deixo a dica. Esqueça os "prêmios" Framboesas de Ouro e assista pela temática que o filme explora.
Pablo Aluísio.
A Sombra de um Homem
Título Original: The Salton Sea
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: D.J. Caruso
Roteiro: Tony Gayton
Elenco: Val Kilmer, Vincent D'Onofrio, Adam Goldberg, Peter Sarsgaard, R. Lee Ermey, Anthony LaPaglia
Sinopse:
Após a morte da esposa Danny Parker (Kilmer) tenta arranjar um jeito de ganhar a vida e para isso vale de tudo, até mesmo entrar no arriscado e perigoso mundo do crime.
Comentários:
Depois de um começo muito promissor no cinema, com vários sucesso de bilheteria, o ator Val Kilmer viu a qualidade de seus filmes decair ano após ano. Dos jovens astros dos anos 80 ele certamente foi um dos mais atingidos pela decadência em sua carreira. Isso não quer dizer que apesar do pouco sucesso ele não tenha realizado bons filmes nesse período de baixa. Um dos que mais gostei foi esse "The Salton Sea" que mostra o outro lado do "sonho americano", mostrando os viciados em drogas, os moradores de rua, os criminosos do baixo clero. As ruas de Los Angeles com toda a sua pobreza, toda a sua cota de pessoar marginalizadas, tentando sobreviver um dia de cada vez. Isso porém não significa que seja um drama ou nada parecido. Tem sua dose de cenas de ação (mal feitas, é bom dizer) e também há um espaço para um pouco de humor. Mesmo assim com toda essa mistura a coisa ainda funciona. Claro, Val Kilmer estava longe de seus dias de sucesso, mas tentava manter sua carreira de ator ainda viva.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 9 de julho de 2019
Amor & Amizade
Assim Lady Susan Vernon (Kate Beckinsale) começa fazer de tudo para que sua filha Frederica (Morfydd Clark) arranje um marido rico, o mais rapidamente possível. A moça porém não quer nem ouvir falar de casar com o ricaço Sir James Martin (Tom Bennett) já que definitivamente ela não o ama de jeito nenhum. E assim se desenrola a estória. Manipulações sociais de todos os lados, mulheres que só estão de olho no dinheiro dos futuros maridos, fofocas, traições, puxadas de tapete, parentes que são serpentes. O livro de Jane Austen, como frisei, foi escrito há séculos, mas mantém o mesmo frescor porque afinal mostra um lado nada lisonjeiro da alma humana. Por fim dois aspectos que merecem menção. O primeiro é que embora seja um filme bem realizado, não se trata de uma grande superprodução. É algo mais modesto e sutil. Segundo observação é que Kate Beckinsale consegue estar muito bem em sua atuação. Declamando longos diálogos, sem perder o fôlego, ela deixa claro que não é apenas boa para interpretar vampiras nos filmes com a marca "Anjos da Noite". Ela tem talento de verdade, se tiver dúvidas não deixe de conferir esse "Amor & Amizade".
Amor & Amizade (Love & Friendship, Estados Unidos, Inglaterra, França, 2016) Direção: Whit Stillman / Roteiro: Whit Stillman / Elenco: Kate Beckinsale, Chloë Sevigny, Xavier Samuel, Morfydd Clark, Stephen Fry, Tom Bennett / Sinopse: Na era vitoriana, mãe e filha tentam arranjar maridos ricos pois estão arruinadas financeiramente. Sendo o caminho mais fácil elas tentam dar o velho e conhecido golpe do baú.
Pablo Aluísio.
Teenagers: As Apimentadas
O roteiro é bem bobinho, mostrando um grupo de garotas colegiais que se dedicam de corpo e alma a uma competição nacional que vai eleger as melhores animadoras de torcidas dos Estados Unidos. Como se pode perceber é coisa bem de americano mesmo. Sem querer ser muito cínico e já sendo o filme só não é um desperdício total de tempo, paciência e dinheiro porque afinal de contas tem a Kirsten Dunst de shortinho dançando muito nas quadras de esportes. Nada mal, especialmente indicado para o público hétero de plantão que vai dar a desculpa de que está conhecendo melhor uma "tradição americana" apenas para ver as pernas da Kirsten Dunst! O importante é disfarçar um pouquinho, não é mesmo?
Teenagers: As Apimentadas (Bring It On, Estados Unidos, 2000) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Jessica Bendinger / Elenco: Kirsten Dunst, Eliza Dushku, Jesse Bradford / Sinopse: Grupo de adolescentes colegiais resolve se dedicar ao máximo para vencer uma popular competição nacional que vai eleger as melhores animadoras de torcidas da América. Filme indicado ao MTV Movie Awards e ao Teen Choice Awards.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 8 de julho de 2019
As Branquelas
Título Original: White Chicks
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Revolution Studios
Direção: Keenen Ivory Wayans
Roteiro: Keenen Ivory Wayans, Shawn Wayans
Elenco: Marlon Wayans, Shawn Wayans, Busy Philipps, Frankie Faison, Lochlyn Munro, John Heard
Sinopse:
Dois tiras negros precisam se disfarçar para prender uma quadrilha de sequestradores. Para isso eles mudam radicalmente de aparência, assumindo a identidade de duas loiras ricas e patricinhas, frequentadoras da alta roda da cidade. Filme indicado no Framboesa de Ouro na categoria de pior filme do ano!
Comentários:
Esse é aquele tipo de filme que de tão ruim acaba se tornando divertido, engraçado. A ideia é tão sem noção que espanta. Dois atores negros usando forte maquiagem para se parecerem com loiras burras e estúpidas, do tipo Paris Hilton. Maquiagem essa que deixou eles bem esquisitos, é bom dizer. Enfim, a família Wayans realmente pagou para ver pois a reação poderia ser tão negativa que eles poderiam até mesmo sofrer um processo ou algo assim. Felizmente a imprensa entendeu o espírito do filme - que de polêmico não tem nada, é até bobinho - para abaixar as armas. Melhor para os irmãos já que foi um sucesso inesperado de bilheteria. Custou meros 30 milhões de dólares e faturou nas bilheterias 200 milhões! Receita de filme grande! Isso prova também que o público nem sempre quer consumir algo de qualidade ou importância artística. Muitas vezes eles só querem dar algumas gargalhadas com material podreira. Se é isso que você está procurando então pode encarar "White Chicks" sem medos ou preconceitos.
Pablo Aluísio.
Ataque das Loiras
Título no Brasil: Ataque das Loiras
Título Original: Blonde and Blonder
Ano de Produção: 2007
País: Canadá
Estúdio: Rigel Entertainment
Direção: Dean Hamilton, Bob Clark
Roteiro: Rolfe Kanefsky, Dean Hamilton
Elenco: Pamela Anderson, Denise Richards, Emmanuelle Vaugier, Meghan Ory, Joey Aresco, Garry Chalk
Sinopse:
Dee Twiddle (Anderson) e Dawn St. Dom (Richards) são duas loiras burras que acabam sendo confundidas com outra dupla, de assassinas profissionais. Isso cria uma série de confusões e mal entendidos.
Comentários:
É ruim demais. É ruim de doer. É incrível acreditar que algum produtor teve a coragem de investir dinheiro em algo tão ruim. O filme se propõe a ser uma comédia nonsense com duas protagonistas que se valem de sua loirice e burrice para escapar das piores situações. Só que tudo é tão sem graça que chega a ser constrangedor. Pamela Anderson mais parece uma boneca inflável. Como seu talento é bem escasso ela se utiliza de seus óbvios dotes físicos para manter o interesse do espectador chocado com tanta ruindade. Assim a loira ao estilo bombshell desfila decotes, cada vez menores, para mostrar seus peitos turbinados por silicone. E acabou, it´s over, isso é o máximo que você vai encontrar nessa fitinha de quinta categoria. E para não dizer que não dei risadas, dei duas. A primeira ao descobrir o tamanho da ruindade desse filme tosco. A segunda na cena do mensageiro retardado do hotel. É tão idiota que tive que rir, mesmo contra a vontade! Santo filme ruim, Batman!
Pablo Aluísio.
domingo, 7 de julho de 2019
Hellboy
O roteiro também não me pareceu grande coisa. Há uma bruxa que foi desmembrada e aprisionada pelo Rei Arthur no passado. Agora ela é trazida de volta. Apenas a lendária espada Excalibur pode destruir seus planos. E nessa simbiose entre as lendas de Arthur e Merlin com o universo do Hellboy, ainda arranjaram um jeito de colocar ele como um de seus descendentes, o único que poderia empunhar a arma contra a bruxa. É isso é tudo. Achei forçado e nada criativo. O final do filme também é bem previsível, nada espetacular. De bom mesmo há algumas cenas que fazem valer a pena o preço do ingresso, entre elas uma luta entre Hellboy e três gigantes. Tecnicamente perfeita, inclusive no design dos monstros, só não ficou melhor porque não dura muito. Mais um erro da direção. Afinal se o enredo não ajuda muito, deveria se focar mais naquilo que deu certo no filme. Regra básica de cinema pop. Pena que são apenas momentos pontuais, que acabam não elevando muito a qualidade cinematográfica desse filme como um todo. Com isso o que sobra é apenas uma diversão ligeira, de consumo rápido e descartável.
Hellboy (Estados Unidos, 2019) Direção: Neil Marshall / Roteiro: Andrew Cosby, baseado nos personagens de quadrinhos criados por Mike Mignola/ Elenco: David Harbour, Milla Jovovich, Ian McShane / Sinopse: Hellboy (David Harbour) precisa enfrentar uma bruxa milenar que está de volta após passar séculos aprisionada pelo Rei Arthur. Ela quer usar a força infernal de Hellboy para criar um apocalipse final para a humanidade.
Pablo Aluísio.
Hellboy II - O Exército Dourado
Título Original: Hellboy II - The Golden Army
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro
Elenco: Ron Perlman, Selma Blair, Doug Jones, John Alexander, Seth MacFarlane, Luke Goss
Sinopse:
Hellboy (Ron Perlman) e sua trupe precisam salvar a Terra de um nobre vindo das trevas que decide espalhar medo e destruição em represália a tudo o que lhe aconteceu no passado. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Maquiagem.
Comentários:
Era para ser o segundo filme de uma trilogia sobre o personagem Hellboy. Tudo estava bem planejado pelo estúdio e pelo diretor Guillermo del Toro. Só que esse segundo filme custou caro demais, 85 milhões de dólares e nas bilheterias não conseguiu romper a barreira dos 100 milhões. Resultado? O estúdio achou que o filme decepcionou nas bilheterias. A ideia inicial da trilogia assim foi cancelada, algo que irritou muito o ator Ron Perlman. Ele inclusive disse em entrevistas recentes que esse cancelamento ainda hoje o irrita profundamente. Ao invés de um terceiro filme o estúdio então decidiu recomeçar tudo do zero, com essa recente produção que chegou a pouco nos cinemas (e que também decepcionou os produtores comercialmente). E olha que esse segundo filme não era ruim. Tinha mais efeitos especiais, mais personagens e a produção era bem mais rica e cuidada. O problema parece ter sido mesmo o roteiro. Guillermo del Toro esqueceu de escrever algo realmente bom. Com isso a primeira franquia dos filmes de Hellboy simplesmente afundou. Uma pena.
Pablo Aluísio.
sábado, 6 de julho de 2019
O Xangô de Baker Street
Título Original: O Xangô de Baker Street
Ano de Produção: 2001
País: Brasil, Portugal
Estúdio: MGN Filmes
Direção: Miguel Faria Jr.
Roteiro: Marcos Bernstein
Elenco: Joaquim de Almeida, Anthony O'Donnell, Maria de Medeiros, Letícia Sabatella, Cláudia Abreu, Claudio Marzo
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Jô Soares, o filme conta a divertida estória da visita ao Rio de Janeiro do lendário detetive inglês Sherlock Holmes que ao lado de seu fiel assistente Dr. Watson, chegam ao Brasil para desvendarem um mistério sobre o desaparecimento de um raro violino Stradivarius.
Comentários:
Eu gosto bastante de Jô Soares. Considero um dos grandes nomes do humor brasileiro. Também curto bastante seus livros de ficção que geralmente são criativos e bem escritos. Ele só não teve muita sorte na adaptação desse seu primeiro livro para o cinema. É uma pena, o filme já tinha uma boa estória para contar, boa produção, orçamento, etc. Tudo estava pronto para mais um bom filme da retomada do cinema nacional. O problema é que erraram na escolha do elenco. O português Joaquim de Almeida foi escalado para interpretar o inglês Sherlock Holmes. Colocar um português tentando imitar o sotaque inglês em um filme que deveria ser destinado ao público brasileiro foi um equívoco e tanto. Não que Joaquim de Almeida não seja um bom ator, o problema é sua dicção horrorosa durante o filme. Você vai entender pouca coisa do que ele diz, porque está simplesmente péssimo seu sotaque incompreensível. Esse pequeno grande detalhe acabou estragando o potencial do filme, inclusive nas piadas criadas por Jô, que aqui ficam enterradas quando o público, com dificuldade, tenta entender o que diabos o Joaquim de Almeida está falando. Um erro crucial que acabou comprometendo todo o filme.
Pablo Aluísio.