Um filme sobre o lendário Marco Polo, ainda mais sendo interpretado por Gary Cooper, certamente me deixou muito interessado. Pena que nada correspondeu ás expectativas. Tudo bem, se trata de um filme de aventuras do final da década de 1930, porém o roteiro, a produção e até mesmo os figurinos deixaram muito a desejar. O filme começa quando o pai de Marco Polo decide enviá-lo para uma longa jornada em direção à China. O objetivo é abrir uma rota comercial entre Veneza e o império chinês. Marco Polo é escolhido para liderar essa expedição. Importante lembrar que Marco Polo é considerado o primeiro europeu a ter contato com a civilização chinesa, isso ainda no século XI. Ele então embarca em seu aventura, mas as coisas começam muito mal. Durante uma tempestade no Mediterrâneo seu navio afunda. Ele é salvo por milagre, chegando a uma praia no Oriente Médio. Depois disso decide percorrer a jornada a pé mesmo, atravessando desertos, montanhas nevadas e todos os perigos.
O filme é historicamente incorreto. Afinal é apenas uma aventura de matinê e não estava mesmo nada programado para ser algo sério, de acordo com os fatos históricos. O figurino de Gary Cooper é péssimo, algo que nada tinha a ver com as roupas da época, dos venezianos de seu tempo. Para piorar o roteiro logo derrapa em muitos clichês, envolvendo um bondoso imperador chinês, sua linda filha e um grão-vizir maléfico. Superficial, parece mesmo um produtor feito para adolescentes. Nem o romance entre Cooper e a filha do imperador consegue decolar. Por fim, para piorar tudo, o filme se passa na China, mas poucos são os atores orientais. Noventa por cento dos chineses que desfilam na tela são americanos com maquiagem para puxar os olhos. Assim sobra pouco para elogiar essa fraca aventura do passado.
As Aventuras de Marco Polo (The Adventures of Marco Polo, Estados Unidos, 1938) Direção: Archie Mayo / Roteiro: Robert E. Sherwood, N.A. Pogson / Elenco: Gary Cooper, Sigrid Gurie, Basil Rathbone / Sinopse: Jovem, irresponsável e mulherengo, o veneziano Marco Polo é enviado por seu pai para a mais ambiciosa jornada de seu tempo. Ele deve chegar na China para estabelecer laços comerciais com aquela distante nação do oriente.
Pablo Aluísio.
domingo, 25 de novembro de 2018
sábado, 24 de novembro de 2018
Maria Antonieta
Não faz muito tempo li duas biografias sobre a rainha da França Maria Antonieta. O tema me interessou e como gosto de história decidi ler as obras. Com isso tive o interesse também de ver esse filme clássico sobre a monarca. Se trata de uma produção de 1938, com tudo o que de luxuoso e reluzente Hollywood tinha a oferecer naquela época. Cenários perfeitos, figurino classe A, reconstituição histórica muito bem realizada. Chegou-se ao ponto inclusive de se filmar várias cenas no próprio palácio de Versalhes, onde toda a história real aconteceu. Em termos de produção realmente não haveria nada do que reclamar. O ponto central sobre o filme seria o roteiro. Até que ponto ele seria historicamente fiel aos fatos? Como em Hollywood sempre houve uma tradição de romancear ao máximo eventos da história fui conferir o filme não esperando por grande coisa nesse aspecto. Para minha surpresa pude constatar que dentro do possível o roteiro seguiu sim, de forma fiel, a história da rainha. Em pouco mais de duas horas e quarenta minutos de duração esse clássico conseguiu contar de forma historicamente correta a biografia daquela que foi a última rainha da França. Claro que alguns detalhes foram alterados para dar maior agilidade dramática às cenas, mas nem isso estraga a adaptação. São detalhes que apenas um historiador especializado na história francesa conseguiria descobrir. Os fatos mais importantes de sua vida estão todos no filme, sem maiores equívocos.
A atriz Norma Shearer interpreta Maria Antonieta e se sai muito bem. A rainha tinha um comportamento extrovertido, frívolo, muitas vezes deslumbrada demais com seus gostos pessoais, principalmente no tocante a roupas e penteados extravagantes. Norma conseguiu trazer para a tela esse lado da rainha. Só senti falta mesmo dos famosos penteados no estilo pouf. Só em duas cenas se fizeram presentes. Acredito que o estúdio achou que seria um pouco demais, assim decidiram substituir por plumas mais elegantes. Um pequenino erro histórico, perdoável. E como era de se esperar o galã Tyrone Power repete sua persona cinematográfica ao dar vida ao conde Axel de Fersen, o grande amor da vida de Maria Antonieta. Galante e heroico, ele mantém toda a dignidade, mesmo sendo o amante secreto da rainha.
Para finalizar gostaria de chamar a atenção para as cenas finais. O diretor W.S. Van Dyke usou de uma bela sutileza narrativa. Ao invés de mostrar os horrores da guilhotina, ele decidiu ser mais sutil e discreto, respeitando o seu público. Nada de sensacionalismo sangrento. Usando de meros efeitos da edição de som conseguiu trazer todo o terror dessa verdadeira máquina de morte, sem ter que mostrar nada, o que foi bem-vindo. Não espere ver cabeças nobres rolando pelo chão vermelho de sangue. Também trouxe um aspecto importante ao filme ao mostrar o outro lado da revolução francesa que poucos pararam para pensar e refletir. O lado violento, cruel e sanguinário de seus participantes. Sobre isso foi extremamente feliz em sua composição da narração dos fatos históricos.
Maria Antonieta (Marie Antoinette, Estados Unidos, 1938) Direção: W.S. Van Dyke / Roteiro: Claudine West, Donald Ogden Stewart / Elenco: Norma Shearer, Tyrone Power, John Barrymore, Robert Morley / Sinopse: O filme conta a história da rainha francesa Maria Antonieta (1755 - 1793). Desde o momento em que ela fica sabendo de sua mãe, a rainha Maria Teresa da Áustria, que vai se casar com o futuro rei da França, até o dia de sua morte trágica por causa dos acontecimentos desencadeados pela revolução francesa. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Norma Shearer), Melhor Ator Coadjuvante (Robert Morley), Melhor Direção de Arte (Cedric Gibbons) e Melhor Música Original (Herbert Stothart).
Pablo Aluísio.
A atriz Norma Shearer interpreta Maria Antonieta e se sai muito bem. A rainha tinha um comportamento extrovertido, frívolo, muitas vezes deslumbrada demais com seus gostos pessoais, principalmente no tocante a roupas e penteados extravagantes. Norma conseguiu trazer para a tela esse lado da rainha. Só senti falta mesmo dos famosos penteados no estilo pouf. Só em duas cenas se fizeram presentes. Acredito que o estúdio achou que seria um pouco demais, assim decidiram substituir por plumas mais elegantes. Um pequenino erro histórico, perdoável. E como era de se esperar o galã Tyrone Power repete sua persona cinematográfica ao dar vida ao conde Axel de Fersen, o grande amor da vida de Maria Antonieta. Galante e heroico, ele mantém toda a dignidade, mesmo sendo o amante secreto da rainha.
Para finalizar gostaria de chamar a atenção para as cenas finais. O diretor W.S. Van Dyke usou de uma bela sutileza narrativa. Ao invés de mostrar os horrores da guilhotina, ele decidiu ser mais sutil e discreto, respeitando o seu público. Nada de sensacionalismo sangrento. Usando de meros efeitos da edição de som conseguiu trazer todo o terror dessa verdadeira máquina de morte, sem ter que mostrar nada, o que foi bem-vindo. Não espere ver cabeças nobres rolando pelo chão vermelho de sangue. Também trouxe um aspecto importante ao filme ao mostrar o outro lado da revolução francesa que poucos pararam para pensar e refletir. O lado violento, cruel e sanguinário de seus participantes. Sobre isso foi extremamente feliz em sua composição da narração dos fatos históricos.
Maria Antonieta (Marie Antoinette, Estados Unidos, 1938) Direção: W.S. Van Dyke / Roteiro: Claudine West, Donald Ogden Stewart / Elenco: Norma Shearer, Tyrone Power, John Barrymore, Robert Morley / Sinopse: O filme conta a história da rainha francesa Maria Antonieta (1755 - 1793). Desde o momento em que ela fica sabendo de sua mãe, a rainha Maria Teresa da Áustria, que vai se casar com o futuro rei da França, até o dia de sua morte trágica por causa dos acontecimentos desencadeados pela revolução francesa. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Norma Shearer), Melhor Ator Coadjuvante (Robert Morley), Melhor Direção de Arte (Cedric Gibbons) e Melhor Música Original (Herbert Stothart).
Pablo Aluísio.
A História de Elsa
Quem foi criança ou adolescente nos anos 70 no Brasil certamente vai se lembrar desse filme. Ele foi um dos maiores "clássicos" da Sessão da Tarde, sempre sendo reprisado nas tardes preguiçosas da semana. "A Historia de Elsa" conta a história real de um casal de americanos que acaba adotando uma leoa chamada Elsa. Eles são ligados ao meio selvagem, procuram desenvolver esse trabalho na África e acabam criando esse animal como se fosse um gatinho de estimação (algo que hoje em dia não é recomendado por especialistas na área). O curioso de tudo é que apesar de parecer um filme bem de rotina sobre animais, o filme acabou ganhando um grande prestígio entre a crítica americana em seu lançamento original, sendo vencedor até mesmo de dois prêmios Oscar naquele ano, algo que poucos sabiam quando o filme era exibido pela Rede Globo. Quem diria...
O filme recebeu duas estatuetas, ambas ligadas à parte musical da película. O maestro John Barry foi premiado duas vezes naquela noite. A primeira pela categoria de Melhor Música, essa chamada pelos americanos de Original Music Score se refere à trilha sonora incidental do filme, aquela trilha sonora que toca ao fundo nas cenas. Depois foi premiado na categoria de Música Original com a canção "Born Free". Nada mal para esse grande compositor de tantos filmes, inclusive da franquia James Bond. Mais do que merecido pelo seu sempre caprichado trabalho.
A História de Elsa (Born Free, Estados Unidos, 1966) Direção: James Hill, Tom McGowan / Roteiro: Lester Cole, baseado no livro escrito por Joy Adamson / Elenco: Virginia McKenna, Bill Travers, Geoffrey Keen / Sinopse: O filme conta a história de uma família americana vivendo na África selvagem que acaba adotando uma pequena leoa órfã chamada Elsa. Filme baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
O filme recebeu duas estatuetas, ambas ligadas à parte musical da película. O maestro John Barry foi premiado duas vezes naquela noite. A primeira pela categoria de Melhor Música, essa chamada pelos americanos de Original Music Score se refere à trilha sonora incidental do filme, aquela trilha sonora que toca ao fundo nas cenas. Depois foi premiado na categoria de Música Original com a canção "Born Free". Nada mal para esse grande compositor de tantos filmes, inclusive da franquia James Bond. Mais do que merecido pelo seu sempre caprichado trabalho.
A História de Elsa (Born Free, Estados Unidos, 1966) Direção: James Hill, Tom McGowan / Roteiro: Lester Cole, baseado no livro escrito por Joy Adamson / Elenco: Virginia McKenna, Bill Travers, Geoffrey Keen / Sinopse: O filme conta a história de uma família americana vivendo na África selvagem que acaba adotando uma pequena leoa órfã chamada Elsa. Filme baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
A Volta dos Homens Maus
Mais um bom western estrelado por Randolph Scott. Ele interpreta um rancheiro que decide vender seu gado, sua propriedade, para ir embora, para outra cidade, onde está prestes a acontecer uma nova corrida ao ouro. Antes disso porém uma quadrilha de assaltantes a banco invade uma pequena cidade. No grupo se encontra até mesmo uma mulher, Cheyenne (Anne Jeffreys), que durante uma fuga acaba sendo baleada, indo parar no rancho de Scott. Ele decide ajudá-la. Não apenas a escondendo da patrulha que a persegue, como também pedindo ajuda ao médico local. Curada, ela decide finalmente se redimir daquela vida. Outro personagem interessante do filme - e o alívio cômico - vem do personagem interpretado pelo ator George 'Gabby' Hayes. Ele fez muitos filmes ao lado de John Wayne e John Ford, sempre interpretando velhinhos matutos e bons de briga. Aqui ele esbanja a mesma linha de humor que o tornou conhecido nos filmes de faroeste daquela época.
Outro ponto que vai chamar a atenção dos fãs de western vem da quadrilha de assaltantes a banco. Ela é formada por lendas do velho oeste como Billy The Kid, Sundance Kid, os irmãos Dalton. Clato que os roteiristas desse filme fizeram uma salada geral, juntando personagens históricos reais em um mesmo bando. Na realidade eles viveram em épocas e lugares diferentes e nunca se conheceram de fato. Porém para esse filme todos foram reunidos em prol da diversão do público. De maneira em geral gostei muito dessa produção. É bem realizado, tem um bom roteiro e um desfecho que segue a tradição de muitos filmes de western, com direito a um duelo bem no meio de uma cidade fantasma localizada no deserto.
A Volta dos Homens Maus (Return of the Bad Men, Estados Unidos, 1948) Direção: Ray Enright / Roteiro: Charles O'Neal, Jack Natteford / Elenco: Randolph Scott, Robert Ryan, Anne Jeffreys, George 'Gabby' Hayes, Jacqueline White / Sinopse: Quadrilha de pistoleiros e foras-da-lei se reúne em uma pequena cidadezinha do velho oeste para roubar o banco local. Enquanto isso um rancheiro decide vender tudo para entrar na corrida ao ouro que está sendo organizada rumo ao novo estado da Califórnia.
Pablo Aluísio.
Outro ponto que vai chamar a atenção dos fãs de western vem da quadrilha de assaltantes a banco. Ela é formada por lendas do velho oeste como Billy The Kid, Sundance Kid, os irmãos Dalton. Clato que os roteiristas desse filme fizeram uma salada geral, juntando personagens históricos reais em um mesmo bando. Na realidade eles viveram em épocas e lugares diferentes e nunca se conheceram de fato. Porém para esse filme todos foram reunidos em prol da diversão do público. De maneira em geral gostei muito dessa produção. É bem realizado, tem um bom roteiro e um desfecho que segue a tradição de muitos filmes de western, com direito a um duelo bem no meio de uma cidade fantasma localizada no deserto.
A Volta dos Homens Maus (Return of the Bad Men, Estados Unidos, 1948) Direção: Ray Enright / Roteiro: Charles O'Neal, Jack Natteford / Elenco: Randolph Scott, Robert Ryan, Anne Jeffreys, George 'Gabby' Hayes, Jacqueline White / Sinopse: Quadrilha de pistoleiros e foras-da-lei se reúne em uma pequena cidadezinha do velho oeste para roubar o banco local. Enquanto isso um rancheiro decide vender tudo para entrar na corrida ao ouro que está sendo organizada rumo ao novo estado da Califórnia.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
Sabata Adeus
Título no Brasil: Sabata Adeus
Título Original: Indio Black, Sai Che Ti Dico: Sei Un Gran Figlio Di...
Ano de Produção: 1970
País: Itália, Espanha
Estúdio: Produzioni Europee Associati (PEA)
Direção: Gianfranco Parolini
Roteiro: Renato Izzo
Elenco: Yul Brynner, Dean Reed, Ignazio Spalla
Sinopse:
Sabata (Yul Brynner), o infame pistoleiro vestido de negro, resolve liderar um grupo de bandoleiros na perigosa tarefa de roubar um rico carregamento de ouro proveniente do império austro-húngaro em direção ao México. Para deter os impulsos criminosos de Sabata e seus homens a fortuna passa a ser protegida pelo Coronel Skimmel (Gérard Herter), um militar veterano e linha dura que está determinado a capturar e matar Sabata a todo custo.
Comentários:
Esse é o segundo filme presente no box The Spaghetti Western Collection. Como se sabe o personagem Sabata foi imortalizado nas telas pelo ator Lee Van Cleef em "Sabata, o Homem que Veio para Matar" (1969). Apesar do grande sucesso de bilheteria ele recusou todas as propostas para voltar ao papel. Estava com receios de ficar marcado apenas por um personagem. Assim os produtores tiveram que pensar em um substituto à altura. Resolveram então importar o russo Yuli Borisovich Bryner do cinema americano. Brynner naquela altura já estava consagrado graças a filmes de sucesso que realizou nos Estados Unidos como por exemplo o clássico western "Sete Homens e um Destino". Isso por si só já trazia grande publicidade para o filme. Além disso o fato de interpretar um personagem tão marcante como Sabata chamaria a atenção do público em geral de uma maneira ou outra. De fato o filme fez sucesso, mas também foi alvo de críticas, principalmente por causa de Brynner, acusado de não ter conseguido fazer um grande trabalho com o famoso pistoleiro do western spaghetti. Em minha opinião ele não se saiu mal, o problema é que o público realmente queria reencontrar Cleef do filme original. Tanto que atendendo aos apelos dos fãs Lee Van Cleef finalmente aceitaria fazer novamente Sabata em "Sabata Vem para Vingar" (1971), sua despedida final do personagem. Esse "Sabata Adeus" tem uma excelente produção (o filme foi rodado nos famosos estúdios de Cinecittà em Roma), mas realmente não criou um vínculo maior com seu público. Agora, passados tantos anos, temos uma boa oportunidade para fazer uma revisão mais imparcial sobre os méritos dessa obra cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Título Original: Indio Black, Sai Che Ti Dico: Sei Un Gran Figlio Di...
Ano de Produção: 1970
País: Itália, Espanha
Estúdio: Produzioni Europee Associati (PEA)
Direção: Gianfranco Parolini
Roteiro: Renato Izzo
Elenco: Yul Brynner, Dean Reed, Ignazio Spalla
Sinopse:
Sabata (Yul Brynner), o infame pistoleiro vestido de negro, resolve liderar um grupo de bandoleiros na perigosa tarefa de roubar um rico carregamento de ouro proveniente do império austro-húngaro em direção ao México. Para deter os impulsos criminosos de Sabata e seus homens a fortuna passa a ser protegida pelo Coronel Skimmel (Gérard Herter), um militar veterano e linha dura que está determinado a capturar e matar Sabata a todo custo.
Comentários:
Esse é o segundo filme presente no box The Spaghetti Western Collection. Como se sabe o personagem Sabata foi imortalizado nas telas pelo ator Lee Van Cleef em "Sabata, o Homem que Veio para Matar" (1969). Apesar do grande sucesso de bilheteria ele recusou todas as propostas para voltar ao papel. Estava com receios de ficar marcado apenas por um personagem. Assim os produtores tiveram que pensar em um substituto à altura. Resolveram então importar o russo Yuli Borisovich Bryner do cinema americano. Brynner naquela altura já estava consagrado graças a filmes de sucesso que realizou nos Estados Unidos como por exemplo o clássico western "Sete Homens e um Destino". Isso por si só já trazia grande publicidade para o filme. Além disso o fato de interpretar um personagem tão marcante como Sabata chamaria a atenção do público em geral de uma maneira ou outra. De fato o filme fez sucesso, mas também foi alvo de críticas, principalmente por causa de Brynner, acusado de não ter conseguido fazer um grande trabalho com o famoso pistoleiro do western spaghetti. Em minha opinião ele não se saiu mal, o problema é que o público realmente queria reencontrar Cleef do filme original. Tanto que atendendo aos apelos dos fãs Lee Van Cleef finalmente aceitaria fazer novamente Sabata em "Sabata Vem para Vingar" (1971), sua despedida final do personagem. Esse "Sabata Adeus" tem uma excelente produção (o filme foi rodado nos famosos estúdios de Cinecittà em Roma), mas realmente não criou um vínculo maior com seu público. Agora, passados tantos anos, temos uma boa oportunidade para fazer uma revisão mais imparcial sobre os méritos dessa obra cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Vou, Mato e Volto
Título no Brasil: Vou, Mato e Volto
Título Original: Vado... l'Ammazzo e Torno
Ano de Produção: 1967
País: Itália
Estúdio: Fida Cinematografica
Direção: Enzo G. Castellari
Roteiro: Tito Carpi, Enzo G. Castellari
Elenco: George Hilton, Edd Byrnes, Gilbert Roland
Sinopse:
Quando um rico carregamento de ouro desaparece, provavelmente fruto do roubo de uma gangue de criminosos, três homens decidem ir atrás do tesouro roubado. Um bandoleiro, um banqueiro e um homem de passado incerto conhecido apenas como "o estranho". Juntos eles estão dispostos a lutar e enfrentar qualquer desafio para resgatar os 300 mil dólares em metal precioso que se encontram de posse dos ladrões.
Comentários:
Dando prosseguimento na análise dos filmes que fazem parte do box "The Spaghetti Western Collection" chegamos nesse curioso faroeste que nos Estados Unidos recebeu o título de "Any Gun Can Play". O filme é estrelado por George Hilton, o ator uruguaio que se passava por americano em filmes italianos! Mais internacional do que isso, impossível! Seu personagem novamente não tem nome, dando sequência na tradição do western spaghetti da época onde pistoleiros sem nome chegavam em cidades perdidas do velho oeste para trazer alguma justiça naquelas terras sem lei. Nesse tipo de caracterização o mistério em torno desse tipo de personagem já era a metade da atração do roteiro em si. Além disso, como convém a todo pistoleiro durão, quanto menos palavras tivesse a declamar em cena, melhor. Afinal de contas eram homens de ação e não de palavras. Em vista disso não era necessário também ter grandes atores em cena para encarnar esse tipo de papel. O sujeito, para falar a verdade, só precisava mesmo ter uma boa pinta de gringo para emplacar uma produtiva carreira no cinema italiano. Era bem o caso de Jorge Hill Acosta y Lara ou melhor dizendo George Hilton. Sob direção do bom cineasta Enzo G. Castellari (de outras conhecidas fitas do gênero como "Deus Criou o Homem e o Homem Criou o Colt", "Vou, Vejo e Disparo" e "Mate Todos Eles e Volte Só"), Hilton acaba convencendo. No geral é um bom spaghetti, valorizado ainda mais pelas boas sequências de ação e tiroteios.
Pablo Aluísio.
Título Original: Vado... l'Ammazzo e Torno
Ano de Produção: 1967
País: Itália
Estúdio: Fida Cinematografica
Direção: Enzo G. Castellari
Roteiro: Tito Carpi, Enzo G. Castellari
Elenco: George Hilton, Edd Byrnes, Gilbert Roland
Sinopse:
Quando um rico carregamento de ouro desaparece, provavelmente fruto do roubo de uma gangue de criminosos, três homens decidem ir atrás do tesouro roubado. Um bandoleiro, um banqueiro e um homem de passado incerto conhecido apenas como "o estranho". Juntos eles estão dispostos a lutar e enfrentar qualquer desafio para resgatar os 300 mil dólares em metal precioso que se encontram de posse dos ladrões.
Comentários:
Dando prosseguimento na análise dos filmes que fazem parte do box "The Spaghetti Western Collection" chegamos nesse curioso faroeste que nos Estados Unidos recebeu o título de "Any Gun Can Play". O filme é estrelado por George Hilton, o ator uruguaio que se passava por americano em filmes italianos! Mais internacional do que isso, impossível! Seu personagem novamente não tem nome, dando sequência na tradição do western spaghetti da época onde pistoleiros sem nome chegavam em cidades perdidas do velho oeste para trazer alguma justiça naquelas terras sem lei. Nesse tipo de caracterização o mistério em torno desse tipo de personagem já era a metade da atração do roteiro em si. Além disso, como convém a todo pistoleiro durão, quanto menos palavras tivesse a declamar em cena, melhor. Afinal de contas eram homens de ação e não de palavras. Em vista disso não era necessário também ter grandes atores em cena para encarnar esse tipo de papel. O sujeito, para falar a verdade, só precisava mesmo ter uma boa pinta de gringo para emplacar uma produtiva carreira no cinema italiano. Era bem o caso de Jorge Hill Acosta y Lara ou melhor dizendo George Hilton. Sob direção do bom cineasta Enzo G. Castellari (de outras conhecidas fitas do gênero como "Deus Criou o Homem e o Homem Criou o Colt", "Vou, Vejo e Disparo" e "Mate Todos Eles e Volte Só"), Hilton acaba convencendo. No geral é um bom spaghetti, valorizado ainda mais pelas boas sequências de ação e tiroteios.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
A Renegada
Título no Brasil: A Renegada
Título Original: Woman They Almost Lynched
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Allan Dwan
Roteiro: Steve Fisher, Michael Fessier
Elenco: Joan Leslie, John Lund, Brian Donlevy, Audrey Totter, James Brown
Sinopse:
Sally Maris (Joan Leslie) é uma professorinha de ensino fundamental que decide ir até o velho oeste ensinar crianças. No meio da viagem sua diligência é atacada pela terrível quadrilha liderada por Charles Quantrill (Brian Donlevy). Levada para Border City ela tenta recomeçar sua vida, mas fica decepcionada ao saber que seu próprio irmão agora é dono de saloon na cidade. Uma atividade que ela considera indigna. Após ele ser morto numa briga com membros da gangue de Quantrill ela acaba herdando o estabelecimento, para escândalo das mulheres da região.
Comentários:
Bom western B da Republic Pictures que explora novamente a figura de Charles Quantrill (Brian Donlevy). Ele foi um personagem real da história americana, um bandoleiro que inicialmente se uniu às tropas confederadas durante a guerra civil, mas que depois foi renegado pelo próprio general Robert Lee por causa de sua brutalidade contra as populações civis das cidades às quais atacava. Nesse filme ele surge de forma romanceada, inclusive os famosos irmãos James, que faziam parte de seu bando, estão também completamente desvirtuados do que foram na vida real. Jesse James (Ben Cooper), por exemplo, é apenas mais um garoto valentão, um pistoleiro que apesar da pouca idade já matou muitas pessoas. O roteiro se desenvolve mesmo em cima das personagens de Sally Maris (Joan Leslie), uma garota do leste que vai ao velho oeste ensinar as crianças e acaba dona de saloon e Kate Quantrill (Audrey Totter), mulher de Quantrill, uma mulher tão violenta e boa do gatilho quanto seu próprio marido. Ela teria tido um caso amoroso no passado com o irmão assassinado de Sally e por essa razão cria-se logo uma grande rivalidade entre elas - com direito a uma briga violenta no saloon entre as duas mulheres, rolando pelo chão, puxando cabelos, etc! Acima de tudo "Woman They Almost Lynched" prova que a Republic também sabia produzir bons faroestes quando tinha material de qualidade em mãos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Woman They Almost Lynched
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Allan Dwan
Roteiro: Steve Fisher, Michael Fessier
Elenco: Joan Leslie, John Lund, Brian Donlevy, Audrey Totter, James Brown
Sinopse:
Sally Maris (Joan Leslie) é uma professorinha de ensino fundamental que decide ir até o velho oeste ensinar crianças. No meio da viagem sua diligência é atacada pela terrível quadrilha liderada por Charles Quantrill (Brian Donlevy). Levada para Border City ela tenta recomeçar sua vida, mas fica decepcionada ao saber que seu próprio irmão agora é dono de saloon na cidade. Uma atividade que ela considera indigna. Após ele ser morto numa briga com membros da gangue de Quantrill ela acaba herdando o estabelecimento, para escândalo das mulheres da região.
Comentários:
Bom western B da Republic Pictures que explora novamente a figura de Charles Quantrill (Brian Donlevy). Ele foi um personagem real da história americana, um bandoleiro que inicialmente se uniu às tropas confederadas durante a guerra civil, mas que depois foi renegado pelo próprio general Robert Lee por causa de sua brutalidade contra as populações civis das cidades às quais atacava. Nesse filme ele surge de forma romanceada, inclusive os famosos irmãos James, que faziam parte de seu bando, estão também completamente desvirtuados do que foram na vida real. Jesse James (Ben Cooper), por exemplo, é apenas mais um garoto valentão, um pistoleiro que apesar da pouca idade já matou muitas pessoas. O roteiro se desenvolve mesmo em cima das personagens de Sally Maris (Joan Leslie), uma garota do leste que vai ao velho oeste ensinar as crianças e acaba dona de saloon e Kate Quantrill (Audrey Totter), mulher de Quantrill, uma mulher tão violenta e boa do gatilho quanto seu próprio marido. Ela teria tido um caso amoroso no passado com o irmão assassinado de Sally e por essa razão cria-se logo uma grande rivalidade entre elas - com direito a uma briga violenta no saloon entre as duas mulheres, rolando pelo chão, puxando cabelos, etc! Acima de tudo "Woman They Almost Lynched" prova que a Republic também sabia produzir bons faroestes quando tinha material de qualidade em mãos.
Pablo Aluísio.
Mate Todos Eles e Volte Só
Título no Brasil: Mate Todos Eles e Volte Só
Título Original: Ammazzali Tutti e Torna Solo
Ano de Produção: 1968
País: Itália, Espanha
Estúdio: Fida Cinematografica, Centauro Films
Direção: Enzo G. Castellari
Roteiro: Tito Carpi, Enzo G. Castellari
Elenco: Chuck Connors, Frank Wolff, Franco Citti
Sinopse:
Clyde Mac Kay (Chuck Connors) é um mercenário que resolve aceitar a proposta do exército confederado durante a guerra civil americana. Ele deverá se alistar no exército da União com seu bando, com o objetivo de roubar milhões de dólares em ouro das reservas do governo de Washington. A fortuna deverá ser usada pelos rebeldes para prolongar a guerra o máximo possível, evitando assim uma derrota humilhante.
Comentários:
De uma coisa não se pode acusar o Western Spaghetti: de não ter títulos imaginativos! O diretor Enzo G. Castellari então era bem criativo no momento de nomear seus próprios filmes. Aqui Castellari contou com a presença do americano de origem irlandesa Chuck Connors. A história dele é bem interessante. Connors foi um bem sucedido jogador de beisebol nos Estados Unidos antes de virar ator. Ele brilhou nos campos jogando para times populares como o Chicago Cubs e o Brooklyn Dodgers. Depois do sucesso como esportista decidiu que queria ser ator. Participou de filmes famosos como "Sangue de Apache" e "Da Terra Nascem os Homens". Percebendo que a concorrência era muito acirrada nos Estados Unidos resolveu tentar a sorte na Itália, realizando filmes de faroeste no velho continente. Acabou se dando bem, colecionando sucessos no Western Spaghetti. Essa foi uma das fitas que rodou. Anos depois ele teria sua carreira abalada após tabloides de Los Angeles divulgarem que ele era gay! De qualquer maneira nesse "Mate Todos Eles e Volte Só" ele está em seu tipo habitual nas telas, a do pistoleiro durão, de poucas palavras, que não leva desaforos para casa.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ammazzali Tutti e Torna Solo
Ano de Produção: 1968
País: Itália, Espanha
Estúdio: Fida Cinematografica, Centauro Films
Direção: Enzo G. Castellari
Roteiro: Tito Carpi, Enzo G. Castellari
Elenco: Chuck Connors, Frank Wolff, Franco Citti
Sinopse:
Clyde Mac Kay (Chuck Connors) é um mercenário que resolve aceitar a proposta do exército confederado durante a guerra civil americana. Ele deverá se alistar no exército da União com seu bando, com o objetivo de roubar milhões de dólares em ouro das reservas do governo de Washington. A fortuna deverá ser usada pelos rebeldes para prolongar a guerra o máximo possível, evitando assim uma derrota humilhante.
Comentários:
De uma coisa não se pode acusar o Western Spaghetti: de não ter títulos imaginativos! O diretor Enzo G. Castellari então era bem criativo no momento de nomear seus próprios filmes. Aqui Castellari contou com a presença do americano de origem irlandesa Chuck Connors. A história dele é bem interessante. Connors foi um bem sucedido jogador de beisebol nos Estados Unidos antes de virar ator. Ele brilhou nos campos jogando para times populares como o Chicago Cubs e o Brooklyn Dodgers. Depois do sucesso como esportista decidiu que queria ser ator. Participou de filmes famosos como "Sangue de Apache" e "Da Terra Nascem os Homens". Percebendo que a concorrência era muito acirrada nos Estados Unidos resolveu tentar a sorte na Itália, realizando filmes de faroeste no velho continente. Acabou se dando bem, colecionando sucessos no Western Spaghetti. Essa foi uma das fitas que rodou. Anos depois ele teria sua carreira abalada após tabloides de Los Angeles divulgarem que ele era gay! De qualquer maneira nesse "Mate Todos Eles e Volte Só" ele está em seu tipo habitual nas telas, a do pistoleiro durão, de poucas palavras, que não leva desaforos para casa.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de novembro de 2018
O Quarto Andar
Esse é daquela série "filmes que ninguém viu e se viu, já esqueceu". O roteiro propõe a ser um suspense sobre uma jovem garota chamada Jane Emelin (Juliette Lewis). Ela acaba herdando o velho apartamento de seu avô. O que parece ser algo bom, acaba se revelando um presente de grego, já que o lugar esconde segredos. O próprio avô morreu em circunstâncias misteriosas e os vizinhos parecem saber de tudo, mas nada contam. Aliás são pessoas esquisitas e estranhas, uma verdadeira fauna de tipos bizarros. O filme tem boa premissa, mas falha em desenvolver seu enredo. O que se sobressai no final das contas é o bom elenco de apoio.
William Hurt, um ator sempre correto em cena, está especialmente sinistro. E o que dizer de Shelley Duvall? Ela sempre foi muito adequada para esse tipo de personagem. A simples aparição da atriz em corredores mal iluminados já garante o susto ao espectador. Enfim, não é um suspense nota 10, mas também passa longe de ser desprezível. O filme foi esquecido, quase que completamente, mas vale a espiada. A moral da história? Nunca se mude para lugares com um passado que você desconheça.
O Quarto Andar (The 4th Floor, Estados Unidos, 1999) Direção: Josh Klausner / Roteiro: Josh Klausner / Elenco: Juliette Lewis, William Hurt, Shelley Duvall / Sinopse: Um filme com trama envolvendo mistério e morte, com final surpreendente.
Pablo Aluísio.
William Hurt, um ator sempre correto em cena, está especialmente sinistro. E o que dizer de Shelley Duvall? Ela sempre foi muito adequada para esse tipo de personagem. A simples aparição da atriz em corredores mal iluminados já garante o susto ao espectador. Enfim, não é um suspense nota 10, mas também passa longe de ser desprezível. O filme foi esquecido, quase que completamente, mas vale a espiada. A moral da história? Nunca se mude para lugares com um passado que você desconheça.
O Quarto Andar (The 4th Floor, Estados Unidos, 1999) Direção: Josh Klausner / Roteiro: Josh Klausner / Elenco: Juliette Lewis, William Hurt, Shelley Duvall / Sinopse: Um filme com trama envolvendo mistério e morte, com final surpreendente.
Pablo Aluísio.
Que Mulher É Essa?
O que falar desse filme? Eu me recordo que assisti no canal HBO, ainda no começo do canal. Não é definitivamente um filme que eu iria locar, por pura falta de interesse. Mesmo assim na TV a cabo acabei vendo. Nenhuma surpresa. É um filme com um roteiro bem básico, que se apoia muito (para não dizer totalmente) na beleza da atriz Liv Tyler. Assim temos um grupo de homens apaixonados por ela, cada um com uma visão diferente da garota. A Liv, que nunca foi boba nem nada, aproveita o plot para literalmente desfilar suas poses em cada cena.
A boa notícia é que ela estava mesmo no auge da beleza, ainda bem jovial e sensual. Cinematograficamente porém isso é muito pouco, pois não consegue sustentar um filme. Para piorar a distribuidora nacional escolheu um péssimo título nacional, com uma pergunta estúpida. Enfim, esse "One Night at McCool's" só é recomendado mesmo para os fãs incondicionais de Liv Tyler... se é que eles ainda existam nos dias de hoje!
Que Mulher É Essa? (One Night at McCool's, Estados Unidos, 2001) Direção: Harald Zwart / Roteiro: Stan Seidel / Elenco: Liv Tyler, Matt Dillon, Mary Jo Smith / Sinopse: A história de uma linda garota que usa de sua beleza para alcançar seus objetivos.
Pablo Aluísio.
A boa notícia é que ela estava mesmo no auge da beleza, ainda bem jovial e sensual. Cinematograficamente porém isso é muito pouco, pois não consegue sustentar um filme. Para piorar a distribuidora nacional escolheu um péssimo título nacional, com uma pergunta estúpida. Enfim, esse "One Night at McCool's" só é recomendado mesmo para os fãs incondicionais de Liv Tyler... se é que eles ainda existam nos dias de hoje!
Que Mulher É Essa? (One Night at McCool's, Estados Unidos, 2001) Direção: Harald Zwart / Roteiro: Stan Seidel / Elenco: Liv Tyler, Matt Dillon, Mary Jo Smith / Sinopse: A história de uma linda garota que usa de sua beleza para alcançar seus objetivos.
Pablo Aluísio.
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