A Democracia no Brasil resiste, mas vai mal... Infelizmente nossa democracia vai mal. Ela resistiu aos ataques de 8 de janeiro, mas parcela da população segue sendo completamente ignorante em relação aos verdadeiros pilares de uma democracia ocidental. Continuam votando em pessoas e candidatos que não possuem qualquer compromisso com ideais democráticos. Ao contrário disso, elegem figuras lamentáveis que defendem ditaduras e regimes militares baseados na pura força. Sim, uma parcela do povo brasileiro defende o fascismo, mesmo que não saibam sequer o que isso significa. E assim vai, aos trancos e barrancos nossa democracia. E mesmo do outro lado, dos que estão no poder, o quadro não é bom. É inegável que existem muitos conchavos e acordos nada republicanos, mesmo que em muitos casos sejam legais. Nem tudo o que é legal, é ético ou moral, é bom frisar.
E povo, atolado em fake news e mentiras de todas as ordens, se radicaliza, se fanatiza. Acredita que existe mesmo um salvador da Pátria, mesmo que ele não seja nada santo, nem honesto e nem muito menos o tal messias prometido. Não existem messias, essa é a verdade. Espero sinceramente que essa loucura um dia passe e a nossa República, o nosso Estados Democrático de Direito, volte a seguir em frente, em paz e rumo ao desenvolvimento.
Os milhões do militar Mauro Cid O tenente-coronel do exército brasileiro Mauro Cid, ex-braço direito de Jair Bolsonaro na presidência da República teve uma semana ruim depois que o COAF descobriu movimentações atípicas em suas contas bancárias. Como oficial do exército ele receberia pouco mais de 25 mil reais por mês, só que em poucos meses movimentou algo em torno de 3.75 milhões! Um valor realmente incompatível com seus rendimentos. A defesa alegou que todo esse dinheiro teve origem legal e lícita.
Obviamente que todos são inocentes até que se prove o contrário, mas de qualquer forma ficará a mácula em sua imagem e isso respingará igualmente na imagem do exército brasileiro, quer queiram ou não. De uma maneira ou outra o cidadão Mauro Cid terá a devida oportunidade de se defender judicialmente de todas essas alegações, afinal de contas vivemos em um Estado democrático de Direito onde todos possuem o direito de ampla defesa.
A Estabilidade Petista
É inegável que o Brasil vive um clima de estabilidade política e econômica nesses seis primeiros meses do governo petista. E isso foi conquistado apesar da grande polarização e profecias de fim de mundo por parte da direita brasileira. O governo Lula III tem feito as reformas necessárias no parlamento e governado bem o pais, o reorganizando de acordo com as forças sociais da nação. Isso trouxe uma estabilidade que se reflete nos bons números da economia.
A inflação está em baixa, barateando os alimentos e demais serviços, algo que traz muitos benefícios ao setor mais pobre da popuação. Além disso o Brasil vai recuperando seu grau de investimento no exterior, algo essencial para levantar a economia brasileira. Com tudo isso virou discurso vazio o que dizia Paulo Guedes ao afirmar que o Brasil iria virar uma Argentina em seis meses e uma Venezuela com 1 ano de governo petista. Além de desrespeitoso com nossas nações vizinhas, era também uma grande burrice.
Bolsonaro, os 17 milhões e a mentalidade de seita
Nessa semana ficamos sabendo que Jair Bolsonaro recebeu 17 milhões de reais através de doações via pix de seus admiradores por todo o Brasil. Bom, pelo menos essa seria a versão oficial. Alguns boatos diziam que há nesse meio sim dinheiro de doação, mas também haveria algum tipo de manipulação para lavagem de dinheiro. Não há provas corroborando esse tipo de versão. Quem sabe algum dia isso venha à tona. De qualquer forma impressiona que Bolsonaro tenha ficado rico dessa maneira. É mais dinheiro do que ele havia declarado em toda a sua vida política.
E aí vamos para um ponto central. Se as doações foram mesmo de seus admiradores temos aqui uma mentalidade de seita. Não me admira. Eu tenho pessoas próximas que estão completamente fanatizadas por Bolsonaro. Isso nunca havia acontecido antes na história do Brasil por nenhum político. O que há de novo é o uso das redes sociais para distribuir material de propaganda em larga escala. Com a propaganda implacável e as fake news correndo soltas cria-se mesmo muito fanatismo e mentalidade de seita, principalmente entre as pessoas mais idosas que não conseguem lidar com a massa de desinformação que recebem todos os dias nas redes sociais. Esse momento histórico e tudo o que está acontecendo certamente serrá fruto de estudo nos anos que virão.
Pablo Aluísio.