terça-feira, 1 de julho de 2008

Paul McCartney - Press to Play


Paul McCartney - Press to Play
Ouvi novamente Press to Play de 1986. Eu comprei esse disco em vinil na época, quando ele foi lançado. Achei fraco e nessa revisão que fiz hoje realmente não houve outra conclusão. É o mais fraco de toda aquela época. E olha que foi uma década de muitos sucessos comerciais para o Paul McCartney. Infelizmente, nesse álbum ele não acertou muito bem. E o mais curioso é que as melhores músicas do trabalho ficaram fora do disco! E a edição que chegou ao Brasil, tinha apenas 10 faixas. E as duas melhores ficaram de fora. Vai entender um troço desses...

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Oscar 2023


Melhor Filme 
Nada de Novo no Front ★★★★
Avatar: O Caminho da Água
Os Banshees de Inisherin ★★★
Elvis ★★★
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo 
Os Fabelmans ★★★★
Tár ★★★★
Top Gun: Maverick ★★★★
Triângulo de Tristeza
Entre Mulheres ★★★

Melhor Ator
Austin Butler (Elvis)
Colin Farrell (Os Banshees de Inisherin)
Brendan Fraser (A Baleia)
Paul Mescal (Aftersun)
Bill Nighy (Living)

Melhor Atriz
Cate Blanchett (Tár)
Ana de Armas (Blonde)
Andrea Riseborough (To Leslie)
Michelle Williams (Os Fabelmans)
Michelle Yeoh (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo) 

Melhor Atriz Coadjuvante
Angela Bassett (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)
Hong Chau (A Baleia)
Kerry Condon (Os Banshees de Inisherin)
Jamie Lee Curtis (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo) 
Stephanie Hsu (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo)

Melhor Ator Coadjuvante
Brendan Gleeson (Os Banshees de Inisherin)
Brian Tyree Henry (Causeway)
Judd Hirsch (Os Fabelmans)
Barry Keoghan (Os Banshees de Inisherin)
Ke Huy Quan (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo) 

Melhor Direção
Martin McDonagh (Os Banshees de Inisherin)
Daniel Kwan e Daniel Scheinert (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo) 
Steven Spielberg (Os Fabelmans)
Todd Reid (Tár)
Ruben Ostlund (Triângulo de Tristeza)

Melhor Animação
Pinóquio por Guillermo del Toro 
Marcel the Shell with Shoes On
Gato de Botas 2
A Fera do Mar
Red: Crescer é uma Fera

Melhor Curta Animado
The Boy, The Mole, The Fox and the Horse 
The Flying Sailor
Ice Merchants
My Year of Dicks
An Ostrich Told Me The World is Fake and I Think I Believed It

Melhor Roteiro Original
Os Banshees de Inisherin
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo 
Os Fabelmans
Tár
Triângulo de Tristeza

Melhor Roteiro Adaptado
Nada de Novo no Front
Glass Onion: Um Mistério Knives Out
Living
Top Gun: Maverick
Women Talking 

Melhor Curta em Live-Action
An Irish Goodbye 
Ivalu
Le Pupille
Night Ride
The Red Suitcase

Melhor Design de Produção
Nada de Novo no Front 
Avatar: O Caminho da Água
Babilônia
Elvis
Os Fabelmans

Melhor Figurino
Babilônia
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre 
Elvis
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo
Sra. Harris vai a Paris

Melhor Documentário
All That Breathes
All the Beauty and the Bloodshed
Fire of Love
A House Made of Splinters
Navalny 

Melhor Documentário em Curta-Metragem
The Elephant Whisperers 
Haulout
How Do You Measure a Year?
The Martha Mitchell Effect
Stranger at the Gate

Melhor Som
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água
Batman
Elvis
Top Gun: Maverick 

Melhor Direção de Fotografia
Nada de Novo no Front 
Bardo
Elvis
Empire of Light
Tár

Melhor Edição
Os Banshees de Inisherin
Elvis
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo 
Tár
Top Gun: Maverick

Melhores Efeitos Visuais
Nada de Novo no Front
Avatar: O Caminho da Água 
Batman
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
Top Gun: Maverick

Melhor Maquiagem
Nada de Novo no Front
Batman
Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
Elvis
A Baleia 

Melhor Filme Internacional
Nada de Novo no Front (Alemanha) 
Argentina, 1985 (Argentina)
Close (Bélgica)
EO (Polônia)
The Quiet Girl (Irlanda)

Melhor Trilha Sonora Original
Nada de Novo no Front 
Babilônia
Os Banshees de Inisherin
Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo
Os Fabelmans

Melhor Canção Original
Diane Warren – “Applause” (Tell It Like a Woman)
Lady Gaga – “Hold My Hand” (Top Gun: Maverick)
Rihanna – “Lift Me Up” (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre)
M.M. Keeravaani e Chadrabose – “Naatu Naatu” (RRR) 
Ryan Lott, David Byrne, Mitski – “This Is a Life” (Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo)

Obs: Em negrito, os vencedores!

Minha visão dos quadrinhos

Minha visão dos quadrinhos
Eu nunca fui colecionador de quadrinhos. Tirando um breve período nos anos 90 em que eu comprei alguns exemplares do Homem-Aranha e do Batman, ainda em estilo formatinho da abril, com papel jornal, eu nunca fui de comprar gibis. E acredito que isso tenha sido causado pelo meu amor ao cinema. Os filmes eram muito mais interessantes e diversificados. 

Essa coisa de super-herói me parecia muito infantil, pois tudo era pretexto para personagens com roupas colantes e coloridas saírem na mão, quebrando o pau. Eu já tinha uma certa idade para ir atrás desse tipo de coisa. 

Eu me recordo de ir na casa de um amigo, ainda nos tempos colegiais e ver ele com uma boa quantidade de quadrinhos em seu quarto. Achava legal porque gostava de cultura pop, mas eu realmente nunca senti necessidade de comprar esse tipo de publicação. na época eu colecionava revistas de cinema e isso me bastava. Quadrinhos podiam até ter seu charme, mas falando sinceramente, nunca foi a minha praia. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 29 de junho de 2008

Diga Não ao Nazismo!

Diga Não ao Nazismo!
Eu nem ia escrever sobre isso porque faz algum tempo que decidi dedicar esse blog apenas para falar de cinema, mas diante da gravidade da situação devo deixar algumas palavras fortes escritas por aqui no blog, para fortalecer minha posição sobre o tema. Nesses últimos dias vimos pessoas e grupos com relevância na internet defenderem posições absurdas sobre o Nazismo! Um conhecido dono de podcast no Youtube defendeu a existência de um Partido Nazista Brasileiro. Outro, membro do MBL, falou que não deveria existir criminalização na existência do Partido Nazista na Alemanha! O defensor da existência do Partido Nazista no Brasil se chama Monark. Quem defendeu a existência legal de um Partido Nazista na Alemanha foi um parlamentar brasileiro (olha o absurdo!) chamado Kim Kataguiri do MBL (Movimento Brasil Livre). Em nome da liberdade de expressão valeria tudo na opinião desse sujeitos. Esqueceram que apologia ao nazismo é crime? Devem ser denunciados, processados e punidos de forma exemplar.

Temos aqui um completo desconhecimento da questão por parte dessas pessoas (isso se não foi algo realmente doloso, para falar a verdade). Considerar a possibilidade de existência de um Partido Nazista no Brasil não é apenas uma estupidez, uma ignorância, mas também uma completo desconhecimento da história. Nazistas não participam de debates políticos. Eles matam os opositores. Nazistas não querem viver no meio democrático. Eles querem destruir a democracia. Nazistas não sentam à mesa para discutir suas ideias com ninguém, mas sim apontam uma arma para sua cabeça e puxam o gatilho. Nazismo não é ideologia política em minha opinião. Nazismo é psicopatia, perversão, crueldade, ódio, ressentimento e cinismo que se traveste de ideologia política. A base de tudo é a morte de quem não se enquadra na sua louca definição de "Raça Ariana"!

E como é absurda a figura de um suposto Nazista Brasileiro! O sujeito, fruto de um povo miscigenado, um povo latino, acredita mesmo que seria acolhido por nazistas? Esse sujeito é completamente tosco do ponto de vista intelectual. Hitler chegou a escrever em seu livro "Minha Luta" que povos miscigenados eram "Meio-Macacos" (foi exatamente essa expressão que ele usou no livro, não estou exagerando). E os negros? Eram "macacos" para Hitler. O povo brasileiro, em sua maioria miscigenado e negro, era abaixo da sub-raça para Hitler. Ele não considerava um brasileiro um ser humano. Era um mero animal em sua visão. Essas pessoas acham que seriam o quê exatamente em um regime nazista? Se ficassem vivas (o que acho improvável) seriam meros escravos. E o branco brasileiro não escaparia, mesmo tendo olhos azuis. Brasileiro na ideologia nazista é Latino, sub-raça na visão deles. Seria escravo ou então seria enviado para a câmera de gás caso não tivesse capacidade para trabalhar. Quem ousaria defender um conjunto de pensamentos como esse?

E com esse tipo "ideologia" que o MBL quer debater? Quer sentar na mesa para debater com Nazista? Para o tal de Monark está tudo bem com desfiles nazistas nas ruas das principais cidades brasileiras? Com os nazistas vestidos com suas roupas SS? Ele acha normal isso? Ele quer ver bandeiras vermelhas com a suástica desfilando pelas ruas do Brasil? É isso que ele acha liberdade de expressão? Um partido existe para tomar o poder. Se você acha que a existência do Partido Nazista não tem problema, então você também acha que não tem problema esse mesmo partido um dia tomar o poder. Acha normal que um regime Nazista seja implantado no Brasil? E quando os campos de concentração forem construídos para matar os brasileiros, seus  pais, mães, avós, avôs, as crianças pequenas, vocês vão sentar com eles para debater suas ideias? Pelo amor de Deus...

Pablo Aluísio.

Sétima Arte - Richard Gere, Julia Roberts, Richard Chamberlain, Sharon Stone


sábado, 28 de junho de 2008

Alien: Romulus

Novo fillme da Franquia Aliens estreia com sucesso
Mais um filme da franquia Aliens chegou aos cinemas mundiais nesse fim de semana e chegou com muito sucesso comercial, liderando a lista das maiores bilheterias dessa semana. Alien: Romulus desbancou o sucesso mundial Deadpool & Wolverine e assumiu o topo dos filmes mais assistidos desses últimos dias. Para quem achava que Aliens estava esgotado, está aí uma notícia para confirmar justamente o contrário. 

Em poucos dias o filme já rompeu a marca de 140 milhões de dólares arrecadados em todo o mundo. Uma marca muito significativa, ainda mais nos dias atuais quando a indústria luta para levar mais pessoas aos cinemas. Pois é, a retomada após a pandemia ainda segue e os estúdios respiram aliviados quando um filme como esse alcança um bom resultado comercial. 

Esse novo filme foi dirigido pelo cineasta Fede Alvarez. É uma das primeiras investidas do diretor nesse gênero Sci-Fi. Ele era mais conhecido do público que curte filmes de terror e suspense. Entre seus créditos anteriores estão fitas como O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface, A Morte do Demônio e as fitas da franquia Homem das Trevas. Em todos eles trabalhou como roteirista. 

Dessa forma Alien: Romulus é o seu primeiro grande filme como diretor e o resultado, pelo menos do ponto de vista comercial, foi muito satisfatório. E Ridley Scott? O grande diretor dessa franquia poelo menos por enquanto decidiu que não iria mais dirigir filmes. Ficando apenas como consultor e produtor executivo. Pelo visto ele ficou realmente magoado pelas críticas negativas que sofreu nos últimos filmes. Esperamos que ele mude de ideia e volte nos próximos filmes que certamente serão produzidos nos próximos anos. 

Pablo Aluísio. 

Hellboy e o Homem Torto

Hellboy
Vem aí um novo filme do personagem de quadrinhos Hellboy (o garoto do inferno). Essa é a quarta adaptação para os cinemas de suas histórias. O novo filme ganhou o estranho nome de "Hellboy e o Homem Torto", um título que vai soar familiar para os leitores de gibis, já para o resto do público sem dúvida ficou meio esquisito. Eu me incluo no grupo de pessoas que não gostaram mesmo desse título nacional do original "Hellboy: The Crooked Man". 

A história se passa na década de 1950. Hellboy é enviado para os Apalaches, no oeste dos Estados Unidos, para descobrir e desvendar os mistérios de uma estranha comunidade envolvida com ocultismo, bruxarias e coisas do tipo. A produção promete aventura e excelentes efeitos especiais. O ator Jack Kesy, debaixo de forte maquiagem, interpreta Hellboy nesse novo filme. 

A direção desse novo filme foi do cineasta Brian Taylor (não é o cara do Queen!). Ele dirigiu dois filmes da franquia Adrenalina, além de Gamer, um filme até razoável de ação com o Gerard Butler. É uma nova chance para ele, uma vez que sua adaptação de outro peonagem, o Jonah Hex, não deu certo, se tornando um fracasso de público e crítica. Vamos ver se agora com esse novo filme do Hellboy ele finalmente acerta a mão e atinge o sucesso. 

Hellboy e o Homem Torto
Estreia no Brasil: 26 de setembro
Direção; Brian Taylor
Elenco: Jack Kesy Jefferson White
Estúdio: Dark Horse Entertainment

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Entrevista: Renée Zellweger

Entrevista: Renée Zellweger

Entrevista com a atriz durante o lançamento da cinebiografia da cantora e atriz Judy Garland, onde interpretou a protagonista. 

Sra. Zellweger, como atriz, o que você faz para manter os pés no chão?

Renée Zellweger - Passo muito tempo sozinha. Eu corro muito, então há uma espécie de expulsão física de tudo que é estranho. Tenho responsabilidades e desafios como todo mundo: amigos doentes, amigos com bebês… E essas são as coisas que eu aproveito, são os tesouros da minha vida. Mais do que o trabalho ou o que as pessoas pensam do seu trabalho, essas coisas são definidoras. Não há muita consideração por coisas que não são projeções; Tento não perder tempo com coisas que não importam.

Muitas vezes é mais fácil falar do que fazer.

Renée Zellweger - Claro – há tantas coisas que você não pode controlar; especialmente coisas intangíveis. Mas há certas coisas que você pode controlar, e é nessas coisas que me concentro. As coisas que não consigo controlar, simplesmente deixo em paz. Quando estou trabalhando, por exemplo, procuro sempre me concentrar em algo que seja verdadeiro, algo que me comova no contexto da história que estamos tentando contar através do filme, e apenas confio nisso.

Você pode me dar um exemplo?

Renée Zellweger - Bem, cantando em Judy, tentei negociar uma saída! (Risos) Sempre achei que esse tipo de atuação não era para alguém como eu, que não tinha feito disso uma vida. Mas foi algo que pareceu muito importante para Rupert Goold, o diretor. Ele teve relacionamentos muito próximos com os artistas durante toda a sua vida como diretor teatral e, por isso, queria que fosse uma representação autêntica do que acontece entre o público e o artista quando filmamos. E eu agradeço isso. Na verdade, estou feliz que ele quis fazer isso e entendo agora. E você não pode contar uma história sobre um dos maiores artistas de todos os tempos sem encapsular adequadamente uma troca genuína.

Então, como você assumiu o controle de uma situação na qual talvez não se sentisse totalmente confortável?

Renée Zellweger - Trabalho em equipe. Foi fantástico tentar coisas todos os dias com os diferentes departamentos. Trabalhei com o compositor do filme e ele é extraordinário. É uma equipe enorme de pessoas, então eu tinha um monte de mães de palco, que ficavam me chutando nas calças para tentar, apenas insistindo para que eu apenas trabalhasse. Havia exercícios todos os dias, tentando fazer aquelas notas saírem da minha boca pela primeira vez, secretamente, silenciosamente isolada no meu carro, longe de um treinador vocal, porque eu não queria que ele desistisse de mim. (risos)

Muitas vezes atuar é visto como uma habilidade natural, é fácil esquecer o trabalho que envolve isso.

Renée Zellweger - Para mim, não quero decepcionar meus parceiros, é um meio colaborativo, somos centenas de pessoas nos reunindo para fazer esta obra de arte, e não funciona a menos que todos apareçam e façam a sua parte. E não quero decepcionar as pessoas, trabalhando tanto quanto elas; é importante para todos lá. É um trabalho, é trabalho, mas é importante, você quer que tenha sucesso. Você quer que seja bom, por razões que às vezes são muito pessoais. E neste caso, cooperativamente, isso era importante para nós porque ela era importante. Atuar é realmente a identidade de Judy Garland, ela não conhece a vida onde não é valorizada por seu dom extraordinário. E provavelmente seu valor e sua autoestima giram muito em torno disso.

Você diria que as coisas são mais flexíveis para artistas e atores hoje em dia?

Renée Zellweger - Eles têm mais agência, isso é certo. Eles participam mais nas decisões tomadas e esperamos que tenham defensores. Então certamente é diferente, é quase injusto comparar a situação e o tempo, porque você dificilmente imagina o que significava o cinema naquela época porque aquele era o apogeu, não era? Quer dizer, moldou não apenas uma conversa, mas uma história: quem idolatrávamos, quem queríamos ser, como você aspira que sua vida se torne - tudo isso foi moldado pelo cinema. E ser uma jovem que participa disso, quer dizer, imagine o poder e o equilíbrio aí… É bem diferente.

No entanto, também é um pouco de pressão.

Renée Zellweger - Claro. Quer dizer, ninguém espera que eu seja a maior cantora que já existiu quando subo no palco. As pessoas realmente esperavam isso de Judy Garland, mesmo quando ela não dormia, estava com jetlag, provavelmente não tinha comido… Então todas essas coisas resultam na incapacidade de acessar totalmente o seu instrumento. Quero dizer, você ouve histórias sobre como Celine Dion não fala porque está interessada em proteger seu instrumento. Esta não era a prerrogativa de Judy, que tinha de ganhar a vida e cuidar de si mesma, o que é extraordinário de imaginar tendo em conta que ela trabalhava ao mais alto nível desde criança. É realmente incrível. Não acho que teria sido capaz de sentir empatia pela situação dela da mesma forma há 15 ou 20 anos.

Por quê?

Renée Zellweger - Eu realmente não tinha experimentado o caos que pode resultar do esquecimento de se priorizar, do esquecimento de cuidar de si mesmo ou de não sentir que é capaz de fazê-lo. Eu não teria entendido o cansaço da agenda de viver longe de casa durante anos, não sendo capaz de estabelecer uma casa mesmo que a tivesse. Essas são coisas que você precisa estar na profissão há algum tempo para entender adequadamente. Vai muito além da empolgação que as pessoas que não compartilham a experiência podem perceber. É bastante complicado e pode ser desumano. Não sei se desde cedo eu teria sido capaz de reconhecê-lo além de sua peculiaridade! Não é natural viver nesta profissão e ter uma personalidade pública, é muito bizarro.

Você diria que está em um bom lugar agora?

Renée Zellweger - Sempre pensei que estava em um bom lugar. Pode não ter sido certo, mas não foi ruim. Sempre me senti uma pessoa feliz, mas não percebi que o caos estava cobrando seu preço - é preciso estar longe dele para reconhecê-lo.

Nos Tempos do VHS - Jean-Claude Van Damme

Nos Tempos do VHS - Jean-Claude Van Damme
Para falar a verdade eu nunca gostei muito dos filmes do belga Jean-Claude Van Damme. Nos tempos do VHS seus filmes eram considerados, entre os que gostavam de fitas de ação, como produções de terceira ou quarta categoria. Eram bem ruins, principalmente os primeiros que chegaram nas locadoras. Isso não significa que não tinha admiradores. No Brasil, por exemplo, seus filmes eram bem comercializados, faziam sucesso nas locadoras de vídeo VHS. E ele soube bem aproveitar esse mercado. Afinal nem sempre havia lançamentos com Stallone ou Arnold Schwarzenegger, então suas produções baratas cobriam um certo vácuo do mercado. 

Esse filão de filmes de artes marciais sempre existiu. Sempre reinou no Oriente em produções feitas em Hong Kong. Nos anos 60 até mesmo virou modinha nos Estados Unidos, principalmente com os filmes de Bruce Lee. Depois de sua morte o subgênero afundou novamente, só ressurgindo de novo nos anos 80 com filmes lançados em VHS, com muita coisa de Ninjas, Samurais e coisas do tipo. O Jean-Claude Van Damme veio nessa onda. 

Puxando pela memória penso que seus primeiros filmes foram lançados por aqui pela Paris Filmes, que começou pequena e depois foi ganhando mais robustez. Eram grandes fitas VHS com embalagens até bem trabalhadas. Isso ajudou a vender o Van Damme em nosso pais. Depois ele fez também filmes que foram lançados pela América Vídeo com suas capinhas de papelão que imitavam a bandeira dos Estados Unidos. Esse selo ganhou fama por lançar as tranqueiras da produtora Cannon em nosso país. 

Só bem mais tarde, já nos anos 90, é que o belga começou a fazer filmes melhores, com bons diretores em produções mais bem caprichadas. Os dias dos filmes podreiras ficariam para trás por um tempo. Ele estava pronto para ir para o primeiro escalão dos action heroes. Só que é aquela coisa, acabou tropeçando nas próprias pernas. Ele se envolveu com drogas e aí sua carreira foi afundando cada vez mais. Acabou voltando para o ponto onde começou, fazendo pequenos filmes B, sem qualquer relevância. Hoje, já bem envelhecido, o ator e lutador segue na luta. Só que seus filmes só circulam mesmo entre seus veteranos admiradores. Para o público em geral ele não tem mais qualquer relevância. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Elvis Presley - Harum Scarum

Ttulo do Álbum: Harum Scarum
Artista: Elvis Presley
Ano de Lançamento: 1965
País: Estados Unidos
Selo: RCA Victor
Produção: Fred Karger, Gene Nelson
Local de Gravação: RCA Studio B, Nashville
Músicos: Elvis Presley, Gene Nelson, Scotty Moore, Grady Martin, Charlie McCoy, Henry Strzelecki, D.J. Fontana, Kenneth Buttrey, Floyd Cramer, The Jordanaires.

Músicas:
Harem Holiday, My Desert Serenade, Go East - Young Man, Mirage, Kismet, Shake That Tambourine, Hey Little Girl, Golden Coins, So Close, Yet So Far (From Paradise), Animal Instinct, Wisdom Of The Ages.

Comentários:
Em relação a esse trabalho musical de Elvis eu costumo resumir tudo em uma frase simples: O filme é ruim, mas a trilha sonora é boa! Eu gosto da sonoridade dessas músicas, elas possuem uma classe e uma elegância que poucas vezes se ouviu nas trilhas de Elvis pós 65 em Hollywood. O filme, claro, é sem salvação bem ruim mesmo, mas o conjunto de repertório desse álbum sempre me soou muito agradável, muito digno. Se o filme não tinha boa direção e nem bom roteiro, pode apostar na trilha sonora que é um item que merecia ser mais valorizada pelos fãs do cantor Elvis. 

Pablo Aluísio.