segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
Galeria Cine Western - William Holden
Na foto acima o ator William Holden posa para foto promocional de um western dos estúdios Columbia. Seu faroeste preferido na carreira foi The Man from Colorado, que rodou ao lado do astro e amigo Glenn Ford. Nesse filme Holden interpretava um veterano de guerra, braço direito de um velho coronel da União (interpretado pelo próprio Glenn Ford) que o seguia depois do fim da guerra civil até uma cidadezinha do velho oeste. Lá se tornava xerife, porém tinha que lidar com seu velho companheiro de armas que aos poucos ia ficando enlouquecido por traumas de guerra. Para Holden aquele era um faroeste diferente, com foco direcionado para os problemas psicológicos dos personagens principais, algo que era bem raro em filmes de western dos anos 1950. No fim da carreira Holden se dizia arrependido por não ter rodado mais filmes passados no oeste americano já que ele próprio era um fã e admirador do gênero.
Henry Fonda em foto promocional do clássico Paixão dos Fortes (My Darling Clementine, EUA, 1946). O filme, considerado um dos melhores dirigidos pelo mestre John Ford, contava parte da história do lendário xerife Wyatt Earp e o histórico tiroteio acontecido no OK Curral, um dos momentos mais memoráveis da história do velho oeste americano. Na ocasião Earp, seus irmãos e um velho conhecido, Doc Holiday, dentista, pistoleiro e apostador, iam até um pequeno curral para enfrentar um bando de criminosos armados. Em questão de segundos tudo seria resolvido com muitos tiros e momentos de tensão. História real, baseada na própria vida de Earp que na velhice teria ido até Hollywood para contar parte de sua própria vida, criando assim uma das mitologias mais usadas e filmadas da indústria do cinema. Leia mais sobre o filme Paixão dos Fortes clicando aqui.
Pablo Aluísio.
domingo, 3 de dezembro de 2006
Galeria Cine Western - O Homem Que Matou o Facínora
O Homem Que Matou o Facínora - Durante uma pausa nas filmagens do filme "The Man Who Shot Liberty Valance" os atores John Wayne e James Stewart posam ao lado do diretor e mestre John Ford. O filme é até hoje considerado um dos maiores clássicos do faroeste americano. As filmagens foram marcadas pelo choque de personalidades entre Wayne e Ford. Ambos mantinham uma longa tradição de cultivarem uma amizade marcada por muitas afinidades artísticas, interligadas com grandes brigas pessoais. John Ford não aliava a barra para Wayne, sempre o provocando para que desse o melhor de si. Com um microfone na mão gritava a plenos pulmões se referindo a Wayne: "Vamos lá seu paquiderme, essa é a única expressão que tem? Quero que você comece a atuar de verdade!". As broncas pelo visto deram certo já que os filmes que Wayne realizou ao lado de John Ford são até hoje considerados os melhores do gênero.
Randolph Scott em material promocional do filme Carson City. A partir dos anos 1950 Randolph Scott decidiu só realizar faroestes. Quando ele foi para Hollywood anos atrás ele tinha a intenção de realizar todos os tipos de filmes, porém o tempo mostrou que ele poderia se dar muito bem apenas estrelando westerns de orçamentos enxutos. A partir de determinado momento também percebeu que poderia ele próprio produzir suas fitas a um custo relativamente baixo, ganhando bastante lucro com as bilheterias. Foi justamente nesse período que realizou seus maiores sucessos. No começo dos anos 60, quando a idade foi chegando, ele decidiu se aposentar (para muitos de forma precoce). Seu último filme entrou em cartaz em 1962. A partir daí Scott levaria uma vida tranquila, jogando golfe e fazendo viagens ao lado de amigos e familiares. Apesar de ter saído cedo de cena Randolph Scott teve uma vida longa só vindo a falecer em 1987 em sua mansão em Beverly Hills. Ao longo da vida foi casado duas vezes, deixando como herdeiros dois filhos, Sandra e Christopher Scott (que anos atrás escreveu uma carinhosa biografia em homenagem ao pai).
Pablo Aluísio.
Galeria Cine Western - Randolph Scott
Santa Fé (1951) - Na imagem o ator Randolph Scott está em cena do clássico do western "Santa Fé", filme dirigido por Irving Pichel. Produzido pela própria companhia cinematográfica de Scott, o roteiro mostrava os problemas que surgiram após o fim da guerra civil americana. Vários veteranos, principalmente sulistas, ex-confederados, tiveram que rumar em direção ao oeste em busca de novas oportunidades, algo que nem sempre foi muito fácil pois no caminho tinham que encontrar vários veteranos ianques que os detestavam. No filme Randolph Scott faz parte de um grupo de irmãos, todos ex-soldados confederados. Ele decide deixar a guerra para trás de uma vez por todas, procurando recomeçar sua vida como empregado da estrada de ferro. O problema é que seus irmãos não pensam dessa forma, procurando o mundo da criminalidade para se vingar dos nortistas. Um dos mais elegantes trabalhos do inesquecível Randolph Scott.
Vera Cruz (1954) - Na foto uma cena do clássico "Vera Cruz", filme dirigido pelo cineasta e mestre do gênero Robert Aldrich. Gary Cooper e Burt Lancaster estrelaram esse grande sucesso de bilheteria. O curioso desse filme é que embora fossem astros absolutos do cinema americano da época os atores aceitaram interpretar dois personagens que pareciam estar muito longe do bom mocismo típico dos anos 1950. Gary Cooper, sempre associado a papéis de homens éticos, valorosos e corretos, aqui interpreta um mercenário, um veterano de guerra que agora aluga seus talentos para combate a quem pagar melhor, ou em outras palavras, um mercenário. Já Burt Lancaster dava vida a um verdadeiro escroque, um farsante mentiroso e ladrão de cavalos. Ter dois protagonistas desse estilo acabaram intrigando crítica e público que lotou os cinemas para conferir o resultado. Com isso acabaram sendo presenteados com um dos mais singulares filmes de faroeste da história. Um verdadeiro espetáculo de realismo nas areias escaldantes do deserto.
Pablo Aluísio.
sábado, 2 de dezembro de 2006
Galeria Cine Western - Gary Cooper
Foto promocional do faroeste Only The Brave, de 1930, com Gary Cooper. Dirigido por Frank Tuttle o filme foi um dos primeiros grandes sucessos da carreira de Cooper. Em cena ele interpretava o galante Capitão James Braydon, oficial da cavalaria americana em expedição por um território selvagem do velho oeste. Em seu caminho surgem guerreiros sioux ávidos por vingança após o exército americano atacar as forças de um orgulhoso cacique da tribo. Para piorar a situação a nação está em guerra civil e Cooper interpreta esse bravo militar que decide ficar do lado da União. Depois de enfrentar os índios revoltosos ele é enviado para uma missão praticamente suicida, além das linhas inimigas do general Robert E. Lee, o grande comandante das tropas confederadas do sul.
Kirk Douglas em cena do clássico de western "Embrutecido Pela Violência" (1951). Dirigido pelo cineasta consagrado Raoul Walsh. Em busca de um maior realismo das cenas Walsh negou a pretensão da Warner, produtora do filme, em filmar tudo dentro dos grandes estúdios da companhia em Hollywood. Com várias cenas de montanhas e ao ar livre Raoul decidiu que iria levar toda a sua equipe para locações naturais no Alabama e Califórnia. As filmagens foram complicadas, principalmente pelo risco de acidentes dos atores e equipe técnica, porém o resultado final se revelou espetacular, com ótimas sequências nas colinas. Um dos grandes faroestes dos anos 50 e um dos melhores momentos de Kirk Douglas no gênero.
Pablo Aluísio.
Galeria Cine Western - Marlon Brando
John Wayne - The Searchers, 1956
John Wayne no papel do destemido e incansável Ethan no clássico Rastros de Ódio (The Searchers, EUA, 1956). Dirigido por John Ford esse era considerado pelo próprio Wayne como o momento mais marcante de sua carreira no cinema. A busca desesperada e sem fim de seu personagem pelo paradeiro de sua sobrinha levada pelos nativos pelo deserto era não apenas a jornada de um homem em busca de uma parente próxima, mas sim a busca em torno de si mesmo, de seus ideais e valores de vida. Para muitos críticos o mestre John Ford realizou o maior filme de faroeste da história, mesclando todos os elementos do gênero cinematográfico dentro de um filme tecnicamente perfeito. Já o ator John Wayne ficou tão fascinado pelo resultado que anos depois acabaria batizando seu próprio filho com o nome do personagem que o interpretou. Nos dias atuais Ethan Wayne é o curador da obra e legado de seu pai. Para ler a resenha, ficha técnica, comentários e demais informações sobre o filme "Rastros de Ódio" clique aqui!
Marlon Brando - The Missouri Breaks, 1976
Depois de se consagrar com sua atuação em "O Poderoso Chefão" (que inclusive lhe valeu o Oscar de Melhor Ator daquele ano), Marlon Brando estava de volta ao topo da indústria cinematográfica. O ator que era considerado difícil de se lidar no set de filmagem acabou aceitando o convite para estrelar esse faroeste que no Brasil recebeu o título de "Duelo de Gigantes", um nome bem de acordo com o elenco uma vez que Brando contracenaria com outro monstro sagrado da atuação, seu próprio vizinho Jack Nicholson. Claro que interpretar um pistoleiro comum de filmes de western não iria interessar muito a Brando naquela altura de sua carreira, assim ele resolveu inovar com seu personagem, trazendo elementos nada comuns para o universo do faroeste americano. A interpretação sui generis acabaria ganhando a crítica que acabou elogiando bastante a originalidade do ator no filme. Coisas que só um gênio como Brando poderia trazer para o western naquele momento. Para ler mais sobre "The Missouri Breaks" basta clicar aqui!
Maureen O'Hara e John Wayne
No último dia 24 de outubro, morreu aos 95 anos, a atriz Maureen O'Hara. A imprensa americana deu ampla cobertura sobre seu falecimento, destacando principalmente sua produtiva carreira ao lado do ator John Wayne. No total eles realizaram cinco filmes juntos. Foram eles: Asas de Águias (1957), Rio Bravo (1950), Depois do Vendaval (1952), Quando um Homem É Homem (1963) e Jake Grandão (1971) que marcou a despedida deles juntos nas telas. Wayne inclusive tinha grande carinho pela colega de profissão a ponto inclusive de muitas vezes condicionar a aceitação de participar de um filme na contratação de Maureen para contracenar com ele. Provavelmente a cena mais famosa que fizeram juntos foi aquela em que Wayne a puxa para si no clássico "Depois do Vendaval". Segunda a própria atriz esse tinha sido seu momento mais memorável ao lado do grande astro cowboy da história do cinema americano. Na foto acima: Wayne e O´Hara se divertem nas filmagens de "Jake Grandão". Abaixo: ainda bem jovens contracenando juntos em Rio Bravo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
Galeria Cine Western - Paul Newman
The Cheyenne Social Club
Esse western bem humorado pode ser visto como uma verdadeira reunião de veteranos do cinema americano. Estrelado por James Stewart e Henry Fonda o filme foi dirigido pelo astro Gene Kelly (na foto tirada no set de filmagens, bem no meio de Stewart e Fonda). Kelly que se imortalizou com o clássico "Cantando na Chuva" (para muitos o maior musical de todos os tempos) sempre tivera vontade de participar de um faroeste que tivesse um roteiro mais leve, com muito humor. A oportunidade caiu em suas mãos quando um roteiro escrito baseado na novela de Davis Grubb lhe foi enviado pelo estúdio. Usando da amizade que tinha de longos anos com James e Henry ele conseguiu rodar o filme em 1969, quando o próprio western já demonstrava sinais de esgotamento. Elogiado pela crítica, "The Cheyenne Social Club" acabou cumprindo bem suas pretensões. Para ler a resenha do filme basta acessar clicando aqui.
Paul Newman - The Left Handed Gun
Paul Newman aponta seu rifle para seu inimigo no clássico do western "Um De Nós Morrerá" (The Left Handed Gun, EUA, 1958). Dirigido pelo mestre Arthur Penn, com roteiro escrito pelo renomado autor Gore Vidal, o filme era mais um sobre a história do famoso pistoleiro Billy The Kid, um dos grandes ícones da mitologia do velho oeste americano. Henry Bonney, seu nome verdadeiro, entrou para a história após seus feitos na chamada Guerra do Condado de Lincoln, onde conseguiu escapar das mãos da lei numa fuga extraordinária, logo após ser acusado de ter matado um xerife. O filme é hoje em dia considerado um verdadeiro cult movie da década de 1950. E Billy The Kid, mesmo após ser enfocado em mais de cem filmes e ter morrido muito jovem, continua tão popular como antes. Para ler mais sobre esse faroeste clássico basta clicar aqui!
Pablo Aluísio.
10 Curiosidades do Velho Oeste
1. O famoso pistoleiro Billy The Kid não nasceu no oeste americano, mas sim na cosmopolita Nova Iorque em 17 de setembro de 1859. Ele ficou particularmente conhecido por causa da chamada Guerra do Condado de Lincoln, onde foi preso após matar o xerife da cidade. Depois de uma fuga espetacular da cadeia local, Kid começou a ser celebrado em livros baratos, de bolso, que tornaram seu nome imortal dentro da mitologia do western. Foi um dos mais famosos foragidos da lei. Mais de dez mortes foram creditadas a ele, mas muitas nunca foram confirmadas ou provadas. Ele acabou sendo morto aos 21 anos por Pat Garrett, um antigo conhecido que havia se tornado um homem da lei.
2. O termo "distrito da luz vermelha", até hoje usado para identificar pontos de prostituição em várias cidades ao redor do mundo, veio de um saloon chamado Bordello em Dodge City, Kansas. A porta da frente do prédio era feito de vidro colorido e produzia um brilho vermelho para o mundo exterior quando iluminada à noite. Acabou se tornando o mais famoso bordel do velho oeste.
3. Um dos mais famosos homens da lei do velho oeste, o celebrado xerife e delegado Wyatt Earp, foi acusado e indiciado por roubo de cavalos na cidade de Van Buren, Arkansas em 8 de maio de 1871. Na época o crime era punido com pena de morte, sendo os condenados pendurados numa árvore e deixados para morrer em execuções públicas. Wyatt não chegou a ser julgado, pois após pagar a fiança fugiu para o Kansas onde começaria uma nova vida.
4. Estimativas afirmam que as nações Indígenas do velho oeste contavam com uma população superior a 8 milhões de Indivíduos. Pouco mais de 1,5 milhão conseguiu sobreviver ao avanço do homem branco durante a colonização da região. Foi um dos maiores genocídios da história.
5. Uma das cidades mais violentas do velho oeste se tornaria uma das mais populosas da Califórnia, décadas depois de sua fundação. Em 1855 Los Angeles era apenas um posto empoeirado de diligências que seguiam rumo a San Francisco. A média de assassinatos era tão alta que o próprio prefeito resolveu renunciar ao seu cargo para liderar um grupo de linchadores que havia resolvido fazer justiça com as próprias mãos contra grupos criminosos que atuavam na cidade naquele conturbado período histórico.
6. Doc Holliday, um dos mais conhecidos pistoleiros do velho oeste, era formado em odontologia. Ao contrair tuberculose sua carreira chegou ao fim pois os pacientes não confiavam mais em fazer tratamentos dentários com uma pessoa doente como ele. Sem alternativas Doc seguiu rumo ao oeste por causa do clima. Lá, sem trabalho e sem meios de viver, começou a ganhar a vida em jogos de cartas nos inúmeros saloons da região. Para se proteger começou a também usar armas. Depois de matar os primeiros desafetos em discussões sobre jogos, Doc começou a ficar conhecido por todas as cidades por onde passava por causa de sua destreza nos gatilhos. Segundo algumas biografias ele não tinha o instinto de preservação que todos possuímos. Por ser frio ao extremo, se tornou um excelente matador em duelos pelas ruas dos vilarejos por onde passava.
7. A famosa gangue dos Daltons, que varreu muitas cidades do oeste selvagem, só durou um ano e cinco meses. Eles se reuniram pela primeira vez para realizar um assalto de trem em Wharton, Oklahoma em maio de 1891. Em 5 de Outubro de 1892 foram encurralados por homens da lei em em Coffeyville, Kansas. A intensa troca de tiros que se seguiu acabou com a quadrilha em questão de minutos.
8. O cacique Touro Sentado, que ficou famoso por derrotar a Sétima Cavalaria liderada pelo General Custer em 1876, na verdade não participou da batalha de Little Bighorn que o notabilizou na história. Ele ficou em sua tribo participando de uma série de rituais para que seus guerreiros fossem bem sucedidos na luta contra os soldados americanos. Os índios na verdade foram liderados por Cachorro Louco, que dizem deu o tiro fatal que matou Custer.
9. Quando os colonizadores brancos chegaram pela primeira vez no oeste americano eles encontraram milhões de búfalos selvagens nas grandes planícies. Em pouco mais de quinze anos a matança foi tão severa que o animal praticamente desapareceu dos pastos. Os búfalos abatidos eram vendidos para empresas orientais que os usavam na produção de fertilizantes e porcelana.
10. Harry Longabaugh ficou conhecido na história como Sundance Kid. O apelido veio do fato dele ser procurado por roubo de cavalos em Sundance, no Wyoming. Ao lado de Butch Cassidy ele se tornou um dos mais conhecidos foragidos da lei no velho oeste americano. Até hoje não se sabe ao certo o que teria lhe acontecido após fugir dos Estados Unidos ao ter sua cabeça colocada a prêmio por dez mil dólares.
Pablo Aluísio.
2. O termo "distrito da luz vermelha", até hoje usado para identificar pontos de prostituição em várias cidades ao redor do mundo, veio de um saloon chamado Bordello em Dodge City, Kansas. A porta da frente do prédio era feito de vidro colorido e produzia um brilho vermelho para o mundo exterior quando iluminada à noite. Acabou se tornando o mais famoso bordel do velho oeste.
3. Um dos mais famosos homens da lei do velho oeste, o celebrado xerife e delegado Wyatt Earp, foi acusado e indiciado por roubo de cavalos na cidade de Van Buren, Arkansas em 8 de maio de 1871. Na época o crime era punido com pena de morte, sendo os condenados pendurados numa árvore e deixados para morrer em execuções públicas. Wyatt não chegou a ser julgado, pois após pagar a fiança fugiu para o Kansas onde começaria uma nova vida.
4. Estimativas afirmam que as nações Indígenas do velho oeste contavam com uma população superior a 8 milhões de Indivíduos. Pouco mais de 1,5 milhão conseguiu sobreviver ao avanço do homem branco durante a colonização da região. Foi um dos maiores genocídios da história.
5. Uma das cidades mais violentas do velho oeste se tornaria uma das mais populosas da Califórnia, décadas depois de sua fundação. Em 1855 Los Angeles era apenas um posto empoeirado de diligências que seguiam rumo a San Francisco. A média de assassinatos era tão alta que o próprio prefeito resolveu renunciar ao seu cargo para liderar um grupo de linchadores que havia resolvido fazer justiça com as próprias mãos contra grupos criminosos que atuavam na cidade naquele conturbado período histórico.
6. Doc Holliday, um dos mais conhecidos pistoleiros do velho oeste, era formado em odontologia. Ao contrair tuberculose sua carreira chegou ao fim pois os pacientes não confiavam mais em fazer tratamentos dentários com uma pessoa doente como ele. Sem alternativas Doc seguiu rumo ao oeste por causa do clima. Lá, sem trabalho e sem meios de viver, começou a ganhar a vida em jogos de cartas nos inúmeros saloons da região. Para se proteger começou a também usar armas. Depois de matar os primeiros desafetos em discussões sobre jogos, Doc começou a ficar conhecido por todas as cidades por onde passava por causa de sua destreza nos gatilhos. Segundo algumas biografias ele não tinha o instinto de preservação que todos possuímos. Por ser frio ao extremo, se tornou um excelente matador em duelos pelas ruas dos vilarejos por onde passava.
7. A famosa gangue dos Daltons, que varreu muitas cidades do oeste selvagem, só durou um ano e cinco meses. Eles se reuniram pela primeira vez para realizar um assalto de trem em Wharton, Oklahoma em maio de 1891. Em 5 de Outubro de 1892 foram encurralados por homens da lei em em Coffeyville, Kansas. A intensa troca de tiros que se seguiu acabou com a quadrilha em questão de minutos.
8. O cacique Touro Sentado, que ficou famoso por derrotar a Sétima Cavalaria liderada pelo General Custer em 1876, na verdade não participou da batalha de Little Bighorn que o notabilizou na história. Ele ficou em sua tribo participando de uma série de rituais para que seus guerreiros fossem bem sucedidos na luta contra os soldados americanos. Os índios na verdade foram liderados por Cachorro Louco, que dizem deu o tiro fatal que matou Custer.
9. Quando os colonizadores brancos chegaram pela primeira vez no oeste americano eles encontraram milhões de búfalos selvagens nas grandes planícies. Em pouco mais de quinze anos a matança foi tão severa que o animal praticamente desapareceu dos pastos. Os búfalos abatidos eram vendidos para empresas orientais que os usavam na produção de fertilizantes e porcelana.
10. Harry Longabaugh ficou conhecido na história como Sundance Kid. O apelido veio do fato dele ser procurado por roubo de cavalos em Sundance, no Wyoming. Ao lado de Butch Cassidy ele se tornou um dos mais conhecidos foragidos da lei no velho oeste americano. Até hoje não se sabe ao certo o que teria lhe acontecido após fugir dos Estados Unidos ao ter sua cabeça colocada a prêmio por dez mil dólares.
Pablo Aluísio.
domingo, 26 de novembro de 2006
Perfil: Randolph Scott
Randolph Scott foi ator, produtor e galã numa carreira que contabilizou mais de uma centena de filmes, se tornando em sua época um dos mais populares atores de Hollywood. George Randolph Crane nasceu em 23 de janeiro de 1898 em Orange County, Virgínia, filho de uma família tradicional da região. Quando era adolescente seus pais se mudaram para a tradicional e elegante cidade de Charlotte na Carolina do Norte. Depois de se alistar no exército e prestar serviço militar durante a Primeira Guerra Mundial, Scott voltou para sua casa resolvendo retomar seus estudos na Georgia Tech. Lá começou a praticar esportes e se tornou um bom jogador de futebol americano. Depois transferiu-se para a Universidade da Carolina do Norte onde se formou em engenharia, se especializando na área têxtil e de maquinário pesado. Sua ambição era entrar nas florescente indústria local. Mas o destino tinha outros planos para o futuro engenheiro.
Enquanto estava na Faculdade, Scott resolveu tentar realizar um velho sonho de entrar para o mundo do cinema. Através de um amigo, Jack Heath, resolveu procurar o milionário Howard Hughes, na época um conceituado produtor de cinema, além de ser um dos industriais mais ricos dos EUA. Era um magnata com fama de lunático que gostava de lançar novas carreiras. Esse seu lado “mecenas” se destacava bastante em sua personalidade. Hughes gostou de Randolph e lhe deu uma carta de apresentação para a Fox, onde ele finalmente conseguiu ser escalado para seu primeiro papel, em "Call The Far" de 1929. Por essa época chamou a atenção de Cecil B. DeMille que o mandou para uma escola de teatro em Pasadena para adquirir experiência como ator. Lá acabou sendo contratado para ser o treinador de diálogo e dublê do grande astro Gary Cooper que simpatizou com ele o escalando para participar de seu novo filme, "The Virginian". Eram fisicamente parecidos e Scott agarrou com unhas e dentes a oportunidade.
A Paramount sentiu um grande potencial no jovem cowboy e assim o contratou. Sua voz suave e agradável, com seu forte sotaque sulista, era justamente o que o estúdio andava procurando. Para adquirir experiência a Paramount escalou o ator para filmes dos mais diferentes gêneros, desde romances, até filmes de aventura, passando até mesmo por comédias. Assim ele foi aparecendo em vários filmes do estúdio, sempre em papéis coadjuvantes. Além de adquirir costume com os sets de filmagens, Scott foi também ficando conhecido do público em geral. Por essa época fez amizade e se tornou grande amigo de outro ator aspirante ao estrelato, Cary Grant. Era a década de 1930, havia muita confiança entre ambos que um dia seriam grandes astros. Para economizar nas despesas, que não eram poucas, resolveram irem morar juntos por um período. Se tornaram tão próximos e camaradas que após algum tempo surgiram boatos infundados de que teriam tido um relacionamento homossexual, fato nunca comprovado que deve ser encarado como mera fofoca maldosa.
O momento de virada em sua carreira aconteceu quando realizou o western "O Último dos Moicanos", em 1936. Logo todos perceberam e ele também, que aquele era o caminho a seguir. O sucesso viria mesmo nos faroestes que a partir desse ponto iria estrelar pelos anos seguintes. Após realizar vários faroestes B, Scott novamente surgiu em um grande clássico do gênero. Ao lado de Tyrone Power e Henry Fonda apareceu no grande sucesso de público e crítica, “Jesse James”. De fato esse pode ser considerado seu último papel realmente coadjuvante pois a partir desse ponto de sua carreira seu nome iria ficar cada vez mais em evidência, o transformando finalmente em um ator de ponta que estrelaria seus próprios filmes. No mesmo ano interpretou Wyatt Earp em “Frontier Marshall” e conseguiu um grande sucesso de bilheteria. Desse momento em diante Randolph Scott iria colecionar um grande sucesso atrás do outro, sempre no gênero western. A estrela acabara de nascer nas marquises dos cinemas.
Scott ainda participaria de filmes de outros gêneros como Capitão Kid, mas seu caminho estava traçado. Seria no western que ele seguiria fiel e firme até o fim de sua carreira no cinema. Ao lado de seu eterno companheiro de cena, o cavalo palomino Stardust, Randolph estrelou uma sucessão de bons filmes de western que logo se tornaram êxitos. A partir de 1946 ele se especializou nesse tipo de filme e os faroestes viriam em série nos anos seguintes, fazendo com que o ator fosse um dos mais reconhecidos e populares do gênero.
A partir dessa fase de sua carreira ele conseguiria seus maiores sucessos de bilheteria em produções como Albuquerque, Águas Sangrentas, Colt 45, Fúria ao Entardecer, O Homem Que Luta Só, Sete Homens Sem Destino, O Resgate do Bandoleiro, O Entardecer Violento, A Sétima Cavalaria, Cavalgada Trágica e vários outros que são exemplos perfeitos do tipo de produção que fizeram sua fama e sucesso, o transformando em um homem muito rico pois a certa altura de sua carreira se tornou ele próprio produtor de seus filmes de western. Seus melhores filmes seguramente foram àqueles que rodou ao lado do talentoso diretor Budd Boetticher, um verdadeiro artesão do gênero. Com roteiros bem escritos e argumentos inteligentes a dupla fez alguns dos grandes faroestes da época.
Em 1962 Randolph Scott resolveu pendurar as esporas. Se considerava satisfeito, com 105 filmes no currículo. O cinema estava mudando lentamente e ele sentiu que fazia parte de uma geração passada. Sua despedida de Hollywood não poderia ter sido mais gloriosa. Ao lado do diretor Sam Peckinpah rodou “Pistoleiros do Entardecer” até hoje considerado uma das obras primas do cinema americano. Depois desse filme resolveu se aposentar definitivamente. Estava com 64 anos de idade, relativamente jovem, mas tomou a decisão de se retirar e nunca mais voltou atrás. Ao longo dos anos seguintes surgiram muitos convites para uma última participação nas telas, mas Randolph educadamente declinou. Ele sabia que estava saindo por cima e não queria comprometer sua imagem. Inteligente, se tornou um homem de investimentos, lucrando muito com aplicações financeiras bem sucedidas no mercado de ações. Também se dedicou em seus últimos anos a uma antiga paixão: o golf. Não era raro ver Scott jogando nos principais clubes da Califórnia. Retirou-se dos holofotes e viveu assim, tranquilo, até seus últimos momentos ao lado de amigos e família. O velho cowboy morreu em 1987 em seu bucólico rancho. Apesar de tantos anos fora da tela sua morte foi bem divulgada pela imprensa mundial mostrando pela última vez que ele foi realmente um dos mais queridos ídolos de Hollywood em sua chamada era de ouro.
Pablo Aluísio.
Enquanto estava na Faculdade, Scott resolveu tentar realizar um velho sonho de entrar para o mundo do cinema. Através de um amigo, Jack Heath, resolveu procurar o milionário Howard Hughes, na época um conceituado produtor de cinema, além de ser um dos industriais mais ricos dos EUA. Era um magnata com fama de lunático que gostava de lançar novas carreiras. Esse seu lado “mecenas” se destacava bastante em sua personalidade. Hughes gostou de Randolph e lhe deu uma carta de apresentação para a Fox, onde ele finalmente conseguiu ser escalado para seu primeiro papel, em "Call The Far" de 1929. Por essa época chamou a atenção de Cecil B. DeMille que o mandou para uma escola de teatro em Pasadena para adquirir experiência como ator. Lá acabou sendo contratado para ser o treinador de diálogo e dublê do grande astro Gary Cooper que simpatizou com ele o escalando para participar de seu novo filme, "The Virginian". Eram fisicamente parecidos e Scott agarrou com unhas e dentes a oportunidade.
A Paramount sentiu um grande potencial no jovem cowboy e assim o contratou. Sua voz suave e agradável, com seu forte sotaque sulista, era justamente o que o estúdio andava procurando. Para adquirir experiência a Paramount escalou o ator para filmes dos mais diferentes gêneros, desde romances, até filmes de aventura, passando até mesmo por comédias. Assim ele foi aparecendo em vários filmes do estúdio, sempre em papéis coadjuvantes. Além de adquirir costume com os sets de filmagens, Scott foi também ficando conhecido do público em geral. Por essa época fez amizade e se tornou grande amigo de outro ator aspirante ao estrelato, Cary Grant. Era a década de 1930, havia muita confiança entre ambos que um dia seriam grandes astros. Para economizar nas despesas, que não eram poucas, resolveram irem morar juntos por um período. Se tornaram tão próximos e camaradas que após algum tempo surgiram boatos infundados de que teriam tido um relacionamento homossexual, fato nunca comprovado que deve ser encarado como mera fofoca maldosa.
O momento de virada em sua carreira aconteceu quando realizou o western "O Último dos Moicanos", em 1936. Logo todos perceberam e ele também, que aquele era o caminho a seguir. O sucesso viria mesmo nos faroestes que a partir desse ponto iria estrelar pelos anos seguintes. Após realizar vários faroestes B, Scott novamente surgiu em um grande clássico do gênero. Ao lado de Tyrone Power e Henry Fonda apareceu no grande sucesso de público e crítica, “Jesse James”. De fato esse pode ser considerado seu último papel realmente coadjuvante pois a partir desse ponto de sua carreira seu nome iria ficar cada vez mais em evidência, o transformando finalmente em um ator de ponta que estrelaria seus próprios filmes. No mesmo ano interpretou Wyatt Earp em “Frontier Marshall” e conseguiu um grande sucesso de bilheteria. Desse momento em diante Randolph Scott iria colecionar um grande sucesso atrás do outro, sempre no gênero western. A estrela acabara de nascer nas marquises dos cinemas.
Scott ainda participaria de filmes de outros gêneros como Capitão Kid, mas seu caminho estava traçado. Seria no western que ele seguiria fiel e firme até o fim de sua carreira no cinema. Ao lado de seu eterno companheiro de cena, o cavalo palomino Stardust, Randolph estrelou uma sucessão de bons filmes de western que logo se tornaram êxitos. A partir de 1946 ele se especializou nesse tipo de filme e os faroestes viriam em série nos anos seguintes, fazendo com que o ator fosse um dos mais reconhecidos e populares do gênero.
A partir dessa fase de sua carreira ele conseguiria seus maiores sucessos de bilheteria em produções como Albuquerque, Águas Sangrentas, Colt 45, Fúria ao Entardecer, O Homem Que Luta Só, Sete Homens Sem Destino, O Resgate do Bandoleiro, O Entardecer Violento, A Sétima Cavalaria, Cavalgada Trágica e vários outros que são exemplos perfeitos do tipo de produção que fizeram sua fama e sucesso, o transformando em um homem muito rico pois a certa altura de sua carreira se tornou ele próprio produtor de seus filmes de western. Seus melhores filmes seguramente foram àqueles que rodou ao lado do talentoso diretor Budd Boetticher, um verdadeiro artesão do gênero. Com roteiros bem escritos e argumentos inteligentes a dupla fez alguns dos grandes faroestes da época.
Em 1962 Randolph Scott resolveu pendurar as esporas. Se considerava satisfeito, com 105 filmes no currículo. O cinema estava mudando lentamente e ele sentiu que fazia parte de uma geração passada. Sua despedida de Hollywood não poderia ter sido mais gloriosa. Ao lado do diretor Sam Peckinpah rodou “Pistoleiros do Entardecer” até hoje considerado uma das obras primas do cinema americano. Depois desse filme resolveu se aposentar definitivamente. Estava com 64 anos de idade, relativamente jovem, mas tomou a decisão de se retirar e nunca mais voltou atrás. Ao longo dos anos seguintes surgiram muitos convites para uma última participação nas telas, mas Randolph educadamente declinou. Ele sabia que estava saindo por cima e não queria comprometer sua imagem. Inteligente, se tornou um homem de investimentos, lucrando muito com aplicações financeiras bem sucedidas no mercado de ações. Também se dedicou em seus últimos anos a uma antiga paixão: o golf. Não era raro ver Scott jogando nos principais clubes da Califórnia. Retirou-se dos holofotes e viveu assim, tranquilo, até seus últimos momentos ao lado de amigos e família. O velho cowboy morreu em 1987 em seu bucólico rancho. Apesar de tantos anos fora da tela sua morte foi bem divulgada pela imprensa mundial mostrando pela última vez que ele foi realmente um dos mais queridos ídolos de Hollywood em sua chamada era de ouro.
Pablo Aluísio.
sábado, 25 de novembro de 2006
10 Curiosidades sobre o filme "Cavalgada"
1. Esse foi o primeiro filme produzido pela Fox a ganhar o Oscar de Melhor Filme.
2. Betty Grable, futura estrela do cinema, está no filme. Ela tinha apenas 16 anos de idade e foi creditada como a "Garota Loira no Sofá". Ela está na cena da grande festa.
3. Esse filme tem o roteiro baseado numa das poucas peças de Noël Coward que nunca foram refilmadas, provavelmente devido ao enorme custo da produção.
4. A peça original, que deu origem ao roteiro e ao filme, estreou em Londres no dia 6 de setembro de 1931 e teve 405 apresentações em um dos principais teatros da cidade.
5. Embora o filme tenha estreado na cidade de Nova York em 5 de janeiro de 1933, ele não foi lançado nacionalmente nos Estados Unidos até o dia 15 de abril.
6. O filme tem uma homenagem ao Titanic, colocando o grande navio em destaque. Foi uma maneira do estúdio em homenagear todos os mortos, na data de seu 21º aniversário de naufrágio.
7. Foi o segundo filme mais visto do ano, se tornando um grande sucesso de bilheteria nos cinemas americanos e europeus.
8. O American Film Institute o incluiu na lista dos 100 filmes mais importantes da história. Votaram em sua inclusão na lista diversos críticos, historiadores e especialistas em cinema.
9. Noël Coward recebeu 100 mil dólares pelos direitos da peça e pelas músicas que ele escreveu para o filme. Esse valor foi considerado uma pequena fortuna para a época.
10. O Oscar original de melhor filme se perdeu. Até hoje a Academia procura pelo prêmio, para que seja levado até o museu da instituição em Hollywood. É um dos itens mais cobiçados pelos colecionadores.
Pablo Aluísio.
2. Betty Grable, futura estrela do cinema, está no filme. Ela tinha apenas 16 anos de idade e foi creditada como a "Garota Loira no Sofá". Ela está na cena da grande festa.
3. Esse filme tem o roteiro baseado numa das poucas peças de Noël Coward que nunca foram refilmadas, provavelmente devido ao enorme custo da produção.
4. A peça original, que deu origem ao roteiro e ao filme, estreou em Londres no dia 6 de setembro de 1931 e teve 405 apresentações em um dos principais teatros da cidade.
5. Embora o filme tenha estreado na cidade de Nova York em 5 de janeiro de 1933, ele não foi lançado nacionalmente nos Estados Unidos até o dia 15 de abril.
6. O filme tem uma homenagem ao Titanic, colocando o grande navio em destaque. Foi uma maneira do estúdio em homenagear todos os mortos, na data de seu 21º aniversário de naufrágio.
7. Foi o segundo filme mais visto do ano, se tornando um grande sucesso de bilheteria nos cinemas americanos e europeus.
8. O American Film Institute o incluiu na lista dos 100 filmes mais importantes da história. Votaram em sua inclusão na lista diversos críticos, historiadores e especialistas em cinema.
9. Noël Coward recebeu 100 mil dólares pelos direitos da peça e pelas músicas que ele escreveu para o filme. Esse valor foi considerado uma pequena fortuna para a época.
10. O Oscar original de melhor filme se perdeu. Até hoje a Academia procura pelo prêmio, para que seja levado até o museu da instituição em Hollywood. É um dos itens mais cobiçados pelos colecionadores.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)