Título no Brasil: Herói
Título Original: Ying xiong
Ano de Produção: 2002
País: China, Hong Kong
Estúdio: Edko Films, Zhang Yimou Studio
Direção: Yimou Zhang
Roteiro: Yimou Zhang
Elenco: Jet Li, Tony Chiu-Wai Leung, Maggie Cheung, Ziyi Zhang, Donnie Yen, Chang Xiao Yang
Sinopse:
Um guerreiro sem nome atravessa a China medieval em busca de aventuras e desafios. Acaba enfrentando três assassinos cruéis em uma verdadeira luta de vida e morte. O último a ficar de pé será o grande vencedor.
Comentários:
Não subestime a força e a tradição do cinema oriental. Impossível ignorar a verdadeira indústria cinematográfica que sempre existiu em Hong Kong. O diferencial dos últimos anos foi que os cineastas daquela parte do mundo começaram a ocidentalizar seus filmes, obviamente visando o mercado dos Estados Unidos e Europa. Isso tudo sem perder as características de seu próprio estilo oriental de fazer cinema. E para isso o diretor Yimou Zhang contou com a colaboração muito especial de Tarantino que não apenas deu palpites no filme como também participou da promoção do filme no Ocidente. Além disso o filme foi estrelado por Jet Li, já bem conhecido nos Estados Unidos. Para quem aprecia esse tipo de cinema não há o que reclamar.
Pablo Aluísio.
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domingo, 20 de março de 2022
quinta-feira, 16 de março de 2017
A Grande Muralha
O enredo é simples e direto. O estrangeiro William (Matt Damon) chega nas muralhas da China após ser perseguido por bandoleiros a bandidos. Uma vez diante da enorme construção ele resolve se render para o exército do grande império chinês. Dentro das suas enormes fortificações, ele descobre que a região está prestes a ser atacada por criaturas monstruosas, que caçam e matam seres humanos com ferocidade. William quer descobrir o segredo de uma nova arma, a pólvora, e logo cerra fileiras ao lado dos chineses para combater a perigosa ameaça que está chegando! Para enfrentar as feras eles usarão de todos os tipos de táticas de guerra, algumas bem conhecidas e outras pouco usuais. Basicamente é isso, um filme de monstros sendo combatidos aos pés da grande muralha chinesa.
Eu estava muito equivocado em relação a esse filme. Pensava se tratar de um épico sobre a construção da Muralha da China. Algo histórico, com grandes cenas de batalhas entre os antigos povos da China e a força da cavalaria mongol! Que nada! O filme não passa de uma aventura bem juvenil feita para o público pré-adolescente e até mesmo infantil. Tudo é extremamente fantasioso (o enredo se passa em um universo de fantasia) onde a grande muralha não fora construída para deter as invasões do império Mongol, mas sim para defender o Império chinês de monstros místicos que a cada sessenta anos surgem para lembrar aos imperadores que sua ganância de poder deve ter limites! Uma lição para ser relembrada com violência e mortes de tempos em tempos.
Achei esse argumento realmente fraco! Tudo mero pretexto para ataques e mais ataques dessas criaturas que, é bom frisar, me lembraram demais os mesmos monstros do filme "Kong - A Ilha da Caveira". É praticamente o mesmo modelo de besta feroz, com poucas mudanças de design. A semelhança chega a causar embaraço e constrangimento! Pelo visto resolveram usar o mesmo programa de computação gráfica e o mesmo desenho de criação do outro filme, o que não deixa de ser um aspecto muito negativo, ainda mais que ambos os filmes estrearam praticamente no mesmo mês. Os efeitos digitais, que deveriam ser um grande atrativo, assim perde parte de sua força pela falta de originalidade! Como estava esperando por algo mais, digamos, sério, a decepção foi ainda maior por causa do tipo de filme que acabei encontrando. Nos Estados Unidos o filme não foi muito bem recebido pelo público que não pareceu muito interessado em seu tema. Ao custo de 150 milhões de dólares, o filme só conseguiu ter uma bilheteria morna até agora com 21 milhões em seus primeiros dias de exibição. Muito fraco para uma super produção como essa. No mercado internacional rendeu apenas 40 milhões, ou seja, caminha para dar um grande prejuízo ao estúdio.
A crítica também não gostou do resultado, mas os produtores desse filme não parecem muito preocupados com o mercado ocidental, mas sim com as bilheterias chinesas! Isso mesmo, o filme foi feito para o mercado cinematográfico da China, por isso temos aqui um roteiro que vai soar familiar para quem acompanha os filmes de fantasia feitos em Hong Kong, onde se mesclam com toneladas de efeitos digitais gratuitos, que nem sempre são muito convincentes, um enredo mais simples, dirigido principalmente para os jovens entre 11 a 15 anos de idade! Como é feito para o mercado Made in China não espere por nada que venha sequer arranhar a imagem do povo e governo chinês. Todos os personagens chineses são heroicos, altamente íntegros, inclusive as mulheres que aqui ganham uma nova função - a de guerreiras voadoras! (Não é brincadeira!). O elenco americano é todo dispensável pois eles no final não fazem nenhuma grande diferença. São descartáveis mesmo! É muito complicado entender como Matt Damon preferiu atuar nesse fraco filme ao invés de estrelar "Manchester à Beira Mar", filme que foi produzido especialmente para ele atuar. Acabou dando o Oscar para Casey Aflleck, enquanto Damon afundou nessa produção megalomaníaca e vazia. Uma péssima escolha. Enfim, só indicaria mesmo o filme para um público adolescente. Os mais velhos certamente ficarão decepcionados com o resultado aqui apresentado.
A Grande Muralha (The Great Wall, Estados Unidos, China, Hong Kong, 2016) Direção: Yimou Zhang / Roteiro: Carlo Bernard, Doug Miro / Elenco: Matt Damon, Willem Dafoe, Pedro Pascal, Tian Jing, Hanyu Zhang, Lu Han / Sinopse: Dois estrangeiros se empenham, ao lado dos chineses, na luta contra monstros que atacam a grande muralha da China a cada 60 anos! William (Matt Damon), um mercenário no passado, acaba descobrindo os verdadeiros valores que devem nortear a vida de um verdadeiro guerreiro honrado.
Pablo Aluísio.
Eu estava muito equivocado em relação a esse filme. Pensava se tratar de um épico sobre a construção da Muralha da China. Algo histórico, com grandes cenas de batalhas entre os antigos povos da China e a força da cavalaria mongol! Que nada! O filme não passa de uma aventura bem juvenil feita para o público pré-adolescente e até mesmo infantil. Tudo é extremamente fantasioso (o enredo se passa em um universo de fantasia) onde a grande muralha não fora construída para deter as invasões do império Mongol, mas sim para defender o Império chinês de monstros místicos que a cada sessenta anos surgem para lembrar aos imperadores que sua ganância de poder deve ter limites! Uma lição para ser relembrada com violência e mortes de tempos em tempos.
Achei esse argumento realmente fraco! Tudo mero pretexto para ataques e mais ataques dessas criaturas que, é bom frisar, me lembraram demais os mesmos monstros do filme "Kong - A Ilha da Caveira". É praticamente o mesmo modelo de besta feroz, com poucas mudanças de design. A semelhança chega a causar embaraço e constrangimento! Pelo visto resolveram usar o mesmo programa de computação gráfica e o mesmo desenho de criação do outro filme, o que não deixa de ser um aspecto muito negativo, ainda mais que ambos os filmes estrearam praticamente no mesmo mês. Os efeitos digitais, que deveriam ser um grande atrativo, assim perde parte de sua força pela falta de originalidade! Como estava esperando por algo mais, digamos, sério, a decepção foi ainda maior por causa do tipo de filme que acabei encontrando. Nos Estados Unidos o filme não foi muito bem recebido pelo público que não pareceu muito interessado em seu tema. Ao custo de 150 milhões de dólares, o filme só conseguiu ter uma bilheteria morna até agora com 21 milhões em seus primeiros dias de exibição. Muito fraco para uma super produção como essa. No mercado internacional rendeu apenas 40 milhões, ou seja, caminha para dar um grande prejuízo ao estúdio.
A crítica também não gostou do resultado, mas os produtores desse filme não parecem muito preocupados com o mercado ocidental, mas sim com as bilheterias chinesas! Isso mesmo, o filme foi feito para o mercado cinematográfico da China, por isso temos aqui um roteiro que vai soar familiar para quem acompanha os filmes de fantasia feitos em Hong Kong, onde se mesclam com toneladas de efeitos digitais gratuitos, que nem sempre são muito convincentes, um enredo mais simples, dirigido principalmente para os jovens entre 11 a 15 anos de idade! Como é feito para o mercado Made in China não espere por nada que venha sequer arranhar a imagem do povo e governo chinês. Todos os personagens chineses são heroicos, altamente íntegros, inclusive as mulheres que aqui ganham uma nova função - a de guerreiras voadoras! (Não é brincadeira!). O elenco americano é todo dispensável pois eles no final não fazem nenhuma grande diferença. São descartáveis mesmo! É muito complicado entender como Matt Damon preferiu atuar nesse fraco filme ao invés de estrelar "Manchester à Beira Mar", filme que foi produzido especialmente para ele atuar. Acabou dando o Oscar para Casey Aflleck, enquanto Damon afundou nessa produção megalomaníaca e vazia. Uma péssima escolha. Enfim, só indicaria mesmo o filme para um público adolescente. Os mais velhos certamente ficarão decepcionados com o resultado aqui apresentado.
A Grande Muralha (The Great Wall, Estados Unidos, China, Hong Kong, 2016) Direção: Yimou Zhang / Roteiro: Carlo Bernard, Doug Miro / Elenco: Matt Damon, Willem Dafoe, Pedro Pascal, Tian Jing, Hanyu Zhang, Lu Han / Sinopse: Dois estrangeiros se empenham, ao lado dos chineses, na luta contra monstros que atacam a grande muralha da China a cada 60 anos! William (Matt Damon), um mercenário no passado, acaba descobrindo os verdadeiros valores que devem nortear a vida de um verdadeiro guerreiro honrado.
Pablo Aluísio.
domingo, 16 de setembro de 2012
Flores do Oriente
Durante a invasão japonesa na China um grupo de refugiados de guerra fica encurralado dentro de uma Igreja Católica em Nanjing. John Miller (Christian Bale) é um agente funerário americano que finge ser um padre para escapar da morte. Ao seu lado se encontram alunas do convento e várias prostitutas que entraram no local fugindo das tropas imperiais japonesas. "Flores do Oriente" é uma produção entre China e Estados Unidos que denuncia os crimes de guerra do Japão em 1937 quando o exército daquele país promoveu massacres e barbaridades contra a população civil local. É bem conhecido a selvageria das tropas japonesas nas cidades invadidas da China. Roubos, chacinas, torturas, execuções sumárias e estupros eram recorrentes e comuns. No fundo os soldados do imperador se comportaram como verdadeiros selvagens, bárbaros insanos, sem um pingo de civilidade ou respeito aos direitos humanos. Na estória do filme, baseado em fatos reais, a situação é muito delicada pois as alunas do convento eram crianças em essência e os japoneses obviamente queriam promover um estupro coletivo contra elas. Uma barbaridade inominável. Eram animais e agiam como tais.
Tudo em nome de um regime brutal comandado por um Imperador que o Japão considerava uma divindade. No fundo o Imperador Hiroito era apenas um sujeito baixinho, míope e com os dentes tortos, mas enfim. "Flores do Oriente" é muito bem produzido com ótima reconstituição de época. A cidade de Nanjing surge arrasada em cena, com corpos apodrecendo pelas ruas mostrando toda a selvageria do exército do sol nascente. O elenco é liderado por Christian Bale que curiosamente já havia participado de um filme cuja trama se passava praticamente na mesma época quando era apenas um garotinho, "Império do Sol" de Steven Spielberg. Em suma, "Flores do Oriente" serve não apenas como denúncia dos crimes cometidos mas também como reflexão pois mostra que em tempos de guerra todos os freios morais, humanos e legais simplesmente desaparecem, principalmente quando existe uma ideologia brutal por trás de tudo.
Flores do Oriente (Jin Lín Shí San Chai / The Flowers of War, Estados Unidos, Japão, 2011) Direção: Yimou Zhang / Roteiro: Heng Liu / Elenco: Christian Bale, Paul Schneider, Shigeo Kobayashi, Ni Ni, Xinyi Zhang, Atsurô Watabe, Shawn Dou, Yuan Nie, Tianyuan Huang, Kefan Cao, Takashi Yamanaka / Sinopse: Grupo de refugiados de guerra ficam encurralados numa Igreja Católica durante a brutal invasão japonesa na cidade de Nanjing na China.
Pablo Aluísio.
Tudo em nome de um regime brutal comandado por um Imperador que o Japão considerava uma divindade. No fundo o Imperador Hiroito era apenas um sujeito baixinho, míope e com os dentes tortos, mas enfim. "Flores do Oriente" é muito bem produzido com ótima reconstituição de época. A cidade de Nanjing surge arrasada em cena, com corpos apodrecendo pelas ruas mostrando toda a selvageria do exército do sol nascente. O elenco é liderado por Christian Bale que curiosamente já havia participado de um filme cuja trama se passava praticamente na mesma época quando era apenas um garotinho, "Império do Sol" de Steven Spielberg. Em suma, "Flores do Oriente" serve não apenas como denúncia dos crimes cometidos mas também como reflexão pois mostra que em tempos de guerra todos os freios morais, humanos e legais simplesmente desaparecem, principalmente quando existe uma ideologia brutal por trás de tudo.
Flores do Oriente (Jin Lín Shí San Chai / The Flowers of War, Estados Unidos, Japão, 2011) Direção: Yimou Zhang / Roteiro: Heng Liu / Elenco: Christian Bale, Paul Schneider, Shigeo Kobayashi, Ni Ni, Xinyi Zhang, Atsurô Watabe, Shawn Dou, Yuan Nie, Tianyuan Huang, Kefan Cao, Takashi Yamanaka / Sinopse: Grupo de refugiados de guerra ficam encurralados numa Igreja Católica durante a brutal invasão japonesa na cidade de Nanjing na China.
Pablo Aluísio.
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