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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Bacana do Volante

Quando "Speedway" pintou nos cinemas em junho de 1968 Elvis Presley já estava com um pé fora de Hollywood. Ele tinha planos para retornar em um grande especial de TV na NBC e posteriormente voltar para a estrada, para aquilo que mais gostava de fazer, realizar shows ao vivo. Sua carreira em Hollywood havia entrado em um beco sem saída e assim todos já sabiam de antemão que ele tinha dois caminhos a seguir: ou continuava a tentar emplacar ano após ano com esse tipo de filme ou então voltar para a música de forma definitiva. "O Bacana do Volante" foi produzido pela MGM. Nesse estúdio Elvis amargou seus piores filmes. Ao contrário da Paramount que sempre procurava fazer algo no mínimo decente para ser lançado, na Metro, em sua eterna crise financeira, valia tudo ou quase tudo. Filmes rodados em duas semanas, sem capricho, sem cuidado com pobre qualidade técnica. "Speedway" não chega a ficar entre os piores filmes de Elvis nesse estúdio mas também não fica entre os melhores. Não há como negar que o roteiro é bem derivativo, copiado inclusive de outras fitas de Elvis no próprio estúdio. De fato há pouca coisa que separa esse filme de "Spinout", por exemplo. A trama era quase sempre a mesma: Elvis como piloto de corridas, se apaixona por alguma starlet, cantas algumas músicas e The End. Tudo muito leve e inofensivo.

O filme custou 1 milhão e meio de dólares e não deu prejuízo. Lançado no Sul dos EUA inicialmente, em pequenas cidades onde Elvis tinha seu público mais fiel, o filme logo recuperou seu investimento em poucas semanas. A estréia ocorreu na mesma cidade onde foram realizadas quase todas as cenas externas de corrida. Essas sequências foram realizadas por uma segunda unidade em Charlotte na Carolina do Norte onde todos os anos a cidade promovia uma famosa corrida de Stock Car. Todos os pilotos foram devidamente creditados, mostrando respeito dos produtores com esses profissionais. Só depois o estúdio finalmente o colocou em cartaz nos grandes centros (Nova Iorque, Los Angeles, etc) onde como sempre o filme foi impiedosamente malhado pela crítica especializada. Dividindo a tela com Elvis surge aqui Nancy Sinatra. Muito longe do carisma e o talento de uma Ann-Margret, Nancy fez o que foi possível para se tornar um boa partner para Elvis Presley. Dança, canta e tenta trazer alguma veracidade para o romance. Ela interpreta uma fiscal do imposto de renda que está atrás do piloto Steve Grayson (Elvis Presley) por sonegação. 

Já Elvis aqui apenas passeia em cena. Algumas canções são até boas - a própria "Speedway" tem bom ritmo e fluência, embora a letra seja fraca - mas ele visivelmente não se esforça muito. Em alguns momentos transparece até mesmo estar entediado. De qualquer modo o famoso cantor desfila um figurino interessante que anos depois seria parcialmente copiada pelos criadores do desenho animado Speed Racer. Em conclusão podemos dizer que "Speedway" até mesmo tem alguns bons momentos mas no geral a produção realmente deixa a desejar seja como musical, seja como comédia romântica. Revisto hoje em dia realmente o único interesse que sobrevive é a própria presença de Elvis Presley, que como todo mito tinha um carisma fora do normal, que o fazia sair ileso até mesmo de filmes como esse. Fora isso realmente não temos nada de muito marcante.

O Bacana do Volante (Speedway, EUA, 1968) Direção: Norman Taurog / Roteiro: Phil Shuken / Elenco: Elvis Presley, Nancy Sinatra, Bill Bixby, Gale Gordon / Sinopse: Susan Jacks (Nancy Sinatra) é uma agente fiscal do governo americano que vai no encalço de um piloto de corridas, Steve Grayson (Elvis Presley), que não pagou seu imposto de renda. Não demora muito para ela ficar completamente apaixonada pelo carismático corredor..

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O Barco do Amor

Scott Heyward (Elvis Presley) é um rico herdeiro que desiludido porque as mulheres só se aproximam dele por interesse resolve trocar de identidade com o duro Tom Wilson (Will Hutchins) que esbanja com o dinheiro do colega enquanto esse tenta conquistar o amor de Diane Carter (Shelley Fabares). Clambake é muito divertido. Seguindo a fórmula dos filmes de Elvis Presley dos anos 60 o filme consegue prender atenção não só pelas músicas mas também por um enredo muito bem bolado e simpático. A troca de identidades entre o garoto rico (Presley) e o instrutor pobretão de esqui de um hotel de luxo na Flórida (Hutchins) rende boas piadas e situações engraçadas, principalmente por causa do elenco de apoio, todo bom. Shelley Fabares, o par romântico de Elvis, era uma gracinha, uma simpatia só, que deu tão certo com ele que estrelou mais dois filmes ao seu lado. Já o rival de Elvis pela mão da mocinha foi interpretado pelo bom Bill Bixby que iria se consagrar nos anos 70 interpretando Bruce Banner no famoso seriado de TV Hulk.

Como sempre Elvis vai apresentando as músicas da trilha ao longo do filme. Aqui duas se destacam: "You Don´t Know Me" (que de tão boa foi regravada por Elvis depois porque ele não tinha gostado muito de sua versão para esse filme) e "House That Has Everything" (que mostra muito bem porque Elvis Presley era o maior cantor de sua época). No mais muitas paisagens bonitas (esse foi o segundo filme de Elvis rodado na Flórida) e um boa corrida de lanchas potentes como pano de fundo. "Clambake" pode não ser dos mais lembrados filmes feitos pelo cantor mas como disse é um dos mais divertidos.

O Barco do Amor (Clambake, EUA, 1967) Direção de Arthur H Nadel / Roteiro de Arthur Brownie Jr / Elenco: Elvis Presley, Bill Bixby, Will Hutchins, Shelley Fabares / Sinopse: Scott Heyward (Elvis Presley) é um rico herdeiro que desiludido porque as mulheres só se aproximam dele por interesse resolve trocar de identidade com o duro Tom Wilson (Will Hutchins) que esbanja com o dinheiro do colega enquanto esse tenta conquistar o amor de Diane Carter (Shelley Fabares).

Pablo Aluísio.