O livro “Anna Karenina” é uma das obras mais famosas do autor Lev
Nikolayevich Tolstoi (1828 - 1910). Publicado originalmente em 1875 o
romance não é o mais expressivo do escritor (papel que cabe a “Guerra e
Paz” de 1865) mas certamente sempre foi um dos preferidos da sétima arte
onde já se contam seis adaptações ao longo dos anos (a primeira data de
1935 e a última de 1997). Agora chega às telas brasileiras mais uma
versão, dessa vez dirigida pelo excelente cineasta Joe Wright de
“Orgulho e Preconceito” e “Desejo e Reparação”, ambos filmes realizados
ao lado de sua atriz preferida, a talentosa Keira Knightley, parceria
que se repete mais uma vez aqui. O cinema de Wright é elegante, charmoso
e muito sofisticado. Ele havia tentando entrar na indústria americana
com seus dois filmes anteriores, “O Solista” e “Hanna”, mas agora volta
para sua zona de conforto, onde realmente brilha, em adaptações de obras
literárias famosas como esse “Anna Karenina”.
O enredo mostra a paixão que uma aristocrata, Anna Karenina (Kiera Knightley), nutre por um oficial da cavalaria, o Conde Vronsky (Aaron Taylor- Johnson). Ele é filho de uma condessa de alta estirpe. O problema é que Karenina é casada com outro homem, o alto funcionário imperial Karenin (Jude Law), que acaba vendo seu bom nome ser envolvido em um verdadeiro escândalo na corte por causa das aventuras extra-conjugais de sua esposa. Numa Rússia Czarista onde a nobreza vivia em luxos exuberantes enquanto a imensa massa da população sobrevivia na mais absoluta miséria, Anna Karenina toca, mesmo que superficialmente, em questões sociais, morais e políticas. A produção abraça esse ambiente de luxo e ostentação e cada cena logo se torna um colírio aos olhos. Essa adaptação não é extremamente fiel (seria muito complicado levar toda a riqueza de detalhes do livro para as telas) mas mantém um bom nível, muito digno. Já como romance e entretenimento funciona muito bem. Para os que desejam conhecer a obra que lhe deu origem mais a fundo fica a sugestão de ler o texto de Tolstoi que certamente é riquíssimo.
O enredo mostra a paixão que uma aristocrata, Anna Karenina (Kiera Knightley), nutre por um oficial da cavalaria, o Conde Vronsky (Aaron Taylor- Johnson). Ele é filho de uma condessa de alta estirpe. O problema é que Karenina é casada com outro homem, o alto funcionário imperial Karenin (Jude Law), que acaba vendo seu bom nome ser envolvido em um verdadeiro escândalo na corte por causa das aventuras extra-conjugais de sua esposa. Numa Rússia Czarista onde a nobreza vivia em luxos exuberantes enquanto a imensa massa da população sobrevivia na mais absoluta miséria, Anna Karenina toca, mesmo que superficialmente, em questões sociais, morais e políticas. A produção abraça esse ambiente de luxo e ostentação e cada cena logo se torna um colírio aos olhos. Essa adaptação não é extremamente fiel (seria muito complicado levar toda a riqueza de detalhes do livro para as telas) mas mantém um bom nível, muito digno. Já como romance e entretenimento funciona muito bem. Para os que desejam conhecer a obra que lhe deu origem mais a fundo fica a sugestão de ler o texto de Tolstoi que certamente é riquíssimo.
Anna Karenina (Anna Karenina, Estados Unidos, 2012) Direção: Joe Wright /
Roteiro: Tom Stoppard / Elenco: Keira Knightley, Jude Law, Aaron
Taylor-Johnson, Kelly Macdonald, Matthew Macfadyen / Sinopse: O filme
narra o amor extraconjugal que a aristocrata Anna Karenina acaba tendo
por um oficial da cavalaria. Casada, seu romance logo se torna um
escândalo na corte czarista da Rússia imperial. Vencedor do Oscar de
Melhor Figurino. Indicado aos Oscars de Melhor Fotografia, Melhor Trilha
Sonora Original e Melhor Direção de Arte.
Pablo Aluísio.
Pablo Aluísio.