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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Showtime

Título no Brasil: Showtime
Título Original: Showtime
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tom Dey
Roteiro: Jorge Saralegui, Keith Sharon
Elenco: Robert De Niro, Eddie Murphy, Rene Russo, Alex Borstein, Marshall Manesh, Nestor Serrano

Sinopse:
Um policial de verdade e um ator de programas de TV precisam conviver juntos enquanto um novo projeto é filmado. Claro que acabam não se dando bem, porque um é um tira durão e o outro é um canastrão em busca da fama e sucesso.

Comentários:
Não deu muito certo essa parceria entre Robert De Niro e o comediante Eddie Murphy. Claro que o filme os uniu para tentar ser comercial, porém nem os fãs de De Niro e nem os de Murphy no final compraram a ideia. O filme está mais para comédia do que ação e o roteiro insiste em utitlizar a mesma piada, cena após cena. Com isso logo se torna cansativo ao extremo. Robert De Niro na época estava desesperado por um sucesso nos cinemas, já que sua carreira ia de mal a pior, com sucessivos fracassos de bilheteria. Ao invés de apostar em dramas (de preferência com mafiosos, onde se sai muito bem) ele apostou nessa comédia policial descartável. Já Murphy, outro astro que também sofreu com muitos fracassos no cinema, tentou levantar sua bola ao atuar com o prestigiado (pelo menos em relação aos seus filmes antigos) De Niro. No final nem um e nem outro ganhou nada com isso e esse filminho acabou sendo esquecido com o passar dos anos.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de agosto de 2014

O Rapto do Menino Dourado

Título no Brasil: O Rapto do Menino Dourado
Título Original: The Golden Child
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Michael Ritchie
Roteiro: Dennis Feldman
Elenco: Eddie Murphy, J.L. Reate, Charles Dance

Sinopse:
Chandler Jarrell (Eddie Murphy) é um profissional especializado em encontrar crianças perdidas. Ele acaba sendo contratado para localizar um menino muito especial, um garotinho oriental que parece ter poderes incomuns. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor Filme de Fantasia.

Comentários:
É curioso como em certas ocasiões acabamos criando vínculos emocionais com certos filmes, mesmo que eles passem longe de serem obras primas. Esse "The Golden Child" é um exemplo. Eu me lembro de quando aluguei essa fita VHS, imagine você! Incrível mas certos acontecimentos, por mais banais que sejam, acabam ficando gravados em nossa mente por anos e anos. No caso desse filme provavelmente fiquei com a memória por ter na época comprado um video cassete novo e ele foi um dos primeiros filmes que aluguei para assistir no novo aparelho. Pena que em termos de qualidade o filme não seja grande coisa. É bem produzido, tem uma bonita direção de arte recriando o mundo oriental, mas o roteiro é bem vazio e o enredo não vai para lugar nenhum. Na verdade é um capricho de Murphy que na época colecionava sucessos de bilheteria. Seu costumeiro carisma infelizmente não funciona nessa produção. No geral não chega a ser marcante a não ser que você tenha lembranças como a minha, construída ainda nos saudosos tempos do VHS. Fora isso é de mediano para fraco mesmo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A Creche do Papai

Título no Brasil: A Creche do Papai
Título Original: Daddy Day Care
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Revolution Studios
Direção: Steve Carr
Roteiro: Geoff Rodkey
Elenco: Eddie Murphy, Steve Zahn, Anjelica Houston

Sinopse:
Dois amigos desempregados que não podem mais pagar pelas creches de seus filhos resolvem unir o útil ao agradável ao abrir eles próprios uma creche em suas próprias casas. Como marinheiros de primeira viagem no trato com crianças eles logo perceberão que não terão a vida mansa que tanto pensavam mas sim um trabalhão dos diabos!

Comentários:
Diz uma máxima em Hollywood que quando um ator está decadente ele precisa urgentemente fazer algum filme ou com crianças ou com cachorros. Como o público sempre é muito suscetível a esse tipo de companhia certamente o pobre astro em queda pelo menos terá um filme simpático para atrair o público que o abandonou. Pois bem, esse pensamento foi dito por Groucho Marx há muitas décadas mas sua ironia, mesclada com fino humor negro, continua mais atual do que nunca! Que o diga Eddie Murphy que de uns tempos pra cá tem se especializado em colecionar bombas em sua carreira. Esse "Daddy Day Care", como não poderia deixar de ser, se salva por causa da gurizada que está sempre lá ao lado do titio Murphy para salvar seu filme. O roteiro tem algumas piadinhas que até funcionam mas nada demais. Sinceramente só recomendo mesmo para mulheres (afinal elas são maternais por natureza) e fãs talibãs do Eddie Murphy (pois só eles vão aguentar ver algo assim). 

Pablo Aluísio

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

48 Horas

Título no Brasil: 48 Horas
Título Original: 48 Hrs
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: Roger Spottiswoode, Walter Hill
Elenco: Nick Nolte, Eddie Murphy, Annette O'Toole

Sinopse: 
Jack Cates (Nick Nolte) é um tira durão que tem 48 horas para contar com a ajuda do criminoso Reggie Hammond (Eddie Murphy) com o objetivo de capturar um assassino perigoso. A convivência entre o policial branco austero e o marginal negro malandro, dará origem a inúmeras aventuras enquanto ambos tentam achar o paradeiro do bandido procurado.

Comentários:
Esse foi o primeiro filme da carreira de Eddie Murphy. Na época ele era apenas um promissor comediante do programa Saturday Night Live. O diretor Walter Hill resolveu apostar no ator após ver mais uma de suas engraçadas cenas no mais popular programa de humor dos Estados Unidos. Foi um acerto e tanto para Murphy pois o filme é realmente muito bom, um eficiente filme policial com muita ação e doses exatas de bom humor (afinal com Murphy em cena não poderia ser diferente). Essa fórmula inclusive seria lapidada e aprimorada depois no grande sucesso de Murphy nos cinemas, a franquia "Um Tira da Pesada". Afinal se formos comparar veremos bem que esse "48 Horas" é na verdade um ensaio do que viria depois na carreira do ator. Aqui ele já demonstra todo o seu talento, inclusive para improvisações, aliado a um roteiro esperto e cheio de cenas de ação bem feitas. O sucesso de bilheteria inclusive fez com que a Paramount entendesse que tinha um novo astro em suas mãos. Um contrato milionário foi fechado e Murphy deu adeus aos programas de humor da televisão. Nos anos que viriam ele cumpriria a promessa se tornando um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. É curioso rever "48 Horas" hoje em dia pode você claramente vai notar que embora o humor esteja lá ele é bem mais amenizado do que nos filmes posteriores de Murphy. O diretor não soltou tanto o comediante como ele poderia ser. De qualquer maneira era o começo de uma carreira cinematográfica das mais bem sucedidas do ponto de vista comercial. E pensar que tudo começou aqui, em apenas 48 horas!

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Um Príncipe em Nova York

Depois do grande sucesso comercial de "Um Tira da Pesada 2" o ator Eddie Murphy ganhou carta branca do estúdio Paramount. Afinal de contas ele era o astro número 1 do cinema americano na época. Murphy então resolveu apostar nesse "Um Príncipe em Nova York", baseado em seu próprio roteiro, pois lhe daria oportunidade de interpretar vários personagens ao mesmo tempo. Era um velho sonho que ele tinha desde os tempos do SNL. Afinal de contas com o avanço dos efeitos de edição e a primorosa técnica de maquiagem o comediante poderia interpretar qualquer um! Também inovou ao colocar um elenco praticamente todo negro, com nomes que estavam em franca ascensão na época como, por exemplo, Arsenio Hall, que tinha um programa de grande popularidade na TV americana. Além disso chamou um de seus grandes ídolos de infância, o ator James Earl Jones, cuja voz de trovão havia sido usada por George Lucas em "Star Wars" para dublar o vilão Darth Vader. 

Com produção refinada, luxuosa e direção do sempre eficiente e competente John Landis, "Um Príncipe em Nova York" conta em seu roteiro a estorinha do Príncipe Akeem (Eddie Murphy), herdeiro do trono de um distante país africano chamado Zamunda. Ele está em conflito com seu pai, o Rei Jaffe Joffer (James Earl Jones), que deseja que ele se case com uma moça de tradicional família. Sem querer se submeter a um casamento arranjado ele decide ir até a América onde tem a esperança de encontrar, quem sabe, o amor de sua vida. Para isso ele finge ser um pobre estudante africano com a intenção de evitar que sua fortuna e seu status real atraia alguma interesseira. No filme Murphy, como dito, interpreta vários personagens, com maquiagem pesada. Em todos eles (a saber: Clarence, Randy Watson e Saul) se sai muito bem. O problema é que o roteiro não ajuda, o filme é muito meloso para fazer rir realmente. Para Eddie a produção acabou servindo de laboratorio para algo que ele iria usar em filmes futuros, interpretando vários personagens ao mesmo tempo, com resultados bem melhores é bom frisar.

Um Príncipe em Nova York (Coming to America, Estados Unidos, 1988) Direção: John Landis / Roteiro: Eddie Murphy, David Sheffield / Elenco: Eddie Murphy, Arsenio Hall, James Earl Jones / Sinopse: Príncipe africano vai até Nova Iorque para tentar encontrar o amor de sua vida, para isso se faz passar por um jovem estudante pobre.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O Grande Dave

Ah Eddie Murphy! Um dia a festa acaba, a fama se vai e tudo o que sobra é tentar reviver os antigos anos de glória estrelando um filme atrás do outro para que algum dia tudo volte a dar certo. Esse “O Grande Dave” é mais uma tentativa do comediante em voltar ao topo. Após os trabalhos de dublagem nos filmes “Shrek”, Murphy queria voltar à velha forma, estrelando um novo filme em carne e osso. O projeto escolhido foi esse, o que de inicio soou como uma péssima ideia pois um dos maiores desastres de sua carreira, “Pluto Nash”, também tentava combinar comédia com Sci-fi. Ignorando essa má experiência anterior Eddie afirmou ter adorado o enredo fora do comum do projeto e tentou mais uma vez acertar o rumo do sucesso. O resultado? Um filme até que bem realizado tecnicamente mas que não consegue em nenhum momento relembrar os hilariantes filmes do ator nos anos 80. Lembrando até mesmo de filmes da Disney das décadas de 60, esse “Grande Dave” tentava até ser bem original.
   
O que mais prejudica o filme é justamente seu roteiro que não tem muito pé, nem cabeça. Eddie interpreta Dave, que na realidade é apenas uma sofisticada nave espacial comandada por pequenos alienígenas. Todas as funções executadas por Dave são controladas por equipes bem treinadas em seu interior que dão as diretrizes para seus atos. As coisas começam a complicar quando o objetivo passa a ser conquistar uma mulher humana. Se você não viu o filme ainda deve estar se perguntando que loucura de argumento é esse! Pois é, o público também achou esquisito demais e o filme, como não poderia deixar de ser, foi outro fracasso no currículo de Murphy. Ficou óbvio que nem todo mundo comprou a idéia estranha do roteiro, o que é natural pois esse tipo de estoria exige uma certa cumplicidade do espectador (e nem todo mundo tem boa vontade para isso). De uma forma ou outra se você embarcar na onda do filme poderá até mesmo dar uma ou duas boas risadas dessa rara comédia romântica de ficção!

O Grande Dave (Meet Dave, Estados Unidos, 2008) Direção: Brian Robbins / Roteiro: Rob Greenberg, Bill Corbett / Elenco: Eddie Murphy, Elizabeth Banks, Gabrielle Union / Sinopse: Dave (Eddie Murphy) é uma nave espacial em forma de ser humano que tenta se relacionar com outras pessoas. Na realidade todos os seus comandos são determinados por pequeninos alienigenas que trabalham em seu interior.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de maio de 2013

As Mil Palavras

Eddie Murphy foi um dos mais populares astros do cinema na década de 80. Após anos de sucesso sua carreira foi entrando lentamente em declínio. Alguns fracassos, outras produções mal recebidas pela crítica e alguns projetos indo parar diretamente no mercado de DVD, acabaram nublando completamente a estrela do ator. Agora ele tenta novamente voltar aos bons tempos com esse novo filme nos estúdios Dreamworks. O enredo é surreal: Jack McCall (Eddie Murphy) é um editor de livros ganancioso, convencido e falastrão que ao tentar comprar o livro de um líder espiritual da nova era se vê envolvido numa situação completamente fora do comum. Uma árvore surge do nada em seu quintal. A cada palavra dita por ele uma folha cai. A partir do momento em que não existirem mais folhas na árvore ele morrerá! Assim ele fará de tudo para não falar mais nada pois caso contrário sofrerá as conseqüências. Soa estranho para você? Claro que sim. Não é o tipo de argumento que se vê por aí toda hora. Na verdade nem há muitas explicações para o que acontece, a situação apenas surge em cena, sem chances de racionalizar bem sobre isso. O espectador tem que aceitar ou não curtirá o resto do filme.
   
Por baixo desse enredo de realismo fantástico o roteiro tenta passar uma lição de perdão, superação de velhos problemas pessoais do passado e o mais importante de tudo: a valorização da família e dos aspectos mais íntimos da vida de cada pessoa. Funciona? Apenas em termos. O filme tem noventa minutos, na primeira hora encontramos pela frente uma comédia no mais estrito sentido da palavra. O personagem de Eddie Murphy tenta tocar a vida em frente completamente mudo, calado, sem dizer uma palavra. Claro que isso vai gerar uma série de situações cômicas. O problema é que o roteiro se torna refém de uma piada só! Aos poucos as caretas e olhos esbugalhados de Eddie Murphy vão perdendo a graça, caindo no tédio absoluto. Finalmente nos 30 minutos finais o enredo dá uma guinada, deixa a comédia de lado e vira um dramalhão, com todos aqueles velhos valores familiares enchendo a tela. Fica chato a partir desse ponto. Melhor era tentar arriscar o humor até o fim. De uma forma ou outra não será com esse tipo de filme que Eddie Murphy voltará aos seus bons e velhos tempos.

As Mil Palavras (A Thousand Words, Estados Unidos, 2012) Direção: Brian Robbins / Roteiro: Steve Koren / Elenco: Eddie Murphy, Kerry Washington, Clark Duke / Sinopse: Ambicioso editor tem sua vida atrelada a existência de uma árvore. Quanto mais ele fala, mais folhas caem da planta. A partir do momento em que não existirem mais folhas ele morrerá! Diante disso tentará levar sua vida completamente mudo, sem dizer nada, o que dará origem a várias confusões em seu trabalho e em sua vida pessoal.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Trocando as Bolas

Esse foi o segundo filme da carreira do comediante Eddie Murphy (ele havia estreado no cinema com o policial “48 Horas” ao lado do ator Nick Nolte). Na época Murphy era muito conhecido do público americano por causa de seu trabalho no programa de TV “Saturday Night Live”, um dos mais populares dos Estados Unidos. Já no Brasil quase ninguém o conhecia uma vez que o SNL não era exibido em nosso país. Assim Murphy pelo menos por aqui se tornou conhecido mesmo por causa de seus filmes. “Trocando as Bolas” é um dos mais curiosos filmes de toda a sua carreira. O roteiro é todo construído apenas em torno de uma pergunta: Seria o homem fruto apenas de seu meio social? Em outras palavras, seria o sucesso ou o fracasso pessoal apenas o resultado do lugar onde se teria nascido? Para testar a veracidade da tese dois milionários excêntricos (interpretados com muita elegância por Dom Ameche e Ralph Bellamy) resolvem fazer um teste com duas pessoas completamente diferentes. Um bem nascido, filho de família bem situada, formado em uma das melhores universidades do país, com bom emprego e freqüentador dos melhores círculos sociais. O outro um vagabundo de rua, criado na malandragem dos bairros da periferia, formado e educado na escola da vida.

O que aconteceria se o grã-fino perdesse absolutamente tudo e fosse jogado nas ruas e o malandro fosse agraciado com todas as oportunidades de sucesso, dinheiro e posição social? O personagem das ruas é Billy Ray Valentine (Eddie Murphy) e o esnobe da alta classe é Louis Winthorpe III (Dan Aykroyd). Da noite para o dia um perde tudo e o outro é alçado a executivo de Wall Street. Os papéis são literalmente trocados. Fazia muitos anos que tinha assistido essa comédia e nessa revisão pude perceber que embora não soe mais tão engraçado como antes ainda é um roteiro muito bem conectado, inteligente, bem escrito. De certa forma os dois milionários que trocam as bolas dos personagens principais estão na realidade testando, entre outras coisas, as bases do chamado Darwinismo social, teoria muito polêmica e controvertida que até hoje é motivo de debates no meio acadêmico. Claro que o filme não avança a fundo nesse ponto, preferindo apenas trazer diversão com uma pequena lição de moral em seu final. Mesmo assim ainda é uma diversão válida que a despeito de ter envelhecido um pouco ainda faz pensar – algo que definitivamente não se encontra mais em comédias como essa. Assim fica a dica de “Trocando as Bolas”, comédia dos anos 80 que diverte mas que consegue também intrigar ao mesmo tempo.

Trocando as Bolas (Trading Places, Estados Unidos, 1983) Direção: John Landis / Roteiro: Timothy Harris, Herschel Weingrod / Elenco: Eddie Murphy, Dan Aykroyd, Ralph Bellamy, Dom Ameche, Denholm Elliott / Sinopse: Dois milionários resolvem mudar as posições sociais de duas pessoas completamente diferentes. A um grã-fino esnobe resolvem lhe tirar o emprego, o trabalho e a posição social. A um malandro de rua resolvem lhe arranjar uma posição de executivo em Wall Street. No fundo tudo não passa de uma aposta para saber com certeza se o homem é realmente apenas fruto de seu meio social.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Um Tira da Pesada 2

Por falar em filmes policiais engraçadinhos da década de 80 que tal relembrar esse enorme sucesso de bilheteria estrelado pelo comediante Eddie Murphy? Infelizmente hoje em dia Murphy está completamente decadente, aparecendo em verdadeiras bombas, filmes horríveis que geralmente se tornam grandes fracassos mas nos anos 80 ele era o queridinho da indústria cinematográfica americana. Egresso do popular programa de TV Saturday Night Live, Murphy encarnava  um tipo de humor mordaz mas até bem comportado se formos comparar com outros humoristas negros de sua época. Assim, diante de um humor mais leve ele logo caiu no gosto popular dos brancos e se tornou um sucesso de popularidade. Sair da TV e ir para o cinema era apenas questão de tempo e Murphy fez excepcionalmente bem essa transição. Após largar o programa de TV ele assinou com a poderosa Paramount a realização de uma série de filmes, que se tornariam grandes êxitos populares nos anos que viriam. A série “Um Tira da Pesada” foi seu auge. A idéia era colocar um policial negro da barra pesada Detroit na sofisticada Beverly Hills, com toda aquela gente ricaça e esnobe. O choque cultural ao ver os métodos do tira Axel Foley (Murphy) no meio da grã finada era o grande trunfo do filme.

De fato deu muito certo. Se o primeiro já havia sido bem recebido, esse aqui, com muitos mais recursos e publicidade, se tornou um dos mais rentáveis da década. Eddie Murphy se viu assim disputando os cachês milionários da época lado a lado com Sylvester Stallone ou Arnold Schwarzenegger. Tão empolgado ficou com sua enorme fama e sucesso que disparou: “A década de 50 foi de Elvis Presley, a década de 60 dos Beatles e a década de 80 foi de Eddie Murphy”. Não há como negar que Murphy seja realmente talentoso e engraçado principalmente nessas suas primeiras produções no cinema (que também faziam enorme sucesso no milionário mercado de vídeo VHS para consumo domiciliar). O problema é que, como sempre acontece aliás, o sucesso lhe subiu à cabeça e Eddie começou a ter acessos de egolatria, escolhendo projetos equivocados que não mais fizeram sucesso.  Nem sua tentativa de fazer um humor mais ácido com suas apresentações ao vivo (que também viraram vídeos de sucesso) reverteram o lento e gradual declínio de seu sucesso comercial. A década de 80 chegou ao final e com ele os melhores anos da carreira de Eddie Murphy. Ele foi de certo modo substituído pelo gosto do público americano por outro negro, que também vinha da TV e estourou de uma hora para outra nos cinemas. Seu nome? Will Smith. Rei morto, rei posto. Mesmo assim fica a dica: “Um Tira da Pesada 2”, uma produção de uma época em que Eddie Murphy poderia se considerar um Rei em Hollywood, sem exagero algum.

Um Tira da Pesada 2 (Beverly Hills Cop II, Estados Unidos, 1987) Direção: Tony Scott./ Roteiro: Larry Ferguson, Warren Skaaren / Elenco: Eddie Murphy, Judge Reinhold, Jürgen Prochnow, Ronny Cox, John Ashton, Brigitte Nielsen, Allen Garfield, Dean Stockwell./ Sinopse: Axel Foley (Eddie Murphy) é um tira de Detroit que vai até Beverly Hills para investigar uma quadrilha especializada em tráfico de armas. Chegando lá se une aos tiras mauricinhos do Departamento de Polícia de Los Angeles e se mete em várias confusões.

Pablo Aluísio.