É um filme de crocodilos gigantes devorando pessoas que não deveriam estar onde estão. Assim, com poucas palavras, podemos definir esse filme. Tudo se passa na Flórida, região foco de grandes furacões. Uma jovem decide romper uma barreira policial para ir em direção ao furacão. Ele quer resgatar o pai que ficou preso na sua casa numa cidade que está sendo destruída pela tempestade. Uma vez chegando lá, depois de passar por todas as dificuldades, ela descobre que o pai está preso no porão. O lugar está sendo inundado rapidamente. Pior, está cheio de crocodilos também. E é basicamente nessa situação que o filme se desenvolve.
O diretor francês Alexandre Aja, que já havia dirigido "Piranha 3D", volta à carga nessa produção cheia de efeitos especias, mas com roteiro fraco. Os animais são todos digitais, o que tira um pouco da graça do filme. Os ataques estão lá, a tentativa de fazer suspense também, mas como não são animais de verdade tudo parece bem falso.
As cenas são absurdas. Nem um super-herói da Marvel poderia sobreviver ao que pai e filha passam. Os crocodilos mordem suas pernas, arrancam o braço, mastigam seus corpos e essas pessoas não morrem? Impossível sobreviver a esse tipo de ataque na vida real. Mesmo que uma pessoa venha a ser solta após ser atacada por um crocodilo feroz ela rapidamente morreria de hemorragia, pois não há nenhuma assistência médica para elas naquele lugar abandonado. Assim os excessos do roteiro, as situações completamente impossíveis, acabam destruindo o filme. Não que alguém fosse assistir um filme como esse esperando por cenas verídicas, mas também não precisavam exagerar tanto no absurdo e na mentira.
Predadores Assassinos (Crawl, Estados Unidos, 2019) Direção: Alexandre Aja / Roteiro: Michael Rasmussen, Shawn Rasmussen / Elenco: Kaya Scodelario, Barry Pepper, Morfydd Clark / Sinopse: Uma jovem decide resgatar seu pai no meio de um enorme furacão na Flórida, mas acaba descobrindo que a região está infestada de crocodilos gigantes e famintos.
Pablo Aluísio.