O diretor Michael Bay aderiu ao Netflix. E o ator Ryan Reynolds também. A nova plataforma tem atraído muitos profissionais que antes só trabalhavam para filmes feitos para o cinema. O hábito de muitos cinéfilos mudou, agora preferem o confortável streaming. Com isso a indústria cinematográfica americana também vai, aos poucos, se adaptando com a nova realidade. Por enquanto porém a Netflix não tem a mesma capacidade de investir centenas de milhões de dólares em suas produções exclusivas, por isso Michael Bay não teve à disposição os mesmos recursos que sempre teve, como por exemplo, na franquia "Transformers". A boa notícia é que isso não foi de todo mal. Ele se conteve também nas delirantes edições que vinham caracterizando seus filmes para o cinema. O ritmo agora é mais equilibrado. Claro, os carros continuam explodindo em série, há cenas absurdas de pura falta de veracidade e todos aqueles cacoetes de Bay que conhecemos tão bem. A única maior novidade vem do próprio enredo. Aqui Michael Bay criou um grupo de mercenários, todos liderados por um bilionário infeliz com o mundo, que pretende intervir sempre que for possível para defender a democracia, a liberdade e todo aquele discurso que já virou clichê há anos.
A bola da vez é um ditador cruel e sanguinário de uma república fictícia que se espelha naqueles países de maioria muçulmana que durante décadas ficaram sob a opressão da União Soviética. Quando essa ruiu deu origem a nações sem tradição democrática nenhuma, subindo ao poder tiranos de todos os tipos. O estranho é que o tal Esquadrão 6 quer dar um golpe de Estado, para colocar no lugar do ditador de plantão o seu irmão. Pensando bem isso não é bem o que poderíamos chamar de "lição de liberdade e democracia" que o roteiro tenta, de forma hipócrita, passar. No mais tudo é mais do mesmo. Esses membros do esquadrão que sequer respondem por nomes, mas sim por números, vão até a capital do país em questão, explodem alguns prédios, tomam conta da TV estatal e pronto. Quem poderia esperar por algo mais juvenil do que isso? Só Michael Bay mesmo.
Esquadrão 6 (6 Underground, Estados Unidos, 2019) Direção: Michael Bay / Roteiro: Paul Wernick, Rhett Reese / Elenco: Ryan Reynolds, Mélanie Laurent, Manuel Garcia-Rulfo, Ben Hardy / Sinopse: Grupo de mercenário liderados por um bilionário infeliz com o mundo, se reúne para tirar do poder o ditador de uma ex-Republica soviética.
Pablo Aluísio.
Esquadrão 6
ResponderExcluirNovo filme de Michael Bay
Pablo Aluísio.
Assisti quase a metade, parei, estou com dificuldade para voltar a assistir.
ResponderExcluirUma das vantagens do Streaming é justamente esse. O espectador tem a opção de parar, continuar quando quiser ou então largar de vez. No cinema tem que assistir tudo de uma vez.
ResponderExcluirÉ verdade. Ah, e sobre o que você disse sobre limite de orçamento na Netflix em relação aos estúdios de cinema ttadicional, eu não sei não: "O Irlandês" está aí pra provar que se esse limite existe, ele é bem seletivo.
ExcluirSerge Renine.
Esse filme do Scorsese é uma exceção, até porque ele também foi lançado nos cinemas.
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