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sábado, 17 de setembro de 2016

Carnage Park

Título no Brasil: Carnage Park
Título Original: Carnage Park
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Diablo Entertainment
Direção: Mickey Keating
Roteiro: Mickey Keating
Elenco: Ashley Bell, Pat Healy, Alan Ruck, James Landry Hébert, Michael Villar, Bob Bancroft
  
Sinopse:
Após um roubo a banco, dois criminosos tentam fugir à toda velocidade pelas estradas empoeiradas de um deserto da Califórnia. Um deles, alvejado durante a fuga, logo morre no banco de trás do carro. O outro precisa então se livrar de seu corpo o mais rapidamente possível. Com a ajuda de uma refém (que estava no porta-malas) ele dirige até uma propriedade remota, onde deixa seu parceiro do crime. O que o criminoso não sabe é que o lugar pertence a um sujeito psicopata, que pensa estar em um verdadeiro campo de batalha. Agora ele irá caçar o bandido, ao mesmo tempo em que leva sua refém para o verdadeiro inferno na Terra.

Comentários:
Temos aqui um novo thriller de terror que se destaca não pelo roteiro (pois é dos mais simples), nem pela produção em si (que é até modesta) e muito menos pelo elenco (a maioria dos atores é esforçado, mas desconhecido). O destaque de "Carnage Park" vem da forma como o jovem diretor Mickey Keating conta sua estória sangrenta. Ele se utiliza de vários tipos de linguagem cinematográfica ao longo do filme. Além de uma fotografia saturada temos uma edição ágil, rápida, que não perde tempo com bobagens ou sutilezas desnecessárias. Obviamente se trata de um filme violento, com cenas inclusive bem ao estilo gore, não recomendado para os mais sensíveis, mas isso definitivamente é o de menos. Mesmo  em pequenos detalhes acabamos descobrindo que esse diretor sabe bem muito o que está fazendo com sua câmera. A trilha sonora, por exemplo, é composta por músicas e diálogos fora de rotação, como se estivéssemos ouvindo um velho vinil sendo tocado em uma vitrola quebrada! O elenco é bom, embora nenhum dos atores seja mais conhecido. O único nome que vai despertar alguma lembrança no público em geral é a do ator Alan Ruck (para quem não se lembra ele foi o amigo esquisito de Matthew Broderick no clássico juvenil "Curtindo a Vida Adoidado"). Bem diferente nos dias atuais, ele interpreta um xerife que precisa descobrir o que está acontecendo de errado na propriedade de seu irmão, o alucinado Wyatt Moss (Pat Healy). A trama também explora um tipo que anda bem mais comum nos dias de hoje, principalmente nos Estados Unidos, a do psicopata com delírios de militar que da noite para o dia se arma até os dentes e começa a fazer de outros seres humanos seus alvos ambulantes. Sim, é algo bem trágico, mas infelizmente cada vez mais comum. Nesse ponto o diretor Mickey também acertou seu próprio alvo, colocando em destaque a loucura bélica que reina dentro da doentia sociedade americana. Salve-se quem puder.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Último Exorcismo 2

O primeiro “O Último Exorcismo” (que curiosamente não foi o último!) era um mockumentary que reciclava antigos filmes de terror (a referencia mais óbvia era “O Exorcista”) que acabou caindo nas graças do grande público, rendendo uma bilheteria muito boa para seu orçamento modesto. Na época de seu lançamento chamei a atenção para o fato do material promocional do filme ser muito bem feito – com imagens nos cartazes que jamais fizeram parte do filme em si. Como em Hollywood não se perde a chance de ir atrás de boas bilheterias o filme agora rende essa continuação. Curiosamente o formato do primeiro filme é deixado de lado. Agora os produtores optaram por uma narrativa mais tradicional. O roteiro como não poderia deixar de ser é cheio de furos e não explica como a garota sobreviveu ao final do filme anterior. Clímax aliás que foi severamente criticado em seu lançamento por ser muito exagerado e sem noção. Depois de tudo aquilo que aconteceu é muito complicado aceitar uma continuação na estória, afinal tudo parecia soar como definitivo.

Assim como acontecia no filme “O Exorcista” aqui a protagonista também é uma jovem que é atormentada por um demônio (e imitando os passos do filme clássico também temos aqui uma entidade do mal que atende por um nome bizarro, Abalam). Pois bem, o filme começa mostrando a jovem Nell (Ashley Bell), que após os acontecimentos do primeiro filme tenta reconstruir sua vida. Ela é enviada para um abrigo de jovens e começa a ter uma nova perspectiva de vida, levando uma vida normal, longe da visão fatalista religiosa em que cresceu. Sua vida caminha relativamente bem, e ela pela primeira vez experimenta uma existência normal quando do nada recomeçam as manifestações demoníacas. A partir daí o filme mostra toda a sua fragilidade. O roteiro é um festival de clichês sem nenhuma originalidade. O uso de recursos fáceis para assustar o público também mostra o esgotamento do filão. De certa forma esse filme me lembrou bastante de “O Exorcista 2” outra produção que não tinha mais o que contar pois esse é o tipo de enredo que só admite uma adaptação para o cinema pois a estória se fecha em si mesmo, não havendo qualquer justificativa para uma continuação, a não ser render uns trocados a mais nas bilheterias. Melhor ignorar.

O Último Exorcismo 2 (The Last Exorcism 2: The Beginning of the End, Estados Unidos, 2013) Direção: Ed Gass-Donnelly / Roteiro: Damien Chazelle, Ed Gass-Donnelly / Elenco: Ashley Bell, Andrew Sensenig, Spencer Treat Clark, Judd Lormand, Raeden Greer / Sinopse: A garota Nell (Ashley Bell) volta a ser atormentada por manifestações demoníacas. Continuação de “O Último Exorcismo”.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Último Exorcismo

Alguns filmes nunca morrem. O maior exemplo é "O Exorcista" que mesmo após tantos anos de seu lançamento segue sendo imitado. Esse "O Último Exorcismo" é mais uma produção que tenta pegar carona no sucesso do filme original. O roteiro segue o estilo "Bruxa de Blair", ou seja, é um falso documentário ou como os americanos gostam de chamar, um "Mockumentary". Após o lançamento esse terror acabou ficando famoso entre os fãs do gênero por dois motivos básicos. O primeiro é o fato de que nada do que é visto em seu material promocional aparece nas telas. As cenas retratando uma garota subindo pelas paredes ou dobrando a coluna (como visto ao lado) só existem nos posters do filme pois em momento algum durante o filme algo assim chega a aparecer. Pior é que a atriz que interpreta a garota possuída quase não aparece e quando surge em cena sua "atuação" é simplesmente medonha (no mal sentido). Outro aspecto que ficou falado é o péssimo, péssimo mesmo, final da estória. Simplesmente constrangedor a forma como se dá o desfecho de tudo aquilo que pacientemente assistimos até aquele momento. 

O novato diretor Daniel Stamm não tem a menor sutileza para lidar com o tema de possessões. Tudo é exagerado, banalizado, histérico. Não se cria um clima de suspense adequado e nem um desenvolvimento eficiente, tudo vai acontecendo ao acaso, sem brilho, sem empolgação. As cenas são escuras, tremidas, desfocadas - no estilo "alguém grita, todo mundo corre, você não vê nada, tudo tremido e por aí vai." O final, como eu já frisei, realmente é um lixo completo, aquela situação toda que foi criada foi um anticlímax total. Confesso que pelo menos enquanto havia a questão da garota e do exorcismo até fiquei prestando a atenção no que acontecia mas quando chega os minutos finais do filme cai a máscara do trash e da falta de idéias novas. Uma boa idéia que ficou pelo meio do caminho? Sim, deveriam ter feito pelo menos um filme de verdade com o argumento. 

O Último Exorcismo (The Last Exorcism, Estados Unidos, 2010) Direção: Daniel Stamm / Roteiro: Huck Botko, Andrew Gurland / Elenco: Patrick Fabian, Ashley Bell, Iris Bahr / Sinopse: Em uma fazenda distante no interior um pai chama um reverendo famoso, Cotton Marcus (Patrick Fabian), para exorcizar sua filha que estaria supostamente possuída pelo demônio.

Pablo Aluísio.