domingo, 26 de setembro de 2010

Elvis Presley - King Creole nos Cinemas

King Creole nos Cinemas
O filme King Creole (Balada Sangrenta, no Brasil) chegou aos cinemas dos Estados Unidos em 3 de julho de 1958. A estreia contou com uma noite de gala em Los Angeles, com o diretor Michael Curtiz e o elenco do filme, menos Elvis. Ele nunca apareceu para uma première de seus filmes. Uma coisa lamentável, mas na mentalidade tacanha do Coronel Parker, Elvis só apareceria em pública se fosse remunerado. Ele havia dito certa vez: "Se quiserem ver Elvis que paguem um ticket de bilheteria nos cinemas!". Nada era de graça para o velho empresário. 

No Brasil o filme chegou no final de ano, em dezembro, com exibições em cinemas no Rio, São Paulo, Salvador e Recife. Depois foi sendo exibido nas semanas seguintes em várias capitais do país. Naquele tempo os filmes literalmente viajavam pelo país. Grandes rolos de película que as distribuidoras levavam de cidade em cidade para exibição nos cinemas. Primeiro nas capitais, depois na cidades do interior. A distribuidora nacional alugava os rolos para os donos de cinema. Se desse boa bilheteria, o filme continuava em cartaz por mais uma semana. Em Sáo Paulo o filme ficou em cartaz por três semanas, no Rio de Janeiro, por um mês. 

Nos Estados Unidos o filme foi bem elogiado pela crítica. De maneira em geral os jornalistas norte-americanos especializados em cinema gostaram do que viram. Elogiaram Michael Curtiz, que era um diretor respeitado e sobrou elogios até mesmo para Elvis. A mídia em geral deu destaque ao lançamento do filme e ele foi muito bem sucedido nas bilheterias, a tal ponto que a Paramount Pictures quis assinar um contrato de sete anos com Elvis. Isso só não aconteceu porque o cantor tinha outros problemas a resolver. 

Ele havia sido convocado pelo Exército americano para prestar serviço militar. Naquela época, antes da Guerra do Vietnã, o serviço militar ainda era obrigatório. O governo americano até entendeu a situação de Elvis e por isso ofereceu a ele uma alternativa, de serviços promocionas e shows gratuitos para as tropas estacionadas no exterior, algo que vários artistas tinham feito no passado. Só que o Coronel Parker disse não! Como ele já havia dito antes, Elvis jamais iria se apresentar de graça. Com isso Elvis se alistou e foi servir o exército, como um recruta comum. 

Pablo Aluísio. 

Um comentário: