A música "Young And Beautiful" foi escrita pela dupla de compositores Aaron Schroeder e Abner Silver. Gravada por Elvis em 30 de abril de 1957, fez parte da trilha sonora do filme "Jailhouse Rock". Sempre foi uma bela balada subestimada, nunca usada adequadamente fora do contexto do filme. Curiosamente durante a década de 1970, em ensaios, Elvis esboçou uma tentativa de levar a música para os palcos, porém só ficou na intenção mesmo. Há uma boa versão dessa época, lá por volta de 1972, onde Elvis ensaia a canção com seu grupo em estúdio. Ficou bonita, apesar de ser uma versão bem despretensiosa.
E a RCA Victor encaixou outras faixas de filmes de Elvis nessa coletânea. Uma delas foi "We're Gonna Move". Oficialmente ela veio creditada como sendo composta por Vera Matson e Elvis Presley. Na verdade hoje sabemos que todo o material do filme "Love Me Tender" foi composto pelo maestro da Fox Ken Darby. Ele apenas não quis assinar essas criações, por motivos diversos, colocando as músicas como sendo feitas por sua esposa Vera e por Elvis, para agradar ao Coronel Parker que estava de olho nos direitos autorais das músicas gravadas por Elvis. Nada pessoal, uma questão puramente de negócios.
Eu adoro a dupla Jerry Leiber e Mike Stoller. Em minha opinião as melhores músicas gravadas por Elvis nessa fase roqueira dos anos 1950 foram compostas por eles. Só que, apesar dessa admiração, devo dizer que "I Want To Be Free" se torna bem enjoativa depois de algumas audições. Gravada em abril de 1957, dentro do pacote de "Jailhouse Rock", essa música é certamente uma das mais fracas dessa celebrada trilha sonora. O que poderia ser pior do que isso? Basicamente temos alguns grandes clássicos nesse filme, mas essa aqui pode ser chamada de "musiquinha" sem medo de soar como uma injustiça. Enjoativa e banal, nem parece uma música com a assinatura dos geniais Leiber e Stoller.
Um fato curioso sobre esse álbum é que em sua edição original norte-americana, havia uma bonita direção de arte. Dentro de uma capa que abria - tal como se fosse um álbum duplo - havia muitas fotos de Elvis no exército, além de um enorme calendário do ano de 1960, que seria aquele em que Elvis retornaria aos Estados Unidos após cumprir serviço militar. Na década de 1980, para ser mais específico, em 1982, saiu a última edição desse disco em vinil no Brasil. Fazia parte da série "Pure Gold". Pena que toda a bonita direção de arte da edição original foi deixada de lado. Em uma edição pobre trazia capa e contracapa iguais, sem nenhum luxo. Uma versão bem decepcionante para os colecionadores da época.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de maio de 2025
sexta-feira, 9 de maio de 2025
Anora
O fato desse filme ter sido o vencedor do Oscar de melhor filme do ano demonstra que há problemas no cinema atual ou pelo menos que há muitos problemas nos votantes do maior prêmio do cinema mundial. Veja, não quero dizer com isso que esse seja um filme ruim, nada disso, apenas que é um filme comum. Não vi nada demais nele, em nenhum aspecto. Começa como um daqueles filmes de adolescentes dos anos 80 onde um carinha muito louco decide embarcar numa série de farras e festinhas, tão típicas de sua idade. Até aí nada demais. Ele acaba contratando uma garota de programa e meio que perde a cabeça com ela. Depois de uma transa rápida decide contratar a moça (a tal Anora) para passar ao seu lado durante uma semana. Preço do programinha: 10 mil dólares!
Então parte ele e sua amada de programa para Las Vegas, a cidade do pecado, onde em cada esquina tem uma capelinha para a relização de casamentos Fast Food. E não demora muito, lá vai o desmiolado casar com a garota de programa e stripper! O problema é que apesar de ter 21 anos de idade ele ainda age como um adolescente retardado de 14. Então seus pais descobrem o ocorrido. Eles são russos, envolvidos em negócios não muito legais (provavelmente aqueles magnatas que orbitam Putin) e viajam às pressas para a Rússia.
E aí, meus caros, o filme vira uma daquelas comédias dos anos 80, tipo Sessão da Tarde, com muitas confusões para anular esse casamento. O filme é isso! Eu fiquei surpreso com a superficialidade de tudo! Eu sou de um tempo em que o Oscar premiava filmes que eram verdadeiros eventos cinematográficos do ano, filmes grandiosos, que marcavam época! Esse "Anora" é só engraçadinho! Nem o trabalho da atriz, que também venceu o Oscar, me causou qualquer tipo de espanto. É muito mais do mesmo. E ela fica pelada grande parte do filme! Enfim, "Anora" é um daqueles vencedores que vão ser esquecidos rapidamente. Um filme fraco para falar a verdade.
Anora (Anora, Estados Unidos, 2024) Direção: Sean Baker / Roteiro: Sean Baker / Elenco: Mikey Madison, Paul Weissman, Yura Borisov / Sinopse: Jovem rapaz, filho de um milionário russo, arma uma grande farra nos Estados Unidos. Contrata uma garota de programa e fica louco por ela. Acaba se casando com a jovem chamada Anora em um fim de semana de festas em Las Vegas, algo que deixa seus pais furiosos.
Pablo Aluísio.
Rosa de Versalhes
Muitas vezes é interessante fugir do habitual, daquilo que se está acostumado a assistir. Assim decidi assistir a essa animação japonesa que se passa durante a revolução francesa! Foi baseada em um mangá escrito por Riyoko Ikeda na década de 1970. A protagonista, a jovem de longos cabelos loiros que trabalha como militar no Palácio de Versalhes durante os anos de Maria Antonieta, jamais existiu, é apenas uma personagem de ficção rodeada de figuras históricas reais. A própria Rainha francesa tem muito espaço dentro da história, aumentando ainda mais o interesse na animação (pelo menos esse foi exatamente o meu caso!).
E no que se refere à própria história de Maria Antonieta tudo está bem fiel aos acontecimentos históricos. Ela de fato era apaixonada por um conde sueco chamado Hans Axel von Fersen. Inclusive cartas secretas revelando seus sentimentos foram encontradas muitos anos após sua morte por historiadores. Não é mera ficção, é fato histórico real! Isso revelava a tragédia que era sua vida! Cercada por revolucionários que queriam sua morte e presa a um casamento real com um homem que não amava, apenas respeitava! Era um amor impossível de se concretizar! De qualquer forma deixo essa dica. Eu gostei bastante da animação. Algo que resistiu até mesmo aos momentos de musical chatinho que o desenho também apresenta. Ninguém é perfeito!
Rosa de Versalhes (Versailles no bara, Japão, 2025) Direção: Ai Yoshimura / Roteiro: Riyoko Ikeda, Tomoko Konparu Elenco: Miyuki Sawashiro, Toshiyuki Toyonaga, Felecia Angelle / Sinopse: Essa animação conta a história da militar Oscar Francois de Jarjayes. Trabalhando em Versalhes logo se torna amiga da rainha Maria Antonieta. Algo que irá mudar com a chegada da Revolução Francesa.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 8 de maio de 2025
Caos e Destruição
Filme de ação da Netflix. Estrelado pelo ator brucutu Tom Hardy. Vi muita gente criticando, mas em minha opinião, essa é uma fita OK. Bem mediana, mas que cumpre aquilo que promete, afinal o cinema não vive apenas de grandes filmes marcantes. Há espaço desde sempre para esse tipo de produção. Eu me lembro dos anos 80, talvez a década símbolo desses filmes de ação. As locadoras eram cheias desses Action movies, sinal que o público gostava! Esse fita aqui ficaria perfeitamente adequado numa fileira de VHS daquela década. Pois bem, na história o Tom Hardy interpreta um policial. Não é dos tiras mais honestos, já que se envolveu com muita coisa errada no passado. Agora tenta livrar o filho do prefeito que se envolveu numa guerra de quadrilhas do submundo. Ele esteve envolvido na morte de um jovem, filho de uma poderosa líder da máfia chinesa. Então já viu, vai sobrar tiros e porradas para todos os lados! As cenas de ação inclusive são bem realizadas, com destaque para a perseguição inicial com os carros da polícia tentando parar um caminhão cheio de material roubado dentro!
Um dos aspectos que eu vou frisar nesse filme vem nos tiros dados pelos personagens. Sim, isso mesmo. Trabalharam muito nos efeitos digitais desses momentos de ação. Todas as balas causam o estrondo de uma arma ponto 50, aquelas gigantes das forças armadas. Não importa o calibre da arma que qualquer personagem esteja usando em cena, sempre vai sair uma bala ponto 50 de seu cano! Fica legal, devo admitir, causa impacto nas cenas, mas do ponto de vista da realidade de um tiro desses fica muito exagerado. Enfim, esse filme é isso aí, puro exagero! Certamente os que curtem esse tipo de produção de ação vão gostar...
Caos e Destruição (Havoc, Estados Unidos, 2025) Direção: Gareth Evans / Roteiro: Gareth Evans / Elenco: Tom Hardy, Timothy Olyphant, Forest Whitaker, Jessie Mei Li, Justin Cornwell, / Sinopse: Tira corrupto tenta salvar o filho do prefeito após ele se envolver numa sangrenta guerra de quadrilhas. Uma chefe da máfia chinesa o procura para vingar a morte de seu próprio filho. E ela está determinada a conseguir alcançar seus objetivos.
Pablo Aluísio.
A Batalha das Ardenas
Essa foi a última cartada de Hitler na Segunda Guerra Mundial. O exército alemão estava em frangalhos, sendo destruído sistematicamente no leste pela invasão da União Soviética. Sem alternativas, o insano e desesperado Hitler decidiu ir para o tudo ou nada, numa grande ofensiva contra as forças aliadas que vinha conquistando territórios no oeste, depois do Dia D. O lugar escolhido para essa grande ofensiva foi a floresta das Ardenas, uma região de complicada operação. Por essa razão os aliados tinham poucos e cansadas tropas por ali. Imagine a surpresa daquelas militares quando se viram frente a frente com divisões e mais divisões blindadas do exército alemão! O filme até que tem seus méritos, mas não espere por uma grande produção. Esse é um filme de guerra com orçamento mais restrito. Isso também não significa que fizeram uma porcaria de filme, nada disso. As cenas de combates são até que muito bem realizadas. Tem bom timing e os conflitos armados diretos entre aliados e nazistas soam bem feitos.
Só reclamaria do final abrupto da história. Você está ali concentrado nas cenas, no desenrolar dos acontecimentos e de repente, quase sem mais nem menos, o filme acaba! Você vai ficar surpreso! Para complementar ainda há longos textos nos letreiros finais contando a história de alguns desses militares que morreram nessa batalha. Tudo detalhado, só que confesso que esse tipo de material só vai interessar mesmo a quem tem muito interesse por história militar. Para o público em geral, que só queria assistir a um bom filme de guerra, vai ficar um gostinho de desconfiança e meio de decepção pela forma rápida que o filme foi encerrado. Faltou mesmo um melhor capricho nesse roteiro.
A Batalha das Ardenas - A Última Ofensiva de Hitler (Wunderland, Estados Unidos, 2018) Direção: Steven Luke / Roteiro: Steven Luke / Elenco: Tom Berenger, Steven Luke, Aaron Courteau / Sinopse: Durante a fase final da Segunda Guerra Mundial o líder nazista Adolf Hitler ordena uma grande ofensiva na região da Ardenas. E um pequeno grupo do exército aliado precisa deter o avanço das forças do III Reich. História baseada em fatos históricos reais.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 7 de maio de 2025
Halloween II
Essa primeira continuação começa exatamente onde o primeiro filme terminou. A personagem de Jamie Lee Curtis sobrevive aos ataques do psicopata Mike Myers e é enviada a um hospital. Só que ao contrário que muitos pensam, o assassino está vivo e obcecado. Vai atrás dela no mesmo hospital onde está recebendo tratamento. E uma vez dentro dele sai matando quem aparece pela frente, sejam vigilantes, enfermeiras ou médicos. Todos morrem. Só que todas essas vítimas são apenas o meio que ele encontra para encontrar a Curtis, que é seu objetivo final.
O John Carpenter pulou fora dessa continuação. Não quis dirigir, exatamente pela ruindade de seu roteiro. Esse roteiro aliás é uma nulidade, uma porcaria. Apenas uma situação, o psicopata mascarado dentro do hospital matando geral, tentando encontrar a personagem da Jamie Lee Curtis. É só isso, não tem mais nada. Bom, sim, tem os absurdos, mas isso não é algo positivo. Por exemplo, em uma só cena o Myers leva seis tiros à queima roupa e não morre, para depois levar mais uns dez tiros e também não morrer. Então, meus amigos, não reclamem do Jason de Sexta-Feira 13. Esse personagem daqui também é imortal. E nem espere por explicações do roteiro preguiçoso. Na verdade os roteiristas não estavam nem aí para esse "detalhe"!
Halloween II: O Pesadelo Continua! (Halloween II, Estados Unidos, 1981) Direção: Rick Rosenthal / Roteiro: Debra Hill / Elenco: Jamie Lee Curtis, Donald Pleasence, Charles Cyphers / Sinopse: Apesar de todos os esforços dos policiais, o psicopata Michael Myers está vivo e solto e ele parte em direção ao hospital onde sua vítima preferencial ainda se recupera dos ferimentos de seu primeiro ataque.
Pablo Aluísio.
Contos da Cripta - Demônios da Noite
Nos anos 80 surgiu essa série "Contos da Cripta" que era baseada nos quadrinhos. Como o Brasil ainda era muito atrasado nessa questão de séries pois havia poucos canais de TV aberta, vários episódios foram lançados em compilações no mercado de fitas VHS. Geralmente essas compilações traziam 3 episódios da série que estava sendo exibida na TV dos Estados Unidos. Eu aluguei muitas dessas fitas. Já naquela época achava tudo muito divertido. Afinal se eram 3 episódios as chances de você gostar de pelo menos uma das histórias era grande.
Pois bem, o tempo passou, o VHS morreu e então temos esse título. Não traz 3 histórias como eu gostava de ver nos anos 80, mas apenas uma! E aí está o maior problema: é uma história das mais mixurucas, ruim demais. Fico até surpreso em ver que tanta gente boa como Robert Zemeckis (diretor de "De Volta para o Futuro") tenha se envolvido em algo tão fraco e barato como esse filme! Sim, porque é um longa, só que o problema é que não tem história para tanto. Então o produto final é inegavelmente bem fraco. Ruim, para sintetizar tudo. Eu, que havia curtido tanto "Contos da Cripta" nos meus tempos de adolescência fiquei obviamente bem decepcionado com o que vi aqui. Simplesmente ruim, nada mais além disso.
Contos da Cripta - Demônios da Noite (Tales from the Crypt: Demon Knight, Estados Unidos, 1995) Direção: Ernest R. Dickerson / Roteiro: Ethan Reiff, Cyrus Voris, Mark Bishop / Elenco: Billy Zane, William Sadler, Jada Pinkett Smith / Sinopse: Um líder de demònios retorna à Terra para caçar um veterano que traz uma relíquia dos tempos de Cristo.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de maio de 2025
Daniel Boone
Título no Brasil: Daniel Boone
Título Original: Daniel Boone
Ano de Produção: 1964 - 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: National Broadcasting Company (NBC)
Direção: William Wiard, Nathan Juran, George Sherman
Roteiro: D.D. Beauchamp, David Duncan, Melvin Levy
Elenco: Fess Parker, Patricia Blair, Darby Hinton
Sinopse:
Daniel Boone (Fess Parker) é um explorador e aventureiro que segue caminho rumo ao oeste, saindo das fronteiras das treze colônias da costa leste para desbravar e conhecer o rico interior do continente americano. No caminho tem que lidar com tribos hostis, principalmente os apaches que povoam as montanhas da região onde acaba chegando pela primeira vez. Foi um dos primeiros homens brancos a chegar naquela isolada e remota terra.
Comentários:
Foi uma das séries mais bem sucedidas da história da TV americana. Ao todo ficou seis anos no ar, resultando em seis temporadas e 165 episódios de grande audiência. O sucesso chegou inclusive ao Brasil onde o seriado foi exibido em várias emissoras ao longo dos anos. Tanto êxito não é tão complicado de se explicar, afinal de contas os roteiros primavam por trazer todas as semanas muitas aventuras, romances e histórias de bravura bem no começo da colonização americana. Daniel Boone inclusive foi um personagem real da história americana. Ele viveu entre os anos de 1734 a 1820. Boone foi um dos grandes pioneiros da colonização, abrindo caminhos rumo ao oeste, em especial nos territórios que se tornariam os modernos estados de Kentucky, Mississippi e Alabama. Claro que o homem real tinha pouca coisa a ver com o folclore que foi criado em cima de sua história, que daria origem inclusive a esse seriado de TV, mas nada disso ameniza sua importância dentro da história dos Estados Unidos e das treze colônias nos quais Boone viveu. Extremamente recomendado esse verdadeiro clássico do canal NBC está sendo relançado na íntegra nos EUA em uma primorosa coleção de DVDs, item de colecionador certamente. Assim deixamos a dica desse que foi muito provavelmente o mais popular seriado de faroeste da TV americana.
Pablo Aluísio.
Título Original: Daniel Boone
Ano de Produção: 1964 - 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: National Broadcasting Company (NBC)
Direção: William Wiard, Nathan Juran, George Sherman
Roteiro: D.D. Beauchamp, David Duncan, Melvin Levy
Elenco: Fess Parker, Patricia Blair, Darby Hinton
Sinopse:
Daniel Boone (Fess Parker) é um explorador e aventureiro que segue caminho rumo ao oeste, saindo das fronteiras das treze colônias da costa leste para desbravar e conhecer o rico interior do continente americano. No caminho tem que lidar com tribos hostis, principalmente os apaches que povoam as montanhas da região onde acaba chegando pela primeira vez. Foi um dos primeiros homens brancos a chegar naquela isolada e remota terra.
Comentários:
Foi uma das séries mais bem sucedidas da história da TV americana. Ao todo ficou seis anos no ar, resultando em seis temporadas e 165 episódios de grande audiência. O sucesso chegou inclusive ao Brasil onde o seriado foi exibido em várias emissoras ao longo dos anos. Tanto êxito não é tão complicado de se explicar, afinal de contas os roteiros primavam por trazer todas as semanas muitas aventuras, romances e histórias de bravura bem no começo da colonização americana. Daniel Boone inclusive foi um personagem real da história americana. Ele viveu entre os anos de 1734 a 1820. Boone foi um dos grandes pioneiros da colonização, abrindo caminhos rumo ao oeste, em especial nos territórios que se tornariam os modernos estados de Kentucky, Mississippi e Alabama. Claro que o homem real tinha pouca coisa a ver com o folclore que foi criado em cima de sua história, que daria origem inclusive a esse seriado de TV, mas nada disso ameniza sua importância dentro da história dos Estados Unidos e das treze colônias nos quais Boone viveu. Extremamente recomendado esse verdadeiro clássico do canal NBC está sendo relançado na íntegra nos EUA em uma primorosa coleção de DVDs, item de colecionador certamente. Assim deixamos a dica desse que foi muito provavelmente o mais popular seriado de faroeste da TV americana.
Pablo Aluísio.
O Melhor Gatilho
Título no Brasil: O Melhor Gatilho
Título Original: The Toughest Gun in Tombstone
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Earl Bellamy
Roteiro: Orville H. Hampton
Elenco: George Montgomery, Jim Davis, Beverly Tyler
Sinopse:
O capitão Matt Sloane (George Montgomery) é enviado como homem da lei para a distante e violenta cidade de Tombstone. O lugar está dominado por pistoleiros e assassinos de todos os tipos e Sloane precisa ser valente o suficiente para sobreviver naquela terra sem lei e ordem. No seu caminho encontrará facínoras como o famoso às do gatilho Johnny Ringo e os sanguinários irmãos Clantons, liderados pelo ladrão de gado Ike Clanton (Gerald Milton).
Comentários:
Faroeste curioso que embora passado na famosa Tombstone não conta em seu rol de personagens com o xerife Earp e nem seu amigo e pistoleiro Doc Holliday. Ao invés deles os roteiristas resolveram aproveitar apenas os vilões da história original, em especial Johnny Ringo (interpretado com convicção por Jim Davis) e Ike Clanton (na pele do ator Gerald Milton). Curiosamente George Montgomery interpreta um capitão de cavalaria que acaba exercendo um função de xerife em Tombstone, mesclando assim história real e personagens de mera ficção. De maneira em geral o faroeste "The Toughest Gun in Tombstone" não consegue se destacar dentro do gênero nos anos 50 pois no final das contas fica mesmo na média do que era produzido em termos de westerns classe B. Não é ruim, longe disso, mas também não vá esperar por nenhuma obra prima do cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Toughest Gun in Tombstone
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Earl Bellamy
Roteiro: Orville H. Hampton
Elenco: George Montgomery, Jim Davis, Beverly Tyler
Sinopse:
O capitão Matt Sloane (George Montgomery) é enviado como homem da lei para a distante e violenta cidade de Tombstone. O lugar está dominado por pistoleiros e assassinos de todos os tipos e Sloane precisa ser valente o suficiente para sobreviver naquela terra sem lei e ordem. No seu caminho encontrará facínoras como o famoso às do gatilho Johnny Ringo e os sanguinários irmãos Clantons, liderados pelo ladrão de gado Ike Clanton (Gerald Milton).
Comentários:
Faroeste curioso que embora passado na famosa Tombstone não conta em seu rol de personagens com o xerife Earp e nem seu amigo e pistoleiro Doc Holliday. Ao invés deles os roteiristas resolveram aproveitar apenas os vilões da história original, em especial Johnny Ringo (interpretado com convicção por Jim Davis) e Ike Clanton (na pele do ator Gerald Milton). Curiosamente George Montgomery interpreta um capitão de cavalaria que acaba exercendo um função de xerife em Tombstone, mesclando assim história real e personagens de mera ficção. De maneira em geral o faroeste "The Toughest Gun in Tombstone" não consegue se destacar dentro do gênero nos anos 50 pois no final das contas fica mesmo na média do que era produzido em termos de westerns classe B. Não é ruim, longe disso, mas também não vá esperar por nenhuma obra prima do cinema.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 5 de maio de 2025
Ao Pé do Cadafalso
Título no Brasil: Ao Pé do Cadafalso
Título Original: The Beggar's Opera
Ano de Produção: 1953
País: Inglaterra
Estúdio: Herbert Wilcox Productions
Direção: Peter Brook
Roteiro: Denis Cannan, Laurence Olivier
Elenco: Laurence Olivier, Hugh Griffith, George Rose, Dorothy Tutin, Stanley Holloway, Daphne Anderson
Sinopse:
Adaptação da famosa ópera escrita no século XVIII pelo renomado autor John Gay. Na trama conhecemos o capitão MacHeath (Laurence Olivier), um galante aventureiro e salteador, que coleciona mulheres e problemas na mesma proporção. Traído por um grupo de falsos amigos, ele acaba sendo preso e é condenado à morte. Enquanto espera para ser enforcado, o capitão acaba encontrando um improvável amigo, um mendigo com muito talento musical que resolve contar a história do salteador de uma forma diferente, onde ao invés de um condenado ao cadafalso, ele é um herói.
Comentários:
Como levar o mundo da ópera ao grande público que frequentava o cinema? O grande ator, diretor e produtor Laurence Olivier resolveu tentar arriscar e colocar em prática esse tipo de ousadia! Para tornar popular algo tão elevado do ponto de vista cultural, Olivier resolveu escrever um roteiro bem interessante, com uma linha narrativa convencional, intercalada com números musicais da famosa ópera. Ele próprio assumiu o personagem principal - o capitão MacHeath - e soltou o vozeirão em cena! Para surpresa de muitos, não se saiu nada mal. Na verdade o ator tinha uma voz muito polida, pois era um barítono muito elegante e disciplinado, que não desafinava em nenhum momento. O filme também tem uma produção muito bonita e bem realizada. O figurino é luxuoso e bem colorido, que acaba explodindo em um Technicolor muito impactante na tela. Um belo momento na carreira de um artista que tinha tanto amor pelo mundo do teatro, que queria fundir as duas linguagens em apenas um produto cultural. O resultado faz jus à esse seu amor incondicional pela arte.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Beggar's Opera
Ano de Produção: 1953
País: Inglaterra
Estúdio: Herbert Wilcox Productions
Direção: Peter Brook
Roteiro: Denis Cannan, Laurence Olivier
Elenco: Laurence Olivier, Hugh Griffith, George Rose, Dorothy Tutin, Stanley Holloway, Daphne Anderson
Sinopse:
Adaptação da famosa ópera escrita no século XVIII pelo renomado autor John Gay. Na trama conhecemos o capitão MacHeath (Laurence Olivier), um galante aventureiro e salteador, que coleciona mulheres e problemas na mesma proporção. Traído por um grupo de falsos amigos, ele acaba sendo preso e é condenado à morte. Enquanto espera para ser enforcado, o capitão acaba encontrando um improvável amigo, um mendigo com muito talento musical que resolve contar a história do salteador de uma forma diferente, onde ao invés de um condenado ao cadafalso, ele é um herói.
Comentários:
Como levar o mundo da ópera ao grande público que frequentava o cinema? O grande ator, diretor e produtor Laurence Olivier resolveu tentar arriscar e colocar em prática esse tipo de ousadia! Para tornar popular algo tão elevado do ponto de vista cultural, Olivier resolveu escrever um roteiro bem interessante, com uma linha narrativa convencional, intercalada com números musicais da famosa ópera. Ele próprio assumiu o personagem principal - o capitão MacHeath - e soltou o vozeirão em cena! Para surpresa de muitos, não se saiu nada mal. Na verdade o ator tinha uma voz muito polida, pois era um barítono muito elegante e disciplinado, que não desafinava em nenhum momento. O filme também tem uma produção muito bonita e bem realizada. O figurino é luxuoso e bem colorido, que acaba explodindo em um Technicolor muito impactante na tela. Um belo momento na carreira de um artista que tinha tanto amor pelo mundo do teatro, que queria fundir as duas linguagens em apenas um produto cultural. O resultado faz jus à esse seu amor incondicional pela arte.
Pablo Aluísio.
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