quarta-feira, 12 de junho de 2024

Os Mercenários 4

Título no Brasil: Os Mercenários 4
Título Original: Expend4bles
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Scott Waugh
Roteiro: Kurt Wimmer, Tad Daggerhart
Elenco: Sylvester Stallone, Jason Statham, Andy Garcia, Megan Fox, Dolph Lundgren, 50 Cent

Sinopse:
O grupo de mercenários é contratado para atuar em um país do Oriente Médio onde uma ditadura brutal ameaça um pequeno país. E pela primeira vez os mercenários vão enfrentar uma grande perda pois o seu líder parece ter sido eliminado enquanto pilotava seu avião em uma operação militar de alto risco. 

Comentários:
Eu nem vou criticar muito esse filme porque ele enfrentou diversos problemas de produção. A pior delas foi o afastamento de Stallone das filmagens. Assim que começaram os trabalhos o ator foi diagnosticado com um grave problema na coluna. Seria necessária a realização de uma cirurgia. Dessa forma o estúdio correu para reescrever o roteiro, sendo que dessa vez o personagem de Stallone ficaria sumido da história por praticamente todo o filme. Isso, claro, prejudicou o resultado final. O filme ficou sem seu maior astro. Jason Statham deve que segurar a onda sozinho. E até que não se saiu mal. O filme tem competentes cenas de ação, muitas delas realizadas dentro de um grande navio cargueiro. Ficou interessante. O elenco de apoio é o menos variado da franquia. Para falar a verdade todos aqueles veteranos dos filmes anteriores estão fora. Sobrou a bela Megan Fox, que só tem beleza e o Andy Garcia interpretando o vilão. Penso que essa franquia chegou em um beco sem saída e nem acredito que haverá um quinto filme. Ser astro de filmes de ação perto dos 80 anos vai ficando cada vez mais complicado para Stallone. O ser humano tem seus limites. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de junho de 2024

Guerra Civil

Título no Brasil: Guerra Civil
Título Original: Civil War
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: A24
Direção: Alex Garland
Roteiro: Alex Garland
Elenco: Wagner Moura, Kirsten Dunst, Cailee Spaeny, Nick Offerman, Jefferson White, Justin James Boykin

Sinopse:
Os Estados Unidos estão em guerra, mas não contra uma nação estrangeira inimiga, mas sim contra os próprios estados de sua federação. Texas, Califórnia, Flórida e outras entidades federativas entram em guerra contra a União. E nesse caos um pequeno grupo de jornalistas independentes decide viajar até a capital do país para registrar a queda do presidente, uma jornada que não vai ser nada fácil dentro de uma nação que está se auto destruindo. 

Comentários:
Imagine um filme estrelado por um ator brasileiro chegando no primeiro lugar das bilheterias nos Estados Unidos em seu mês de estreia! Pois foi justamente isso que aconteceu com esse "Guerra Civil" que tem como um dos seus principais protagonistas um jornalista sagaz interpretado pelo brasileiro Wagner Moura! Esse filme inclusive foi uma das maiores bilheterias do ano! Um filme que me agradou bastante. O tema por si só já é por demais interessante, ainda mais no momento atual da política norte-americana. Entretanto é bom frisar que esse não é um filme de ação como pode parecer à primeira vista. Seu estilo está mais para um road movie que se passa em uma nação destruída pela guerra civil. Há cenas de batalhas entre as forças envolvidas na guerra, mas esse não é o foco principal da história. O enredo gira mesmo em torno desses jornalistas, procurando um sentido para continuar sua viagem até o centro do poder político que está prestes a ser destruído. Interessante notar que apesar de algumas cenas bem violentas, o filme não choca pela violência em si, mas pela anarquia política que se instala na maior democracia do mundo. Acredito inclusive que novos filmes virão, afinal tem mesmo jeito de primeiro filme de uma longa franquia. Vamos aguardar, esperando pelo melhor. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Ripley

Título no Brasil: Ripley
Título Original: Ripley
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Netflix
Direção: Steven Zaillian
Roteiro: Steven Zaillian, Patricia Highsmith
Elenco: Andrew Scott, Dakota Fanning, Johnny Flynn, Margherita Buy, Eliot Sumner, Maurizio Lombardi

Sinopse:
Milionário americano contrata um homem chamado Ripley para encontrar seu filho que mora na Itália e que nunca mais entrou em contato com a família. O sujeito pensa que Ripley seria um grande amigo de seu filho. Ledo engano. Só que Ripley também não vai perder essa oportunidade de ganhar muito dinheiro com toda aquela situação sui generis. 

Comentários:
Eu gostei muito dessa série "Ripley" e isso me surpreendeu bastante. Eu não havia gostado muito do filme original. Só que essa nova versão em forma de minissérie está realmente um primor! E são muitas as decisões acertadas. A começar pela fotografia em preto e branco que ficou belíssima. As cidades italianas e sua arquitetura poucas vezes ficaram tão bonitas na tela! O fato de se ter optado por transpor todo a história para a época certa - seguindo o livro original - foi outro ponto positivo. E o elenco está muito bem dirigido. Destaco o ator Andrew Scott como Ripley. Ele tem aquele olhar que tenta transparecer amizade e empatia com os outros, mas que na verdade esconde uma personalidade fria, manipuladora e calculista. Um verdadeiro camaleão, como todo psicopata que se preze. Um aspecto que vai incomodar a muitos talvez seja o final. Ora, penso diferente. Para uma história tão sórdida, o desfecho da história combina perfeitamente. Até porque, vamos ser sinceros, nem sempre o bem vence o mal. Principalmente no mundo real em que vivemos. Assim deixo minhas melhores impressões sobre essa minissérie. Item obrigatório para espectadores de fino bom gosto. 

Pablo Aluísio.

Versalhes - Terceira Temporada

Título no Brasil: Versalhes 
Título Original: Versailles 
Ano de Lançamento: 2018
País: França, Bélgica
Estúdio: Studio Canal +
Direção: Richard Clark
Roteiro: Simon Mirren, David Wolstencroft
Elenco: George Blagden, Alexander Vlahos, Tygh Runyan

Sinopse:
Série franco-belga que conta a história do Rei Sol, Luís XIV. Nessa terceira temporada ele enfrenta muitos desafios, incluindo o surgimento de uma estranha figura, um prisioneiro com uma máscara de ferro que ameaça sua legitimidade como monarca. Além disso o Vaticano parece disposto e colocar o Rei contra a parede no tabuleiro político da época. Por fim Luís precisa lidar com a morte de sua Rainha, em um momento muito complicado de sua vida. 

Comentários:
Terceira e última temporada da série "Versalhes". Que pena que chegou ao final. Havia tantas histórias a contar sobre a vida desse Rei. De qualquer forma termina mantendo a ótima qualidade que vinha desde o primeiro episódio. Como diz o ditado: "É melhor encerrar a carreira enquanto se está no auge". Então tudo bem. O destaque dessa temporada 3 foi que colocaram na história a conhecida lenda do homem da máscara de ferro. Para muitos ele seria o herdeiro legítimo ao trono sendo Luís XIV apenas um farsante. Para fugir do óbvio o roteiro deu uma guinada sobre a identidade daquele prisioneiro que eu realmente apreciei muito. Fugiu do óbvio e acertou em cheio na escolha, sendo plenamente plausível e racional a escolha dos roteiristas. Também gostei bastante do jogo político muito sórdido envolvendo o Rei e o Vaticano. Cobra comendo cobra, sem santos no ambiente de luta. Enfim, tudo do bom e do melhor. E fica aqui meus protestos pois a Netflix vai tirar a série de sua grade de programação no final desse mês. Deveriam manter sempre pois foi uma das melhores coisas que assisti nessa plataforma. 

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de junho de 2024

O Faraó Menino

O Faraó Menino
Tutancâmon se tornou faraó do Egito antigo com apenas oito anos de idade! O maior império do mundo naquela época passou a ser governado por uma criança! Ele era filho do Faraó Akhenaton que teve um reinado particularmente tumultuado. Seu pai tentou por decreto banir todos os deuses do Egito. De uma só decisão deixaram de existir no panteão da religião deuses amados pelo povo como Amón, Ísis, Osíris, Hórus e todos os demais. A partir de sua decisão apenas um deus seria louvado no Egito, o Deus Atón, associado ao Sol. Claro que essa decisão gerou muita revolta entre os sacerdotes, a nobreza e o povo. Templos foram fechados e o clero perseguido. Considerado o maior dos hereges, Akhenaton acabou sendo alvo de conspirações. Para alguns historiadores ele foi envenenado. 

Depois de sua morte a coroa teria que ir para alguém. Seu filho era o sucessor natural, mas era uma criança. Ainda assim a corte o colocou no trono. Uma das primeiras decisões do Faraó Menino foi restaurar todo o panteão do Egito. Os amados deuses do povo voltaram. Houve muita celebração, com o povo em prantos, em procissões que iam até os templos. Foi uma era de grande comoção religiosa no reino. O próprio nome do novo faraó fazia uma referência direta ao maior dos deuses, Amón. Apesar da ideia de um só deus ter sido muito combatida na época, o fato é que houve um legado. Alguns defendem a ideia de que Akhenaton teria criado a ideia do deus único, que depois seria seguido pelos hebreus ao determinar que apenas Yahweh (o deus da bíblia) seria o único deus. Assim esse faraó, mesmo caindo em desgraça, lançou as bases do monoteísmo que depois de séculos iria prevalecer entre as grandes religiões do mundo. 

O menino Tutancâmon teve um reinado curto. Havia conspirações demais dentro da corte para que sobrevivesse por muito tempo. Muitos altos sacerdotes e membros da elite política queriam que ele morresse. O poder de certa maneira estava de volta em suas mãos. E o jovem faraó deveria morrer. Assim foi feito. O jovem morreu com apenas 18 anos de idade. Nos 10 anos que passou como faraó acabou sendo apenas uma marionete de homens ricos e poderosos do Egito. Pagou com sua própria vida. 

E como teria morrido Tutancâmon? Duas teorias são as mais aceitas pela arqueologia e pela História. A primeira é que ele teria sido assassinado brutalmente com uma forte pancada na parte de trás de sua cabeça. Um golpe dado na base da traição, por suas costas, provavelmente dado por alguém de sua confiança. A outra teoria afirma que seu carro de combate teria sido sabotado e o jovem teria caído dela em alta velocidade, batendo a cabeça no chão. Nas duas situações fica claro que algum conspirador colocou seu plano de assassinato em frente e que esse, para infelicidade do faraó, teria sido bem sucedido. 

Por ter sido tão jovem e por ter governado por tão pouco tempo, o faraó Tutancâmon teria sido logo esquecido pela História, pois dentro dos mais de 120 faraós do Egito antigo ele certamente não foi dos mais destacados. Só que ele acabou se tornando um dos mais conhecidos porque foi o único que teve sua tumba descoberta com todos os tesouros e artefatos preservados. No Egito antigo todas as tumbas dos faraós viravam alvos de ladrões. Por essa razão a descoberta da tumba intacta de Tutancâmon no vale dos Reis acabou sendo considerada a maior de todos os tempos. Até os dias de hoje nada se compara em termos de beleza e riqueza. E assim o Faraó Menino conseguiu o que tanto desejava: a imortalidade de seu nome.

Pablo Aluísio. 

As Origens de Cleópatra

As Origens de Cleópatra
A Rainha do Egito, mesmo após tantos séculos de sua morte, ainda desperta paixões! E isso nada tem a ver com Roma ou com a morte de César, mas sim com sua aparência pessoal. É curioso porque na antiguidade isso não era tão vital, porém atualmente, para se provar seu ponto de vista, isso acaba se tornando crucial! Recentemente vi em uma rede social uma extensa polêmica envolvendo a cor da pele da Rainha do Egito Cleópatra.

Teria sido ela uma mulher negra ou branca? Na verdade a resposta a essa pergunta é bem mais simples do que parece. Basta descobrir de onde vinha a linhagem nobre da família de Cleópatra, de onde ela descendia geneticamente, quem eram seus pais e avôs. Cleópatra na verdade pertencia à dinastia dos Ptolomeus. O que isso significa exatamente? Significa que ela tinha origem genética grega, pois a família dos Ptolomeus não era originária do Egito, como os antigos faraós das dinastias do passado, mas sim de invasores gregos que dominavam o Egito desde os tempos de Alexandre, o Grande.

Ptolomeu foi o general de Alexandre, o Grande, que herdou o Egito depois da morte do grande conquistador. Uma vez instalado lá ele deu origem a uma linhagem de descendentes que ficaram no poder por séculos no Egito. Essa linha nobre passou a se chamar dinastia dos Ptolomeus, os filhos, netos, bisnetos e as gerações que sucederam, todas provenientes inicialmente desse grande general grego. Cleópatra era uma de suas descendentes. Um fato que reforça ainda mais a tese de que ela era uma europeia branca é que os membros dessa dinastia jamais se casavam com pessoas fora de sua família, tudo para manter o poder entre eles mesmos. Primos casavam com primos, tios com sobrinhas e até irmãos com irmãs! Para um Ptolomeu o mais importante era manter o trono do Egito dentro dos laços familiares, fosse qual fosse o preço a se pagar por isso.

Assim a Rainha Cleópatra era realmente branca e não negra como alguns defendem. Outro aspecto digno de nota é que em nenhuma representação antiga da Rainha que conseguiu sobreviver ao tempo ela aparece representada como uma mulher negra, pelo contrário. Sua esfinge é claramente a de uma mulher branca, inclusive com o nariz tão característico dos membros descendentes de Ptolomeu. Assim a dúvida fica historicamente devidamente sanada. Todos os quadros, pinturas e até mesmo representações de Hollywood, com a rainha sendo interpretada pela atriz Elizabeth Taylor, por exemplo, não estão errados do ponto de vista histórico. Ela era realmente branca, de descendência grega e europeia.

Pablo Aluísio. 

sábado, 8 de junho de 2024

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 4

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 4
Apesar da correria para compor e gravar toda a trilha sonora desse filme podemos dizer que os Beatles se saíram muito bem. Não há nenhuma música ruim no repertório desse álbum. John e Paul estavam particularmente entrosados e motivados para trazer o melhor material possível para seus fãs. E não podemos deixar de notar que poucas vezes John Lennon esteve tão presente em um disco dos Beatles. Aliás podemos dizer sem medo de errar que esse foi o disco em que ele mais colaborou. Grande parte das canções foram compostas por ele e depois aprimoradas ao lado de Paul no estúdio. 

"Any Time at All", por exemplo, é uma música nitidamente feita por John Lennon. É um rock com uma pegada bem firme, uma característica que Lennon particularmente apreciava pois ele gostava de dizer que era acima de tudo um roqueiro que tocava em uma banda de rock. Por essa razão nem sempre ele gostou daquelas músicas mais românticas de Paul. E piorou muito quando Paul trouxe, anos depois, músicas que Lennon considerava não apropriadas para um grupo de rock, como "Honey Pie" (do álbum branco) e "Maxwell’s Silver Hammer" (do Abbey Road) que ele achava uma grande porcaria. 

"I'll Cry Instead", também presente no lado B do álbum em sua versão inglesa, era outra faixa que seguia essa linha. O mais interessante é que Lennon aqui colocou algumas pitadas de sua própria personalidade na letra, embora a música fosse um pouco acima do melodramático para seu gosto. Nessa época da juventude John gostava de projetar uma imagem mais de durão, então ele ficava meio embaraçado de cantar uma música em que admitia que era um tanto tímido e que poderia chorar por causa de uma garota. 

Ser piegas não era bem o que ele queria demonstrar naqueles anos, mas ainda assim Paul achou uma boa canção e ajudou seu parceiro a terminar a música. Como os Beatles estavam precisando completar o disco para cumprir suas obrigações contratuais com a gravadora EMI ela então foi finalizada e gravada, tudo em um final de semana. So que na verdade John nunca ficou muito satisfeito com essa canção, tanto que nunca a levou para os palcos, se tornando assim uma autêntica música lado B dos Beatles. E vamos convir que a gravação ficou muito boa, acima até da média. Afinal eram os Beatles e eles estavam em uma fase muito criativa nessa época. 

Pablo Aluísio. 

Janis Joplin - Janis Joplin's Greatest Hits

Janis Joplin - Janis Joplin's Greatest Hits
Sempre que eu coloco um disco da Janis Joplin para tocar eu me surpreendo com o que ouço. Ela era uma americana do Texas, com problemas de autoestima. Uma garota branca até bem normal de seu tempo, incluindo aí sua fase dentro do movimento hippie. Entretanto quando ela começava a cantar a impressão que sempre tive foi a de ouvir uma cantora negra de blues e jazz. Nesse aspecto ela tinha semelhanças com Elvis, pois eram artistas brancos que soavam e tinham um estilo mais voltado para a cultura preta dos Estados Unidos. Infelizmente sempre achei sua discografia muito bagunçada. Ela fez parte de diversos grupos e em cada um deles lançou um disco. Muitos desses álbuns foram lançado por selos obscuros e depois de alguns anos se tornaram raros de encontrar. Por isso colecionar seus discos nunca foi algo fácil de se fazer. 

Por essa razão não me admiro pelo fato de que seu disco mais vendido foi justamente esse aqui. Uma coletânea de seus maiores sucessos. Um disco que vendeu tanto na época que levou disco de platina. Um sucesso comercial em vinil que a Janis Joplin nunca alcançou em vida. Claro que foi uma bem bolada jogada de marketing de sua gravadora, lançado três anos após sua morte precoce, de overdose de drogas, com apenas 27 anos de idade. Outro aspecto a se considerar é que o som da Janis Joplin não é indicado para todos. Ela tinha esse estilo visceral de cantar, que para muitos vai soar como alguém desesperado ou exagerado demais no microfone. Era o estilo dela. De qualquer forma vale a referência, nem que seja por esse grande sucesso com a marca de seus maiores sucessos. A Janis Joplin merecia esse reconhecimento comercial, ainda que póstumo. 

Janis Joplin - Janis Joplin's Greatest Hits (1973)
Piece Of My Heart
Summertime
Try (Just A Little Bit Harder)
Cry Baby
Me And Bobby McGee
Down On Me
Get It While You Can
Bye, Bye Baby
Move Over
Ball And Chain

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Força Policial

Título no Brasil: Força Policial
Título Original: Power: What do the police do?
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Yance Ford
Roteiro: Yance Ford, Ian Olds
Elenco: Charlie Adams, Nikhil Pal Singh, Julian Go

Sinopse:
Documentário que mostra as origens e o desenvolvimento da polícia, tal como a conhecemos hoje em dia. Inicialmente criada para defender interesses de grandes fazendeiros na época da escravidão, a polícia ganhou o mundo urbano, se tornando um instrumento de segurança pública. E atualmente se discute sobre sua real posição dentro de uma sociedade moderna e democrática. 

Comentários:
Como surgiu a polícia? Para que serve mesmo a força policial? Essas e outras perguntas são levantadas nesse documentário muito interessante que pode ser assistido na Netflix. Por exemplo, ficamos sabendo que a polícia nasceu em um momento histórico bem definido, quando escravocratas contratavam homens armados para recapturar escravos fugitivos. Após alguns séculos a ideia se mostrou ainda mais relevante, mas no meio urbano. A polícia então passa a ser uma instituição de Estado, com policiais não mais servindo a homens poderosos e seus interesses privados, teoricamente servindo apenas como arma contra a criminalidade, exercendo uma função estatal. Pelo menos na teoria. Hoje em dia a questão das policiais militarizadas está na ordem do dia. Não são poucos os que defendem sua modificação, transformação e até mesmo sua extinção em meios mais radicais. Pena que por ser um documentário feito nos EUA a questão das milícias não seja analisada. Até porque essa questão do policial se tornar um miliciano é um problema bem brasileiro. De qualquer forma deixo a dica. Como dizia a letra do rock, "Quem precisa de polícia?"

Pablo Aluísio.

Umberto Eco: Uma Biblioteca do Mundo

Título no Brasil: Umberto Eco: Uma Biblioteca do Mundo
Título Original: Umberto Eco: A Library of the World 
Ano de Lançamento: 2022
País: Itália
Estúdio: Film Commission Torino-Piemonte
Direção: Davide Ferrario
Roteiro: Davide Ferrario
Elenco: Umberto Eco, Emanuele Eco, Carlotta Eco

Sinopse:
Documentário sobre a biblioteca particular do escritor Umberto Eco. Ao longo da vida ele colecionou todos os tipos de livros, desde os mais raros, antigos e consagrados, até mesmo aos da chamada literatura popular, sendo um leitor até mesmo de histórias em quadrinhos! 

Comentários:
Através da biblioteca pessoal de Eco vamos conhecendo mais a vida do escritor. Ao longo de sua vida ele adquiriu mais de 40 mil livros! Depois de sua morte a família decidiu doar todo o acervo para as universidades de Bolonha e Milão. Um dos aspectos mais interessantes que é mostrado nesse documentário é o bom humor do escritor. Ele tinha aversão ao mundo digital e tinha tiradas muito espirituosas sobre o tema. Além disso Eco também gostava de mostrar os livros raros que tinha em seu acervo sobre bobagens, misticismo, teorias furadas e lorotas em geral, mas que na época de sua publicação foram tratados como material sério, digno de estudo. Coisas como, por exemplo, alquimia, livros de feitiçaria, crendices, ocultismo, etc. Era uma forma dele rir da suposta seriedade do mundo literário. Enfim, um bom momento que resgata a vida e o bom humor desse grande escritor europeu. 

Pablo Aluísio.