sexta-feira, 1 de março de 2024

Resistência

Título no Brasil: Resistência
Título Original: The Creator
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: New Regency Productions
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: Gareth Edwards, Chris Weitz
Elenco: John David Washington, Madeleine Yuna Voyles, Ken Watanabe, Gemma Chan, Allison Janney, Sturgill Simpson

Sinopse:
Em um futuro distópico dois grandes grupos lutam pelo controle do planeta Terra. Há um grupo militarizado, dominado por seres humanos brutais, que tentam controlar as grandes cidades com violência e repressão. E há o grupo da resistência, formado por robôs e androides com inteligência artificial avançada. Esse segundo grupo também conta com o apoio de grupos progressistas que desejam destruir a tirania que domina a civilização humana. 

Comentários:
Poderia ser um filme muito bom! Vi muito potencial na premissa básica da história contada, mas infelizmente, mais uma vez, faltou ousadia, coragem mesmo, para ir além, testar os limites. A partir de determinado ponto de filme os roteiristas claramente se limitaram, fazendo com que o enredo fosse parar naquela velha fórmula da "criança messias" que vem para salvar o mundo. Isso já foi usado tantas vezes que ficou chato! O menino em questão também não tem carisma, o que piora a situação do filme como um todo. Ao invés de explorar as inúmeras possibilidades de um futuro distópico, em que dois grupos bem distintos lutam pelo poder, a coisa toda se mostra preguiçosa na tela. E tinham orçamento bom para desenvolver um grande filme de ficção. Mas não deu. Esse filme é apenas regular, sendo muito otimista nessa classificação. A partir de determinado momento eu bocejei de tédio. E o desenrolar da história ficou chata demais. Mais um desperdício de boas premissas por parte de Hollywood. 

Pablo Aluísio.

Billy Madison

Título no Brasil: Billy Madison, um Herdeiro Bobalhão
Título Original: Billy Madison
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Tamra Davis
Roteiro: Tim Herlihy, Adam Sandler
Elenco: Adam Sandler, Darren McGavin, Bridgette Wilson-Sampras, Bradley Whitford, Josh Mostel, Norm MacDonald

Sinopse:
Billy Madison (Sandler) é um sujeito sem maiores ambições na vida. Preguiçoso e nada maduro para sua idade ele precisa cumprir algumas metas e ajeitar sua vida de uma vez por todas para finalmente se tornar o herdeiro de uma grande fortuna do seu pai. 

Comentários:
A primeira vez que ouvi falar do Adam Sandler foi nesse filme. Também pode ser considerado seu primeiro filme de verdade, apesar dele ter feito várias comédias antes, nunca como ator principal. Então de certa maneira podemos considerar esse seu primeiro hit, aquele filme que o colocou nas marquises de cinema. E o interessante é que se comparado com outras bombas que ele iria fazer nos anos seguintes, esse filme até tem seu charme. E o próprio comediante gostou do que viu, tanto que fundou sua própria companhia cinematográfica e a batizou justamente de Billy Madison. No geral, como eu já escrevi, é uma boa comédia, que tem seus momentos, embora o roteiro também não seja grande coisa. De qualquer forma para sua carreira naquela época foi uma ótima oportunidade de mostrar que poderia estar na frente do resto do elenco. E foi também seu primeiro sucesso nos cinemas. Nada mal. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Feriado Sangrento

Título no Brasil: Feriado Sangrento
Título Original: Thanksgiving
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Eli Roth
Roteiro: Eli Roth, Jeff Rendell
Elenco: Patrick Dempsey, Gina Gershon, Lynne Griffin, Karen Cliche, Rick Hoffman, Nell Verlaque

Sinopse:
No dia de Ação de Graças, uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos passa a ser palco de um assassino em série. Usando uma máscara e roupas de peregrino dos tempos da colonização dos Estados Unidos, ele passa a fazer vítimas, matando uma a uma delas com requintes de crueldade extrema. 

Comentários:
Outro filme de terror fraco. O roteiro é sem originalidade, sem criatividade. Apenas se propõe a requentar velhas fórmulas de franquias de sucesso do passado. As referências mais óbvias podem ser encontradas em "Halloween" e "Pânico". O curioso é que essas franquias lutam para sobreviver comercialmente, pois estão mais do que saturadas. Qual seria então o sentido de simplesmente copia-las? De "Halloween" vem a ideia de usar uma data de festas para mostrar um assassino à solta, matando a esmo. Não funciona porque esse feriado de dia de ação de graças é um dos mais bregas do calendário de feriados dos ianques. De "Pânico" vem a ideia de esconder a identidade do assassino, que usa máscara, e que provavelmente faz parte do grupo em que as vítimas estão sendo escolhidas. A máscara e o figurino do assassino são ridículas e não colocam medo em ninguém. Enfim, não gostei nada. A produção é boa, pois o filme foi produzido por uma companhia cinematográfica de ponta. Agora de nada disso adianta se o roteiro é fraco e sem originalidade. Eli Roth deveria tomar vergonha na cara! 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Elvis Presley - Let's Be Friends - Parte 3

Elvis Presley - Let's Be Friends - Parte 3
O velho vinil segue sendo tocado pela surrada agulha da vitrola... Esse é um disco incrivelmente curto, com apenas nove faixas. Mesmo para discos promocionais do selo RCA Camden era um número abaixo da média em termos de LPs de Elvis Presley. O comum era ter dez faixas, isso em uma época em que suas trilhas sonoras vinham com 12 faixas, chegando até mesmo a 14 em alguns casos. Só que aqui, para um álbum composto para sair baratinho nas lojas, a RCA cortou mesmo sem dó e nem piedade. A edição era mais do que enxuta! 

Pois bem, como falamos em trilhas sonoras, a próxima música vinha justamente de um filme. "Change of Habit" foi a canção tema do filme "Ele e as três noviças". Esse foi o último filme de Elvis ao velho estilo, com roteiro, elenco, direção e argumento mais tradicional. Apesar disso o filme tinha também novidades interessantes, fugindo daquelas estorinhas mais bobas que rechearam muitas das produções com Elvis em Hollywood. Com direção musical do maestro Billy Goldenberg, Elvis começou as sessões de sua última trilha sonora. "Change of Habit" tem um belo arranjo, com um guitarra bem presente. 

A melodia tem uma cadência própria, bem de acordo com o som da época. Não é tola e nem tem uma letra óbvia demais. De maneira em geral gosto bastante dessa gravação. Elvis já estava com aquele estilo vocal que iria se destacar em suas gravação no American Studios em Memphis. Uma voz mais encorpada, forte! Isso contribuiu bastante para o bom resultado. Outro ponto digno de citação foi o belo trabalho do baixista Lyle Ritz em raro solo dentro da discografia de Elvis. Um bom momento, sem dúvida.

"Have a Happy" é outro bom momento do disco e foi gravado também para a trilha sonora de "Change of Habit". No entanto essa faixa era bem mais convencional. Nesse dia, o último de gravação, algumas mudanças foram feitas na equipe musical que acompanhava Elvis. O guitarrista Robert Bain assumiu o baixo e Max Bennett chegou para ajudar nas sessões. Essa segunda canção de "Ele e as três noviças" que foi selecionada para esse álbum "Let's Be Friends" pode ser considerada uma das mais pueris desse disco. Ao contrário da anterior não tenta inovar muito e nem absorver as mudanças da sonoridade da época. É de certa maneira uma herderia tardia das antigas trilhas de Elvis. Um último adeus a aquele tradicional estilo de Hollywood dos velhos tempos.

Pablo Aluísio. 

The Beatles - With The Beatles - Parte 1

The Beatles - With The Beatles - Parte 1
A primeira composição de George Harrison a entrar em um álbum dos Beatles foi justamente essa gravação de "Don't Bother Me" que ouvimos nesse disco. Claro que com os anos George iria melhorar muito em termos de melodia e letra, mas aqui já demonstra bons sinais de seu talento. Não é uma grande canção, diria que é até mesmo uma criação básica, mas que serviu para quebrar o gelo. Além disso trazia em sua letra aspectos da própria personalidade do "Beatle quieto", afinal uma música que tinha uma mensagem de "Não me perturbe" não poderia ser mais característica do Beatle. Enquanto Paul sempre trazia o lado mais romântico e otimista e John surgia com o rock mais ácido e pessimista, George fazia contrabalanço aos dois, tentando aparecer e se esconder ao mesmo tempo no meio dos dois gênios.

"All My Loving" provavelmente seja uma das canções mais populares desse álbum. Embora muitos a associem a Paul exclusivamente, essa foi uma criação a quatro mãos, com Paul e John trocando ideias face a face. Claro que a letra foi criada quase que exclusivamente por McCartney, baseada em seu relacionamento com a atriz Jane Asher, porém John apareceu dando importantes dicas no desenvolvimento da melodia em si. Para John a canção tal como fora apresentada pela primeira vez por Paul nos estúdios Abbey Road ainda não tinha o pique necessário. 

Foi John então que a acelerou um pouco, trazendo mais vida para a música. Ficou excelente após a colaboração de Lennon. George Martin decretou após ouvir o primeiro ensaio: "É isso, está perfeita, vamos gravar!". Voltando para a letra seria interessante dar uma olhada em seus versos: "Feche os olhos e eu te beijarei / Amanhã sentirei sua falta / Lembre-se que sempre serei verdadeiro / E quando eu estiver longe / Vou te escrever todo dia / E mandar todo meu amor pra você / Vou fingir que estou beijando / Os lábios dos quais sinto falta / E torcer para meus sonhos virarem realidade".

Eu poderia classificar esse tipo de sentimento presente na letra como um amor adolescente, algo que poderia ter sido escrito por um colegial apaixonado pela garota da escola. Não estou escrevendo isso para desmerecer Paul como letrista, mas sim para salientar como é também arriscado escrever canções de amor para o público jovem. Paul, como bem demonstrou o sucesso da balada, acabou acertando em cheio. Até porque o público dos Beatles por essa época era formado basicamente por jovens histéricas que gritavam pelos membros do grupo nos shows. Foi justamente para essas fãs que Paul escreveu essas palavras. Nada mais complicado do que captar o sentimento dessas garotas em versos e melodia.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Zorro e os 3 Mosqueteiros

Título no Brasil: Zorro e os 3 Mosqueteiros
Título Original: Zorro e i tre moschettieri
Ano de Produção: 1963
País: Itália
Estúdio: Alta Vista, Jonia Film
Direção: Luigi Capuano
Roteiro: Roberto Gianviti, Italo De Tuddo
Elenco: Gordon Scott, José Greci, Giacomo Rossi-Stuart

Sinopse:
Os três Mosqueteiros vão parar na Califórnia do século 19 após um naufrágio. Lá eles começam a conhecer a tirania de um governo provinciano e corrupto mas acabam aceitando a oferta de trabalho de um político influente. Agora terão que caçar e aprisionar o misterioso Zorro, um justiceiro negro que luta contra as injustiças.

Comentários:
A imaginação não tem limites, que o diga os produtores italianos que resolveram unir o Zorro e os Três Mosqueteiros em um só filme! Claro que tudo não passava de um oportunismo comercial fora dos limites. Para começo de conversa o personagem Zorro tinha suas estórias passadas em outro tempo histórico, em outro país, bem diferente do século e da França da monarquia da dinastia Louis em que se desenvolvem as aventuras dos três mosqueteiros. Isso porém não parece ter sido problema para os roteiristas que fizeram uma salada dos diabos para unir todo mundo em um só enredo. No fundo o que todos queriam ver mesmo era quem era melhor na esgrima, o Zorro ou os mosqueteiros? Pensou que esse tipo de coisa era moderna, ao estilo "Aliens vs Predador"? Pois é, não é não, é algo bem antigo. E para completar a mistureba adivinha quem interpreta o Zorro? Sim, Gordon Scott, que ficaria conhecido mais como outro personagem famoso, o Tarzan, numa série de filmes americanos dos anos 1950 e 60. Ele até poderia ser forte mas não levava o menor jeito com a espada. Enfim, uma deliciosa bobagem pop italiana que hoje se destaca mais pela curiosidade do que por seus (poucos) méritos meramente cinematográficos.

Pablo Aluísio.

Emboscada para Billy the Kid

Título no Brasil: Emboscada para Billy the Kid
Título Original: Billy the Kid Trapped
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: Producers Releasing Corporation (PRC)
Direção: Sam Newfield
Roteiro: Joseph O'Donnell
Elenco: Buster Crabbe, Al St. John, Malcolm 'Bud' McTaggart

Sinopse:
Billy the Kid (Buster Crabbe) consegue escapar do enforcamento e vai parar na pequena cidade de Mesa City nos confins do velho oeste. Lá acaba entrando, sem desejar, em um jogo de vida ou morte com um perigoso bandoleiro, Jim Stantom, que lidera um grupo de criminosos que age na região, assassinando e roubando diligências. Quem poderá parar a sede de crimes daqueles bandidos?

Comentários:
Mais um filme sobre Billy The Kid. Mais uma vez vale a observação de que não adianta procurar pelo verdadeiro Billy The Kid nesse tipo de produção. Na realidade se formos parar para analisar existem dois Kids, o da história e o das publicações e revistinhas baratas que foram publicadas na época onde essencialmente apenas seu nome foi preservado. E é justamente nesse tipo de publicação que o filme se baseia. De repente Billy já não era mais o pistoleiro cruel e sanguinário mas sim um mocinho que cortejava a garota mais bonita da cidade e tinha anseios de galanteio. Buster Crabbe estrela o filme interpretando Billy The Kid. Ele foi um dos vários galãs jovens que Hollywood tentou promover e transformar em astro. O agente especialista em encontrar esse tipo de ator era o famoso (ou seria infame?) Henry Wilson. Ele era um homossexual conhecido em Hollywood que todos os anos surgia com cinco ou dez novos aspirantes ao estrelato, geralmente garotões bonitos que ele recrutava pelos High Schools da cidade. Buster Crabbe nunca virou um astro mas pelo menos teve uma carreira longa e produtiva com mais de 100 filmes ao longo de mais de cinco décadas de trabalho. Enfim, "Billy the Kid Trapped" é outra opção de filme muito longe da realidade histórica mas muito perto de uma boa diversão descompromissada.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Tarzan - O Filho das Selvas

Título no Brasil: Tarzan - O Filho das Selvas
Título Original: Tarzan the Ape Man
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: W.S. Van Dyke
Roteiro: Cyril Hume,
Elenco: Johnny Weissmuller, Maureen O'Sullivan, C. Aubrey Smith, Neil Hamilton, Ivory Williams, John Smith

Sinopse:
James Parker e Harry Holt estão em uma expedição na África em busca dos cemitérios de elefantes que fornecerão marfim o suficiente para torná-los ricos. A bela filha jovem de Parker, Jane, chega inesperadamente para se juntar a eles. Harry é, obviamente, atraído por Jane e ele faz o seu melhor para ajudar a protegê-la de todos os perigos que eles enfrentam na selva. A floresta porém se revelará mais surpreendente do que eles pensavam. Do meio do ambiente selvagem surge Tarzan, um homem branco que se comporta como uma criatura das selvas. Jane logo fica intrigada com essa situação e começa a se aproximar do homem das selvas para juntos enfrentarem os perigos das matas onde Tarzan vive.

Comentários:
O roteiro desse clássico foi baseado na obra do escritor Edgar Rice Burroughs. E assim esse filme acabou definindo para sempre nas telas de cinema o famoso personagem Tarzan. Embora tenha nascido no mundo da literatura, desde o começo o homem das selvas parecia perfeito para o cinema. Sua estória tinha todos os elementos que fariam de sua adaptação uma grande aventura cinematográfica. A MGM também foi muito feliz na escolha de Johnny Weissmuller para o papel principal. Atleta olímpico, grandão e com jeito rústico, o nadador que não tinha muita experiência como ator, acabou se revelando perfeito para ser o mais popular Tarzan do cinema de todos os tempos. 

Some-se a isso as pequenas inovações que jamais seriam deixadas de lado em futuras aventuras do personagem no cinema, como o famoso grito - na verdade uma mistura muito bem realizada entre grito humano e sons de animais da floresta. Desnecessário dizer que o filme se tornou um grande campeão de bilheteria em seu lançamento. Outro ponto interessante é que diante dos rígidos padrões morais dos anos 1930 a pouca roupa dos protagonistas acabou se tornando um problema, principalmente em relação à atriz Maureen O'Sullivan como Jane. Bobagens que o tempo faria questão de varrer para debaixo do tapete. Mais de oitenta anos depois de seu lançamento o fato é que "Tarzan the Ape Man" ainda é, sem dúvida, uma das melhores aventuras de todos os tempos. E isso, senhoras e senhores, definitivamente não é pouca coisa!

Pablo Aluísio.

A Nova Viagem de Sinbad

Título no Brasil: A Nova Viagem de Sinbad
Título Original: The Golden Voyage of Sinbad
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Ameran Films
Direção: Gordon Hessler
Roteiro: Brian Clemens, Ray Harryhausen
Elenco: John Phillip Law, Caroline Munro, Tom Baker, Douglas Wilmer, Martin Shaw, Grégoire Aslan

Sinopse:
Sinbad e o vizir de Marabia, seguidos pelo mago maligno Koura, procuram as três tábuas de ouro que podem lhes dar acesso ao antigo templo do Oráculo que trará todo conhecimento aos que o encontrarem. Adaptação do clássico oriental "As Mil e Uma Noites" para o cinema.

Comentários:
Quem foi criança ou adolescente nos anos 70 e 80, certamente vai lembrar desse filme porque ele foi campeão em reprises na antiga Sessão da Tarde na Rede Globo. E como todos sabemos o que atraía a garotada nos filmes de Simbad era a galeria de criaturas criadas pelo genial mestre em efeitos visuais Ray Harryhausen. Aqui ele caprichou pois o filme traz diversos tipos de seres mitológicos, entre eles uma deusa indiana com seis braços e seis espadas, um centauro e até mesmo uma divindade de madeira, daquelas que eram colocadas nas frentes dos navios, que ganha vida e parte para a luta contra Simbad. Seres alados dos mais diversos tipos, misturas de leões e dragões, também estão no filme, mostrando bem o talento de seu criador. O roteiro tem muita magia e lutas de espadas. É tipicamente um filme da linha "espadas e feitiçaria", literatura de fantasia. O roteiro inclusive foi escrito também por Harryhausen. Como ele era o criador dos monstros mitológicos, obviamente ele determinava quando eles iriam surgir na tela. Enfim, um filme nostalgicamente saboroso que ficou ainda mais charmoso com o passar dos anos.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Rita Moreno

Título no Brasil: Rita Moreno
Título Original: Rita Moreno
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Act III Productions
Direção: Mariem Pérez Riera
Roteiro: Mariem Pérez Riera
Elenco: Rita Moreno, Marlon Brando, Marilyn Monroe, James Dean, Rock Hudson (astros do cinema clássico em imagens de arquivo). 

Sinopse:
O documentário "Rita Moreno: Apenas uma Garota que Decidiu ir em Frente" (Rita Moreno: Just a Girl Who Decided to Go for It) conta a história da atriz Rita Moreno. Ela foi uma das primeiras atrizes de origem latina a realmente ter um espaço de fama em uma Hollywood ainda preconceituosa e cheia de reservas contra estrangeiros em geral. O filme conta com as declarações da própria Rita Moreno sobre sua história. 

Comentários:
Para quem aprecia a Hollywood clássica esse filme é uma boa pedida. A Rita Moreno realmente teve um grande espaço dentro do cinema americano durante os anos 50 e 60. No começo ela amargou personagens secundários, étnicos, como ela mesmo explica. Depois, aos poucos, foi abrindo seu espaço. Uma das partes mais interessantes de seu sincero depoimento vem quando ela fala de seu conturbado romance com Marlon Brando. Não foi uma paixão qualquer. Ela realmente ficou obcecada pelo grande ator, tanto que tentou até mesmo se suicidar após ser dispensada por ele. No final vemos que seu ressentimento ainda existe, tanto que ela faz questão de sutilmente sugerir que Brando era um egocêntrico sem salvação. Enfim, gostei muito. Vale pela retrospectiva e pelo reconhecimento de seu trabalho no cinema na chamada era de ouro de Hollywood. 

Pablo Aluísio.