quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Besouro Azul

Título no Brasil: Besouro Azul
Título Original: Blue Beetle
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner
Direção: Angel Manuel Soto
Roteiro: Gareth Dunnet-Alcocer
Elenco: Xolo Maridueña, Bruna Marquezine, Susan Sarandon, Becky G, Belissa Escobedo, George Lopez

Sinopse:
Um jovem mexicano desempregado vai procurar emprego numa grande empresa de tecnologia e acaba caindo no meio de uma guerra corporativa que tenta dominar uma estranha tecnologia que vem de um antigo artefato de origem extraterrestre. E sem querer ele acaba se tornando um super-soldado, o Besouro Azul! 

Comentários:
Filminho chato e sem graça, cheio de clichês, mostra muito bem que esse tipo de filme de super-heróis já deu o que tinha que dar. É um tipo de cinema que já saturou há muito tempo. Para piorar aqui quiseram novamente faturar em cima da cultura woke, então é uma tentativa forçada de promover inclusão de minorias, no caso a comunidade latina e mexicana nos Estados Unidos. Só que o tiro saiu pela culatra porque todos os personagens foram desenhados pelo roteiro como caricaturas, algo que achei até vergonhoso a forma preconceituosa que a família mexicana é retratada no filme. E o pior é que achei a direção de arte bem feia, com efeitos especiais que parecem ter saídos de uma daquelas produções do Roberto Rodriguez (e isso definitivamente não é um elogio). Com roteiro preguiçoso e burro, esse filme quase não foi lançado nos cinemas. O estúdio sabia do tamanho da porcaria. Deveria ter ido mesmo para o streaming, para um daqueles canais secundários tipo o Space ou o CW. Enfim, é uma perda de tempo assistir esse filme com esse herói do quinto escalão da DC Comics. Passe longe! 

Pablo Aluísio.

Voyeur

Título no Brasil: Voyeur
Título Original: Voyeur
Ano de Lançamento: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Myles Kane, Josh Koury
Roteiro: Myles Kane, Josh Koury
Elenco: Gay Talese, Gerald Foos, Nan Talese

Sinopse:
Um veterano e consagrado jornalista de Nova Iorque decide contar em seu novo livro a história de um dono de motel que acabou criando uma rede de refrigeração que ele podia usar para espiar os casais transando em seu estabelecimento. Algo que poderia custar caro no final das contas para esse escritor. 

Comentários:
O voyeur é aquele tipo de sujeito que prefere ver as pessoas fazendo sexo do que ele próprio fazer. E nada seria mais adequado para esse tipo de pervertido sexual do que ser dono de um motel de beira de estrada. É justamente essa estranha e bizarra história que esse documentário da Netflix nos conta. Entretanto eu pude perceber que o foco principal desse filme nem é tanto a história do voyeur em si, mas sim a relação de amizade que nasce entre o escritor do livro, um jornalista com muitos anos de carreira, e o próprio voyeur, um tipo já de meia idade, bem esquisito, cheio de problemas, mas tentando manter uma postura de normalidade a todo momento. E o fato dele não ser totalmente honesto com o escritor e o abalo que isso iria atrair depois da publicação do livro. Eu gostei do documentário, mostrando bem um lado mais desconhecido e taradão da sociedade falsamente puritana e muito hipócrita dos Estados Unidos. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

A Nova (e última) Música dos "Beatles"...

A Nova (e última) Música dos "Beatles"...
Eu uso "Beatles" entre aspas porque não consigo ver essa "Now and then" como uma genuína música dos Beatles. É uma forçada de barra sair dizendo que essa seria a "última música dos Beatles". Pura coisa de marketing. Mais falso do que isso, impossível. Agora isso tudo não significa que eu não tenha que dar os parabéns ao bom e velho Paul McCartney. Ele tirou leite de pedra e transformou uma demo esquecida em uma gaveta qualquer do Dakota em Nova Iorque em uma bela música para se ouvir. O velho Paul não perdeu a mão em embelezar canções, principalmente de seu velho parceiro, o falecido John Lennon. 

Não tem como fugir à realidade que essa demo era um resto qualquer que John Lennon esqueceu que existiu e que foi resgatada por Yoko para fazer parte do Anthology 3. Não fez porque George Harrison não gostou da música e decidiu que não iria fazer nada por ela, apesar dos protestos de Paul. Os anos passaram, George morreu e então Paul resolveu trabalhar de novo naquela fita K7. Não há como negar que o trabalho de Paul ficou muito bonito, só que tudo isso no final não seria desnecessário, que tudo foi apenas uma chance de ganhar um dinheiro fácil com a marca dos Beatles?

Vamos aos fatos. John Lennon gravou essa demo em casa, de forma amadora. Colocou seu aparelho de gravador em cima do piano e tocou a canção. Ele fazia isso para não esquecer suas composições. Algumas vezes esquecia mesmo assim. Não se sabe nem ao certo quando a demo foi gravada. Alguns acreditam que foi por volta de 1977. Três anos depois John resolveu voltar para gravar um novo disco. Ele nem levou em conta essa composição para compor o novo álbum. Provavelmente não achava uma música tão boa para seu novo LP. Ignorou completamente. De fato não é uma de suas melhores criações. É triste, melancólica e tem uma harmonia meio chata. Não fez parte de sua carreira solo. Por que iria fazer parte da história dos Beatles?

Paul e Ringo estão no final de suas vidas. Essa faixa produzida agora é como raspar o fundo do baú. Em minha opinião os Beatles acabaram em 1970 e usando sua discografia oficial como marco a última música dos Beatles foi "The End" do Abbey Road. E fim, acabou ali. Nem "Free as a Bird" e nem "Real Love" dos dois primeiros CDs Anthology consigo considerar como músicas genuínas dos Beatles. São legais, reuniram os que ainda estavam vivos, mas ficam por aí. Não era Beatles assim como essa lançada essa semana também não é Beatles. E nem tampouco é a última música dos Beatles. Tudo tem um fim na vida e a trajetória dos Beatles acabou em 1970. O resto é jogada de marketing. 

Assim, para concluir, como eu definiria esse novo lançamento? Muito simples. É uma música que John Lennon compôs nos anos 1970. Era uma música interessante a ponto dele fazer uma demo, mas não tão boa a ponto dele incluir em algum de seus discos da carreira solo. Agora ela foi melhorada pelos velhos amigos Paul e Ringo. E pronto, nada muito além disso. Não me venha com esse papo furado dos Beatles que no meu caso definitivamente não cola mais!

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 14 de novembro de 2023

O Faroeste em seus primórdios - Parte 1

O termo faroeste só existe no Brasil. É uma abreviação da palavra Farm of West (Fazenda do Oeste) que se popularizou na língua portuguesa. Para os americanos esse gênero cinematográfico é conhecido simplesmente como Western, que quer dizer simplesmente Oeste, ocidental. Como se sabe há duas costas bem definidas no mapa dos Estados Unidos, a costa leste (Nova Iorque e demais estados banhados pelo Oceano Atlântico) e a costa oeste (Califórnia e estados vizinhos).

A conquista do Oeste fez parte da história dos Estados Unidos. Os pioneiros que foram para lá encontraram terras desérticas, selvagens nativos hostis e muita brutalidade, mas havia novas terras dadas pelo governo a quem chegasse primeiro. Também havia ouro e esse metal foi o grande propulsor dos pioneiros, principalmente na Califórnia, onde grandes cidades como San Francisco nasceram basicamente de vilas de mineradores de ouro.  Esse também foi tema de inúmeros filmes ao longo dos anos.

Curiosamente outro tema recorrente em filmes de western, envolvendo a guerra civil e os estados confederados, não teve historicamente nenhuma ligação com o velho oeste. Isso porque a guerra civil se desenrolou mesmo nas fronteiras dos estados do sul, que geograficamente eram bem longe dos estados do oeste. No máximo houve algumas batalhas no meio oeste, mas na costa oeste mesmo a guerra pouco chegou. Ignorado pelos roteiristas, isso entrou também na mitologia do velho oeste, afinal a guerra civil foi muito marcante na história dos Estados Unidos e aconteceu na mesma época em que os pioneiros tentavam a sorte no meio do deserto do oeste.

E foi no oeste também que se desenvolveu a indústria cinematográfica americana, mais especificamente na cidade de Los Angeles, na Califórnia. Ora, era simplesmente impossível ignorar a mitologia da própria região nas histórias dos filmes, por isso o cinema americano tal como o conhecemos também nasceu junto com o western. No registro dos primeiros filmes na América já se encontram diversos faroestes, todos já com primórdios da mitologia do velho oeste, com seus cowboys, índios, soldados da cavalaria, bandidos e mocinhas indefesas.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Montgomery Clift - Hollywood Boulevard - Parte 3

O primeiro filme de Montgomery Clift em Hollywood foi "Perdidos na Tormenta". Esse foi filme foi realizado em 1948, uma produção da Metro-Goldwyn-Mayer que tinha como tema o pós-guerra na Europa. Um tema muito adequado pois a II Guerra Mundial havia terminado apenas três anos antes. O diretor Fred Zinnemann queria trazer para o público americano a situação em que se encontrava os países europeus depois de um dos conflitos armados mais sangrentos da história. Foi uma excelente iniciativa pois capturava em tela a situação de Berlim, a antiga capital do III Reich de Hitler, agora reduzida a uma pilha de escombros depois dos intensos bombardeios dos aviões aliados. E foi justamente para esse caos que a equipe de filmagem foi enviada. Clift interpretava no filme um militar americano chamado Ralph Stevenson. Após o fim da guerra ele era enviado justamente para Berlim, onde acabava ajudando um garoto de origem tcheca a encontrar sua mãe.

Filmar ali foi uma grande experiência para o ator. Embora ele tivesse conhecimento de tudo o que havia acontecido na II Guerra, era algo bem diferente estar ali, bem no meio do povo alemão derrotado, tentando sobreviver de todas as formas. O filme também serviu como propaganda americana ao colocar soldados e militares dos Estados Unidos como pessoas prontas a ajudar os sobreviventes da guerra, os retratando como pessoas amigáveis e prestativas, militares honestos e de boa índole. Após seu lançamento o filme foi bastante elogiado, vencendo um Oscar numa categoria importante, a de Melhor Roteiro (prêmio dado aos roteiristas Richard Schweizer e David Wechsler). Além disso foi indicado ainda ao Oscar nas categorias de Melhor Direção e Melhor Ator, justamente para Montgomery Clift, que estreava assim com reconhecimento em Hollywood. Afinal ser indicado ao Oscar por seu primeiro filme era algo para poucos...

Após uma estreia tão bem sucedida Clift assinou contrato para trabalhar em mais um filme, dessa vez no estúdio United Artists. É interessante notar que a MGM ofereceu a Clift um contrato de sete anos e meio (o que era o padrão na época para grandes astros), mas o ator recusou, afirmando que queria ter toda a liberdade para escolher os filmes em que iria atuar. A United Artists havia sido fundada por atores, atrizes e artistas e tinha fama de produzir filmes mais voltados para a arte, ao invés da fábrica de lucros de outros estúdios, como a própria MGM, conhecida por ser uma das grandes majors da indústria cinematográfica americana.

O roteiro que havia atraído Clift daria origem ao filme "Rio Vermelho", considerado hoje em dia como um dos maiores clássicos de western de todos os tempos. Obviamente que Montgomery Clift, o ator de Nova Iorque, não tinha pretensões de virar um ídolo cowboy das telas. O que o levou a contracenar com o mito John Wayne, sendo dirigido pelo mestre Howard Hawks, foi realmente o inspirado roteiro, um épico sobre os verdadeiros cowboys americanos, um espécie em extinção. Fisicamente o filme iria exigir bastante de Monty, por isso ele passou por um treinamento antes de entrar no set de filmagens. Aprendeu a montar, cavalgar e usar o laço. Para um sujeito que nunca havia deixado Nova Iorque era realmente algo necessário. E ele não poderia fazer feio ao lado justamente de John Wayne, um ícone dos filmes de faroeste.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de novembro de 2023

O Assassino

Título no Brasil: O Assassino
Título Original: The Killer
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: David Fincher
Roteiro: Andrew Kevin Walker, Alexis Nolent
Elenco: Michael Fassbender, Tilda Swinton, Charles Parnell

Sinopse:
Um assassino profissional monta guarda e fica de tocaia na frente de um prédio de luxo em Paris. Quando surge a oportunidade de executar seu alvo, as coisas dão errado por questão de segundos. Agora ele precisa fugir e sobreviver ao seu antigo cliente que o quer morto, como queima de arquivo. 

Comentários:
Poderia ser melhor? Certamente sim, com certeza! É uma grande porcaria? Calma, não vamos exagerar! O filme na realidade foi lançado como o grande filme do mês na Netflix e isso trouxe um claro fator de elevação das expectativas. O fato de ser assinado pelo diretor David Fincher turbinou ainda mais esse quadro. Aí está o problema central dessa produção. O fato do filme ser de David Fincher elevou demais as expectativas. A temperatura subiu ao teto! Só que o filme não é nenhuma obra prima da sétima arte. É apenas um filme um pouquinho acima da média do que se vê por ai. Um filme bem normal para falarmos a verdade. Não chega em nenhum momento a ser ruim, a aborrecer o espectador, mas também não empolga em nada. De bom mesmo temos o diálogo interior que o assassino tem consigo mesmo, tentando sempre manter o equilíbrio, ainda mais no tipo de serviço que faz. As linhas de diálogo também sao bem elaboradas. Fora isso, o filme até caminha bem, com um final que tenta ser mais pé no chão, realista, embora no contexto da história em geral não faça tanto sentido. Mas é isso aí. Vale a pena ver, só não espere por um filme maravilhoso pois isso ele definitivamente não é. 

Pablo Aluísio.

Relato Final

Título no Brasil: Relato Final 
Título Original: Final Account
Ano de Lançamento: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Luke Holland
Roteiro: Luke Holland
Elenco: Pessoas que viveram na época do nazismo na Alemanha, durante a segunda guerra mundial. 

Sinopse:
Esse documentário mostra o lado alemão da segunda guerra mundial. Pessoas idosas, alemães e alemãs que viveram o auge do nazismo em sua sociedade relembram fatos do passado, como a vivência dentro das fileiras da juventude hitlerista e do quadro fanático e militar das SS. 

Comentários:
Não é novidade para ninguém que ideais fascistas andam em alta ultimamente, principalmente entre os setores mais perversos e imbecilizados da sociedade. Tipo gente que pede a volta da ditadura militar no Brasil. Pois bem, esse documentário traz aqueles que provavelmente são os últimos relatos, depoimentos, de quem viveu o horror nazista. Aqui vemos velhinhos alemães lamentando terem um dia pertencido à juventude hitlerista. Até aí tudo bem. Agora o que choca mesmo é ver pessoas idosas que pertenceram à SS mal escondendo o orgulho de terem feito parte dessa tropa nazista e fanática do poderio militar do III Reich. Assusta por dois motivos principais. Pessoas que não ganharam nenhum tipo de sabedoria de vida, mesmo após tantos anos e o fato de que muitos deles não terem sido punidos na época. Não havia capacidade de julgar tantos criminosos de guerra, por isso muitos deles ficaram mesmo impunes. Um quadro devastador para a história. 

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de novembro de 2023

Arquivos de um Serial Killer

Título no Brasil: Arquivos de um Serial Killer
Título Original: Memories of a Murderer: The Nilsen Tapes
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix Studios
Direção: Michael Harte
Roteiro: Michael Harte
Elenco: Douglas Bence, Mike Cattran, Bob Brenton

Sinopse:
A história do assassino em série inglês Dennis Nilsen. Na década de 1980 ele finalmente foi identificado e preso pela polícia do Reino Unido. Havia matado dezenas de pessoas. Acabou confessando seus crimes em uma serie de gravações feitas na prisão. É a base do material usado para esse documentário. 

Comentários:
O serial killer, essa figura criminosa tão associada à criminologia dos Estados Unidos, não é uma exclusividade daquele país. No Reino Unido também surgiram psicopatas famosos e infames como esse Dennis Nilsen, um sujeito muito perturbado que matou, estima-se, mais de 20 pessoas, sendo que a justiça inglesa só conseguiu provar a autoria de seus crimes em 15 casos criminais. Não vemos o assassino no documentário, apenas ouvimos os tapes gravados na prisão. Um sujeito que parecia bem normal na fachada externa, que havia sido inclusive policial, mas que não resistiu à sua própria natureza insana de assassino. Matou uma vez e ficou obcecado em continuar matando. Completamente psicótico, ele parece mesmo se vangloriar de seus crimes bárbaros nas fitas que ouvimos por aqui. Como tem gente perversa e maluca nesse mundo, vou te contar...

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Um Lugar Solitário Para Morrer

Título no Brasil: Um Lugar Solitário Para Morrer
Título Original: A Lonely Place to Die
Ano de Lançamento: 2011
País: Reino Unido
Estúdio: Carnaby International Films
Direção: Julian Gilbey
Roteiro: Julian Gilbey, Will Gilbey
Elenco: Melissa George, Alec Newman, Ed Speleers

Sinopse:
Um grupo de jovens alpinistas e escaladores de picos de montanhas, acaba encontrando por puro acaso, uma jovem mantida refém em uma espécie de armadilha, bem no meio de uma floresta. Eles a resgatam, mas passam a ser perseguidos violentamente pelos criminosos que praticaram o sequestro da menina. 

Comentários:
Não é grande coisa, mas acaba sendo um passatempo. Esses roteiros que desenvolvem basicamente uma ideia única, solo, nem sempre se dão bem. Embora não pareça, histórias simples exigem boa técnica dos roteiristas, caso contrário o filme logo se torna chato e cansativo. Aqui conseguiram contornar esse problema, mas o filme quase cai no marasmo. Pois é, foi uma bola na trave. Depois que a situação base é colocada para o espectador ficamos na expectativa de que tudo será bem desenvolvido. Isso acontece até a terça parte final do filme. Depois disso aí finalmente o roteiro se rende de forma completa a todos os clichês que conhecemos de filmes como esse. Uma pena, um pouco mais de coragem do roteiro teria feito muita diferença por aqui. Outro ponto negativo é que não exploram as cenas de alpinismo, que geralmente é o ponto forte desse tipo de filme. Ao invés disso fica aquele jogo de gato e rato no meio da floresta. Um tanto decepcionante. 

Pablo Aluísio.

Onde Eu Moro

Título no Brasil: Onde Eu Moro
Título Original: Lead Me Home
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Pedro Kos, Jon Shenk
Roteiro: Pedro Kos, Jon Shenk
Elenco: Moradores de rua das cidades norte-americanas

Sinopse:
Documentário que mostra o problema da miséria que assola a sociedade dos Estados Unidos. A cada dia mais pessoas vão morar nas ruas pois não conseguem mais pagar um aluguel. São famílias inteiras sem ter onde morar. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor documentário em curta-metragem. 

Comentários:
No país mais rico do mundo, dentro da sociedade capitalista modelo, existe muita miséria e pobreza. É justamente o que vemos aqui. Cresce a cada dia o número de norte-americanos que acabam parando nas ruas, sem ter onde morar. E não são apenas viciados em drogas ou doentes mentais, como era alguns anos atrás. Agora são famílias inteiras sem ter onde morar. O filme assim resgata depoimentos dessas pessoas que não contam sequer com um sistema de assistência social decente por parte dos governos dos estados e nem de ajuda das prefeituras locais. Com isso o número de barracas pelas calçadas aumenta a cada dia, mostrando um drama cada vez mais presente nas grandes cidades dos Estados Unidos. Agora se tornou mesmo impossível ignorar o drama social desses milhares de americanos que vivem pelas ruas das grandes cidades do país. 

Pablo Aluísio.