quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Bambi

Título no Brasil: Bambi
Título Original: Bambi
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: James Algar, Samuel Armstrong
Roteiro: Perce Pearce, Felix Salten
Elenco: Hardie Albright, Stan Alexander, Bobette Audrey, Thelma Boardman, Marion Darlington, Peter Behn

Sinopse:
Nascido para herdar a coroa de seu pai, o príncipe cervo Bambi, vive as alegrias e tristezas de sua vida na floresta, tendo que lidar com o amor, a fúria da natureza e do homem e também com a tristeza pela morte de sua mãe. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor som e melhor música original ("Love Is a Song" de Frank Churchill e Larry Morey). 

Comentários:
"Bambi" é um dos grandes clássicos de Walt Disney. Ele participou ativamente da produção do filme e poderia ser creditado como diretor caso assim desejasse, porém procurou valorizar seus artistas, creditando dois deles com a direção dessa animação. Algumas coisas me chamaram a atenção nesse clássico da animação. O filme foi produzido no meio da II Guerra Mundial, palco de algumas das maiores atrocidades da história da humanidade, mas Disney conseguiu produzir uma de suas animações mais líricas e pueris. Um contraste histórico digno de nota. Outra aspecto é a ausência de personagens humanos. O homem, quando surge indiretamente na floresta, apenas o faz para matar animais e causar destruição com sua presença. Temos aqui uma clara mensagem ecológica que ecoa até os dias atuais. Certamente o filme serviu para reforçar a consciência em prol da ecologia e da natureza que até hoje faz parte de nosso inconsciente coletivo. A parte musical da animação é destaque. Disney tinha especial cuidado nesse aspecto, tanto que o filme acabou ganhando indicações relevantes no Oscar justamente por sua trilha sonora incidental e sua música. O enredo também é inspirado. Por baixo da imagem de filme infantil se esconde uma poderosa mensagem sobre o ciclo da vida que se renova a cada geração. Enfim, nada mais a dizer. É de fato um dos grandes momentos de Disney na sua carreira e isso definitvamente não é pouca coisa.

Pablo Aluísio.

Pinóquio

Título no Brasil: Pinóquio
Título Original: Pinocchio
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Norman Ferguson, T. Hee
Roteiro: Ted Sears, Otto Englander
Elenco: Dickie Jones, Christian Rub, Mel Blanc, Charles Judels, Walter Catlett, Frankie Darro

Sinopse:
O boneco de madeira Pinóquio é criado por um bondoso velhinho chamado Geppetto. Seu sonho era que Pinóquio se tornasse um menino real, ao qual é atendido por uma fada. Ao lado do grilo falante, que se torna sua consciência, Pinóquio passa então a viver grandes aventuras. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor música original ("When You Wish Upon a Star") e melhor trilha sonora.

Comentários:
É interessante que Walt Disney tenha escolhido a história de Pinóquio para ser seu segundo grande longa em animação. O livro original foi lançado em 1883, escrito pelo jornalista e autor italiano Carlo Collodi. Do conto infantil original Disney mandou que seus roteiristas tirassem apenas o essencial. Isso porque o livro foi considerado pelo próprio Disney como muito inadequado para as crianças americanas. E era mesmo, só para se ter uma ideia, no livro Pinóquio matava o grilo falante com um martelo! Não havia como levar esse tipo de coisa para um desenho animado. Assim o que era importante era a história do boneco de madeira de pinho (daí o nome Pinóquio) que era fabricado por um velho senhor artesão muito bondoso. Todo o resto seria adaptado para o universo Disney. Posso dizer que nesse aspecto  Disney foi mais uma vez genial. Ele tirou as arestas sem noção do livro original e criou mais uma obra-prima infantil. Pode-se dizer que Disney recriou Pinóquio (e para melhor!). Sob os cuidados de seus artistas e roteiristas, o boneco ganhou humanismo, inocência e delicadeza. A história de ser um boneco que queria ser uma criança de verdade acabou influenciando toda a cultura pop por anos e anos. Chegou até mesmo a influenciar filmes do naipe de Blade Runner, onde replicantes também queriam ser humanos. Enfim, uma obra genial que foi fruto do grande Walt Disney, aqui melhorando a tradição para algo bem melhor e mais adequado para os pequeninos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

22 Balas

Título no Brasil: 22 Balas
Título Original: L'immortel
Ano de Produção: 2010
País: França
Estúdio: EuropaCorp
Direção: Richard Berry
Roteiro: Richard Berry
Elenco: Jean Reno, Kad Merad, Jean-Pierre Darroussin, Marina Foïs, JoeyStarr, Richard Berry  

Sinopse:
Baseado no livro policial escrito por Franz-Olivier Giesbert, o filme "22 Balas" conta a história do mafioso aposentado Charly Matteï (Jean Reno). Pensando estar fora do mundo do crime ele acaba encurralado em um estacionamento, onde leva 22 tiros. Porém para surpresa de muitos, consegue sobreviver e parte para a vingança contra aqueles que o queriam morto.

Comentários:
Muito bom esse filme policial francês. O roteiro de certo modo não foge muito daquela velha fórmula que estamos acostumados a ver em filmes sobre vingança pessoal, porém é inegável que essa produção mantém sempre o interesse, explorando não apenas as boas cenas de ação, todas muito bem realizadas nas ruas da bela cidade francesa de Marselha, como também pelo lado pessoal dos personagens. O mafioso interpretado por Jean Reno é um ex-criminoso que quer apenas viver seus últimos anos de vida ao lado de sua família, mas que é trazido de volta para a violência após sofrer um atentado brutal. E o pior de tudo é saber que o mandante de sua tentativa de assassinato é um velho amigo, alguém que ele conhecia plenamente, algo comum de acontecer dentro da máfia. Jean Reno é um baita ator, todo cinéfilo sabe disso. E aqui ele retoma à boa forma, inclusive incorporando certo cacoetes que me fez lembrar Marlon Brando em "O Poderoso Chefão". Obviamente o clássico imortal é muitas vezes usado como referência para essa história. Enfim, filme policial acima da média, mostrando que o cinema francês também sabe produzir filmes de ação, com teor e sabor da cosa nostra.

Pablo Aluísio.

A Órfã

Título no Brasil: A Órfã
Título Original: Orphan
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Dark Castle
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: David Leslie Johnson-McGoldrick
Elenco: Vera Farmiga, Peter Sarsgaard, Isabelle Fuhrman, Aryana Engineer, CCH Pounder, Jimmy Bennett

Sinopse:
Após perder uma filha, Kate (Vera Farmiga) e seu marido decidem adotar uma criança. No orfanato que visitam eles se encantam com Esther (Isabelle Fuhrman), uma menina inteligente, que gosta de pintar quadros. O que eles nem desconfiam é que ela na verdade não é o que aparenta ser. Filme indicado ao Fangoria Chainsaw Awards.

Comentários:
Gostei bastante desse thriller de suspense. Fazia tempo que não havia assistido algo tão bom nesse gênero. Em termos puramente cinematográficos esse filme tem um roteiro bem estruturado, com todos os elementos nos lugares certos. Porém o que mais me surpreendeu foi saber que esssa história foi baseada em fatos reais. A mulher do mundo real era ucraniana e não russa, mas tirando esse pequeno detalhe tudo era igual. Ela tinha problemas com uma síndrome hormonal que a impedia de ter características físicas de uma adulta, sempre se parecendo com uma criança. Pior do que isso, tal como a personagem do filme ela também era uma sociopata que queria matar sua mãe adotiva para seduzir o pai. Uma coisa completamente insana. Pois é, parece tudo coisa de filme, mas aconteceu na vida real, por mais incrível que isso possa parecer. Outro ponto digno de nota e de elogios vem do trabalho da atriz Isabelle Fuhrman. Ela tinha 13 anos de idade quando o filme foi produzido, mas precisava convencer na pele de uma suposta criança de 9 anos! Seu trabalho foi tão bom que apenas quando tudo é revelado é que descobrimos seu verdadeiro passado. Perfeita sua atuação, digna de aplausos. Foi uma das performances mais assustadoras que já vi. Chega a impressionar. Enfim, deixo a dica para quem ainda não viu. Para quem já assistiu, penso que poucos vão discordar do fato de que esse filme é um excelente suspense.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Conspiração

Título no Brasil: Conspiração
Título Original: Conspiracy
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Frank Pierson
Roteiro: Loring Mandel
Elenco: Kenneth Branagh, Clare Bullus, Stanley Tucci, Simon Markey, David Glover, David Willoughby

Sinopse:
Na Conferência de Wannsee, realizada em 20 de janeiro de 1942, altos funcionários nazistas se reuniram para determinar a maneira pela qual a chamada "Solução Final para a Questão Judaica" poderia ser melhor implementada. Era o planejamento do holocausto que resultaria na morte de milhões de seres humanos. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante (Stanley Tucci).

Comentários:
E as atrocidades nazistas seguem gerando farto material histórico para bons filmes. O roteiro desse aqui tenta responder como foi planejado o holocausto, a morte sistemática de aproximadamente seis milhões de judeus em campos de concentração localizados na Europa dominada pela loucura da ideologia do nazismo. É um filme bem importante do ponto de vista histórico porque resgata os nomes e dá face aos criadores desse horror na história humana. Assim temos essa reunião onde líderes do partido dominante do III Reich alemão se encontraram para decidir o que fazer com os judeus aprisionados em campos por toda a Europa. O que mais choca é descobrir que a decisão foi tomada sem a menor expressão de culpa ou humanismo. Simplesmente ali, sentados em torno de uma grande mesa, foi decidido de forma fria, cruel e calculista que todos deveriam ser exterminados. E isso obviamente incluia mulheres, idosos e crianças, no maior evento de genocídio da história. Incrível como esses nazistas agiam como psicopatas, sem qualquer grau de empatia com o próximo. Isso só serve para provar mais uma vez que ideologias políticas podem facilmente desandar para o ódio, a cegueira e a insanidade completas. O filme é assim uma importante lição de história para todos.

Pablo Aluísio.

A Escolha de Sofia

Título no Brasil: A Escolha de Sofia
Título Original: Sophie's Choice
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro: Alan J. Pakula
Elenco: Meryl Streep, Kevin Kline, Peter MacNicol, Josh Mostel, Robin Bartlett, Eugene Lipinski

Sinopse:

Baseado no romance escrito por William Styron, o filme conta a história de Sophie (Meryl Streep), uma polonesa sobrevivente do holocausto que tenta recomeçar sua vida em Nova Iorque, mas não consegue superar um grande trauma do passado. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Meryl Streep). Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor roteiro adaptado, direção de fotografia (Néstor Almendros), melhor figurino e melhor trilha sonora original (Marvin Hamlisch).

Comentários:
Um filme dramático até hoje lembrado pelos cinéfilos. Na realidade temos aqui três personagens principais. Sophie é uma sobrevivente de Auschwitz. Seu pai era um professor que odiava judeus, um antissemita. Pouco adiantou, pois mesmo assim não escapou dos campos de concentração. Os nazistas, em determinado momento da guerra, decidiram matar todos os professores, não importando que lado eles estavam. Sophie também foi enviada para morrer no holocausto e precisou fazer uma escolha trágica em relação aos seus filhos. O filme se passa alguns anos depois de toda essa tragédia. Ela está em Nova Iorque, morando com seu companheiro, um sujeito com problemas mentais que tem delírios de grandeza, acreditando em suas próprias mentiras. Esse personagem é brilhantemente interpretado pelo ator Kevin Kline em uma de suas melhores atuações. O terceiro elo é de um jovem escritor que relembra toda a história através de seu próprio livro de memórias, publicado décadas depois. Meryl Streep foi premiada em todos os grandes prêmios daquele ano, porém devo dizer que já vi ela brilhando muito mais em outros filmes. Em termos de interpretação quem se destaca mesmo é, como já escrevi, Kline. De qualquer maneira a força da história, envolvendo uma mãe que precisa escolher qual filho vai sobreviver e qual vai morrer nas mãos dos nazistas, já é chocante e impactante por si própria. É um desses momentos em que o espírito humano não consegue superar. Um trauma a ser levado e sofrido pelo resto da vida. Afinal que ato poderia ser mais trágico do que ao de uma mãe que precisa decidir sobre a vida e a morte de seus próprios filhos?

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de setembro de 2020

Freddy x Jason

Título no Brasil: Freddy x Jason
Título Original: Freddy vs. Jason
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Ronny Yu
Roteiro: Damian Shannon, Mark Swift
Elenco: Robert Englund, Ken Kirzinger, Kelly Rowland, Jason Ritter, Chris Marquette, Brendan Fletcher

Sinopse:
Freddy Krueger e Jason Voorhees, personagens dos filmes "A Hora do Pesadelo" e "Sexta-Feira 13", voltam para aterrorizar a população de uma pequena cidade. A maior diferença é que desta vez, eles estão atrás um do outro também.

Comentários:
No mundo do cinema quando duas franquias cinematográficas se unem em um Crossover, é certo que ambas estão falidas comercialmente. É o que aconteceu aqui. O que fazer com personagens que um dia foram populares, mas que atualmente não atraem mais o público para os cinemas? Talvez reuni-los pode ser uma saída. E isso nada tem a ver com aspectos puramente artísticos. É uma decisão meramente comercial dos estúdios mesmo. Já havia acontecido com Aliens e Predador, agora voltava a acontecer com os insanos violentos Freddy e Jason. O resultado é desanimador. Fruto obviamente do fato de que esses dois vilões são de universos cinematográficos bem distintos. Jason, ao longo dos anos, perdeu qualquer humanidade. Passou a ser apenas um assassino com um facão e uma máscara de hockey. Já Freddy era um pouco mais desenvolvido do ponto de vista psicológico, mas que atacava nos sonhos de adolescentes. O que ele iria fazer em Crystal Lake? E como um ser que agia na mente das pessoas iria parar um serial killer como Jason? Pois é, perguntas e mais perguntas que ficaram ainda mais sem sentido nesse roteiro bem freak. Assista, mesmo que seja apenas por curiosidade. Só não espere por bom cinema.

Pablo Aluísio.

Brinquedo Assassino 3

Título no Brasil: Brinquedo Assassino 3
Título Original: Child's Play 3
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jack Bender
Roteiro: Don Mancini
Elenco: Brad Dourif, Justin Whalin, Perrey Reeves, Jeremy Sylvers, Travis Fine, Dean Jacobson,

Sinopse:
Chucky retorna para se vingar de Andy, o garoto que o derrotou no passado. Os anos se passaram, a criança virou um jovem e agora ele é um estudante que vive em uma academia militar. Mas para o boneco assassino essa não é uma barreira para que sua vingança seja completa.

Comentários:
Esse foi o último filme dessa franquia de terror que se levou à sério. Os que viriam iriam cair na chacota completa. O que mais me impressionou ao longo dos anos foi que a Universal nunca desistiu de fato dos filmes com o Chucky. Recentemente até fizeram um remake para dar um reboot em tudo! Bom, o motivo principal dos filmes seguirem sendo produzidos ao longo dos anos foi claramente comercial. Veja o caso desse aqui. Custou muito pouco - algo em torno de 10 milhões de dólares - e foi bem lucrativo no final de tudo. As bilheterias sempre pagavam esses filmes, gerando lucro para o estúdio. Era um tiro certo, vamos colocar nesse sentido. De resto a mudança de ares, agora tudo se passa numa academia militar, vinha para fugir um pouco da mesmice dos filmes anteriores. Também cabem os devidos elogios para o dublador e ator Brad Dourif. Ele certamente merecia um prêmio por anos e anos de dublagem do boneco Chucky. Ele é muito bom. Por fim cabe a dica para uma maratona de fim de semana com os filmes da franquia "Brinquedo Assassino". Uma boa oportunidade para queimar neurônios cinematográficos, com certeza!

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de setembro de 2020

Bad Boys Para Sempre

Essa franquia cinematográfica já tem 25 anos! É um antigo produto do cinema dos anos 90. Pensei que não haveria mais filmes novos, porém com a escassez de novas ideias em Hollywood o jeito foi trazer a velha dupla de policiais de Miami de volta. Para não perder a piada e fazer humor de si mesmos, os atores  Will Smith e Martin Lawrence estão de volta - mas obviamente envelhecidos... Um dos focos do roteiro é explorar o fato de que Marcus, ou melhor dizendo, Martin Lawrence, se torna vovô de um garotinho. Mero detalhe para um roteiro que logo deixa isso de lado para explorar perseguições, explosões e ação... afinal é uma produção de Jerry Bruckheimer. Não iria ser diferente.

O que foi diferente mesmo e surpreendeu muita gente foi a bilheteria. Para um filme que custou 90 milhões de dólares esse Bad Boys 3 faturou nas bilheterias mais de 600 milhões. É a maior bilheteria da franquia em toda a sua história. Ninguém estava esperando por um resultado comercial tão bom, ainda mais se tratando de algo do passado, que a maioria dos jovens que frequentam cinema hoje em dia nem conheciam - e nem tinham nascido ainda quando o primeiro filme chegou nos cinemas. Pelo visto essa nova geração não tem muitos bons filmes de ação para cultivar como algo seu. Tem que dar uma vasculhada mesmo no passado para curtir algo nos cinemas. E o filme poderia ter ido ainda bem melhor se não fosse a pandemia que acabou prejudicando a exibição do filme em vários países. Provavelmente chegaria a 1 bilhão de dólares... quem sabe...

A boa notícia é que o filme é bom naquilo que se propõe, ou seja, ser uma boa diversão sem maiores pretensões. É um filme de ação ao velho estilo, nada de perda de tempo ou encheção de linguiça. É diversão pela diversão, cinema pipoca por excelência. Um dos aspectos que me fizeram curtir o resultado foi justamente isso. Você espera por um tipo de filme e é plenamente satisfeito nesse aspecto. Nada de enrolação. E também fizeram um filme até bem bonito de se assistir, explorando em detalhes a natureza e as belas locações da ensolarada Miami. Há também uma nova equipe de tiras acompanhando os dois protagonistas. Provavelmente os produtores querem passar o bastão para esses jovens atores e atrizes. A má notícia é que nenhum deles é particularmente carismático. Os vilões não passam de estereótipos de latinos por parte de Hollywood. Mexicanos malvadões, tatuados e bombados, bruxas, Santa Muerte... está tudo ali. Mas nem isso consegue estragar a diversão. Assim assista e se divirta, sem pensar muito no que está vendo.

Bad Boys Para Sempre (Bad Boys for Life, Estados Unidos, 2020) Direção: Adil El Arbi, Bilall Fallah / Roteiro: Peter Craig, Joe Carnahan / Elenco: Will Smith, Martin Lawrence, Vanessa Hudgens, Kate del Castillo, Jacob Scipio / Sinopse: Uma série de autoridades, juízes, peritos criminais, agentes, são mortos misteriosamente. Depois que Mike (Will Smith) é metralhado, ele começa a ir atrás do responsável, em busca de vingança. Só não poderia prever que é algo relacionado também com seu passado pessoal.

Pablo Aluísio.

O Vingador

Título no Brasil: O Vingador
Título Original: A Man Apart
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: F. Gary Gray
Roteiro: Christian Gudegast, Paul T. Scheuring
Elenco: Vin Diesel, Timothy Olyphant, Larenz Tate, Jacqueline Obradors, Steve Eastin, John E. Smith

Sinopse:
Um homem conhecido como Diablo surge para chefiar um cartel de drogas depois que o líder anterior é preso. Sean Vetter (Vin Diesel) é o agente federal do DEA que vai tentar prender ou matar o insano e cruel traficante. Após a morte de sua esposa por criminosos violentos ele parte para a vingança contra os assassinos.

Comentários:
No começo do filme somos apresentados ao personagem de Vin Diesel, um cara até bem normal, casado com uma bela mulher e tudo mais. Até toques de drama e romance são injetados no roteiro, o que acabou fazendo muito fã de cinema de ação ficar pensando se não estava vendo o filme errado. Só que, não tem jeito, essa é uma produção de cinema brucutu, então não demora muito para o pau quebrar em todas as frentes. A esposa de Diesel é morta com requintes de crueldade e ele parte para a vingança completa. Seu alvo é uma quadrilha de traficantes que agem na fronteira dos Estados Unidos com o México. A guerra do tráfico é pela posse de uma região conhecida como "corredor" por onde entra todas as cargas de drogas. O resultado é até um bom filme, que tem até mesmo o cuidado de ter uma trilha sonora bem cuidada, etc. Coisa rara de se ver em filmes de pura porrada. Um Vin Diesel violento, mas sem perder a ternura... jamais!

Pablo Aluísio.