terça-feira, 15 de setembro de 2020

22 Balas

Título no Brasil: 22 Balas
Título Original: L'immortel
Ano de Produção: 2010
País: França
Estúdio: EuropaCorp
Direção: Richard Berry
Roteiro: Richard Berry
Elenco: Jean Reno, Kad Merad, Jean-Pierre Darroussin, Marina Foïs, JoeyStarr, Richard Berry  

Sinopse:
Baseado no livro policial escrito por Franz-Olivier Giesbert, o filme "22 Balas" conta a história do mafioso aposentado Charly Matteï (Jean Reno). Pensando estar fora do mundo do crime ele acaba encurralado em um estacionamento, onde leva 22 tiros. Porém para surpresa de muitos, consegue sobreviver e parte para a vingança contra aqueles que o queriam morto.

Comentários:
Muito bom esse filme policial francês. O roteiro de certo modo não foge muito daquela velha fórmula que estamos acostumados a ver em filmes sobre vingança pessoal, porém é inegável que essa produção mantém sempre o interesse, explorando não apenas as boas cenas de ação, todas muito bem realizadas nas ruas da bela cidade francesa de Marselha, como também pelo lado pessoal dos personagens. O mafioso interpretado por Jean Reno é um ex-criminoso que quer apenas viver seus últimos anos de vida ao lado de sua família, mas que é trazido de volta para a violência após sofrer um atentado brutal. E o pior de tudo é saber que o mandante de sua tentativa de assassinato é um velho amigo, alguém que ele conhecia plenamente, algo comum de acontecer dentro da máfia. Jean Reno é um baita ator, todo cinéfilo sabe disso. E aqui ele retoma à boa forma, inclusive incorporando certo cacoetes que me fez lembrar Marlon Brando em "O Poderoso Chefão". Obviamente o clássico imortal é muitas vezes usado como referência para essa história. Enfim, filme policial acima da média, mostrando que o cinema francês também sabe produzir filmes de ação, com teor e sabor da cosa nostra.

Pablo Aluísio.

A Órfã

Título no Brasil: A Órfã
Título Original: Orphan
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Dark Castle
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: David Leslie Johnson-McGoldrick
Elenco: Vera Farmiga, Peter Sarsgaard, Isabelle Fuhrman, Aryana Engineer, CCH Pounder, Jimmy Bennett

Sinopse:
Após perder uma filha, Kate (Vera Farmiga) e seu marido decidem adotar uma criança. No orfanato que visitam eles se encantam com Esther (Isabelle Fuhrman), uma menina inteligente, que gosta de pintar quadros. O que eles nem desconfiam é que ela na verdade não é o que aparenta ser. Filme indicado ao Fangoria Chainsaw Awards.

Comentários:
Gostei bastante desse thriller de suspense. Fazia tempo que não havia assistido algo tão bom nesse gênero. Em termos puramente cinematográficos esse filme tem um roteiro bem estruturado, com todos os elementos nos lugares certos. Porém o que mais me surpreendeu foi saber que esssa história foi baseada em fatos reais. A mulher do mundo real era ucraniana e não russa, mas tirando esse pequeno detalhe tudo era igual. Ela tinha problemas com uma síndrome hormonal que a impedia de ter características físicas de uma adulta, sempre se parecendo com uma criança. Pior do que isso, tal como a personagem do filme ela também era uma sociopata que queria matar sua mãe adotiva para seduzir o pai. Uma coisa completamente insana. Pois é, parece tudo coisa de filme, mas aconteceu na vida real, por mais incrível que isso possa parecer. Outro ponto digno de nota e de elogios vem do trabalho da atriz Isabelle Fuhrman. Ela tinha 13 anos de idade quando o filme foi produzido, mas precisava convencer na pele de uma suposta criança de 9 anos! Seu trabalho foi tão bom que apenas quando tudo é revelado é que descobrimos seu verdadeiro passado. Perfeita sua atuação, digna de aplausos. Foi uma das performances mais assustadoras que já vi. Chega a impressionar. Enfim, deixo a dica para quem ainda não viu. Para quem já assistiu, penso que poucos vão discordar do fato de que esse filme é um excelente suspense.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Conspiração

Título no Brasil: Conspiração
Título Original: Conspiracy
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Frank Pierson
Roteiro: Loring Mandel
Elenco: Kenneth Branagh, Clare Bullus, Stanley Tucci, Simon Markey, David Glover, David Willoughby

Sinopse:
Na Conferência de Wannsee, realizada em 20 de janeiro de 1942, altos funcionários nazistas se reuniram para determinar a maneira pela qual a chamada "Solução Final para a Questão Judaica" poderia ser melhor implementada. Era o planejamento do holocausto que resultaria na morte de milhões de seres humanos. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante (Stanley Tucci).

Comentários:
E as atrocidades nazistas seguem gerando farto material histórico para bons filmes. O roteiro desse aqui tenta responder como foi planejado o holocausto, a morte sistemática de aproximadamente seis milhões de judeus em campos de concentração localizados na Europa dominada pela loucura da ideologia do nazismo. É um filme bem importante do ponto de vista histórico porque resgata os nomes e dá face aos criadores desse horror na história humana. Assim temos essa reunião onde líderes do partido dominante do III Reich alemão se encontraram para decidir o que fazer com os judeus aprisionados em campos por toda a Europa. O que mais choca é descobrir que a decisão foi tomada sem a menor expressão de culpa ou humanismo. Simplesmente ali, sentados em torno de uma grande mesa, foi decidido de forma fria, cruel e calculista que todos deveriam ser exterminados. E isso obviamente incluia mulheres, idosos e crianças, no maior evento de genocídio da história. Incrível como esses nazistas agiam como psicopatas, sem qualquer grau de empatia com o próximo. Isso só serve para provar mais uma vez que ideologias políticas podem facilmente desandar para o ódio, a cegueira e a insanidade completas. O filme é assim uma importante lição de história para todos.

Pablo Aluísio.

A Escolha de Sofia

Título no Brasil: A Escolha de Sofia
Título Original: Sophie's Choice
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro: Alan J. Pakula
Elenco: Meryl Streep, Kevin Kline, Peter MacNicol, Josh Mostel, Robin Bartlett, Eugene Lipinski

Sinopse:

Baseado no romance escrito por William Styron, o filme conta a história de Sophie (Meryl Streep), uma polonesa sobrevivente do holocausto que tenta recomeçar sua vida em Nova Iorque, mas não consegue superar um grande trauma do passado. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Meryl Streep). Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor roteiro adaptado, direção de fotografia (Néstor Almendros), melhor figurino e melhor trilha sonora original (Marvin Hamlisch).

Comentários:
Um filme dramático até hoje lembrado pelos cinéfilos. Na realidade temos aqui três personagens principais. Sophie é uma sobrevivente de Auschwitz. Seu pai era um professor que odiava judeus, um antissemita. Pouco adiantou, pois mesmo assim não escapou dos campos de concentração. Os nazistas, em determinado momento da guerra, decidiram matar todos os professores, não importando que lado eles estavam. Sophie também foi enviada para morrer no holocausto e precisou fazer uma escolha trágica em relação aos seus filhos. O filme se passa alguns anos depois de toda essa tragédia. Ela está em Nova Iorque, morando com seu companheiro, um sujeito com problemas mentais que tem delírios de grandeza, acreditando em suas próprias mentiras. Esse personagem é brilhantemente interpretado pelo ator Kevin Kline em uma de suas melhores atuações. O terceiro elo é de um jovem escritor que relembra toda a história através de seu próprio livro de memórias, publicado décadas depois. Meryl Streep foi premiada em todos os grandes prêmios daquele ano, porém devo dizer que já vi ela brilhando muito mais em outros filmes. Em termos de interpretação quem se destaca mesmo é, como já escrevi, Kline. De qualquer maneira a força da história, envolvendo uma mãe que precisa escolher qual filho vai sobreviver e qual vai morrer nas mãos dos nazistas, já é chocante e impactante por si própria. É um desses momentos em que o espírito humano não consegue superar. Um trauma a ser levado e sofrido pelo resto da vida. Afinal que ato poderia ser mais trágico do que ao de uma mãe que precisa decidir sobre a vida e a morte de seus próprios filhos?

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de setembro de 2020

Freddy x Jason

Título no Brasil: Freddy x Jason
Título Original: Freddy vs. Jason
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Ronny Yu
Roteiro: Damian Shannon, Mark Swift
Elenco: Robert Englund, Ken Kirzinger, Kelly Rowland, Jason Ritter, Chris Marquette, Brendan Fletcher

Sinopse:
Freddy Krueger e Jason Voorhees, personagens dos filmes "A Hora do Pesadelo" e "Sexta-Feira 13", voltam para aterrorizar a população de uma pequena cidade. A maior diferença é que desta vez, eles estão atrás um do outro também.

Comentários:
No mundo do cinema quando duas franquias cinematográficas se unem em um Crossover, é certo que ambas estão falidas comercialmente. É o que aconteceu aqui. O que fazer com personagens que um dia foram populares, mas que atualmente não atraem mais o público para os cinemas? Talvez reuni-los pode ser uma saída. E isso nada tem a ver com aspectos puramente artísticos. É uma decisão meramente comercial dos estúdios mesmo. Já havia acontecido com Aliens e Predador, agora voltava a acontecer com os insanos violentos Freddy e Jason. O resultado é desanimador. Fruto obviamente do fato de que esses dois vilões são de universos cinematográficos bem distintos. Jason, ao longo dos anos, perdeu qualquer humanidade. Passou a ser apenas um assassino com um facão e uma máscara de hockey. Já Freddy era um pouco mais desenvolvido do ponto de vista psicológico, mas que atacava nos sonhos de adolescentes. O que ele iria fazer em Crystal Lake? E como um ser que agia na mente das pessoas iria parar um serial killer como Jason? Pois é, perguntas e mais perguntas que ficaram ainda mais sem sentido nesse roteiro bem freak. Assista, mesmo que seja apenas por curiosidade. Só não espere por bom cinema.

Pablo Aluísio.

Brinquedo Assassino 3

Título no Brasil: Brinquedo Assassino 3
Título Original: Child's Play 3
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jack Bender
Roteiro: Don Mancini
Elenco: Brad Dourif, Justin Whalin, Perrey Reeves, Jeremy Sylvers, Travis Fine, Dean Jacobson,

Sinopse:
Chucky retorna para se vingar de Andy, o garoto que o derrotou no passado. Os anos se passaram, a criança virou um jovem e agora ele é um estudante que vive em uma academia militar. Mas para o boneco assassino essa não é uma barreira para que sua vingança seja completa.

Comentários:
Esse foi o último filme dessa franquia de terror que se levou à sério. Os que viriam iriam cair na chacota completa. O que mais me impressionou ao longo dos anos foi que a Universal nunca desistiu de fato dos filmes com o Chucky. Recentemente até fizeram um remake para dar um reboot em tudo! Bom, o motivo principal dos filmes seguirem sendo produzidos ao longo dos anos foi claramente comercial. Veja o caso desse aqui. Custou muito pouco - algo em torno de 10 milhões de dólares - e foi bem lucrativo no final de tudo. As bilheterias sempre pagavam esses filmes, gerando lucro para o estúdio. Era um tiro certo, vamos colocar nesse sentido. De resto a mudança de ares, agora tudo se passa numa academia militar, vinha para fugir um pouco da mesmice dos filmes anteriores. Também cabem os devidos elogios para o dublador e ator Brad Dourif. Ele certamente merecia um prêmio por anos e anos de dublagem do boneco Chucky. Ele é muito bom. Por fim cabe a dica para uma maratona de fim de semana com os filmes da franquia "Brinquedo Assassino". Uma boa oportunidade para queimar neurônios cinematográficos, com certeza!

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de setembro de 2020

Bad Boys Para Sempre

Essa franquia cinematográfica já tem 25 anos! É um antigo produto do cinema dos anos 90. Pensei que não haveria mais filmes novos, porém com a escassez de novas ideias em Hollywood o jeito foi trazer a velha dupla de policiais de Miami de volta. Para não perder a piada e fazer humor de si mesmos, os atores  Will Smith e Martin Lawrence estão de volta - mas obviamente envelhecidos... Um dos focos do roteiro é explorar o fato de que Marcus, ou melhor dizendo, Martin Lawrence, se torna vovô de um garotinho. Mero detalhe para um roteiro que logo deixa isso de lado para explorar perseguições, explosões e ação... afinal é uma produção de Jerry Bruckheimer. Não iria ser diferente.

O que foi diferente mesmo e surpreendeu muita gente foi a bilheteria. Para um filme que custou 90 milhões de dólares esse Bad Boys 3 faturou nas bilheterias mais de 600 milhões. É a maior bilheteria da franquia em toda a sua história. Ninguém estava esperando por um resultado comercial tão bom, ainda mais se tratando de algo do passado, que a maioria dos jovens que frequentam cinema hoje em dia nem conheciam - e nem tinham nascido ainda quando o primeiro filme chegou nos cinemas. Pelo visto essa nova geração não tem muitos bons filmes de ação para cultivar como algo seu. Tem que dar uma vasculhada mesmo no passado para curtir algo nos cinemas. E o filme poderia ter ido ainda bem melhor se não fosse a pandemia que acabou prejudicando a exibição do filme em vários países. Provavelmente chegaria a 1 bilhão de dólares... quem sabe...

A boa notícia é que o filme é bom naquilo que se propõe, ou seja, ser uma boa diversão sem maiores pretensões. É um filme de ação ao velho estilo, nada de perda de tempo ou encheção de linguiça. É diversão pela diversão, cinema pipoca por excelência. Um dos aspectos que me fizeram curtir o resultado foi justamente isso. Você espera por um tipo de filme e é plenamente satisfeito nesse aspecto. Nada de enrolação. E também fizeram um filme até bem bonito de se assistir, explorando em detalhes a natureza e as belas locações da ensolarada Miami. Há também uma nova equipe de tiras acompanhando os dois protagonistas. Provavelmente os produtores querem passar o bastão para esses jovens atores e atrizes. A má notícia é que nenhum deles é particularmente carismático. Os vilões não passam de estereótipos de latinos por parte de Hollywood. Mexicanos malvadões, tatuados e bombados, bruxas, Santa Muerte... está tudo ali. Mas nem isso consegue estragar a diversão. Assim assista e se divirta, sem pensar muito no que está vendo.

Bad Boys Para Sempre (Bad Boys for Life, Estados Unidos, 2020) Direção: Adil El Arbi, Bilall Fallah / Roteiro: Peter Craig, Joe Carnahan / Elenco: Will Smith, Martin Lawrence, Vanessa Hudgens, Kate del Castillo, Jacob Scipio / Sinopse: Uma série de autoridades, juízes, peritos criminais, agentes, são mortos misteriosamente. Depois que Mike (Will Smith) é metralhado, ele começa a ir atrás do responsável, em busca de vingança. Só não poderia prever que é algo relacionado também com seu passado pessoal.

Pablo Aluísio.

O Vingador

Título no Brasil: O Vingador
Título Original: A Man Apart
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: F. Gary Gray
Roteiro: Christian Gudegast, Paul T. Scheuring
Elenco: Vin Diesel, Timothy Olyphant, Larenz Tate, Jacqueline Obradors, Steve Eastin, John E. Smith

Sinopse:
Um homem conhecido como Diablo surge para chefiar um cartel de drogas depois que o líder anterior é preso. Sean Vetter (Vin Diesel) é o agente federal do DEA que vai tentar prender ou matar o insano e cruel traficante. Após a morte de sua esposa por criminosos violentos ele parte para a vingança contra os assassinos.

Comentários:
No começo do filme somos apresentados ao personagem de Vin Diesel, um cara até bem normal, casado com uma bela mulher e tudo mais. Até toques de drama e romance são injetados no roteiro, o que acabou fazendo muito fã de cinema de ação ficar pensando se não estava vendo o filme errado. Só que, não tem jeito, essa é uma produção de cinema brucutu, então não demora muito para o pau quebrar em todas as frentes. A esposa de Diesel é morta com requintes de crueldade e ele parte para a vingança completa. Seu alvo é uma quadrilha de traficantes que agem na fronteira dos Estados Unidos com o México. A guerra do tráfico é pela posse de uma região conhecida como "corredor" por onde entra todas as cargas de drogas. O resultado é até um bom filme, que tem até mesmo o cuidado de ter uma trilha sonora bem cuidada, etc. Coisa rara de se ver em filmes de pura porrada. Um Vin Diesel violento, mas sem perder a ternura... jamais!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Corra que a Polícia vem Aí! 2 1/2

Título no Brasil: Corra que a Polícia vem Aí! 2 1/2
Título Original: The Naked Gun 2½ - The Smell of Fear
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: David Zucker
Roteiro: Jim Abrahams
Elenco: Leslie Nielsen, Priscilla Presley, George Kennedy, O.J. Simpson, Robert Goulet, Richard Griffiths

Sinopse:
O tenente Frank Drebin descobre que o novo namorado de sua ex-namorada está envolvido em uma trama para sequestrar um cientista que defende a energia solar. A confusão está armada! Salve-se quem puder! Continuação do filme " Corra que a Polícia vem Aí!".

Comentários:
O trio ZAZ (Jim Abrahams e os dois irmãos Zucker) estavam separados quando a Paramount Pictures ofereceu a eles uma bolada para um novo filme da franquia "The Naked Gun". É interessante porque a série de TV que deu origem a tudo não foi em frente, se tornando um fracasso. Já no cinema a coisa foi em frente, com filmes que colecionavam boas bilheterias. Esse segundo filme que recebeu a numeração de "dois e meio" por pura zoação, também não fez feio, rendendo quase 200 milhões de dólares em seu lançamento original (faça as devidas correções que você verá que essa comédia foi mesmo muito bem sucedida comercialmente). E como em time que está ganhando não se mexe, o trio ZAZ reuniu praticamente o mesmo elenco do filme original, conseguindo trazer de volta até mesmo a viúva de Elvis, que não estava muito a fim de fazer uma continuação.  Porém é inegável que todos os méritos pertenceram mesmo a Leslie Nielsen. Com seu impecável estilo de fazer comédia parecendo que estava em um filme sério, ele roubava mesmo todas as atenções. Falecido em 2010, Leslie Nielsen deixou saudades em quem gostava de dar boas risadas com suas comédias malucas.

Pablo Aluísio.

Top Gang

Título no Brasil: Top Gang! Ases Muito Loucos
Título Original: Hot Shots!
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jim Abrahams
Roteiro: Jim Abrahams, Pat Proft
Elenco: Charlie Sheen, Lloyd Bridges, Cary Elwes, Valeria Golino, Kevin Dunn, Jon Cryer

Sinopse:
"Top Gang" é uma paródia do sucesso "Top Gun: Ases Indomáveis" ​​(1986) em que um piloto de caça talentoso, mas instável deve superar os fantasmas de seu pai e salvar uma missão sabotada por gananciosos fabricantes de armas.

Comentários:
Jim Abrahams retornou ao gênero besteirol no começo dos anos 90 com esse "Top Gang". Seguindo a fórmula de "Apertem os cintos, o Piloto Sumiu", o roteiro mais uma vez pegava um sucesso do cinema para tirar onda e criar humor em cima de seus clichês. Aqui temos algumas curiosidades. Charlie Sheen despontou para o sucesso na mesma época de Tom Cruise, mas sua carreira afundou por causa de escândalos envolvendo drogas e prostitutas. Assim só sobrou para ele filmes como esse, escrachados, sem noção. Ele poderia ter tido uma bela carreira em Hollywood, mas jogou tudo fora. Outro aspecto é que "Top Gang" não chegou a ser um grande sucesso nos Estados Unidos. Teve uma bilheteria apenas mediana, porém nos demais países, no exterior, o filme fez muito sucesso, o que levou seus produtores a mais uma sequência - bem pior e menos engraçada, que satirizava os filmes da série "Rambo" de Stallone. Enfim, são duas bobagens que ainda encontram seus defensores. De minha parte sempre achei esses filmes apenas razóaveis, nada que lembrasse os bons dias do trio ZAZ na década anterior.

Pablo Aluísio.