Provavelmente muita gente que acompanha política internacional se recorda dos problemas envolvendo a disputa presidencial americana durante as eleições de 2000 entre George W. Bush e Al Gore. Na época houve uma disputa acirrada entre os dois candidatos, praticamente lutando voto a voto. Depois das urnas terem sido cerradas começou um grande impasse no estado da Flórida após se descobrir que as cédulas de votação eram confusas, complicadas de se votar e completamente ultrapassadas em sua técnica. Pois é, a nação mais desenvolvida e tecnológica do planeta ainda faz eleição com votos de papel, onde o eleitor tem que fazer vários furinhos para escolher seus candidatos preferidos. Na Flórida a situação ainda era pior porque grande parte do eleitorado era composta de pessoas idosas que não conseguiam compreender o sistema adotado de votação. Muitos eleitores se confundiram ou não conseguiram fazer os tais furinhos nas cédulas. O que se seguiu foi uma verdadeira guerra jurídica entre Republicanos e Democratas, pois o vencedor na Flórida seria também o novo presidente dos Estados Unidos.
E é justamente em cima desse quadro caótico que o filme “Recontagem” se passa. Kevin Spacey, ótimo como sempre, interpreta Ron Klain, o advogado do Partido Democrata que tentará de todas as formas promover uma recontagem dos votos da Flórida. Já Tom Wilkinson vive o advogado do Partido Republicano, James Baker, que tentará impedir esse procedimento. Na época me recordo muito bem desse impasse, que não saiu dos noticiários. De fato foi bem constrangedor perceber como o sistema eleitoral dos Estados Unidos era falho, arcaico e propenso a ter inúmeros erros. Nesse quesito o Brasil com suas urnas eletrônicas está muitos anos a frente dos americanos. Em relação ao filme em si o recomendo apenas para quem gosta de acompanhar os bastidores da política de uma das maiores eleições do planeta – aquela que escolhe o presidente americano. Embora seja um filme que todos saibam o final (George W. Bush se sagrou vitorioso) o fato é que “Recontagem” se torna muito instrutivo por apresentar as manipulações que certamente surgem em situações onde o poder supremo de uma nação está em jogo. Nesse quadro não há vilões e nem mocinhos mas apenas interesses, muitos deles acima dos ideais de democracia e verdade.
Recontagem (Recount, Estados Unidos, 2008) Direção: Jay Roach / Roteiro: Danny Strong / Elenco: Kevin Spacey, Tom Wilkinson, Laura Dern, John Hurt, Bruce Altman, Bob Balaban, Ed Begley Jr / Sinopse: Durante as eleições presidenciais de 2000 um erro no sistema eleitoral da Flórida coloca em um grande impasse a escolha do novo presidente dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
Diamante de Sangue
“Diamante de Sangue” expõe uma das maiores contradições do continente africano. Ao mesmo tempo em que possui algumas das maiores riquezas naturais do mundo é também o lugar mais miserável do planeta. O filme se passa em Serra Leoa e mostra essa dura realidade. Leonard DiCaprio interpreta Danny Archer, um sul-africano que se tornou contrabandista de diamantes. Seu objetivo é colocar as mãos em um raríssimo exemplar cor-de-rosa. Para isso ele conta com a ajuda de um nativo, o negro Solomon Vandy (Djimon Hounsou). Enquanto o Archer quer o precioso diamante para vender no mercado negro e assim ganhar uma fortuna, Vandy só deseja mesmo ajudar sua numerosa família. Já a jornalista americana Maddy Bowen (Jennifer Connelly) cruza o caminho de ambos com a intenção de escrever sobre o que ocorre em Serra Leoa antes que essas preciosas pedras entrem no mercado europeu e americano, onde serão negociadas por verdadeiras fortunas, sendo expostas em luxuosas lojas de jóias raras e finas.
Como disse certa vez um famoso economista: “Não existe almoço grátis no capitalismo”. De fato, mal sabem as mulheres o que se esconde por trás daquele anel de diamante dado por namorados ou maridos. O próprio nome “diamante de Sangue” é perfeito para definir os descaminhos que essas pedras cruzam desde o momento em que são descobertas em minas na África até o momento em que viram finos presentes de romances açucarados em países de primeiro mundo. Guerras, conflitos, exploração do trabalho humano, degradação, mortes... o filme tenta expor esse quadro, muitas vezes adotando um tom quase documental, outras vezes adotando as regras do entretenimento puramente Hollywoodiano. O resultado se mostra a meio caminho da plena conscientização das platéias e a mera diversão para as fãs de Leonardo DiCaprio, que de certa forma havia perdido um pouco o tom certo de sua carreira após o megasucesso de Titanic. Aqui felizmente ele volta a ser o que sempre foi em minha opinião, um ator talentoso e envolvido em projetos realmente relevantes.
Diamante de Sangue (Blood Diamond, Estados Unidos, 2006) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Charles Leavitt / Elenco: Leonardo DiCaprio, Jennifer Connelly, Stephen Collins, Benu Mabhena, Ntare Mwine, Djimon Hounsou, David Harewood / Sinopse: Um contrabandista branco de diamantes e um nativo negro tentam colocar as mãos em um raro diamante cor-de-rosa em Serra Leoa durante a década de 90. Ao lado deles uma jornalista tenta documentar tudo para escrever sobre o caminho que essas pedras preciosas percorrem antes de chegar ao mercado dos países ricos. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Ator para Leonardo DiCaprio.
Pablo Aluísio.
Como disse certa vez um famoso economista: “Não existe almoço grátis no capitalismo”. De fato, mal sabem as mulheres o que se esconde por trás daquele anel de diamante dado por namorados ou maridos. O próprio nome “diamante de Sangue” é perfeito para definir os descaminhos que essas pedras cruzam desde o momento em que são descobertas em minas na África até o momento em que viram finos presentes de romances açucarados em países de primeiro mundo. Guerras, conflitos, exploração do trabalho humano, degradação, mortes... o filme tenta expor esse quadro, muitas vezes adotando um tom quase documental, outras vezes adotando as regras do entretenimento puramente Hollywoodiano. O resultado se mostra a meio caminho da plena conscientização das platéias e a mera diversão para as fãs de Leonardo DiCaprio, que de certa forma havia perdido um pouco o tom certo de sua carreira após o megasucesso de Titanic. Aqui felizmente ele volta a ser o que sempre foi em minha opinião, um ator talentoso e envolvido em projetos realmente relevantes.
Diamante de Sangue (Blood Diamond, Estados Unidos, 2006) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Charles Leavitt / Elenco: Leonardo DiCaprio, Jennifer Connelly, Stephen Collins, Benu Mabhena, Ntare Mwine, Djimon Hounsou, David Harewood / Sinopse: Um contrabandista branco de diamantes e um nativo negro tentam colocar as mãos em um raro diamante cor-de-rosa em Serra Leoa durante a década de 90. Ao lado deles uma jornalista tenta documentar tudo para escrever sobre o caminho que essas pedras preciosas percorrem antes de chegar ao mercado dos países ricos. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Ator para Leonardo DiCaprio.
Pablo Aluísio.
Braddock 3 - O Resgate
O filme começa na queda de Saigon em 1975. Enquanto os últimos militares americanos tratam de evacuar o local o Coronel James Braddock (Chuck Norris) tenta encontrar sua esposa, uma vietnamita que trabalha como intérprete na embaixada americana, naquele momento já completamente cercada por uma multidão de refugiados que tentam entrar de todo jeito no prédio. Mesmo com a ameaça Braddock resolve ir atrás de sua mulher a procurando pelas ruas da cidade mas tudo acaba saindo errado e ele pensa erroneamente que ela está morta. Passam-se os anos e Braddock agora vive nos EUA quando é procurado por um reverendo católico que mantém um lar para crianças órfãs em Saigon. O religioso pretende comunicar ao militar americano que ao contrário do que ele pensa sua esposa ainda vive no Vietnã e não é só – ela também tem um filho que afirma ser de Braddock. Chocado com a noticia ele decide voltar às selvas do Vietnã para resgatar sua esposa e filho da ditadura comunista brutal que impera no país. Chegando lá porém acaba sendo aprisionado por um sádico militar do exército do Vietnã, o General Quoc (Aki Aleong), que agora deseja se vingar de tudo o que aconteceu na guerra.
“Bradock 3 – O Resgate” foi dirigido pelo irmão mais jovem de Chuck Norris, Aaron Norris. O roteiro também é do próprio Chuck Norris que aqui quis denunciar a situação de filhos de militares americanos que ainda vivem no país asiático, muitas vezes sofrendo de preconceito por serem mestiços do invasor estrangeiro. Tudo bem intencionado mas é óbvio que se tratando de um filme com Chuck Norris da década de 80 o enfoque se concentra mesmo na mais pura ação! É curioso porque Norris não se acanha e recicla os mais variados clichês de outros filmes de ação famosos da época. Há uma cena de tortura que lembra bastante Rambo II inclusive. O clímax também me fez lembrar de “Comando Para Matar” quando apenas um homem consegue vencer todo um exército, colocando tudo abaixo por onde passa. Mas o interessante é que mesmo sendo muito derivativo de outras produções da década de 80, “Braddock 3” não é tão ruim como muitos dizem por aí. O filme é ágil, tem boas cenas de lutas e explosões e é um filme tipicamente de Chuck Norris na produtora Cannon Group. A única diferença mais substancial é o fato do coronel ter que lidar com um jovem que é seu filho – o que até gera alguns momentos bem piegas. No saldo final porém a verdade é que “Braddock 3” diverte os fãs de Chuck Norris. O filme entrega exatamente aquilo que se espera dele.
Braddock 3 – O Resgate (Braddock: Missing in Action III, Estados Unidos, 1988) Direção: Aaron Norris / Roteiro: Chuck Norris, Steve Bing, James Bruner / Elenco: Chuck Norris, Aki Aleong, Roland Harrah III / Sinopse: O Coronel James Braddock (Chuck Norris) volta ao Vietnã para resgatar sua esposa e seu filho, que ficaram para trás após a saída do exército americano na região em 1975.
Pablo Aluísio.
“Bradock 3 – O Resgate” foi dirigido pelo irmão mais jovem de Chuck Norris, Aaron Norris. O roteiro também é do próprio Chuck Norris que aqui quis denunciar a situação de filhos de militares americanos que ainda vivem no país asiático, muitas vezes sofrendo de preconceito por serem mestiços do invasor estrangeiro. Tudo bem intencionado mas é óbvio que se tratando de um filme com Chuck Norris da década de 80 o enfoque se concentra mesmo na mais pura ação! É curioso porque Norris não se acanha e recicla os mais variados clichês de outros filmes de ação famosos da época. Há uma cena de tortura que lembra bastante Rambo II inclusive. O clímax também me fez lembrar de “Comando Para Matar” quando apenas um homem consegue vencer todo um exército, colocando tudo abaixo por onde passa. Mas o interessante é que mesmo sendo muito derivativo de outras produções da década de 80, “Braddock 3” não é tão ruim como muitos dizem por aí. O filme é ágil, tem boas cenas de lutas e explosões e é um filme tipicamente de Chuck Norris na produtora Cannon Group. A única diferença mais substancial é o fato do coronel ter que lidar com um jovem que é seu filho – o que até gera alguns momentos bem piegas. No saldo final porém a verdade é que “Braddock 3” diverte os fãs de Chuck Norris. O filme entrega exatamente aquilo que se espera dele.
Braddock 3 – O Resgate (Braddock: Missing in Action III, Estados Unidos, 1988) Direção: Aaron Norris / Roteiro: Chuck Norris, Steve Bing, James Bruner / Elenco: Chuck Norris, Aki Aleong, Roland Harrah III / Sinopse: O Coronel James Braddock (Chuck Norris) volta ao Vietnã para resgatar sua esposa e seu filho, que ficaram para trás após a saída do exército americano na região em 1975.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Penetras Bons de Bico
Algumas comédias se notabilizam pela simplicidade. Idéias simples que acabam dando muito certo, geralmente rendendo enredos divertidos e agradáveis sem qualquer pretensão. E quando encontram os atores certos então tudo saiu maravilhosamente bem. Foi justamente o caso desse “Penetras Bons de Bico”, um filme despretensioso, com uma idéia muito simples por trás do argumento que caiu no gosto do público, rendendo uma excelente bilheteria. Credito esse sucesso em particular ao ótimo dueto de atores, Owen Wilson e Vince Vaughn. Convenhamos os dois são ótimos nesse tipo de papel, a do sujeito muito cara de pau que só pensa mesmo em se dar bem, conquistando o maior número de gatas disponíveis para depois cair fora rasteiramente. Machismo? Bom, algumas mulheres podem até mesmo se sentir ofendidas pelas “táticas” aplicadas pelos dois cafajestes mas no final também se renderão ao ótimo bom humor que permeia toda a estória.
E afinal do que se trata o filme? John e Jeremy (Owen Wilson e Vince Vaughn, respectivamente) são dois caras que querem se dar bem com as mulheres. Entre as técnicas mais utilizadas por eles está a paquera de mulheres solteiras em casamentos. Afinal elas ficam muito sensibilizadas nesse tipo de evento. Se tornam presas fáceis. Como praticamente nunca são convidados para essas festas resolvem entrar de penetras mesmo, com a maior cara de pau possível, geralmente se fazendo passar por parentes distantes que afinal ninguém se lembra. Obviamente a última coisa que passa por suas cabeças é assumir qualquer tipo de compromisso com essas garotas. Tudo gira apenas em torno da diversão completamente descompromissada. O filme é isso, uma sucessão de festas de casamento onde os dois vão entrando sem convites, apenas com a lábia. Conquistando uma garota aqui, outra acolá, eles geralmente acabam sumindo no dia seguinte, sem deixar qualquer rastro, é claro! Recentemente Vince Vaughn esteve no programa de Ellen DeGeneres para anunciar a nova parceria com o mesmo Owen Wilson. O novo filme se chamará no Brasil “Os Estagiários” e contará a estória de dois caras que vão estagiar no Google! Espero que seja tão divertido como esse filme aqui!
Penetras Bons de Bico (Wedding Crashers, Estados Unidos, 2005) Direção: David Dobkin / Roteiro: Steve Faber, Bob Fisher / Elenco: Owen Wilson, Vince Vaughn, Rachel McAdams, Camille Anderson, Diora Baird, Will Ferrell, Jane Seymour / Sinopse: Dois caras de pau entram em todas as festas sem convites, como penetras, para conquistar as garotas solteiras dos casamentos.
Pablo Aluísio.
E afinal do que se trata o filme? John e Jeremy (Owen Wilson e Vince Vaughn, respectivamente) são dois caras que querem se dar bem com as mulheres. Entre as técnicas mais utilizadas por eles está a paquera de mulheres solteiras em casamentos. Afinal elas ficam muito sensibilizadas nesse tipo de evento. Se tornam presas fáceis. Como praticamente nunca são convidados para essas festas resolvem entrar de penetras mesmo, com a maior cara de pau possível, geralmente se fazendo passar por parentes distantes que afinal ninguém se lembra. Obviamente a última coisa que passa por suas cabeças é assumir qualquer tipo de compromisso com essas garotas. Tudo gira apenas em torno da diversão completamente descompromissada. O filme é isso, uma sucessão de festas de casamento onde os dois vão entrando sem convites, apenas com a lábia. Conquistando uma garota aqui, outra acolá, eles geralmente acabam sumindo no dia seguinte, sem deixar qualquer rastro, é claro! Recentemente Vince Vaughn esteve no programa de Ellen DeGeneres para anunciar a nova parceria com o mesmo Owen Wilson. O novo filme se chamará no Brasil “Os Estagiários” e contará a estória de dois caras que vão estagiar no Google! Espero que seja tão divertido como esse filme aqui!
Penetras Bons de Bico (Wedding Crashers, Estados Unidos, 2005) Direção: David Dobkin / Roteiro: Steve Faber, Bob Fisher / Elenco: Owen Wilson, Vince Vaughn, Rachel McAdams, Camille Anderson, Diora Baird, Will Ferrell, Jane Seymour / Sinopse: Dois caras de pau entram em todas as festas sem convites, como penetras, para conquistar as garotas solteiras dos casamentos.
Pablo Aluísio.
A Liga Extraordinária
Alan Moore não tem mesmo sorte nas adaptações de suas obras para o cinema. Geralmente ele fica tão aborrecido com tudo, que sai de sua reclusão para reclamar do resultado e pedir que seu nome seja retirado dos créditos dos filmes (algo que nunca dá certo pois os produtores sabem que seu nome também ajuda na promoção, gerando melhores bilheterias). Uma de suas obras mais violentadas foi justamente esse “A Liga Extraordinária”, que na arte dos quadrinhos funcionou maravilhosamente bem, se tornando um clássico do gênero, mas que no cinema só resultou em desapontamento e decepção. O enredo original era muito bem bolado e trabalhado. Moore reuniu vários grandes personagens de clássicos da literatura e os colocou a serviço de apenas uma estória. Assim estão lá Allan Quatermain, Capitão Nemo, Dorian Gray (da obra de Oscar Wilde), Mina Harker (de Drácula), Dr. Henry Jekyll e Edward Hyde. O interessante é que como praticamente todos esses livros já estão em domínio público Alan Moore pode usar todos esses famosos personagens sem pagar verdadeiras fortunas em direitos autorais. Uma jogada de mestre, tanto do ponto de vista de sua imaginação quanto comercial.
Já nas telas de cinema o desastre foi quase completo. Os personagens foram manipulados dentro do roteiro, alguns que não tinham importância dentro da trama foram alçados a protagonistas por causa da celebridade dos atores que os interpretavam, como foi o caso de Sean Connery e seu Allan Quatermain. Para agradar aos americanos alguns personagens da literatura dos Estados Unidos foram adicionados ao filme, sob completa revelia de Alan Moore. A direção de arte do filme se tornou excessiva, feita para impressionar o público. O problema é que o uso sem limites dos efeitos digitais acabou descaracterizando a trama original que era muito mais centrada na inteligência dos personagens. Assim ao invés de assistirmos a uma intrigada trama de suspense ficamos a ver Mr Hyde dando uma de Hulk digital pelos céus de uma Londres de Pixel. Nada animador. Com tantos erros o filme acabou indo muito mal de bilheteria. Sua recepção foi tão ruim que Sean Connery, ao que tudo indica, encerrou sua carreira no cinema. Espero que ele volte algum dia pois não fica nada bonito ter algo como “A Liga Extraordinária” como seu filme de despedida, ainda mais em seu caso com tantas obras maravilhosas de que participou ao longo da carreira.
A Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen, Estados Unidos, 2003) Direção: Stephen Norrington / Roteiro: James Dale Robinson, baseado na obra de Alan Moore e Kevin O'Neill / Elenco: Sean Connery, Peta Wilson, Stuart Townsend / Sinopse: uma galeria de personagens famosos da literatura inglesa e americana se unem para combater um grande perigo para a humanidade.
Pablo Aluísio.
Já nas telas de cinema o desastre foi quase completo. Os personagens foram manipulados dentro do roteiro, alguns que não tinham importância dentro da trama foram alçados a protagonistas por causa da celebridade dos atores que os interpretavam, como foi o caso de Sean Connery e seu Allan Quatermain. Para agradar aos americanos alguns personagens da literatura dos Estados Unidos foram adicionados ao filme, sob completa revelia de Alan Moore. A direção de arte do filme se tornou excessiva, feita para impressionar o público. O problema é que o uso sem limites dos efeitos digitais acabou descaracterizando a trama original que era muito mais centrada na inteligência dos personagens. Assim ao invés de assistirmos a uma intrigada trama de suspense ficamos a ver Mr Hyde dando uma de Hulk digital pelos céus de uma Londres de Pixel. Nada animador. Com tantos erros o filme acabou indo muito mal de bilheteria. Sua recepção foi tão ruim que Sean Connery, ao que tudo indica, encerrou sua carreira no cinema. Espero que ele volte algum dia pois não fica nada bonito ter algo como “A Liga Extraordinária” como seu filme de despedida, ainda mais em seu caso com tantas obras maravilhosas de que participou ao longo da carreira.
A Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen, Estados Unidos, 2003) Direção: Stephen Norrington / Roteiro: James Dale Robinson, baseado na obra de Alan Moore e Kevin O'Neill / Elenco: Sean Connery, Peta Wilson, Stuart Townsend / Sinopse: uma galeria de personagens famosos da literatura inglesa e americana se unem para combater um grande perigo para a humanidade.
Pablo Aluísio.
domingo, 12 de maio de 2013
O Mundo Perdido: Jurassic Park
Como ignorar um sucesso espetacular como Jurassic Park? Impossível. Assim foi questão de tempo até surgir essa seqüência. Obviamente o roteiro não era dos melhores, no fundo apenas uma variação da primeira estória ou em outras palavras uma tentativa de contar a mesma estória de um jeito que parecesse ao espectador algo diferente. No enredo o empresário e cientista John Hammond (Richard Attenborough) resolve formar uma nova equipe, menor, com apenas quatro pessoas, para ir não na ilha do primeiro filme mas numa segunda, conhecida como setor B. A intenção é explorar o local para saber quais seriam as espécies que teriam prosperado naquele lugar. Inicialmente o pesquisador Ian Malcolm (Jeff Goldblum) do primeiro Jurassic Park é convidado mas diante da carnificina que presenciou recusa até descobrir que sua namorada já está lá, catalogando e observando os animais. Diante disso não vê outra saída a não ser ir para a ilha perdida no meio do oceano, encontrando lá um verdadeiro mundo perdido. O que ele nem desconfia é que não estará sozinho pois um grupo de caçadores com experiência militar também é enviado para a isolada região com o objetivo de capturar dinossauros para a criação de um parque temático em San Diego.
Como se vê lendo essa sinopse acima não há realmente nada de muito diferente do primeiro filme. Em termos de roteiro é realmente mais do mesmo, com pouca originalidade. Assim o interesse do espectador se desvia mesmo para os efeitos digitais. E eles estão lá certamente, muitas vezes em dobro. Por exemplo, se no primeiro filme tínhamos o ataque de um Tiranossauro Rex agora temos o mesmo ataque, só que em dupla, dois dinossauros monstruosos em busca de seu filhote. Entre as boas cenas nesse quesito destaco o ataque dos Velociraptors no meio de um mato fechado e o ataque do Tiranossauro em plena cidade de San Diego – em uma seqüência que de certa forma seria imitada anos depois no remake “King Kong” de Peter Jackson. Spielberg também capricha nas cenas de ação e suspense. Ninguém pode subestimar a capacidade técnica dele como cineasta, bastando lembrar a cena em que os três protagonistas ficam pendurados em um precipício após o ataque dos dinossauros. Assim em conclusão podemos dizer que “O Mundo Perdido” não inova, não surpreende mas pelo menos tenta seguir os passos do primeiro filme com a mesma qualidade técnica em sua produção. E isso certamente vai deixar o fã da franquia bem satisfeito no final das contas.
O Mundo Perdido: Jurassic Park (The Lost World: Jurassic Park, Estados Unidos, 1997) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: David Koepp / Elenco: Jeff Goldblum, Julianne Moore, Pete Postlethwaite, Richard Attenborough, Vince Vaughn / Sinopse: Após os trágicos acontecimentos do primeiro filme a empresa Jurassic Park resolve mandar uma pequena equipe para uma outra ilha perdida, conhecida como Setor B. A intenção é catalogar e observar as espécies que se desenvolveram no local. Os planos porém não saem exatamente como planejado.
Pablo Aluísio.
Como se vê lendo essa sinopse acima não há realmente nada de muito diferente do primeiro filme. Em termos de roteiro é realmente mais do mesmo, com pouca originalidade. Assim o interesse do espectador se desvia mesmo para os efeitos digitais. E eles estão lá certamente, muitas vezes em dobro. Por exemplo, se no primeiro filme tínhamos o ataque de um Tiranossauro Rex agora temos o mesmo ataque, só que em dupla, dois dinossauros monstruosos em busca de seu filhote. Entre as boas cenas nesse quesito destaco o ataque dos Velociraptors no meio de um mato fechado e o ataque do Tiranossauro em plena cidade de San Diego – em uma seqüência que de certa forma seria imitada anos depois no remake “King Kong” de Peter Jackson. Spielberg também capricha nas cenas de ação e suspense. Ninguém pode subestimar a capacidade técnica dele como cineasta, bastando lembrar a cena em que os três protagonistas ficam pendurados em um precipício após o ataque dos dinossauros. Assim em conclusão podemos dizer que “O Mundo Perdido” não inova, não surpreende mas pelo menos tenta seguir os passos do primeiro filme com a mesma qualidade técnica em sua produção. E isso certamente vai deixar o fã da franquia bem satisfeito no final das contas.
O Mundo Perdido: Jurassic Park (The Lost World: Jurassic Park, Estados Unidos, 1997) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: David Koepp / Elenco: Jeff Goldblum, Julianne Moore, Pete Postlethwaite, Richard Attenborough, Vince Vaughn / Sinopse: Após os trágicos acontecimentos do primeiro filme a empresa Jurassic Park resolve mandar uma pequena equipe para uma outra ilha perdida, conhecida como Setor B. A intenção é catalogar e observar as espécies que se desenvolveram no local. Os planos porém não saem exatamente como planejado.
Pablo Aluísio.
Superman: Unbound
Enquanto o novo filme de Superman não chega nas telas a Warner e a DC Comics vão lançando no mercado de DVD animações como essa. São produções bem cuidadas, geralmente adaptadas de graphic novels. Aqui Superman tem que enfrentar um novo perigo, um alienígena chamado Brainiac. Se trata de um ser secular que vaga pelo universo em busca de novos mundos a conquistar. Sob sua veia de conquistador várias civilizações pereceram. Sua sorte muda porém quando decide se dirigir até o Planeta Terra, que considera realmente insignificante mas que pode trazer algum tipo de recompensa, entre elas o Superman. A animação traz ainda a Supergirl, ou Kara Zor-El, uma adolescente que também escapou do fim de Kripton. Mais impulsiva do que o Superman ela decide sair pelo mundo distribuindo justiça aonde é necessária.
Em uma das estórias paralelas a eterna namorada Lois Lane cobra uma postura mais adulta de seu namorado. Ela deseja casar, ter filhos, levar uma vida normal em frente. Já Clark Kent hesita (não o culpo!) pois teme pela segurança de Lois caso sua verdadeira identidade seja revelada. E como convém a um herói de verdade ele tem que conciliar os problemas de sua vida profissional com os deveres de ser quem é. No saldo geral a estória tem bom desenvolvimento e o mais interessante de tudo, um ótimo final, revelando o ponto fraco de Brainiac que pode realmente saber tudo do universo menos levar uma existência em nosso planeta em frente. Então fica a dica dessa animação para quem não consegue lidar com a ansiedade de ver as novas aventuras de Superman nos cinemas.
Superman: Unbound (Superman: Unbound, Estados Unidos, 2013) Direção: James Tucker / Roteiro: Gary Frank, Bob Goodman / Elenco: Matt Bomer, Stana Katic, John Noble / Sinopse: Superman enfrenta Brainiac, um ser alienígena que destrói os mundos por onde passa absorvendo todo o conhecimento dessas civilizações.
Pablo Aluísio.
Em uma das estórias paralelas a eterna namorada Lois Lane cobra uma postura mais adulta de seu namorado. Ela deseja casar, ter filhos, levar uma vida normal em frente. Já Clark Kent hesita (não o culpo!) pois teme pela segurança de Lois caso sua verdadeira identidade seja revelada. E como convém a um herói de verdade ele tem que conciliar os problemas de sua vida profissional com os deveres de ser quem é. No saldo geral a estória tem bom desenvolvimento e o mais interessante de tudo, um ótimo final, revelando o ponto fraco de Brainiac que pode realmente saber tudo do universo menos levar uma existência em nosso planeta em frente. Então fica a dica dessa animação para quem não consegue lidar com a ansiedade de ver as novas aventuras de Superman nos cinemas.
Superman: Unbound (Superman: Unbound, Estados Unidos, 2013) Direção: James Tucker / Roteiro: Gary Frank, Bob Goodman / Elenco: Matt Bomer, Stana Katic, John Noble / Sinopse: Superman enfrenta Brainiac, um ser alienígena que destrói os mundos por onde passa absorvendo todo o conhecimento dessas civilizações.
Pablo Aluísio.
sábado, 11 de maio de 2013
Shameless
É uma das melhores séries atualmente nos Estados Unidos. Consegue unir drama e humor de uma forma excepcional boa. Os episódios giram em torno da família de Frank Gallagher (William H. Macy), um sujeito beberrão, sem vergonha, que vive de aplicar pequenos golpes aqui e acolá. Apesar disso não é uma pessoa má, apenas sem noção. Sua família é numerosa. Frank foi abandonado por sua esposa depois que essa se descobriu lésbica, preferindo fugir com uma caminhoneira durona. Assim ele teve que se virar para criar a filharada. A filha mais velha é Fiona (Emmy Rossum), uma jovem que tenta lidar com a responsabilidade de gerir uma casa onde habita sua família completamente disfuncional. Os irmãos mais velhos são Lip (Jeremy Allen White), um sujeito inteligente mas sem muito vontade em se focar e em investir nos estudos e Ian (Cameron Monaghan) que apesar de estudar numa escola militar é gay. Há ainda a ruivinha Debbie (Emma Kenney) e Carl (Ethan Cutkosky) um pequeno projeto de delinqüente que gosta de tocar fogo em tudo. Essa é a família Gallagher, que vive em um subúrbio de Chicago e tenta levar sua vida em frente, apesar de todas as dificuldades. Quem já viveu em uma família com problemas (ou seja todo mundo) vai certamente se identificar.
“Shameless” mostra as lutas, batalhas e durezas que essa família enfrenta. Apesar da sinopse parecer um drama não é bem assim. Na verdade os membros da família levam a vida como podem, mas sem transformar isso em um dramalhão. Como eu escrevi antes o grande mérito do texto de “Shameless” é justamente mostrar as barras que uma família pobre americana tem que enfrentar mas com bastante humor. Além dos excelentes roteiros a série ainda conta com um elenco excepcional, em especial William H. Macy que interpreta Frank. Para quem sempre foi coadjuvante no mundo do cinema ter a chance de mostrar seu talento em um personagem tão carismático como esse certamente foi um presente. Apesar da série ser a versão americana de um popular programa inglês o fato é que o Frank feito por Macy ganhou vida própria por causa do grande trabalho desse ator. Obviamente seu personagem é o retrato de tudo aquilo que não se teve esperar de um pai de família mas mesmo assim cativa o espectador. Atualmente “Shameless” está em sua terceira temporada e o nível dos episódios só tem melhorado. É mais uma ótima série do canal Showtime, que ao longo desses anos tem se destacado muito nessa área (Vide Dexter). Se torne também um “Shameless” (sem vergonha) e comece a acompanhar os episódios, certamente essa é uma ótima dica para quem gosta de assistir séries americanas de qualidade.
Shameless (Idem, Estados Unidos, 2011) Criada por Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Justin Chatwin, Cameron Monaghan, Emma Kenney, Ethan Cutkosky / Sinopse: A série narra as desventuras de uma pobre família americana que vive nos subúrbios de Chicago. Com o pai alcoólatra os filhos tentam levar a vida adiante da melhor forma possível.
Pablo Aluísio.
“Shameless” mostra as lutas, batalhas e durezas que essa família enfrenta. Apesar da sinopse parecer um drama não é bem assim. Na verdade os membros da família levam a vida como podem, mas sem transformar isso em um dramalhão. Como eu escrevi antes o grande mérito do texto de “Shameless” é justamente mostrar as barras que uma família pobre americana tem que enfrentar mas com bastante humor. Além dos excelentes roteiros a série ainda conta com um elenco excepcional, em especial William H. Macy que interpreta Frank. Para quem sempre foi coadjuvante no mundo do cinema ter a chance de mostrar seu talento em um personagem tão carismático como esse certamente foi um presente. Apesar da série ser a versão americana de um popular programa inglês o fato é que o Frank feito por Macy ganhou vida própria por causa do grande trabalho desse ator. Obviamente seu personagem é o retrato de tudo aquilo que não se teve esperar de um pai de família mas mesmo assim cativa o espectador. Atualmente “Shameless” está em sua terceira temporada e o nível dos episódios só tem melhorado. É mais uma ótima série do canal Showtime, que ao longo desses anos tem se destacado muito nessa área (Vide Dexter). Se torne também um “Shameless” (sem vergonha) e comece a acompanhar os episódios, certamente essa é uma ótima dica para quem gosta de assistir séries americanas de qualidade.
Shameless (Idem, Estados Unidos, 2011) Criada por Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Justin Chatwin, Cameron Monaghan, Emma Kenney, Ethan Cutkosky / Sinopse: A série narra as desventuras de uma pobre família americana que vive nos subúrbios de Chicago. Com o pai alcoólatra os filhos tentam levar a vida adiante da melhor forma possível.
Pablo Aluísio.
O Massacre da Serra Elétrica 3D
Novo filme da franquia “Texas Chainsaw Massacre”, agora em terceira dimensão. Antes de qualquer coisa é interessante esclarecer que sempre fui fã dessa série sangrenta de filmes. Leatherface é um ícone dos filmes de terror. Baseado no famoso serial killer americano Ed Gein, o personagem é um dos mais conhecidos e cultuados matadores do cinema americano. Sua imagem com a máscara feita de restos humanos e uma serra elétrica pronta para dilacerar corpos já faz parte da cultura pop. O filme começa mostrando em uma bem feita montagem dos acontecimentos que antecedem a estória narrada aqui. A família Sawyer é encurralada em sua casa de fazenda por moradores da cidade indignados com o massacre supostamente feito pelo jovem Leatherface. Usando de seu instrumento de morte preferido (a serra elétrica) ele havia dizimado um grupo de jovens que se atreveram cruzar seu caminho. Para vingar a morte deles um grupo de caipiras beberrões cerca a propriedade, tocando fogo em tudo. Praticamente ninguém sai vivo do local.
Os anos se passam e a última Sawyer morre, deixando sua propriedade para a neta. Ela é Heather Miller (Alexandra Daddario) que nem sabia de seu parentesco com a famosa família de assassinos uma vez que fora adotada após os trágicos acontecimentos. Sem pensar muito ela se reúne a um grupo de amigos e vão para o Texas para conhecer a propriedade que herdara. Chegando lá encontra uma bela casa no mais puro estilo sulista. Muito feliz com a generosa herança ela mal sabe o perigo que corre, pois nos porões da residência se encontra uma surpresa nada agradável para ela e seus amigos. “O Massacre da Serra Elétrica 3D” mantém o nível de violência dos filmes anteriores, ou seja, esteja preparado para ver muito sangue correndo pela tela. Decapitações, desmembramentos de braços e pernas também estão no menu. O uso do 3D é bem curioso, pois em vários momentos Leatherface literalmente joga sua serra elétrica em direção à câmera. Muita gente certamente vai se abaixar nos cinemas nesse momento. A atriz Alexandra Daddario é linda, uma bela garota de cabelos pretos e olhos azuis. Uma beldade certamente. Leatherface continua o mesmo perturbado de sempre, colecionando corpos humanos por onde passa. É um bom filme sanguinário que certamente vai agradar aos fãs desse tipo de produção. O fato de ter havido uma preocupação maior em ir em frente, inovando no enredo, é louvável. Penso que certamente vai agradar aos admiradores dos filmes de terror mais violentos. Não deixe de assistir.
O Massacre da Serra Elétrica 3D – A Lenda Continua (Texas Chainsaw 3D, Estados Unidos, 2013) Direção: John Luessenhop / Roteiro: Adam Marcus, Debra Sullivan / Elenco: Alexandra Daddario, Trey Songz, Scott Eastwood / Sinopse: Heather (Alexandra Daddario) se torna a única herdeira da propriedade da famosa família de assassinos Sawyer. Assim decide viajar até o Texas com um grupo de amigos para tomar posse do local. Chegando lá ela acaba tendo uma surpresa nada agradável.
Pablo Aluísio
Os anos se passam e a última Sawyer morre, deixando sua propriedade para a neta. Ela é Heather Miller (Alexandra Daddario) que nem sabia de seu parentesco com a famosa família de assassinos uma vez que fora adotada após os trágicos acontecimentos. Sem pensar muito ela se reúne a um grupo de amigos e vão para o Texas para conhecer a propriedade que herdara. Chegando lá encontra uma bela casa no mais puro estilo sulista. Muito feliz com a generosa herança ela mal sabe o perigo que corre, pois nos porões da residência se encontra uma surpresa nada agradável para ela e seus amigos. “O Massacre da Serra Elétrica 3D” mantém o nível de violência dos filmes anteriores, ou seja, esteja preparado para ver muito sangue correndo pela tela. Decapitações, desmembramentos de braços e pernas também estão no menu. O uso do 3D é bem curioso, pois em vários momentos Leatherface literalmente joga sua serra elétrica em direção à câmera. Muita gente certamente vai se abaixar nos cinemas nesse momento. A atriz Alexandra Daddario é linda, uma bela garota de cabelos pretos e olhos azuis. Uma beldade certamente. Leatherface continua o mesmo perturbado de sempre, colecionando corpos humanos por onde passa. É um bom filme sanguinário que certamente vai agradar aos fãs desse tipo de produção. O fato de ter havido uma preocupação maior em ir em frente, inovando no enredo, é louvável. Penso que certamente vai agradar aos admiradores dos filmes de terror mais violentos. Não deixe de assistir.
O Massacre da Serra Elétrica 3D – A Lenda Continua (Texas Chainsaw 3D, Estados Unidos, 2013) Direção: John Luessenhop / Roteiro: Adam Marcus, Debra Sullivan / Elenco: Alexandra Daddario, Trey Songz, Scott Eastwood / Sinopse: Heather (Alexandra Daddario) se torna a única herdeira da propriedade da famosa família de assassinos Sawyer. Assim decide viajar até o Texas com um grupo de amigos para tomar posse do local. Chegando lá ela acaba tendo uma surpresa nada agradável.
Pablo Aluísio
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Encontro às Escuras
Bruce Willis já foi um ator bacana. Muita gente não consegue mais dissociar sua imagem dos filmes de ação mas lá no comecinho de sua carreira Willis era basicamente um ator especializado em personagens de humor, geralmente usando seus maneirismos de sujeito cínico e bonachão. O maior exemplo disso vem do grande papel de sua vida, aquele que efetivamente o tornou conhecido. Foi na série “A Gata e o Rato” que Bruce Willis virou um astro da TV. Na época ele era apenas um ator desconhecido que conseguia participações sem muita importância nas séries de sucesso “Miami Vice” e “Além da Imaginação”, nada de muita relevância ou digno de nota. Para se ter uma idéia Willis teve que vencer centenas de candidatos pelo papel de David Addison em “A Gata e o Rato”. Como na época ele era um desconhecido foi para a fila de testes, debaixo do sol, enfrentando a concorrência de uma multidão, como todo ator desempregado em busca de trabalho em Hollywood. A sorte porém lhe sorriu e após 66 episódios ele estava conhecido do grande público pois o seriado se tornou um grande sucesso de audiência (chegou inclusive a ser exibido por vários anos pela Rede Globo em horário nobre).
Pois bem, depois de todo esse sucesso o caminho natural era realmente tentar fazer a complicada transição para o cinema. E foi justamente esse “Encontro às Escuras” o primeiro passo de Bruce Willis na sétima arte. Eu já era fã dele naquela época por causa de “A Gata e o Rato” e obviamente fui ao cinema para conferir como o ator estava se saindo agora na telona. Tive que reconhecer que o filme em si não teve muita repercussão. Aqui no Brasil foi lançado de forma até muito modesta em poucas salas. Também não era um blockbuster ou um filme de enorme potencial de bilheteria, era em essência apenas uma comédia romântica bem leve estrelado por um ator de TV e pela atriz Kim Basinger, como sempre tentando se livrar de seu marcante papel de “Nove Semanas e Meia de Amor”. O resultado do que se vê na tela é apenas razoável. Bruce Willis só encontraria o caminho definitivo em sua carreira ao ir para o nicho dos filmes de ação no ano seguinte. Depois de “Duro de Matar” sua vida não seria definitivamente mais a mesma. Mas isso é uma outra história...
Encontro às Escuras (Blind Date, Estados Unidos, 1987) Direção: Blake Edwards / Roteiro: Dale Launer / Elenco: Kim Basinger, Bruce Willis, John Larroquette / Sinopse: Walter Davis (Bruce Willis) é um sujeito viciado em trabalho. Essa obsessão em ser o melhor no mundo dos negócios literalmente destruiu sua vida pessoal e sentimental. Agora ele necessitará urgentemente de uma companhia para um importante jantar de negócios. A escolhida acaba sendo Nadia Gates (Kim Basinger). Mal sabe Walter na enrascada em que está se metendo.
Pablo Aluisio.
Pois bem, depois de todo esse sucesso o caminho natural era realmente tentar fazer a complicada transição para o cinema. E foi justamente esse “Encontro às Escuras” o primeiro passo de Bruce Willis na sétima arte. Eu já era fã dele naquela época por causa de “A Gata e o Rato” e obviamente fui ao cinema para conferir como o ator estava se saindo agora na telona. Tive que reconhecer que o filme em si não teve muita repercussão. Aqui no Brasil foi lançado de forma até muito modesta em poucas salas. Também não era um blockbuster ou um filme de enorme potencial de bilheteria, era em essência apenas uma comédia romântica bem leve estrelado por um ator de TV e pela atriz Kim Basinger, como sempre tentando se livrar de seu marcante papel de “Nove Semanas e Meia de Amor”. O resultado do que se vê na tela é apenas razoável. Bruce Willis só encontraria o caminho definitivo em sua carreira ao ir para o nicho dos filmes de ação no ano seguinte. Depois de “Duro de Matar” sua vida não seria definitivamente mais a mesma. Mas isso é uma outra história...
Encontro às Escuras (Blind Date, Estados Unidos, 1987) Direção: Blake Edwards / Roteiro: Dale Launer / Elenco: Kim Basinger, Bruce Willis, John Larroquette / Sinopse: Walter Davis (Bruce Willis) é um sujeito viciado em trabalho. Essa obsessão em ser o melhor no mundo dos negócios literalmente destruiu sua vida pessoal e sentimental. Agora ele necessitará urgentemente de uma companhia para um importante jantar de negócios. A escolhida acaba sendo Nadia Gates (Kim Basinger). Mal sabe Walter na enrascada em que está se metendo.
Pablo Aluisio.
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