terça-feira, 16 de junho de 2009

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 3

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 3
"Treat Me Nice"  está nesse disco porque foi o lado B do single de grande sucesso "Jailhouse Rock". É uma música do terceiro filme de Elvis, o primeiro na MGM. Eu gosto muito dessa música, mas não da sua versão oficial. Eu gosto mesmo da versão que foi gravada para fazer parte de uma das cenas do filme, onde Elvis a canta em um velho microfone RCA, ao lado de seu guitar player Scotty Moore. Uma versão mais simples, com arranjo mais limpo. Eu penso que certas músicas pedem mesmo por arranjos mais simplificados. 

E por falar em arranjos simples, é justamente isso o que encontramos na versão oficial de "Love Me Tender". Nos anos 70 Elvis iria trazer essa música de volta, a cantando nos palcos de Las Vegas. Nesses momentos ele até mesmo descia do palco, indo andar no meio do público, onde beijava várias mulheres na boca! Algo que hoje em dia não mais seria possível. Essas versões Live de Vegas tinham um arranjo bem grandioso, com muita orquestra. Na boa, prefiro a versão voz e violão do single dos anos 50. 

"Loving You" que deu nome ao segundo filme de Elvis também era uma música romântica de arranjo simples. A única diferença mais notável é que Elvis encorpou a sua voz, tentando seguir o estilo do grande Bing Crosby. E as coincidências curiosas não paravam por aí. Na trilha sonora do filme, no Lado B, tínhamos uma versão de um sucesso de Crosby na voz de Elvis. Era a música "True Love" do grande sucesso musical "Alta Sociedade" que trazia em seu elenco nada mais, nada menos, do que Grace Kelly e Frank Sinatra. 

E para completar o quadro dessas belas baladas românticas presentes nessa coletânea, os executivos da RCA Victor ainda colocaram "Love Me" que havia sido lançada no segundo LP de Elvis pela gravadora. É curioso essa música ter sido colocada nesse álbum, porque ela nunca foi lançada em single. Penso que foi encaixada por aqui como uma representante do segundo álbum de Elvis, esse sim um grande sucesso de vendas nas lojas de discos da época. 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 2

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 2
Essa foi a primeira coletânea da carreira de Elvis. Como ele iria servir o exército americano por um longo período a RCA Victor correu para colocar no mercado esse álbum que nada mais era do que uma coletânea de seus singles premiados com discos de ouro. E como Elvis estava na sua fase de maior sucesso comercial, material dourado é o que não lhe faltava. Só hits, com uma ou duas exceções. Era a consagração daquele jovem que apenas dois anos antes havia chegado na gravadora com muitas incertezas sobre seu futuro, se ia fazer sucesso ou não. A quantidade de discos de ouro vinha para confirmar que ele era realmente um campeão de vendas de discos. 

E o álbum não poderia abrir com outra música. "Hound Dog" havia se tornado conhecida nacionalmente por causa da escandalosa apresentação de Elvis na TV. Nunca havia se visto nada parecido com aquilo. Elvis rebolando escandalosamente em rede nacional, chegando nos lares de toda a América. Os jovens amaram, os mais velhos odiaram. Elvis foi chamado de delinquente, selvagem, comunista, corrompidor dos jovens e tudo o mais que se possa imaginar. Quem poderia imaginar ver na TV um branco cantando música de negros, rebolando lascivamente daquela forma? Chamem o FBI e prendam esse marginal! - Gritavam os pais indignados! Foi um choque cultural como há muito não se poderia prever. Elvis abalou as estruturas mesmo, virou notícia por todo o mundo. 

Aproveitando o embalo da polêmica, a RCA colocou no mercado Hound Dog com outro grande sucesso "Don't Be Cruel (To A Heart That's True)". Essa segunda canção era mais comportada, nada da selvageria lasciva de "Hound Dog". Na realidade poderíamos até mesmo qualificar "Don't Be Cruel" como juvenil, uma música mais palatável, bem na linha Family Friendly. Só que como Elvis estava sendo muito atacado naqueles tempos sobrou para ela também. Os mais velhos ficaram dizendo que era indecoroso um sujeito ligar para uma garota jovem, se insinuando, perguntando se ela estava sozinha naquela noite e tudo mais. Essa gente conservadora dos anos 50 via sexo em tudo mesmo! Paranoicos reprimidos!

"Jailhouse Rock" também foi acusada de selvageria. Esse é mesmo um rock visceral, talvez o melhor rock da carreira de Elvis. Título de seu terceiro filme, o primeiro no estúdio da MGM, até mesmo ironizava as críticas de que Elvis era um marginal. Assim nada melhor do que colocar o jovem cantor interpretando um presidiário nas telas. Nem preciso dizer que muitos pais proibiram seus filhos de irem ao cinema ver aquela coisa ultrajante! Queriam mesmo corromper os valores sagrados das famílias norte-americanas e blá, blá, blá... Não adiantou, os jovens compraram todos os discos e foram ao cinema, lotando as sessões do filme. "Falem mal de mim, mas falem de mim", diria o Coronel Parker com toda aquela polêmica se transformando em divulgação gratuita para seu pupilo. 

Pablo Aluísio. 

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 1

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 1
Nos anos 50 os singles (compactos simples com duas canções, uma no lado A e outra no lado B) eram a verdadeiras estrelas do mundo musical. Ter um disco de sucesso significava antes de tudo ter uma música tocando nas rádios e um single nas primeiras posições da parada. Geralmente esses singles tinham que contar com um grande sucesso para o lado principal e uma canção menos conhecida, mas que fosse boa o suficiente para prender a atenção do consumidor nos famosos "Lados B". Elvis Presley viveu intensamente a "era dos grandes singles". Seus maiores sucessos nunca foram lançados em álbuns e sim em singles, que geralmente ficavam de fora dos LPs. Por quê os singles eram tão importantes nesse tempo? Simplesmente porque eram baratos (custavam menos do que 1 dólar), vendiam muito e caiam como uma luva para as emissoras de rádio, que os usavam como o melhor meio de divulgação para os artistas.

Além disso a produção de singles era relativamente barata, tanto que muitas gravadoras de fundo de quintal surgiram nos EUA por essa época, entre elas a própria Sun Records de Sam Phillips. Como os custos eram baixos não havia tanto risco para um pequeno empresário montar seu próprio selo e arriscar a sorte na esperança de conseguir um grande sucesso nacional. Foi nesse ambiente que Elvis surgiu e despontou. Todos poderiam ter uma chance assim, até mesmo um caminhoneiro de Cia Elétrica, caso tivesse uma boa voz. Nesse mundo dominado pelos singles Elvis reinou absoluto. Nenhum artista conseguiu vender o número de singles que ele vendeu nos anos 50 (nem mesmo os Beatles na década seguinte). Raramente um grande single de sucesso de Elvis vendia menos do que 5 milhões de cópias! Se esse é um grande número ainda hoje imagine há 50 anos atrás! Era uma sucesso enorme, que espantou até mesmo a RCA Victor, que pressionada pela enorme demanda chegou a colocar fábricas inteiras de sua propriedade apenas para produzir singles de Elvis Presley.

Nesse ínterim os LPs (álbuns com 10 ou 12 músicas) eram considerados secundários pela indústria, pois ao contrário dos singles eram caros e não estavam ao acesso de qualquer um, principalmente de um adolescente cheio de espinhas na cara vivendo da mesada do pai. Os álbuns geralmente eram utilizados para as gravações de maior duração como óperas! Não era o meio ideal para um cantor de público jovem, pois muitas vezes esses nem tinham dinheiro suficiente para comprar um Long Playing. A série Golden Records foi bolada pelo Coronel como uma forma de reunir os maiores singles de Elvis em um álbum. Provavelmente se você fosse um adolescente dos anos 50 nem iria comprar esse disco, pois já teria todos os singles de Elvis que foram reeditados aqui. Mas como todos sabemos o Coronel sempre procurava ganhar mais e aproveitar o produto até o esgotamento dele. Então Parker simplesmente uniu todos os compactos campeões em um só álbum.

Além disso Elvis estava para passar por uma grande reviravolta em sua vida pessoal e o Coronel procurava se precaver levantando alguns trocados a mais. Por isso é importante analisar o que estava ocorrendo com Elvis nesta época. No mesmo mês que este LP era lançado (março de 1958) Elvis começava seu serviço militar nas forças armadas norte americanas. Foi o acontecimento mais comentado pela imprensa no período trazendo enorme publicidade para o cantor. De inicio Elvis foi despachado para Fort Hood no Texas e depois completou seu serviço na Alemanha. Ele iria ficar um longo tempo sem gravar e fazer filmes e por isso a RCA resolveu lançar esta reunião de seus principais sucessos. E assim nasceu o disco "Elvis Golden Records". A primeira coletânea dos sucessos da carreira de Elvis Presley reúne músicas que fizeram parte de singles que atingiram enorme sucesso quando lançadas.

Este é o primeiro da série "Golden Records" que iriam contar com mais três discos que seguiam a mesma filosofia. Com a consolidação do LP foi necessário reunir os principais hits da carreira de Elvis neste formato, pois a maioria delas só havia sido lançadas antes como singles. Desta forma estão reunidas aqui verdadeiras pérolas do inicio do Rock'n'Roll e as mais conhecidas músicas do anos cinquenta, pois sem nenhuma sombra de dúvida esta foi a década de ouro da carreira de Elvis. Aqui esta a nata do período antes dele servir o exército, em que o Rei virou a história da música popular pelo avesso O disco "Elvis Golden Records" chegou ao terceiro lugar nas paradas, uma posição muito boa pois o LP só apresentava músicas já lançadas anteriormente. 

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de junho de 2009

Elvis Presley - For LP Fans Only - Discografia Brasileira

Coletâneas ficam ultrapassadas e ainda mais se forem da época do vinil. É o que aconteceu aqui. As poucas edições que vieram depois só existiram por causa dos colecionadores. São eles que querem ter todos os álbuns oficiais lançados enquanto Elvis era vivo! Apenas eles fazem questão disso. Por essa razão, principalmente no Brasil, era raro que coletâneas ganhassem novas edições. Foi justamente o caso desse disco. 

A primeira versão, a original da discografia brasileira, até que saiu rápido em nosso país. Chegou nas lojas em dezembro de 1959 com o título nacional de "Elvis Somente Para Fãs". OK, naqueles tempos, hoje distantes, as gravadoras nacionais realmente traduziam os nomes dos discos americanos. Algo mais do que normal em um país onde a imensa maioria da população não falava o idioma inglês. 

Depois dessa primeira edição o "For LP Fans Only" só viria a ganhar uma nova edição em nosso país em 1982. Essa segunda versão do disco chegou dentro do pacote "Pure Gold" que lançou vários discos de Elvis de uma só vez. Foi o maior lançamento de álbuns do cantor em vinil após sua morte. Nunca mais iria acontecer algo assim em nosso mercado. 

Eu sinceramente desconheço qualquer versão do álbum em CD aqui no Brasil. Penso que não foi lançado, mas como as coisas eram meio bagunçadas na filial da RCA no Brasil pode até ser que tenha sido lançada uma versão em CD, lá pelo começo dos anos 90. Só que apenas falo por mim, eu pessoalmente nunca vi e nunca soube de nada sobre isso. Então fica essa observação final. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 13 de junho de 2009

John Lennon - Wedding Album

John Lennon - Wedding Album
Esse disco foi lançado para celebrar o casamento de John Lennon com Yoko Ono. Foi uma grande notícia nos jornais de todo o mundo. Naquela época Lennon ainda fazia parte dos Beatles, mas no fundo não queria mais gravar com seus companheiros de banda. Como ele mesmo declarou, não via mais sentido em ficar ao lado dos amigos da escola. Quando um homem se casa ele quer mesmo é ficar ao lado de sua esposa. Bom, um pensamento que iria destruir os Beatles em poucos meses pois durante uma reunião realizada pouco tempo depois na sede da Apple John iria informar a todos que estava fora da banda. De qualquer maneira ele quis mesmo com esse disco celebrar sua união com a japonesa Yoko Ono, por quem era perdidamente apaixonado. 

Também foi o último disco de sua trilogia de sons experimentais. Não espere encontrar musicalidade nesse disco porque ele não tem músicas. Apenas sons aleatórios, barulho, gritaria, arrotos e até peidos! Acredite, tem até disso nesse mural sonoro indigesto. John achava que esse seria o futuro do som, sendo a música substituída por esse tipo de "sonoridade". Sinceramente, não dá para ouvir. É muito chato e insuportável. Acredito que Lennon queria acima de tudo tirar uma onda com os que o criticavam. E as loucuras não paravam por aí. John queria que os 100 primeiros compradores do disco levassem uma fatia do bolo de seu casamento! A gravadora conseguiu, a duras penas, convencer John que isso seria impossível. As lojas de discos não iriam receber bolo nenhum e esse tipo de comida iria se estragar. Enfim, mais uma maluquice do Lennon, aqui em sua fase de loucura total!

John Lennon - Wedding Album (1969)
John & Yoko
Amsterdam

Pablo Aluísio. 

The Archies - Sugar, Sugar

The Archies - Sugar, Sugar
A música dos anos 60 não se resumia a Beatles, Stones e Rock Psicodélico. Havia também grupos que gravavam o mais puro e saboroso som pop para tocar nas rádios e essas canções se tornavam grandes sucessos, com singles que vendiam mais de um milhão de cópias. É o caso de "Sugar, Sugar", que foi campeã de vendas, indo para o topo da parada de singles da Billboard. E o mais interessante de tudo é que o grupo The Archies nem existia no mundo real. Era um grupo de personagens de desenhos animados. Quando o single foi lançado e virou um hit internacional, a gravadora então recrutou um grupo de jovens atores para fazer shows e cantar ao vivo em programas. Afinal ali estava uma mina de ouro que tinha que ser devidamente explorada. 

E "Sugar, Sugar" foi mesmo um grande sucesso. Eu tenho uma lembrança afetiva com essa música porque tenho claras lembranças de gostar dessa melodia na minha infância. Eu adorava ela quando criança! E o fato de pertencer originalmente a um desenho animado só fortaleceu minha admiração por ela, que tinha uma letra bobinha também, mas que era (e continua sendo) muito agradável de se ouvir. De certo modo era uma prévia do que iria acontecer com grupos como o ABBA que iriam dominar as paradas musicais com um tipo de pop music de melodias que grudavam na mente do ouvinte para todo o sempre! Pena que esse tipo de sonoridade tão agradável tenha se perdido nos dias atuais. Era muito bom ouvir esse tipo de canção. Deixava a alma e a vida bem mais leves!

The Archies - Sugar, Sugar (1969)
Sugar, Sugar
Who's Your Baby?
Get On The Line
Over And Over

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Dean Martin - Collected Cool

Dean Martin - Collected Cool
Está sendo lançado nos EUA e Europa um box maravilhoso com 3 CDs e 1 DVD enfocando os melhores anos da carreira de Dean Martin. Uma verdadeira preciosidade. Tudo de extremo bom gosto acompanhado de um maravilhoso livreto informativo com muitas fotos fantásticas e informações preciosas. Para quem é fã do Dino é realmente um dos melhores lançamentos atuais sobre o artista. Quem acompanha meus textos sabe que eu sempre prezo pela discografia oficial lançada ainda quando o cantor estava vivo. Nesse aspecto tudo me atrai, o vinil original, as capas com direções de arte que refletem as tendências artísticas que estavam na moda no ano em que o disco foi lançado e todo aquele sabor nostálgico que geralmente acompanha esse tipo de material. Infelizmente nem todos os grandes cantores do passado tem sua discografia original relançada em novos formatos, o que dificulta muito chegar nos produtos originais. É o caso de Dean Martin cujo legado ficou esquecido durante muito tempo.

Por isso vou aqui elogiar esse box. É obviamente uma coletânea de seus maiores sucessos mas também traz material inédito, o que por si só já é motivo para comemorar. Praticamente todas as faixas foram remasterizadas digitalmente, procurando trazer as gravações para um padrão de qualidade aceitável na atualidade. O trabalho ficou magnífico – basta comparar até mesmo com os últimos CDs lançados de Martin no mercado há cinco ou dois anos. A diferença é realmente marcante. A lamentar apenas a exclusão de muitas gravações excelentes de Martin na fase em que trabalhou na gravadora de seu amigo Frank Sinatra, a Reprise Records. Ao que parece (nada é confirmado oficialmente) há uma disputa judicial sobre os direitos dessas músicas. De qualquer maneira momentos como “Everybody Loves Somebody” acompanhada de um lindo arranjo de quarteto de cordas faz tudo valer a pena. A gravação é deslumbrante! O terceiro CD traz várias gravações ao vivo de Dean Martin em Lake Tahoe e o DVD traz a histórica apresentação de Dean Martin em Londres no mitológico The Apollo Victoria Theatre. Em suma, um trabalho de resgate com muito bom gosto e elegância. Coisa fina.

Dean Martin Collected Cool (2013)
CD 1 - Dean's Spoken Word Introductions / My Own, My Only, My All / Powder Your / Face With Sunshine (Smile! Smile! Smile!) / I Don't Care If The Sun Don't Shine / That's Amore / If I Could Sing Like Bing / Sway / Long, Long Ago / Memories Are Made Of This / Pardners / Volare / Rio Bravo / On An Evening In Roma / Sleep Warm / Ain't That A Kick In The Head / Just In Time / Arrivederci Roma / Return To Me / A Hundred Years From Today / CD 2 - Tik-A-Tee, Tik-A-Tay / Senza Fine / Who's Got The Action? / Guys And Dolls / Marina / Everybody Loves Somebody / The Door Is Still Open (To My Heart) / You're Nobody 'Til Somebody Loves You / In The Misty Moonlight / Sophia /  Send Me The Pillow You Dream On / In The Chapel In The Moonlight / Welcome To My World / Houston / I Will / Somewhere There's A Someone / My First Country Song / LA Is My Home / CD 3 - Drink To Me Only With Thine Eyes / Almost Like Being In Love / I Love Tahoe (Paris) / My Kind Of Girl / Break It To Me Gently / Rock-A-Bye Your Baby With A Dixie Melody / Primrose Lane / You Are Too Beautiful / Carolina In The Morning / Love Walked In/ I Love Being A Girl / Beautiful Dreamer / You Made Me Love You / It Had To Be You / Nevertheless / I'm Gonna Sit Right Down And Write Myself A Letter / Volare / On An Evening In Roma / I Love Paris.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Oasis - (What's the Story) Morning Glory?

Oasis - (What's the Story) Morning Glory?
O Oasis vai voltar! Essa semana os irmãos anunciaram oficialmente a volta da banda depois de muitos anos separada. Bem, como dizia ironicamente a Rita Lee, quando essas velhas bandas voltam só há duas coisas a explicar: Ou estavam sem dinheiro ou então tinham muita cara de pau. No caso do Oasis penso que foram as duas alternativas. Os irmãos passaram anos ofendendo uns aos outros, não havia qualquer possibilidade de volta, segundo eles, mas aí já sabe... Estão mais velhos, as carreiras solos nunca decolaram direito, então o jeito foi mesmo se curvar às circunstâncias. Engoliram o orgulho e decidiram voltar, só não se sabe até quando, porque ninguém nega que há muito ódio entre eles. 

Pois bem, voltando no tempo que o Oasis era de fato um dos melhore grupos de rock (ou de Britpop, como queira) de seu tempo, temos esse segundo álbum da banda. Para muitos foi o melhor e definitivo trabalho deles. Também foi o que mais alcançou sucesso nas paradas e isso definitivamente é algo inegável. O complexo de Beatles estava em cada faixa, mas eles já começavam a trilhar caminhos próprios. É um disco que gosto muito, embora tenha que reconhecer que de fato o excesso de sucesso o tenha deixado um tanto saturado com o passar dos anos. De qualquer forma, para muita gente, esse é o álbum definitivo do Oasis para se ter na coleção, de todo jeito. 

Oasis - (What's the Story) Morning Glory? (1999)
Hello
Roll with It
Wonderwall
Don't Look Back in Anger
Hey Now!
The Swamp Song, Excerpt 
Some Might Say
Cast No Shadow
She's Electric
Morning Glory
The Swamp Song, Excerpt 2
Champagne Supernova

Pablo Aluísio. 

Lisa Marie Presley - To Whom It May Concern

A questão principal é: a filha de Elvis Presley tinha talento musical? A resposta é sim. Gostei muito de todo o CD, acho que foi um trabalho que surpreendeu muita gente. De boba a garota não tinha nada, se cercou de gente competente e mandou ver em uma dúzia de canções que surpreendem de tão bem escritas. Não vou comparar com Elvis porque aí é covardia, mas merece uma boa nota pelo álbum, principalmente por ser o primeiro CD dela. As faixas possuem uma certa melancolia. Não é um trabalho pop como muita gente está acostumada a ouvir por aí. E nesse aspecto a Lisa Marie se saiu bem, principalmente por optar em não imitar ninguém, nem seu pai famoso e nem muito menos outras estrelas da pop music. Assim ela escolheu de forma certa seguir por seu próprio caminho. 

Depois com o tempo a Lisa Marie meio que se decepcionou com sua carreira e após problemas envolvendo drogas deixou a profissão de cantora de lado, o que foi uma pena. Ela deveria ter insistido mais por seguir esse lado de artista. Uma grande perda mesmo ela ter largado tudo cedo demais. Teria sido uma cantora realmente muito boa. No total gravou três álbuns e nunca conseguiu sair da sombra enorme do pai famoso. Infelizmente Lisa Marie morreu precocemente, vítima de erro médico. Quem sabe se vivesse mais teria desenvolvido melhor esse seu lado artístico. De qualquer forma esse álbum e os demais conseguiram preservar sua bela voz e sua singular visão que tinha do mundo. 

Lisa Marie Presley - To Whom It May Concern (2003)
1.S.O.B.
2.The Road Between
3.Lights Out
4.Better Beware
5.Nobody Noticed It
6.Sinking In
7.Important
8.So Lovely
9.Indifferent
10.Gone
11.To Whom It May Concern
12.Excuse Me
13.Lights Out

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

George Harrison - Living in the Material World

George Harrison - Living in the Material World
Depois do fim dos Beatles, George lançou um ótimo álbum triplo chamado "All Things Must Pass". Sucesso de público e crítica, esse disco foi mesmo uma explosão de criatividade para ele, com muitas músicas que tinham sido compostas na época dos Beatles, mas que não tinham encontrado espaço na discografia do famoso grupo. Então quando os Beatles acabaram, George deu início em sua carreira solo. Esse foi o seu segundo disco. Curiosamente ele levaria três anos sem lançar algo de novo no mercado. Parecia exausto depois dos Beatles e do lançamento de seu primeiro álbum solo nessa nova fase. 

Esse "Living in the Material World" trazia muitas letras de natureza espiritualista. O próprio nome do disco, "Vivendo no Mundo Material" dava pistas sobre isso. George nunca perdeu seu fascínio pelas religiões orientais e sua filosofia. Por essa razão quando se viu livre do controle de Paul e John, ele passou a desenvolver melhor seu trabalho como letrista, trazendo aspirações e pensamentos bem pessoais. E talvez esse excesso de religiosidade também tenha atrapalhado as vendas desse segundo disco. As pessoas em geral não tinham mais muito interesse nesse tipo de material. Muitos achavam coisa de hippie velho! No final das contas esse repertório não fez sucesso. Até mesmo a música mais trabalhada pela gravadora,  "Give Me Love (Give Me Peace on Earth)", teve pouca repercussão nas rádios. Assim George acabou experimentando o primeiro disco mal sucedido em vendas de sua carreira. 

George Harrison - Living in the Material World (1973)
Give Me Love (Give Me Peace on Earth)
Sue Me, Sue You Blues
The Light That Has Lighted the World
Don't Let Me Wait Too Long
Who Can See It
Living in the Material World
The Lord Loves the One (That Loves the Lord)
Be Here Now
Try Some, Buy Some"
The Day the World Gets 'Round
That Is All

Pablo Aluísio.