sexta-feira, 3 de março de 2006

Jonah Hex

Título no Brasil: Jonah Hex
Título Original: Jonah Hex
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jimmy Hayward
Roteiro: Brian Taylor, Mark Neveldine
Elenco: Josh Brolin, Megan Fox, John Malkovich, Michael Fassbender, Will Arnett, John Gallagher Jr
  
Sinopse:
Baseado nos personagens criados por John Albano e Tony DeZuniga para a DC Comics, o filme "Jonah Hex: Caçador de Recompensas" conta a estória de um misterioso cowboy e pistoleiro que apresenta poderes paranormais, conseguindo inclusive conversar com os mortos. Após ver toda a sua família ser morta, parte em busca de vingança contra os assassinos.

Comentários:
Por definição eu gosto de filmes de Western. Esse porém é um western diferente que foi baseado em um personagem em quadrinhos. No cinema o estranho Jonah Hex poderia render bem mais,  porém devo confessar que ficou no meio do caminho. Sua adaptação para as telas de cinema apresenta vários problemas. O filme é muito curto, quase um média metragem, com pouco mais de 70 minutos. O roteiro é simplório e não se desenvolve (basicamente todo o argumento pode ser resumido na seguinte frase: "Homem mau mata família de homem honrado e esse vai atrás de vingança"). O filme é só isso. Tem uma subtrama envolvendo uma arma de destruição em massa que será usada pelo vilão para destruir Washington, mas nem isso consegue prender a atenção do espectador. O ator Josh Brolin, que interpreta o protagonista Jonah Hex, não tem carisma e chega às raias da antipatia. Malkovich, um bom ator, está mais canastrão do que nunca desfilando um festival de caretas grotescas. Isso sem falar no seu visual, usando uma peruca simplesmente ridícula. Já Megan Fox é um desastre completo. A garota simplesmente não sabe atuar, não sabe expressar nenhum tipo de sentimento em cena, em algumas ocasiões notei que ela nem sabe falar direito! A única coisa que sabe fazer é um biquinho atrás do outro posando de bonitona (coisa que ela é). Uma atriz bonita, mas bem vazia em termos de talento. Mereceu todos os "prêmios" do Framboesa de Ouro que recebeu certamente. Jonah Hex não é um personagem ruim pelo que vi. Há cenas interessantes quando ele fala com os mortos (esse é um de seus poderes como todo bom personagem de HQ), mas até isso é desperdiçado. No geral é a tal coisa, o Hex pode até ser interessante, mas esse filme não.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de março de 2006

Consciências Mortas

Baseado no livro de Walter Van Tilburg Clark, o diretor William Welman construiu uma pequena obra-prima. Um libelo poucas vêzes visto num filme de faroeste. Tudo nessa obra é fatalista e minimalista - desde a pequena duração da fita até o cenário da minúscula cidade e do Vale de Ox- Bow, que de tão pequeno beira o sufocante. A história se passa em 1885 quando dois forasteiros, Gil Carter (Henry Fonda) e Art Croft (Harry Morgan) chegam à pequena cidade de Bridger's Wells. Cansados, os dois vão para o saloon mais próximo, a fim de beber e jogar conversa fora. Porém eles sentem o ambiente carregado de desconfiança devido aos constantes roubos de gado na região. Logo depois chega a terrível notícia sobre um fazendeiro de nome Kinkaid que tinha sido roubado e assassinado. Bastou esta notícia estourar para que vários homens da cidade - incluindo Carter e Croft - se unissem numa verdadeira caçada humana liderados pelo ex-major Tetley (Frank Conroy). Depois de muita procura o grupo encontra uma carruagem onde os guardas informam que três homens estão no Vale de Ox-Bow com algumas vacas que pertenciam ao vaqueiro assassinado.

Impossível não lembrar do extraordinário clássico e com o mesmo Henry Fonda, "12 Homens e Uma Sentença" produzido 14 anos depois. O enredo impecável revela a mão pesada que faz mover a roda da estupidez humana. É o ódio cego que transforma homens em bestas; inocentes em mortalhas, fazendo brotar em cada um daqueles vaqueiros os piores sentimentos possíveis. É o grito surdo da covardia, da injustiça e da terrível justiça com as próprias mãos. O filme é tão bom, que pouco a pouco o pequeno Vale de Ox-Bow vai se moldando à imagem e semelhança daquela trupe insana que busca vingança a qualquer preço; é a sombra negra do gólgota que pulveriza a justiça, negando, aos três infelizes, um julgamento decente e humano - apesar dos constantes apelos do forasteiro Gil Carter. A horda insana transforma Ox-Bow numa distopia monumental regada a muita ira e muita injustiça. A categoria do triunvirato formado por Henry Fonda, Dana Andrews e Anthony Quinn, dá um toque especial a um roteiro espetacular, capitaneado por uma direção primorosa de Welman. O final é arrebatador, surpreendente e emocionante. Realmente, um dos faroestes mais marcantes já produzidos. Nota 10

Consciências Mortas (The Ox-Bow Incident, EUA, 1943) Direção Willian Wellman / Roteiro: Lamar Trotti baseado na obra de Walter Van Tilburg Clark / Elenco: Henry Fonda, Dana Andrews, Mary Beth Hughes, Anthony Quinn, Willian Eythe, Harry Morgan, Jane Darwell, Frank Conroy / Sinopse: Neste western dois forasteiros tentam impedir o linchamento e enforcamento de três homens que provavelmente são inocentes na realidade.

Telmo Vilela Jr.

quarta-feira, 1 de março de 2006

Redenção - Uma Milha do Inferno

Título no Brasil: Redenção - Uma Milha do Inferno
Título Original: Redemption - A Mile from Hell
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio:  Cas-Mor Productions, Gallery Films
Direção: Robert Conway
Roteiro: Robert Conway
Elenco: Dustin Leighton, Tom Noga, Clint James, Sanford Gibbons, Peter Sherayko, Grady Hill

Sinopse:
Dois pistoleiros, movidos por razões diferentes, caçam um grupo de bandoleiros e bandidos no velho oeste. Eles mataram uma família e raptaram a jovem filha do casal. A intenção passa a ser agora fazer justiça pelas próprias mãos.

Comentários:
Alguns filmes mais recentes de western nem ganham as telas de cinema. São lançados logo em venda direta ao consumidor, em tiragens limitadas de DVDs. Esse aqui é um exemplo típico dessa situação. E por mais interessante e atraente que seja sua capa, não caia nessa. O filme é realmente muito ruim. Eu sempre procuro ter boa vontade com novos filmes de faroeste, mas esse aqui é sem salvação, sem redenção. Tudo é mal feito. O roteiro não sabe que caminho tomar, o elenco é todo formado por atores ruins e os figurinos são bem mal feitos. Diria até que é um filme quase amador, filmado por um orçamento minúsculo (custou menos de 60 mil dólares!), um caça-níqueis da pior qualidade. Nunca chegou a ser lançado oficialmente no Brasil, também pudera, um produto de qualidade tão baixa realmente não encotraria interesse em nenhuma distribuidora nacional. Enfim, dispense sem cerimônia, sem olhar para trás, não vá perder seu tempo tentando assistir a essa bomba.

Pablo Aluísio.

Pat Garrett & Billy The Kid

Curiosamente há poucos dias assisti "Os Jovens Pistoleiros", western dos anos 80, que contava justamente a primeira parte dessa história (e que depois faria parte do roteiro de "Jovens Demais Para Morrer", sua continuação). Todos esses filmes no filme se completam. Em "Pat Garrett & Billy The Kid" não há todo o contexto que contribuiu para o surgimento do mito Billy The Kid. Apenas pequenas citações são feitas em relação à guerra do condado de Lincoln (conflito que deu origem a tudo no inóspito Novo México). Quando o filme começa Billy já é um pistoleiro famoso e procurado pelo xerife Garrett. Ficamos sabendo que ambos tem uma história anterior, que são inclusive amigos, mas em nenhum momento o roteiro procura explicar tudo o que aconteceu. De certa forma isso não é em si um problema, mas uma opção do diretor. Claro que para pessoas que não conhecem a história pode soar um pouco confuso, mas como não é o meu caso, não senti maiores problemas sobre isso.

Historicamente o filme procura ser bem correto. Tirando o personagem de Bob Dylan, que é totalmente fictício, todos os demais personagens são reais e fazem parte da mitologia. Em termos de elenco gostei de praticamente todos, principalmente de James Coburn como o xerife Garrett. Velho conhecido dos filmes de western, Coburn está muito adequado ao papel. Eu nunca considerei Kris Kristofferson um ótimo ator e por isso não vou condenar sua interpretação, digamos, contida. Ele não brilha, porém se torna eficiente apesar de suas limitações. No mais, o filme tem uma trilha sonora ótima (que concorreu ao Grammy) e uma direção com todas as características que fizeram a fama de Sam Peckinpah; Vale muito a pena assistir a mais essa versão da história do mito Billy The Kid.

Pat Garret & Billy The Kid (Pat Garrett and Billy The Kid, EUA, 1973) Direção: Sam Peckinpah / Roteiro: Rudy Wurlitzer / Elenco: James Coburn, Kris Kristofferson, Richard Jaeckel, Katy Jurado, Chill Wills Lemuel, Jason Roberts, Bob Dylan / Sinopse: Pat Garrett (James Coburn) sai no encalço do famoso pistoleiro e fora da lei Billy The Kid (Kris Kristofferson). Curiosamente ambos já se conheciam de tempos passados o que acaba tornando a caçada de Kid uma questão mais pessoal do que nunca.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

Bandeirantes do Norte

Título no Brasil: Bandeirantes do Norte
Título Original: Northwest Passage
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: King Vidor
Roteiro: Laurence Stallings, Talbot Jennings
Elenco: Spencer Tracy, Robert Young, Walter Brennan, Ruth Hussey, Nat Pendleton, Louis Hector

Sinopse:
Dois cowboys se reúnem aos Texas Rangers em pleno período das guerras indígenas. Quando chegam em um forte distante, no meio do velho oeste, chamado Fort Wentworth, descobrem que não há mais ninguém, nenhum militar e nenhum nativo. Nem suprimentos para sobrevivência.

Comentários:
O filme foi vencedor de um Oscar, o de fotografia, dado para a dupla formada por Sidney Wagner e William V. Skall. O título nacional é equivocado. Bandeirantes são figuras históricas do Brasil, não dos Estados Unidos. Feito essa ressalva temos aqui um bom western, estrelado pelo sempre bom e correto Spencer Tracy, aqui sob direção do veterano diretor King Vidor. Esse cineasta sempre foi considerado um profissional de estúdio, que fazia o que os produtores determinavam. Isso não significa que tenha sido um cineasta ruim, nada disso, apenas previsível. Há boas cenas, valorizadas pela região onde o filme foi realizado. Talvez um pouco envelhecido pelo tempo, esse faroeste ainda se mantém pelo seu bom roteiro, que realmente soube manter o interesse do espectador do começo ao fim.

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de fevereiro de 2006

Cine Western - Allan Lane

 
Cine Western - Allan Lane
Allan "Rocky" Lane (nascido Harry Leonard Albershardt; 22 de setembro de 1909 - 27 de outubro de 1973) foi um protagonista de estúdio americano e a estrela de muitos filmes B de cowboy nas décadas de 1940 e 1950. Ele apareceu em mais de 125 filmes e programas de TV em uma carreira que durou de 1929 a 1966. Ele é mais conhecido por sua interpretação de Red Ryder e por ser a voz do cavalo falante na série de televisão Mister Ed, em 1961.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

Cine Western - Sangue de Pistoleiro


Cine Western - Sangue de Pistoleiro
Poster original espanhol do filme "Sangue de Pistoleiro". A saga de uma família americana abalada pelo comportamento criminoso e hostil de um de seus próprios membros! Nem todas as famílias são felizes!

Pablo Aluísio. 

Cine Western - Sanha Diabólica


Cine Western - Sanha Diabólica
Poster original daquele que pode ser considerado o primeiro filme de faroeste e terror da história! O filme tem um enredo fora dos padrões, mostrando um pistoleiro que esconde de todos que na verdade é um vampiro!

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Cine Western - John Wayne


Cine Western - John Wayne
Embora tenha sido o mais popular e querido astro de filmes de faroeste de todos os tempos, John Wayne também cultivou inimigos em Hollywood. Ele se engajou na vergonhosa "Caça às Bruxas" que procurava denunciar pessoas da comunidade cinematográfica que estivessem envolvidas em atividades subversivas e fossem do Partido Comunista. Isso fez com que a Academia fosse, ao longo dos anos, soterrando a memória de Wayne. Hoje, por exemplo, ele é muito pouco lembrado em eventos e convenções sobre a história do cinema dos Estados Unidos. Para muitos é um nome a se esquecer definitivamente. 

Pablo Aluísio. 

Cine Western - Faroeste Spaghetti


Cine Western - Faroeste Spaghetti
Material promocional do filme "Homens Mortos Não Fazem Sombra". 

Pablo Aluísio.