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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

George Harrison - Verdades e Mentiras

Por que George Harrison ficou conhecido como o "Beatle Quieto"? George sempre adotava uma postura muito discreta e quase nunca falava com jornalistas. As atenções pareciam sempre estar focadas em Paul McCartney e principalmente em John Lennon por esse ser sempre uma pessoa muito polêmica. Conforme explicou anos depois o próprio George não parecia muito interessado em jornais, matérias ou publicidade. A parte que realmente lhe interessava na carreira era a musical, nada mais. Criar polêmicas, soltar frases de efeitos ou aparecer em demasia na mídia não faziam sua cabeça, tanto que após se separar dos Beatles raramente voltou a conceder entrevistas. Raras foram as vezes que abriu espaço para jornalistas em sua carreira solo, nem quando ia aos Estados Unidos realizar turnês que precisavam desse tipo de publicidade. Lidar com a imprensa definitivamente não era com George. Por ter colaborado tão pouco nesse aspecto passou a ser chamado pelo órgãos de imprensa como "O Beatle Quieto".

George Harrison foi traído por Eric Clapton?
Sim, a primeira esposa de George o traiu com Eric Clapton. George Harrison conheceu Pattie Boyd quando ela foi convidada para cortar o cabelo dos Beatles ao lado de outras modelos para a matéria de uma popular revista inglesa. Tudo fazia parte do material promocional do filme "A Hard Day´s Night". George ficou encantado com sua beleza e semelhança com a atriz Brigitte Bardot. Deixando a timidez de lado ele a convidou para jantar fora. O namoro foi breve e após um relativamente curto período de relacionamento, se casaram. Poucos meses depois do fim dos Beatles o casamento entrou em crise. George começou a se dedicar a cada vez mais em se aprofundar na sua religião e negligenciou sua esposa. Passando longos períodos fora de casa o relacionamento esfriou. Pattie viu que o casamento estava falido e começou a procurar amantes, a maioria deles músicos, entre eles o Rolling Stone Ronnie Wood. Depois conheceu pessoalmente Eric Clapton e se apaixonou por ele perdidamente. George havia se tornado apenas um farto em sua vida e ela, sem pensar muito e nem olhar para trás, trocou Harrison por Clapton. Anos depois se casaria com ele.

Como era o relacionamento entre George Harrison e John Lennon?
No começo John Lennon tratava George Harrison praticamente como um pupilo. Havia uma diferença de idade entre eles e Harrison tratava Lennon quase como a um mestre a ser seguido. No fundo o admirava tanto que quase o idolatrava. O próprio John lembrou disso quando anos depois criticou a autobiografia do colega de banda. Com o tempo George começou a se sentir deixado de lado e criou-se uma tensão entre eles, principalmente por causa dos rumos que os Beatles trilhavam na época. Harrison queria mais espaço nos discos, mas John estava sempre tirando muitas de suas composições do repertório final dos álbuns. Quando Yoko Ono entrou na vida do grupo as coisas azedaram de vez. George não gostava de Yoko e a criticava abertamente o que enfurecia John. Para George era um absurdo ter Yoko dentro dos estúdios, por exemplo. John Lennon que sempre fora muito brigão comprou a briga e ambos começaram a ter discussões furiosas durante as sessões de gravação. Chegaram ao ponto de ficarem sem se falar por meses. O ápice das brigas aconteceu justamente quando John Lennon sugeriu que Yoko se tornasse uma Beatle, algo que George considerava uma maluquice sem tamanho.

George tinha ressentimentos da dupla Lennon e McCartney?
No começo dos Beatles, George não sentia necessidade de participar mais ativamente dos discos. Ele ficava feliz e satisfeito em fazer os principais solos do grupo. Porém quando começou a fazer suas próprias composições começou a ficar muito insatisfeito quando as músicas eram tiradas dos álbuns por John Lennon. Sempre muito ácido o líder dos Beatles geralmente tinha coisas amargas ou críticas destrutivas para desqualificar as criações de George. Quando alguma música ganhava destaque, como "Taxman", John corria para a imprensa para dizer que havia composto pelo menos metade da canção o que deixava George muito chateado e muitas vezes até humilhado com esse tipo de declaração pública. Quando o grupo finalmente atingiu a maturidade musical George começou a brigar por mais espaço nos discos o que acabou se tornando mais um foco de brigas entre os membros da banda.

O que matou George Harrison?
Durante toda a vida George Harrison foi um fumante inveterado. Sua média era dois maços de cigarro por dia e isso era um hábito que o acompanhava desde os tempos da adolescência, quando era apenas um jovem colegial. O tabagismo descontrolado acabou sendo a causa do surgimento de um fulminante câncer de pulmão que George tentou de todas as formas combater, mas que em estado avançado já havia se tornado incurável. Nos momentos finais George ainda teve a intenção de participar de uma campanha nacional contra o fumo e o tabagismo, porém já não tinha saúde suficiente para isso. Ele morreu se lamentando por seu vício em cigarros, o que acabou lhe custando a própria vida.

Como era George Harrison fisicamente?
George Harrison era o mais jovem dos Beatles, porém era um dos mais altos. Ele tinha 1.77m de altura. Outra característica física que chamava a atenção era o fato de George ser também muito magro, chegando a ter no máximo 62 quilos. Harrison não cultivava uma vida muito saudável pois era fumante e usava drogas, porém geneticamente parecia predisposto a ser magro. Também não era um homem de exageros na mesa, procurando na maioria das vezes consumir apenas frutas e alimentos leves, algo que foi reforçado quando foi para a Índia nos anos 60.

George Harrison era viciado em drogas?
Como todos os demais Beatles, George também foi um usuário contumaz de drogas. No começo a maconha, que acompanhava os Beatles desde os primeiros tempos na estrada, na Alemanha, quando ainda eram desconhecidos. Depois vieram a cocaína e a LSD na fase lisérgica do grupo. A heroína entrou em sua vida após o fim dos Beatles. As drogas inclusive foram apontadas pela primeira esposa de George, Pattie Boyd, como uma das causas do fim do casamento. Ela revelou que por volta de 1970 o consumo de drogas por parte de George Harrison havia fugido do controle. Ele passava o tempo todo cheirando carreiras e mais carreiras de cocaína, algo que nem sequer a religião conseguiu colocar um freio. O vício de George se tornou bem mais notório ao público após uma apresentação desastrosa quando subiu ao palco completamente "alto" em uma de suas turnês americanas durante a década de 1970.

Como George Harrison via o movimento hippie?
George Harrison foi convidado para participar de um festival de música, com ampla participações de jovens hippies e depois que chegou lá não se conteve. George confessou que havia ficado chocado ao chegar no local e constatar que tudo o que havia lá era um bando de jovens drogados rolando pela lama. Harrison havia ido fazer um show pela paz, mas não encontrou ninguém muito interessado em sua mensagem. Ao invés disso viu um mercado aberto de vendas de drogas. A partir desse evento George Harrison, nas poucas declarações que fez, sempre se mostrou disposto a criticar o movimento hippie que havia perdido seu caminho original.

Quantos filhos teve George Harrison?
George Harrison teve apenas um filho, Dhani Harrison, fruto de seu casamento com Olivia Harrison. Ele nasceu em 1978, durante o segundo casamento do cantor. O interessante é que essa segunda união acabou trazendo uma certa calmaria na vida de Harrison. Ao contrário de seu complicado casamento com Pattie Boyd, aqui George parecia finalmente ter encontrado uma mulher que tinha uma personalidade mais calma e discreta, tal como ele. Esse acabou sendo talvez o grande segredo de seu matrimônio feliz e estável ao lado da segunda esposa.

George Harrison foi processado por plágio?
Sim, várias vezes e perdeu vários dos processos. Em sua defesa Harrison alegava que era muito complicado determinar o que seria um plágio ou não, já que a música, formada de notas musicais, tinha a natural tendência de seguir uma certa linha, uma certa tradição. Assim as semelhanças que por acaso surgiam em suas composições nada mais eram do que coincidências vindas desse tipo de memória musical. Sua defesa porém não foi acolhida no tribunal. O caso mais prejudicial aconteceu com a canção "My Sweet Lord" do álbum "All Things Must Pass" onde George precisou pagar uma pesada indenização por plágio aos autores originais.

George Harrison foi esfaqueado por um fã?
Não exatamente... Em 1999 um drogado invadiu sua casa para roubar objetos da mansão. George que não tinha qualquer tipo de segurança em sua casa (apesar da morte brutal de John Lennon) ouviu barulhos na parte de baixo da casa. Ao ir até a sala encontrou o assaltante (um homem de 33 anos, viciado em drogas, chamado Michael Abram). George e o criminoso começaram a lutar e esse deferiu uma facada em George. Desesperada a mulher de Harrison, Olivia, jogou um pesado objeto na cabeça de Abram que foi imediatamente ao chão. Aquela tinha sido uma péssima semana para o casal pois George havia sido informado poucos dias antes que seu câncer havia se espalhado em seu organismo, tornando seu tratamento praticamente inútil. O agressor não era fã dos Beatles (ao contrário do assassino de John Lennon).

Qual era o principal hobby de George Harrison?
George adorava passar horas e horas em seu jardim. Era um apaixonado por flores e jardinagem em geral. Também sentia enorme prazer em participar de eventos que reuniam admiradores de jardins como ele. Chegou a registrar em várias filmagens amadoras esse hobby que tanto adorava. Passava dias e dias preocupado com as novas e raras orquídeas que plantara em seu quintal.

Como era a relação entre George Harrison e Paul McCartney?
Foi Paul quem trouxe George para os Beatles. Eles se conheceram ainda bem adolescentes pois pegavam o mesmo ônibus quando retornavam da escola. A música foi o interesse em comum que os uniu. Paul logo foi convidado por George para ir até sua casa onde ele queria mostrar alguns acordes que tinha criado. Depois de ver o colega tocar Paul percebeu que ele poderia fazer parte de sua nova bandinha que estava montando com um cara mais velho, John Lennon. Quando Paul levou George para conhecer John esse não ficou muito impressionado. Achou George jovem demais para ser levado à sério, mesmo assim concordou com sua entrada nos Beatles. O resto é história. Os Beatles se tornaram o grupo de rock mais popular da história. Com o tempo o sempre presente perfeccionismo de Paul começou a irritar George. A velha amizade também foi abalada por processos judiciais após o fim da banda. Quando surgiu a ideia do projeto "Anthology" o maior problema era realmente reconciliar Paul e George já que eles passaram anos e anos sem se falarem. A amizade nunca mais foi a mesma.

Qual era a música preferida de George em sua fase Beatles?
George Harrison considerava "Something" sua maior obra prima, seguida de "Here Comes The Sun", ambos do disco "Abbey Road". É interessante que o auge da criatividade de Harrison tenha se dado justamente na fase final do grupo quando os Beatles já estavam prestes a se separar. Durante seus anos nos Beatles, George Harrison compôs centenas e centenas de músicas que não conseguiam encontrar espaço nos discos do conjunto. Assim quando os Beatles finalmente chegaram ao fim George juntou todo esse material e acabou gravando o disco de sua vida, "All Things Must Pass", considerado o grande trabalho de sua carreira solo.

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de novembro de 2011

John Lennon - Verdades e Mentiras

Ao longo da carreira John Lennon foi alvo de várias histórias, boatos e especulações. Depois do fim do grupo Lennon tentou por entrevistas explicar alguns pontos que sempre soaram obscuros ou se tornaram meias verdades. Os pontos abaixo levam em conta não apenas o que disse em entrevistas mas também vários artigos e textos publicados em biografias, reportagens e depoimentos de pessoas que viveram na época. Segue abaixo algumas verdades e mentiras sobre John Lennon.

John Lennon era ateu? 
Não. Segundo o próprio Lennon ele se considerava Zen Budista e acreditava em uma força maior. O que ele realmente não acreditava era no Deus idealizado da religião cristã / judaica. Na visão de Lennon a entidade a quem chamam de Deus seria como uma usina de força, não individualizada e nem personalizada, que não era necessariamente boa ou má, mas que apenas existia como propulsor do universo. Nesse aspecto ele tinha uma visão bem mais mística do que a maioria das pessoas. O fato de ter esclarecido isso em uma entrevista não mudou a ideia geral das pessoas sobre o artista. Para o senso comum John Lennon ainda é considerado um ateu.

O que John Lennon quis dizer com a frese "Os Beatles são mais populares que Jesus Cristo"?
A frase mais conhecida de Lennon foi tirada de seu contexto. Lennon apenas tentou fazer uma comparação entre a importância da religião e dos Beatles na vida dos jovens ingleses na época. Para Lennon o Rock havia tomado o lugar da religião no centro da vida deles, e por isso os Beatles eram mais populares do que Jesus Cristo. A frase causou um enorme impacto, principalmente nos Estados americanos do cinturão bíblico (a região sul dos EUA). Por lá as músicas dos Beatles foram banidas das rádios e o seus discos foram queimados em praça pública. Lennon tentou remediar o que disse mas nunca conseguiu ser compreendido totalmente. Até no Brasil criou-se polêmica quando um padre de São Paulo se recusou a rezar uma missa em nome do Beatle falecido. Para ele Lennon era um "anticristão".

John Lennon teve um caso amoroso com o empresário dos Beatles?
Muitas biografias citam o fato de Brian Epstein ter sido apaixonado por John Lennon. Para muitos essa foi a principal razão dele ter lutado tanto pelo sucesso do grupo. Epstein era uma pessoa bem situada financeiramente, tinha seu próprio negócio e certamente não precisava fazer o que fez pelos rapazes. Autores ainda citam a tão falada férias que Lennon passou ao lado de seu empresário na Europa. Enquanto a esposa de John se recuperava do nascimento de seu filho, John literalmente virou às costas ao fato e foi para a Espanha passar longas férias sozinho ao lado de Brian. De concreto só existem boatos realmente. John tinha uma mentalidade típica da chamada classe operária de Liverpool, que sequer tinha uma visão aberta sobre o assunto homossexualismo. Em seu cotidiano Lennon gostava de piadas sujas e ofensivas aos gays, como praticamente todo jovem da época. Já famoso quando perguntado sobre isso Lennon geralmente partia para a simples agressão física, como aconteceu com um radialista que tentou fazer uma piadinha sobre o assunto. Para muitos John tinha uma visão que nos dias de hoje poderia ser classificada facilmente como preconceituosa ou numa interpretação mais incisiva, homofóbica. Provavelmente Brian Epstein tenha tentado alguma forma de aproximação com o seu objeto de desejo, mas tudo leva a crer que foi rejeitado por Lennon. Talvez isso explique de alguma forma o provável suicídio do empresário alguns meses depois.

John Lennon e Paul McCartney brigaram por causa da presença de Yoko dentro dos estúdios?
Uma das afirmações mais curiosas sobre o fim dos Beatles é a de que John e Paul brigaram fortemente por causa da presença de Yoko dentro dos estúdios onde os Beatles gravavam seus últimos discos e que por isso o grupo se separou alguns meses depois. Não é fato. A verdadeira briga sobre isso não ocorreu entre Paul e John mas sim entre John e George. Esse não se fez de sutil e disse na cara de Yoko que ela não era bem-vinda durante as gravações. O clima ficou tão pesado que John literalmente partiu para cima do colega de banda para agredi-lo fisicamente. Apesar de Paul também não ver com bons olhos a presença da japonesa em seu ambiente de trabalho não partiu para o confronto direto. Segundo John, Paul apenas insinuou o que pensava, principalmente nas letras das canções, entre elas "Get Back" cuja letra era cantada por Paul olhando para Yoko.

John Lennon era viciado em drogas?
Completamente e não escondia isso em entrevistas. Chegou a publicamente agradecer ao governo e ao exercito americano pela invenção do LSD, droga muito popular nos anos 60. Além das prisões por porte que lhe valeram muitas dores de cabeça quando tentou ganhar o Green Card anos depois, John ainda causou espanto entre os próprios Beatles pelo alto consumo de drogas durante as gravações dos últimos discos dos Beatles. Para Paul McCartney John literalmente foi "fundo demais" no abuso de drogas. Preferia as drogas mais pesadas, como heroína, LSD e cocaína. Ficou conhecida a história de uma batida da polícia inglesa em uma das residências do cantor em Londres. No local foi encontrada uma garrafa inteira com heroína líquida. Anos depois Lennon brincaria com o fato chamando a tal garrafa de "estoque de inverno". Curiosamente em uma de suas últimas entrevistas Lennon declarou literalmente que "Era contra todas as drogas do mundo"!

Como John Lennon era fisicamente?
Lennon tinha 1.78 de altura, calçava 40 e durante boa parte de sua vida pesou entre 61 a 64 Kgs. Era magro e nunca teve problemas com obesidade, a não ser durante o período em que filmou Help pois em sua própria opinião ficou excessivamente pesado nessa época (muito embora mal tenha chegado aos 70 kgs). Sempre teve problemas de visão, sendo diagnosticado com miopia e astigmatismo muito jovem. Não gostava de usar óculos na juventude e só assumiu mesmo o visual com eles na segunda metade dos anos 60 quando adotou seus famosos óculos de aros redondos que acabaram virando sua marca registrada.

John foi o primeiro Beatle romper com o grupo?
Internamente sim. Lennon comunicou a Paul McCartney que estava deixando a banda. Assustado, esse lhe pediu mais algumas semanas de forma que não prejudicasse as vendas dos últimos lançamentos dos Beatles. John então concordou em esperar mais algum tempo antes de anunciar publicamente que estava deixando o grupo. Acontece que nesse meio tempo Paul lhe passou a perna e anunciou pela imprensa inglesa o fim dos Beatles. Para Lennon a atitude de Paul foi como uma traição pois em seu entendimento apenas ele, Lennon, poderia colocar um fim ao conjunto uma vez que foi ele quem o fundou.

John Lennon realmente tocou com Elvis Presley?
Uma das histórias que Lennon mais gostava de relembrar com amigos era a de que quando conheceu Elvis Presley pessoalmente tocou com ele algumas músicas. O fato é que essa jam session não foi confirmada pelos demais Beatles. Paul, George e Ringo dizem que tudo não passou de um bate papo entre eles e que os Beatles nunca tocaram ao lado de Presley. Ao invés disso Lennon deixou um pouco a educação de lado e partiu para cima de Elvis com várias perguntas, entre elas porque Elvis não gravava mais rocks. Um pouco embaraçado Elvis respondeu que pretendia ainda gravar um disco apenas de rocks, ao qual Lennon respondeu ironicamente: "Então esse eu vou comprar".

John Lennon processou os demais Beatles?
Sim. Com o fim dos Beatles muitos problemas surgiram, inclusive contratuais. O grupo ainda tinha vários contratos a cumprir e suas diversas empresas comandados por Allen Klein tinham compromissos a honrar. No meio de tanta confusão jurídica Lennon abriu a caixa de Pandora e processou George, Paul e Ringo em alguns milhões de dólares. O fato criou uma avalanche de processos entre eles o que gerou muito mal estar e desentendimentos entre os ex Beatles.

John Lennon nada deixou de herança para seu filho Julian?
Sim. Em seu testamento John Lennon deixou apenas uma herdeira: sua esposa Yoko Ono. Nada constou para o seu primeiro filho Julian Lennon. Apesar disso ao longo dos anos Yoko se sensibilizou com o fato e tem paulatinamente dando parte do espólio para Julian que atualmente mora na Inglaterra.

Stu Sutcliff morreu de uma hemorragia cerebral causada por ferimentos infringidos por John Lennon?
Não se sabe ao certo. O que parece ter realmente acontecido foi que durante uma briga após uma noite de bebedeiras Lennon bateu e pressionou a cabeça do amigo contra um muro em Hamburgo, Alemanha. Poucos meses depois Stu morreu vítima de uma hemorragia cerebral. Não se pode apurar com certeza se os fatos estão realmente interligados, embora fosse possível sim que a agressão de Lennon tenha ocasionado os problemas em Stu Sutcliff.

Lennon se tornava violento ao beber?
Os acontecimentos evidenciam que sim. Lennon foi várias vezes expulso de boates e casas de show após ficar embriagado. Nessas situações ele se tornava valentão e brigão e ofendia as pessoas presentes ao local. Mesmo após famoso Lennon causou vários problemas em Nova Iorque durante o período que ficou conhecido como "fim de semana perdido". Lennon se embriagava, arranjava brigas e geralmente satirizava os músicos que tocavam na ocasião. Sua presença se tornava tão constrangedora que geralmente ele era empurrado para fora dos locais pelos leões de chácara de plantão.

Que presente John Lennon enviou aos principais líderes mundiais?
Durante sua campanha pela paz John Lennon resolveu enviar centenas de espigas de milho aos líderes mundiais. Ele havia lido numa reportagem que o milho representava a paz na antiga sociedade maia. As respostas dos países foram variadas. Em alguns deles houve agradecimento pelo envio das espigas (como no Canadá e França), em outros o presente foi ignorado (como no Brasil em plena ditadura militar). De maneira geral a receptividade foi maior entre os países africanos.

Que tipo de comportamento tinha Lennon com suas esposas?
Em plena era do Flower Power e do amor livre dos anos 60 Lennon adotava um comportamento com suas esposas que pode ser classificado como conservador. Nada de amor livre ou troca de casais, que era tão comum entre a geração hippie. Lennon era possessivo em relação a Yoko e tinha ciúmes em relação a ela. Com Cynthia Lennon era ainda mais machista. Não a considerava muito (chegou a debochar dela em algumas entrevistas) e segundo algumas biografias chegou a bater na primeira esposa durante o fim de seu casamento. Cynthia porém só admite uma agressão, quando ainda eram namorados.

Lennon queria ser um mártir das causas que defendia?
Definitivamente não. Lennon explicitamente dizia que não queria ser um mártir, tal qual Martin Luther King ou Jesus Cristo. Para Lennon o que interessava realmente eram as pessoas que conseguiam sobreviver aos turbilhões de acontecimentos. Infelizmente Lennon acabou se tornando um ao ser assassinado em Nova Iorque em frente ao edifício Dakota.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Jim Morrison - Verdades e Mentiras

Como todo rockstar que se preze Jim Morrison, o vocalista do grupo The Doors, teve uma vida cheia de histórias mal contadas, fatos misturados com ficção e meias verdades. Visando separar o que realmente é verdade e o que é pura invenção resolvi escrever esse texto desmitificando algumas histórias que envolvem o nome de Jim Morrison.

Jim Morrison realmente mostrou seu pênis ao público?
Um dos fatos mais conhecidos da carreira de Morrison surgiu quando ele se apresentou escandalosamente em Miami na Flórida. Completamente narcotizado e alcoolizado o cantor subiu ao palco sem a menor condição de se apresentar ao vivo e no meio de várias frases desconexas e ofensivas dirigidos à plateia ele supostamente teria mostrado seu órgão sexual ao público. O fato escandalizou muito a sociedade americana e Morrison foi processado até seus últimos dias de vida por isso. Deixando todo o moralismo de lado ficou a pergunta: Houve mesmo exposição indevida por parte de Morrison? A resposta é não. Centenas de fotos foram tiradas naquele momento e nenhuma delas mostra o órgão sexual do cantor exposto ao público. O que existem são realmente poses provocativas por parte de Morrison, inclusive segurando seu pênis no palco mas esse estava devidamente dentro de suas calças. O fato de não se provar que Morrison mostrou sua genitália ou não acabou sendo deixado de lado já que se vivia naquela época uma verdadeira caça às bruxas contra grupos como The Doors. Morrison assim virou alvo fácil dos moralistas de plantão e bode expiatório para a camada mais conservadora da sociedade americana.

O Baterista dos Doors realmente odiava Morrison?
Certamente havia uma certa tensão entre Morrison e Densmore. A origem dos atritos não se resumiam apenas na irresponsabilidade por parte de Jim em relação aos compromissos do grupo mas também do ponto de vista musical. A tensão chegou ao auge durante as gravações do disco "LA Woman" quando o baterista qualificou as músicas do álbum como entediantes e sem pegada. Na ocasião ele afirmou: "Essas músicas de blues podem até ser interessantes para um vocalista como Jim, mas para um baterista como eu são entediantes demais". Depois que Jim se mandou para Paris, Densmore fo um dos principais incentivadores da gravação de um álbum completamente instrumental. Na ocasião chegou a dizer que os Doors não precisavam mais de Jim Morrison. Desnecessário lembrar que o tal disco instrumental foi um fracasso de crítica e de público.

Como era o relacionamento de Jim com sua família?
Jim sempre foi rebelde além do que seria tolerado dentro da família de um oficial da marinha dos EUA. Seu pai estava sempre em pé de guerra com Jim desde a adolescência. Não era para menos, uma vez que Morrison estava sempre envolvido em problemas (chegou inclusive a ser preso ainda na menoridade por um delito menor). Embora fosse considerado inteligente e bom aluno, Jim foi criando ao longo dos anos uma grande aversão à autoridade, principalmente em relação a seu pai. Quando foi para a universidade Morrison finalmente encontrou a liberdade que tanto buscava. Se matriculou em várias disciplinas no campus mas não mostrou qualquer interesse em levar adiante seu curso. Ao invés disso preferia ficar vagando pelas praias de Venice Beach, interagindo com a estranha fauna local. Depois que o grupo estourou nas paradas Jim chegou ao ponto de informar para a imprensa que seus pais estavam mortos. Mais tarde eles acabaram indo a um show do grupo mas Jim se recusou a encontrá-los nos bastidores. Depois disso nunca mais entrou em contato ou falou com eles novamente.

Morrison realmente virou um mendigo na Califórnia antes do sucesso?
Não, muito embora sua situação não fosse muito diferente da de um "sem teto" na época. Morrison foi morar em um depósito abandonado perto de Venice Beach mas só o usava esporadicamente. O resto do tempo passava como um errante nas praias da região. Sempre à vontade, sem camisa, Morrison vagava pelas redondezas atrás de drogas e qualquer tipo de diversão, seja na praia, seja fora dela. Foi sua fase de maior liberdade pessoal. Embora matriculado na universidade não frequentava as aulas e não demonstrava qualquer interesse em se formar em qualquer curso. Foi assim, andando a esmo, que ele acabou conhecendo Ray Manzarek, que iria formar ao seu lado o grupo The Doors. O resto é história.

Jim forjou sua própria morte?
Muito provavelmente não. O que existem são teorias da conspiração - cada uma mais imaginativa do que a outra. Para quem acredita a mais conhecida é a de que ele forjou sua própria morte em Paris e fugiu para a África por dois motivos: queria seguir os passos de seu ídolo, o poeta maldito Rimbaud e procurava também fugir da lei americana, pois estava condenado por atentado ao pudor e exibição indecorosa nas cortes daquele país após o infame show da Flórida. Muito provavelmente por causa dessas condenações não escaparia da prisão, mesmo que sua pena não fosse muito longa. Esse tipo de teoria não merece maior atenção. É por si só muito imaginativa e criativa mas longe da realidade dos fatos. O primeiro problema seria explicar como as autoridades francesas entrariam dentro da conspiração pois seu corpo seguiu todos os procedimentos burocráticos determinados por lei após sua morte (expedição de atestado de óbito, exame da causa mortis, etc). Assim seu falecimento foi atestado oficialmente, sem possibilidade de qualquer alteração. Além disso praticamente todas as mortes de pessoas famosas nos EUA acabam gerando algum tipo de teoria da conspiração como ocorreu com Elvis, JFK, Marilyn Monroe e James Dean. Com Morrison também não seria diferente o que tira qualquer credibilidade de histórias como essa.

Por que Morrison foi enterrado em Paris?
Ao falecer Jim estava em Paris com sua namorada Pam. Queria escrever e absorver o clima artístico local. Alguns autores afirmam que Jim estava em Paris com receio de ser decretada sua prisão definitiva nos EUA. Como a França não teria tratado de extradição com os EUA ele procurava uma forma legal de não ir parar atrás das grades. O fato é controverso e ainda paira muitas dúvidas sobre as reais intenções de Jim em relação a sua estadia em Paris. Muito provavelmente apenas sua namorada Pamela sabia o que ele realmente desejava com essa viagem.

O que aconteceu com Pamela Courson após a morte de Jim Morrison?
Pamela morreu de overdose de drogas em 25 de abril de 1974. Sobre as reais circunstâncias de sua morte paira uma série de dúvidas no ar. Sua família fez o possível para manter a imprensa longe dos acontecimentos mas pelo que se sabe (inclusive por relatórios oficiais da polícia) Pam teria morrido realmente de uma overdose de heroína no sofá de seu apartamento em Los Angeles. Na ocasião, sem muitos recursos financeiros, ela resolveu dividir os custos do aluguel com dois colegas que havia conhecido algum tempo antes. Ela foi sepultada em Santa Ana, Estado da Califórnia.

Como Jim Morrison é visto hoje pela crítica literária em relação aos seus poemas?
Jim não é unanimidade entre os críticos, principalmente aqueles especializados em poesia moderna e contemporânea. Muitos afirmam que Jim seria apenas um herdeiro tardio da geração beatnik e que teria herdado muito dos traços desses escritores e poetas. Dessa forma não haveria muita originalidade em seu trabalho literário.

Jim desertou da Guerra do Vietnã?
Filho de pai militar da marinha, Jim se matriculou em um número excessivo de cursos no semestre em que deveria se apresentar no serviço militar. Agindo assim conseguiu escapar de uma convocação para servir o exército, o que fatalmente lhe colocaria no front da guerra do Vietnã. Anos depois chegou a confidenciar a amigos mais próximos que teria até mesmo insinuado ao recrutador que era gay para fugir do serviço militar.

Morrison era satanista? Ele se casou em um culto de magia negra?
Jim Morrison chegou a se envolver com mulheres que gostavam desse tipo de seita mas para falar a verdade nunca levou nada muito à sério. Como certa vez disse Ray Manzarek, Jim era maconheiro e vivia rindo e se divertindo com as situações, assim muito provavelmente até mesmo seu suposto casamento em um culto de magia negra com uma de suas admiradoras não passou de uma grande piada pelo cantor.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Elvis Presley - Verdades e Mentiras

Durante os anos da carreira de Elvis e após sua morte surgiram nos meios de comunicação e entre as pessoas, diversos boatos e histórias falsas sobre Elvis. Algumas delas tomaram tamanha proporção que acabaram se transformando em "pseudo verdades" entre o senso comum de todos. Algumas são absolutamente absurdas, outras mais sofisticadas, e por isso mesmo, mais levadas em consideração. Outros boatos surgiram de histórias verdadeiras, mas que com o tempo, foram distorcidas. Através deste artigo vamos esclarecer alguns aspectos obscuros ou mal contados sobre a história de Elvis. Todos foram embasados em farto material bibliográfico, e por essa razão podem ser tomados como os mais verossímeis, ou seja, a verdade, ou o mais próximo dela a que se pode chegar.

O que matou Elvis?
Esta é uma das questões mais controvertidas. A causa oficial foi a de que Elvis sofreu um ataque do coração no dia 16 de agosto de 1977. Uma das ideias mais difundidas foi a de que Elvis sofreu uma overdose de drogas. Outros, liderados pelo autor Albert Goldman, afirmam que Elvis se matou. Um nova corrente, que não merece o menor crédito, afirma que Elvis foi assassinado por agentes do FBI. De todas as versões a mais aceita hoje é a primeira. Elvis sofreu realmente uma parada cardíaca. Para embasar essa hipótese temos muitos argumentos: Elvis vinha de uma família com histórico de problemas cardíacos (seu pai e sua mãe morreram do coração), some-se a isso o fato de Elvis levar uma vida nada saudável, pois ele era sedentário, tinha péssimos hábitos alimentares, estava muito acima do peso, tinha pressão alta e levava uma vida altamente estressante. Não é algo incomum um homem de mais de 40 anos, com peso acima do normal, sofrer um ataque cardíaco e morrer, principalmente nos EUA, onde esta é uma das causas que mais matam naquele país, e no mundo. Elvis não sofreu uma overdose de drogas. Apesar de tomar muitos remédios, Elvis era um profundo conhecedor de tais substâncias. Segundo Joe Esposito, Elvis foi a pessoa, não formada em Medicina, que mais conhecia remédios que ele tinha visto. Geralmente lia livros médicos, apenas por diversão. Uma de suas leituras pessoais favoritas era um guia médico com todos as pílulas existentes no mercado. Então na pior das hipóteses, mesmo que ele estivesse abusando de drogas, não cometeria um erro que colocaria sua vida em perigo a não ser que ele realmente quisesse cometer tal ato de forma deliberada. Embasado nessa versão, a de que Elvis não tomaria uma overdose de drogas acidental, foi que surgiu uma corrente encabeçada pelo autor Albert Goldman, de que Elvis havia se suicidado. Em seu livro "Elvis", Goldman afirma que Elvis estava apavorado em se apresentar ao vivo mais uma vez em frente ao seu público, principalmente depois da publicação do livro "Elvis, what happened?". Além disso Elvis estava profundamente infeliz e deprimido com tudo o que havia ocorrido em sua vida. Goldman afirma que Elvis tentou se suicidar em 1967, quando foi pressionado pelo coronel Parker para se casar com Priscilla. Dez anos depois, Elvis tentaria novamente se suicidar, mas desta vez teria conseguido êxito. Essa versão apresenta dois aspectos que a tornam inverossímil. Primeiro: o estado de espírito de Elvis. Inicialmente Elvis ficou bastante abalado com a publicação do livro de West Hebbler, mas depois de um tempo resolveu reagir. Organizou planos para seu casamento, começou a fazer exercícios físicos para perder peso e ensaiar mais as músicas, para não esquecê-las no palco, ou seja, Elvis estava reagindo e não se entregando, que seria caso desejasse se matar. A suposta tentativa de suicídio de 1967 também nunca foi provada. Elvis teve dúvidas em relação ao seu casamento com Priscilla, mas nunca chegou ao ponto extremo de tentar acabar com sua própria vida. Outro problema dessa versão é a credibilidade do autor. Albert Goldman, apesar de escrever um bom livro sobre Elvis, era muito chegado a um sensacionalismo barato. Chegou ao ponto de escrever um livro sobre John Lennon dizendo que ele era homossexual. Goldman então mancha sua própria reputação como autor sério. Não se deve levar muito a sério suas teorias.

Elvis está vivo?
Dificilmente. Elvis teria que montar uma estrutura de acobertamento simplesmente fantástica para simular sua própria morte. Muitas pessoas teriam que ser envolvidas, após tantos anos alguém já teria falado algo, alguma coisa teria vazado. Para os defensores dessa teoria, Elvis teria sido ajudado pelo FBI e pela CIA (realmente Elvis era agente do FBI no final de sua vida). Mas o principal problema da teoria da conspiração sobre a morte de Elvis é que até hoje eles não deram uma boa razão para essa suposta fuga de Elvis. Por que ele simularia sua morte? Qual o motivo? Todos os que foram apresentados até hoje (ligações com a Máfia, cansaço de ser Elvis etc) são extremamente falhos e infantis. Talvez o principal argumento contra essa teoria seja aquela defendida por alguns admiradores: simplesmente Elvis não faria isso, pois ele amava seus fãs. Essa argumento me parece realmente imbatível.

Elvis estava morrendo de câncer?
Segundo pessoas próximas a Elvis, sim. Ginger Alden, última namorada de Elvis, e Al Strada, membro da máfia de Memphis, são algumas das pessoas que revelaram o segredo do suposto "câncer" de Elvis após sua morte. Segundo eles, se Elvis não tivesse morrido em 1977, provavelmente ele teria apenas uma ano, no máximo dois de vida. Ele teria sido diagnosticado com um dos mais ofensivos tipos de câncer: o ósseo. Tudo foi escondido para não chocar seus fãs. Em decorrência disso, Elvis tomava uma grande quantidade de remédios fortes, o que aumentava muito seu peso e o deixava inchado. Isso justificaria o abuso de drogas no final de sua vida! Enquanto muitos associam sua aparência final com abuso de drogas, a mais pura verdade, segundo esses depoimentos, era a de que Elvis estava lutando por sua própria vida. Esta fato também justifica algumas atitudes de Elvis no palco. No final de sua vida, Elvis frequentemente esquecia as letras das músicas, contava piadas sem graça e ficava um pouco perdido durante os shows. Alguns dos remédios que tomava atingiam sua coordenação motora, criavam confusão mental e dificultavam seu senso de direção. Uma vez chegou ao ponto de quase desmaiar durante uma de suas apresentações. Outra vez foi flagrado ao microfone balbuciando: "Às vezes me dói tanto..." / Nota: Em que se baseia a informação de que Elvis estaria com câncer? Essa informação foi baseada em depoimentos de pessoas próximas a Elvis em seus últimos momentos. Entre aquelas que afirmaram ter ouvido do próprio Elvis que ele estaria sofrendo dessa doença está Ginger Alden, última namorada do cantor. A veracidade dessa informação fica ligada então a veracidade do que foi dito por essas pessoas, sempre deixando claro que em muitas ocasiões elas próprias se contradisseram. O que se deve deixar claro é que esse suposto câncer de Elvis não foi a doença que o levou a morte! Oficialmente nada há que comprove essa suposição. Fica a critério de cada um acreditar ou não na palavra daqueles que afirmam que Elvis foi realmente diagnosticado com esse mal. Talvez o livro do Dr. Nick traga alguma informação relevante para elucidar essa questão. Enquanto não se esclarece a questão de uma vez por todas só nos resta esperar por maiores esclarecimentos.

Elvis estava falido?
Elvis não estava falido ao morrer. Ele deixou uma fortuna de cerca de 5 milhões dólares para sua filha. Mas essa quantia era muito pequena para quem foi o maior vendedor de discos da história. E afinal, para onde foi essa grana toda? A resposta é simples: Elvis foi um dos maiores gastadores de todos os tempos, ele simplesmente gastou quase tudo o que ganhou na sua carreira. Ele dava carros como quem distribui balinhas. Calcula-se que Elvis tenha dado algo em torno de 120 veículos ao longo de sua vida, alguns para gente completamente desconhecida. Se tornou clássica a história em que ele deu um Cadillac zero KM a uma senhora que simplesmente passava pela rua e elogiou o carro dele. "Gostou? tome, é seu!" teria dito Elvis. Além de carros, Elvis presenteava as pessoas com casas, roupas, motos, cavalos e até armas. Toda garota que passasse a noite com ele ganhava na manhã seguinte uma pistola banhada a ouro. Em resposta às pessoas que criticavam seu comportamento, Elvis dizia que não iria levar sua fortuna com ele ao morrer, e que queria partilhar tudo o que conseguira com as pessoas que amava. Espiritualista, Elvis se impressionou com textos da Bíblia que diziam: "É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus". Seu pai, Vernon Presley, um notório pão duro, sofreu muito com os presentes do filho. Para ele, Elvis sempre tinha a mesma resposta: "Deixa pra lá daddy, isso é só dinheiro".

Como Elvis era fisicamente?
Elvis era loiro de olhos azuis. Tinha 1.82m de altura, calçava 40 e durante grande parte de sua vida pesou 76 Kg. Durante sua juventude, de tanto usar brilhantina, a tonalidade natural de seu cabelo foi escurecendo. Elvis gostou da nova cor e aos 17 anos resolveu pintar seu cabelo de preto de uma vez. Já famoso começou a usar lentes de contato para mudar a cor de seus olhos; às vezes usava lentes verdes, mas gostava mesmo das lentes que mudavam a cor de seus olhos para castanho. Todas os membros da família de Elvis, por parte de pai, tinham este mesmo biotipo. Embora mantivesse seu peso durante quase toda sua vida, nos últimos seis anos Elvis havia perdido o controle sobre ele, ganhando algo em torno de 30 Kg. Morreu pesando 126. / Nota: Existe muita polêmica sobre qual seria a verdadeira altura de Elvis. Poucos autores trataram sobre o tema com maior profundidade. A informação de que Elvis teria 1.74 está em um artigo publicado pelo autor Albert Goldman que coletou a informação ao entrevistar um dos ex-membros da máfia de Memphis. Este teria lhe confidenciado que Elvis usava elevações em seu sapato para aumentar sua altura. Alguns documentos que circulam na internet afirmam que Elvis teria 1.81 ou 1.83. O problema deles é sua veracidade. Alguns os consideram como autênticos enquanto outros afirmam que os verdadeiros documentos nunca foram liberados pelo governo americano (são ditos como supostos documentos oficias do exército americano). Lamar Fike e Rick Stanley, por sua vez, se contradizem e afirmam que Elvis teria na realidade 1.78 ou 1.80 respectivamente. Fotos de Elvis ao lado de atrizes parece confirmar que medidas acima de 1.85 são exageradas. Mesmo assim encontraremos aqueles que defendem improváveis 1.87 ou 1,90 de altura para Elvis! Enfim, isso é só uma amostra da polêmica e da falta de precisão que rodeia o assunto.

Qual era o tipo de garota ideal para Elvis?
Embora se relacionasse tanto com loiras, ruivas e morenas, Elvis tinha um tipo de padrão de beleza feminina que lhe atraía mais. A garota ideal para Elvis tinha que ter o cabelo escuro, olhos azuis ou claros, 1.60 a 1.65m de altura, educada, bem vestida e um pouco retraída. Garotas tímidas eram especialmente atraentes para Elvis. Três coisa eram imperdoáveis em uma mulher para Elvis: beber, fumar ou falar palavrão. Elvis também insistia que todas as garotas que saíssem com ele estivessem limpas. Toda mulher que fosse passar a noite com ele tinha que tomar um banho antes de ir para a cama. As áreas de interesse erótico para Elvis eram o bumbum e as coxas. E tinha um fetiche especial: Elvis gostava que as garotas, no momento em que tirassem a roupa, estivessem usando calcinhas brancas. No mais, gostava de mulheres bem produzidas, que soubessem se vestir e se maquiar com elegância e que tivessem uma boa postura. Elvis reparava nos mínimos detalhes, se uma garota estivesse com as unhas mal feitas, por exemplo, ele lhes chamaria a atenção por este detalhe. Não se sabe o número de amantes em sua vida, mas os períodos em que mais teve casos amorosos foi no começo de sua carreira, nos anos 50, e durante seus anos em Las Vegas. Elvis achava que o casamento limitava muito a liberdade de um homem e durante seus anos com Priscilla foi bastante infiel a ela. Sobre casamentos, Elvis disse: "Eu não nasci para o casamento. Eu sou diferente"

Como Elvis se divertia?
Elvis adorava ir ao cinema. Sem dúvida era um cinéfilo, fazendo questão de assistir muitos filmes, sempre indo conferir as novidades de Hollywood. De todos os tipos de entretenimento, o cinema era o seu preferido. Quando estava servindo o exército americano, Elvis deixava de acompanhar seus amigos de farda, que preferiam ir beber ou jogar sinuca, para ir ao cinema local. Outra diversão preferida era andar de patins durante o inverno. Elvis alugava um local de patinação em Memphis, reunia seus amigos e todos iam se divertir juntos. Elvis também gostava de parques de diversões e de andar a cavalo ao lado de Priscilla. Nunca foi um membro da vida social em Hollywood, nem frequentava suas festas. Alta sociedade não era uma coisa que atraía Elvis. O que ele gostava mesmo era de ficar com sua namorada e seus amigos em ambientes mais informais, onde ele podia se divertir tranquilamente, sem pressão.

Por que Elvis nunca se apresentou fora dos Estados Unidos?
Artista de fama internacional, Elvis nunca se apresentou fora dos EUA (exceto no Canadá nos anos 50). O motivo é simplesmente absurdo: seu empresário, o coronel Parker, era um imigrante ilegal e caso tivesse que deixar o país seria simplesmente preso! E por que Elvis não o despediu? Grande artista, Elvis era um inocente no mundo dos negócios. Auxiliado por seu pai, que sabia ainda menos do que ele, Elvis se viu envolvido pelo esperto Coronel, que passou a controlar os rumos de sua vida financeira. Calcula-se que mais de 60% da fortuna de Elvis tenha ido parar nas mãos do coronel. Nos anos 70 Elvis chegou a despedir o coronel, mas depois que ele lhe mostrou o que devia pela quebra de contrato, Elvis voltou atrás e o readmitiu. Elvis queria conhecer outros públicos e países, mas sempre era barrado pelo desonesto empresário. Ficou conhecida a história de um agente japonês que veio aos EUA para contratar Elvis. O coronel pediu 50 milhões de dólares pela turnê, justamente para que o empresário nipônico desistisse da proposta. Mas ele acabou aceitando! Atendeu todas as exigências de Parker, por mais absurdas que elas fossem. Finalmente o coronel dispensou o empresário japonês afirmando que Elvis não poderia ir ao Japão porque ele tinha agenda lotada. Elvis nunca soube desse fato!

Elvis realmente tocou com os Beatles em 1965?
Segundo John Lennon sim, mas Paul, George e Ringo afirmam que nunca tocaram com Elvis. No especial de TV "The Beatles Anthology", Paul, George e Ringo contestam a história de Lennon, e afirmam que apenas conversaram com Elvis e jogaram um pouco de bilhar. Elvis nunca comentou nada sobre seu encontro com os Beatles, mas Lennon sustentou até o final de sua vida que tocou realmente com Elvis e realizou um dos sonhos de sua vida. As demais pessoas que estavam no encontro não confirmam a jam session. Parece que realmente Elvis e os Beatles nunca tocaram juntos, infelizmente.

Elvis era um viciado em drogas?
Antes de mais nada deve-se separar e entender o termo "drugs" em inglês. Esta palavra se refere também a remédios e não só a tóxicos como cocaína, heroína, maconha, etc. Infelizmente muitos jornalistas brasileiros não ficaram atentos a esse detalhe de tradução e simplesmente o traduziam como drogas, o que levou muitas pessoas a pensarem que Elvis utilizava "drogas" em sua vida. Elvis nunca utilizou ou se viciou em drogas como essas. Nunca utilizou qualquer tipo de "entorpecente recreativo", como muitas pessoas pensam. O problema químico de Elvis era outro. O principal problema de Elvis era com remédios. Esse problema se agravou quando ele foi servir o exército na Alemanha Ocidental. Um oficial médico receitou para ele alguns estimulantes, para que ele conseguisse suportar os exercícios táticos no rigoroso inverno alemão. Depois, de volta aos EUA, Elvis começou a tomar pílulas para conseguir dormir e vários outros tipos de drogas diversas. Com o tempo, conforme o organismo de Elvis ia ficando imune a esses remédios, as dosagens foram se tornando maiores. Isso se transformou numa verdadeira roleta russa química, porque os riscos de se aumentar as dosagens eram enormes. Depois, nos anos 70, Elvis começou a ter sérios problemas de saúde, muitos deles ocasionados pelo uso abusivo de remédios, e aí o número de drogas receitadas aumentou, ao ponto de Elvis não conseguir mais controlar os coquetéis de "drugs" a que era exposto. Sempre surgia um novo problema e assim Elvis de repente se viu tomando uma grande quantidade de substâncias diferentes a cada dia. Entre os remédios que Elvis tomava estavam Codeína (analgésico para aliviar dores), Quaalude (pílulas para dormir), Demerol (sedativo), Valium (tranqüilizante). Nos anos 80 seu médico particular foi acusado de receitar doses excessivas e abusivas de drogas em troca de favores financeiros.

Realmente tentaram roubar o corpo de Elvis após sua morte?
Sim. Um grupo de três homens realmente elaborou um plano para roubar o corpo de Elvis de sua sepultura original e pedir resgate. Amigos de Elvis do FBI descobriram o plano e prenderam todos os envolvidos. Isso já havia acontecido antes com outro monstro do cinema: Charles Chaplin. Alarmada, a família de Elvis pediu autorização às autoridades de Memphis para levar o corpo de Elvis para Graceland, onde teria mais segurança. Ele havia sido enterrado originalmente no cemitério Forest Hill em Memphis. Foi por essa razão que Elvis foi transportado para o jardim da meditação, nos fundos de Graceland, para o seu lugar de repouso eterno.

O que aconteceu com a última namorada de Elvis, Ginger Alden?
Depois da morte de Elvis ela tentou uma carreira de modelo, conseguindo algum sucesso. Se tornou modelo da Wella (tintas para cabelo). Nos anos 80, sem dinheiro, tentou processar a família Presley, alegando que Elvis a tinha pedido em casamento e que deveria ser ressarcida de seu "prejuízo". A batalha judicial durou anos, mas finalmente o espólio de Elvis ganhou a ação. Na tentativa final de ganhar algum dinheiro com o nome de Elvis ela passou a acompanhar alguns "clones de Elvis" em troca de cachê. Triste fim.

É verdade que Elvis não gostava de tomar banho?
Não é verdade. Esse boato foi inventado por Red West. Vale salientar que Red foi despedido por Elvis no final de sua vida, e como represália o ex guarda costas começou a espalhar várias mentiras sobre Elvis. Muitas pessoas que viveram com Elvis ou trabalharam para ele, afirmam o contrário, que Elvis tomava de dois a três banhos por dia e dava muita importância à sua higiene pessoal. Várias namoradas e empregados de Graceland confirmam esse aspecto da vida pessoal de Elvis. O próprio Red West, sem querer, se contradiz em seu livro, ao falar que todas as suítes em que Elvis se hospedava deveriam ter um estoque extra de sabonetes e toalhas.

Elvis dormia o dia todo?
Sim. Elvis dormia durante todo o dia e acordava apenas às 19:00hs. Então ele tomava um pequeno lanche, e lá pelas 22:00hs ia cuidar de seus negócios, ir ao estúdio ou então se preparar para os shows. Geralmente pelas 2:00hs da manhã Elvis fazia outra refeição e só ia se deitar para dormir lá pelas 8:00hs do dia seguinte. Elvis sofria de insônia aguda e por isso tinha muita dificuldade em dormir. Para conseguir adormecer Elvis tomava pílulas, mas às vezes, quando estava muito estressado ou deprimido, ele não conseguia dormir de jeito nenhum, nem mesmo medicado, e passava dias em claro. Claro que isso foi um dos fatores que acabaram com sua saúde.

A famosa foto que mostra Elvis no caixão é verdadeira?
Não. A foto é uma grosseira montagem que alguns jornais publicaram na época para ganhar algum dinheiro em cima da morte de Elvis. Um dos primos de Elvis tentou tirar uma foto verdadeira, embolsando alguns milhares de dólares, mas a foto queimou, por causa da iluminação no local. Para não perder o dinheiro das vendas, alguns tabloides publicaram a montagem, afirmando que ela tinha sido tirado pelo primo de Elvis. Mas tudo não passou de uma armação grosseira, que leva algumas pessoas, ainda nos dias de hoje, a acreditar em sua veracidade. Ela foi declarada oficialmente falsa em 1978, quando os Presleys ganharam na justiça um processo contra alguns desses jornais da imprensa marrom. Ainda se pode encontrá-la hoje na internet, mas sua credibilidade é zero.

Elvis era um radical de direita?
Não. Elvis nunca se posicionou publicamente sobre suas inclinações políticas. Encontrou-se com Nixon (que era republicano) e com Carter (que era democrata), mas nunca disse em que partido votava. Mas uma coisa é certa: Elvis era um patriota. Dava nomes patrióticos às suas jumpsuits (American Eagle, Bicentennial, Eagle etc..) e sempre comemorava muito o dia 4 de julho, dia da independência dos EUA. Apesar de ter servido o exército em 1958, Elvis nunca divulgou publicamente sua posição sobre a Guerra do Vietnã. Perguntado, Elvis respondia que era simplesmente um artista e que não queria desapontar seus fãs, caso eles estivessem contra ou a favor da guerra.

É verdade que Elvis não gostava de seus apelidos?
Sim, é verdade. Nunca gostou de ser chamado de "Elvis, the Pelvis", "The Hillibilly Cat" e nem muito menos gostava do título de "Rei do Rock". Sobre esse último aliás, Elvis teria afirmado em uma revista americana que "O único rei que reconheço é Jesus Cristo". Mas embora não gostasse de seus apelidos, Elvis gostava de apelidar os outros: chamava sua avó, Minnie Mae Presley, de "Dodger", sua mãe e Priscilla de "Sattnin" (um nome carinhoso) e um de seus primos mais próximos de "cabeça de batata". Para a Máfia de Memphis então era uma festa: tinha o "orelha de porco", "tetão", "orca", "Hamburguer James" (sua única função era comprar hambúrgueres para Elvis) e "orelha de abano" (esse era o apelido de seu guitarrista Scotty Moore).

Deborah Desirée é realmente a outra filha de Elvis?
Provavelmente não. Deborah foi muito visada pela mídia americana, principalmente porque tinha várias provas a seu favor: fotos de sua mãe com Elvis em Graceland, cartas de amor e até o suposto fato de que Elvis se encontrava com sua mãe Lucy até o final de sua vida. Os dois se conheceram em 1957 e foi amor à primeira vista, mas havia um problema para o romance entre ambos se concretizar: Lucy era casada com um homem mais velho! Segundo Lucy, ela ficou grávida de Elvis em 1961, após se encontrar com ele várias vezes ao longo dos anos. Lucy era um morena de olhos azuis muito bonita (esse era o tipo de mulher preferida de Elvis) e segundo ela mantiveram seu romance por muitos anos, chegando Elvis inclusive a bancar as despesas de sua suposta filha. Mas ficam as dúvidas: Por que ela só apareceu e divulgou tudo após a morte de Elvis? Por que ninguém da Máfia de Memphis conhecia Lucy? e o mais importante: Por que ela não entrou com uma ação de reconhecimento de paternidade antes de Elvis morrer? Para divulgar sua estória Lucy e a filha Deborah publicaram o livro "Are You Lonesome Tonigh?" nos anos 80.

O ator Jason Priestley é o filho bastardo de Elvis?
Definitivamente não. Para quem não está ligando o nome à pessoa, Jason Priestley é o ator que interpretou o personagem Brandon Walsh no seriado "Beverly Hills

Elvis sentia a presença de seu irmão Jesse Garon?
Segundo várias pessoas que conviveram com Elvis, ele não só sentia a presença de seu irmão morto Jesse Garon, como também conversava com ele às vezes. Um das primeiras coisas que Elvis aprendeu de sua mãe na infância, era que ele tinha um irmãozinho que havia se tornado um anjo de Deus e que iria acompanhá-lo e ajudá-lo durante toda sua vida. Um fato se tornou notório entre os membros da Máfia de Memphis: Uma noite, durante uma reunião de amigos, Elvis subitamente parou a conversa e para espanto de todos, se dirigiu aos jardins de Graceland. Joe Esposito perguntou a Elvis: "Ei Elvis! Aonde você vai?". Elvis respondeu: "Tenho que ir. Meu irmão quer falar comigo". E foi, para o jardim no meio da escuridão, onde ficou por cerca de meia hora conversando com uma entidade! Ninguém sabe o que realmente aconteceu.

O que aconteceu aos pertences pessoais de Elvis?
Simplesmente sumiram. Os objetos mais pessoais de Elvis, sua Bíblia, seus livros preferidos, algumas de suas roupas e documentos simplesmente desapareceram de Graceland após sua morte. Quem primeiro deu falta das coisas de Elvis foi Priscilla no dia de seu funeral. Ao longo dos anos, esses objetos nunca apareceram. Para evitar novos desaparecimentos ou furtos, Priscilla resolveu contratar uma empresa especial que catalogou todos os itens da vida de Elvis, suas guitarras, seus violões, jumpsuits etc, e os organizou em um grande depósito em Memphis. O endereço deste local é mantido em segredo, pois hoje ele guarda o bem mais precioso da família Presley: a memória de toda a carreira de Elvis.

O que era a Máfia de Memphis?
Calma, Elvis não estava envolvido com o crime organizado. A "Máfia de Memphis" era o apelido que Elvis dava para a sua turma de amigos, muitos deles de infância. Geralmente eram 10, 12 caras que acompanhavam Elvis para todos os lugares, na maioria das vezes funcionando como guarda costas. Mas eram muito mais do que isso, eram considerados por Elvis como seus "verdadeiros amigos e irmãos". O núcleo central era formado pelos irmãos Red e Sonny West, Joe Esposito, Lamar Fike e Charlie Hodge. Mas essa amizade teria um triste final em 1976. Influenciado por seu pai, Elvis resolveu despedir todos eles, principalmente por ter sido processado por pessoas que haviam sido agredidas por seus "capangas". Os caras deram o troco para Elvis depois, assinando milionários contratos para revelar as histórias e os "podres" de Elvis. Foi assim que nasceu o livro "Elvis, what happened?", que contava tudo sobre Elvis. Livro sensacionalista ao extremo, mostrava um Elvis diferente do que o público conhecia: um drogado, maníaco sexual, mulherengo extremado e narcisista supremo. Claro que no meio de tudo isso havia muitas mentiras e histórias não verdadeiras, mas para a mídia da época foi uma festa. Elvis tentou se recuperar e formou uma nova "Máfia de Memphis", desta vez com os filhos de sua madrasta e policiais amigos dele. Segundo um autor: "Elvis agora não tinha mais ao seu lado irmãos em armas, e sim garotos e policiais de aluguel". Apesar de tudo o que aconteceu, a Máfia de Memphis foi sinônimo do estilo de vida de Elvis por mais de 20 anos. E John Lennon resumiu tudo com uma frase muito inteligente: "Um rei sempre acaba sendo morto por seus vassalos".

O que ocorreu no camarim de Elvis, antes de seu último show em Las Vegas?
Elvis mandou chamar um pastor. Com sua Bíblia na mão, Elvis perguntou ao missionário John L. Rubbard (para alguns autores, o pastor era Rex Humbard): "É certo que Cristo virá logo?" e começou a chorar. Depois ambos se ajoelharam e Elvis começou a orar fervorosamente exclamando "Me perdoe meu Deus, não posso continuar..." Anos depois o pastor afirmou que Elvis teve uma premonição de que algo grandioso estava para acontecer. Esse seria o último show de Elvis em Las Vegas, meses depois ele seria encontrado morto em Graceland, no dia 16 de agosto de 1977.

Pablo Aluísio - Janeiro de 2004.