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terça-feira, 7 de março de 2023

As Duas Faces de Zorro

Título no Brasil: As Duas Faces de Zorro
Título Original: Zorro: The Gay Blade
Ano de Lançamento: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Peter Medak
Roteiro: Hal Dresner, Greg Alt
Elenco: George Hamilton, Lauren Hutton, Brenda Vaccaro, Ron Leibman, Donovan Scott, Carolyn Seymour

Sinopse:
No século XIX um jovem nobre chamado Don Diego Vega (George Hamilton) passa a assumir a identidade do Zorro, um espadachim todo vestido de negro, para ajudar e distribuir justiça entre os mais fracos e oprimidos. E assim logo se  torna uma lenda na região da Califórnia onde passa a agir nas noites escuras das vilas locais. 

Comentários:
Mais uma versão para o cinema do personagem Zorro. O diferencial aqui veio do elemento humor. O ator George Hamilton, o eterno galã de bronzeado perfeito, esbanja carisma e bom humor quando interpreta um afetado e afeminado nobre Don Diego. Ele se veste com roupas cor-de-rosa e parece ser mais uma caricatura de um homossexual em piadas de bar. Tudo para disfarçar o fato de que nas madrugadas se torna o corajoso e excelente espadachim Zorro. Afinal quem poderia desconfiar que aquele homossexual seria na realidade o justiceiro mascarado? Hoje em dia, claro, algo assim tão exagerado iria levantar muitas polêmicas e o filme poderia até ser acusado de ser meio homofóbico. Só que obviamente não era essa a intenção dos produtores e dos roteiristas. O filme apenas apela, em algumas situações, para um tipo mais exagerado de humor. Descaracterizou o personagem original? Sim, um pouco, mas entenddo que tudo foi feito tentando tornar o filme mais divertido para o público da época. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Lassiter

Título no Brasil: Lassiter, um Ladrão Quase Perfeito
Título Original: Lassiter
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Golden Harvest Company, Pan Pacific Productions
Direção: Roger Young
Roteiro: Roger Young
Elenco: Tom Selleck, Jane Seymour, Lauren Hutton, Bob Hoskins, Joe Regalbuto, Ed Lauter

Sinopse:
Um ladrão de joias é preso e, para evitar a prisão, deve invadir a fortemente protegida Embaixada da Alemanha para roubar milhões em joias. Seus planos porém se tornam bem complicados de se realizar.

Comentários:
Tom Selleck nunca conseguiu se firmar no mundo do cinema. Ele era um astro da TV americana, principalmente depois do sucesso de Magnum, mas sua transição definitiva para o cinema nunca foi completa. Ele fez filmes esporádicos, nenhum de enorme sucesso de bilheteria e até foi cotado para ser James Bond, mas em termos de sétima arte ele nunca conseguiu se mudar para Hollywood. Esse filme aqui foi uma das tentativas de levar Selleck para as telas de cinema. E por falar em Bond, o filme tem vários elementos nesse estilo, mas sem conseguir atingir seu alvo. É um filme fraco, embora apresente uma direção de arte bonita. O ator Tom Selleck até que está bem no papel de um refinado ladrão de joias, ao estilo "Ladrão de Casaca", mas obviamente ele nunca seria Cary Grant mesmo. Hoje em dia é um filme bem raro de se encontrar. Eu me recordo que foi lançado em fita VHS no Brasil, mas já naqueles tempos seu lançamento também foi bem discreto.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de abril de 2014

Gigolô Americano

Título no Brasil: Gigolô Americano
Título Original: American Gigolo
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Paul Schrader
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: Richard Gere, Lauren Hutton, Hector Elizondo

Sinopse:
Julian (Richard Gere) é um homem sofisticado, fino e educado, que ganha a vida realizando programas sexuais com mulheres mais maduras e solitárias. Em um desses atendimentos algo saiu errado e ele acaba sendo acusado de assassinato. Sem álibi ou meios de refutar as acusações acaba entrando em uma teia de conspirações da qual não consegue mais sair.

Comentários:
Lançado no começo da década de 80 "Gigolô Americano" foi uma das produções mais conhecidas da carreira de Richard Gere. O filme ainda continua interessante e não envelheceu tanto assim. Na realidade o tema é até curioso e por isso pode ainda nos dias atuais chamar a atenção. Richard Gere, cheio de maneirismos e bastante jovem, está bem adequado ao papel muito embora a qualidade de sua interpretação seja oscilante, onde ele se sai melhor nas cenas de sedução. Já nos momentos mais dramáticos falta realmente maior domínio de cena. O roteiro tem uma contradição absurda. Em determinado momento do filme um marido traído lhe oferece dinheiro para que ele deixe de ter um caso com sua esposa. Cheio de escrúpulos o personagem de Gere recusa a proposta! Como engolir algo assim de uma pessoa que vive de comercializar justamente os envolvimentos com suas clientes, que faz programas em troca de dinheiro? Será que teria mesmo tantos valores morais de uma hora para outra? Realmente incoerente e inverossímil...

Outra questão não condizente com a realidade dos fatos surge quando Gere se recusa a fazer programas com homens, não aceitando ser "michê". Ora a prostituição masculina é quase que inteiramente vinculada a homossexuais, pois o serviço prestado a mulheres é infinitamente menor em termos de número de clientes e dinheiro. Se o gigolô feito por Gere se limitasse a só sair com mulheres ele certamente não conseguiria manter o alto padrão de vida que ostenta no filme (carro de luxo, apartamento chic e roupas de grife). Visualmente o filme tem uma estética que foi muito utilizada nos anos 80, com farto jogo de luz e sombra (como nos momentos em que a luz refletida nas persianas incide sobre os personagens). Esse mesmo artifício seria muito usado ainda em filmes como “Nove Semanas e Meia de Amor” (curiosamente com temática semelhante, erótica sensual). De qualquer forma, tirando esses problemas de lógica, "Gigolô Americano" é um bom filme, tem bom ritmo, tema chamativo e uma subtrama envolvendo assassinato. Vale a pena conferir (ou rever).

Pablo Aluísio.