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domingo, 13 de dezembro de 2020

Spider - Desafie Sua Mente

Título no Brasil: Spider - Desafie Sua Mente
Título Original: Spider
Ano de Produção: 2002
País: Inglaterra
Estúdio: Odeon Films
Direção: David Cronenberg
Roteiro: Patrick McGrath
Elenco: Ralph Fiennes, Miranda Richardson, Gabriel Byrne, Lynn Redgrave, John Neville, Bradley Hall

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Patrick McGrath, o filme conta a história de um homem com problemas mentais, interpretado pelo ator Ralph Fiennes, que já não consegue separar os delírios de sua mente perturbada, dos fatos reais, da realidade. Ele sempre está revivendo momentos traumáticos de seu passado, na infância, quando algo muito trágico aconteceu com sua mãe.

Comentários:
Esse filme inglês foi muito badalado em Cannes no ano de seu lançamento, a ponto inclusive de concorrer à Palma de Ouro. É um trabalho brilhante da dupla David Cronenberg e Ralph Fiennes. Na direção Cronenberg montou uma narração cinematográfica simplesmente brilhante, onde o espectador entra diversas vezes na mente do protagonista. E isso não é algo fácil de se fazer na tela, uma vez que o personagem em questão é um doente mental, uma pobre criatura que não consegue ser muito funcional na vida, pouco se comunicando com outras pessoas e interagindo ao mínimo com o ambiente em que vive. Ralph Fiennes, que o interpreta, está soberbo no papel. Logo quando ele desce em uma estação de trem em Londres, na primeira cena do filme, descobrimos que aquela pessoa tem sérios problemas. Falando baixinho consigo mesmo, sempre anotando palavras em um pequeno caderninho que leva, ele não consegue socializar com ninguém. Acaba indo, com muitas dificuldades, para uma casa no subúrbio da cidade. O governo inglês mantém esses "lares" para pessoas com doenças mentais. É uma maneira de tirá-los de hospícios, para quem sabe, um dia, viverem uma vida mais normal, mais integrada com a sociedade. É um filme muito bem organizado, que deixa uma sensação de compaixão no espectador. E o final é simplesmente impactante. Passado e presente se mostram da forma mais cruel e surpreendente que se possa imaginar.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

As Aventuras do Barão Munchausen

Título no Brasil: As Aventuras do Barão Munchausen
Título Original: The Adventures of Baron Munchausen
Ano de Produção: 1988
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Prominent Features
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Charles McKeown, Terry Gilliam
Elenco: John Neville, Eric Idle, Sarah Polley, Oliver Reed, Charles McKeown, Winston Dennis

Sinopse:
Karl Friedrich Hieronymus von Münchhausen, o Barão de Munchausen, decide contar toda as suas aventuras quando serviu como militar na guerra Russo-Austríaca, exagerando e muito nas suas próprias façanhas. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de arte, figurino, efeitos especiais e maquiagem.

Comentários:
O  Barão Munchausen viveu no século XVIII. Ele foi um homem de muita imaginação. Gostava de contar histórias e transformava a mania de contar mentiras, lorotas, em arte. Claro, não fazia isso por maldade ou para prejudicar ninguém. Era apenas uma forma de passar o tempo, divertindo seus amigos mais próximos. Suas conversas ficaram tão populares na época que o escritor Rudolf Erich Raspe resolveu reunir tudo em um único livro, de literatura juvenil. E foi justamente esse livro que preservou esses contos. Também se tornou a base do roteiro desse filme de Terry Gilliam, ex-membro do grupo de humor inglês Monty Python. Ele caprichou no visual do filme que mais parece um espetáculo circense da era medieval. Ficou bonito de se assistir, uma direção de arte que merecia mesmo ter vencido o Oscar. É um filme com visual único, singular. Porém é necessário ao espectador conhecer primeiro a história do verdadeiro Barão, para que tudo funcione bem. Eu me recordo que assisti ao filme em VHS. Achei tudo muito requintado. O filme é um retrato de uma época cultural, uma imagem do folclore europeu de então. Uma maneira de preservar os feitos imaginários daquele que acabou sendo conhecido como "o maior mentiroso da história". Isso claro, não no sentido pejorativo do termo, mas sim sob o ponto de vista da arte de se contar histórias.

Pablo Aluísio.