sábado, 5 de agosto de 2017
Além das Palavras
Não é um filme indicado para todos os públicos pois tem seu próprio ritmo que, para alguns, vai soar excessivamente parado e lento. Para falar a verdade não existe nenhum momento absurdamente dramático em todo o filme, com o roteiro procurando, ao invés disso, investir em diálogos bem trabalhados, excessivamente detalhistas. É algo compreensível pois o público alvo desse tipo de produção é aquele mais intelectualizado que gosta de literatura e que acima de tudo admira a obra de Dickinson. Por essa razão em alguns momentos ficamos com a impressão de estarmos assistindo a um teatro filmado, pois as palavras que os atores declamam não parecem naturais, nem para aquela época, do século XIX. Por fim se sobressaem também os problemas que a poetisa teve que enfrentar em sua vida, inclusive um tipo de fobia social que a impedia de se relacionar normalmente com as pessoas que não faziam parte de seu círculo familiar mais íntimo. De modo em geral, apesar de ser uma obra cinematográfica densa, gostei do filme. É de certa maneira um bom convite para descobrir mais sobre essa escritora.
Além das Palavras (A Quiet Passion, Inglaterra, Bélgica, 2016) Direção: Terence Davies / Roteiro: Terence Davies / Elenco: Emma Bell, Sara Vertongen, Rose Williams / Sinopse: O filme conta a história da poetisa norte-americana Emily Dickinson, desde seus primeiros anos na escola, quando já se destaca por causa de sua personalidade única, até o fim de sua vida, quando precisou enfrentar inúmeros problemas de saúde, além dos preconceitos sociais da época que a estigmatizaram por ser uma mulher solteira e solitária, que se dedicava apenas aos seus escritos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Pânico na Neve
O filme seria mais verossímil se fosse passado em outra época. Isso porque é praticamente impossível nos dias de hoje um grupo de 3 jovens sem celular. Pois bastava ter um celular para que toda a situação fosse resolvida. Eles chamariam por socorro e alguém os tiraria de lá. A questão dos lobos também é controversa. Em uma estação de esqui com grande movimento jamais haveria tantos lobos assim pelas redondezas, além disso não seriam bestas assassinas como mostradas no filme. De qualquer forma tirando isso o filme até que é eficiente e dentro de sua proposta cumpre bem seu papel. Só acho que dez minutos a menos ajudaria bastante, o filme não é longo, mas como se trata de uma única situação isso serviria para dar mais agilidade ao enredo em si.
Pânico na Neve (Frozen, Estados Unidos, 2010) Direção: Adam Green / Roteiro: Adam Green / Elenco: Shawn Ashmore, Emma Bell, Kevin Zegers / Sinopse: Três jovens ficam presos por engano em um periférico no alto de uma montanha. Sem possibilidade de serem socorridos antes de serem congelados pelo tempo hostil eles tentam de todas as formas escapar da terrível situação.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Premonição 5
Eu particularmente nunca fui muito fã dessa franquia Premonição. Na realidade curto mais quando há um assassino serial em cena ao estilo Jogos Mortais ou Sexta Feira 13. Em Premonição o "ceivador" é a própria morte que obviamente nunca aparece mas que vem buscar a vida de quem foi salvo dela por alguém que teve alguma premonição antes da tragédia ocorrer. A fórmula é essa e não muda nesse novo flme da série. Assistindo ao filme fiquei pensando como o ser humano é masoquista e abutre. Só isso explica o sucesso desses filmes até porque o roteiro não passa de uma sucessão de mortes horrendas, uma atrás da outra. Os personagens não tem profundidade nenhuma e só estão lá esperando a hora de ir para o buraco.
Então se o filme não tem roteiro, nem interpretação e nem direção a única razão de existir é aquele sentimento carniceiro de quem vê os outros se dando mal e fica lá curtindo a cena! rs. O filme tem um elenco de gente desconhecida e nenhum chama atenção. As mortes variam desde as cômicas (do cara na massagem japonesa) até as que dão agonia (como da garota no oftalmologista). Só não consegui entender como um filme tem uma cena inicial de alto impacto numa ponte indo ao fundo do mar ao mesmo tempo em que mostra um clímax mixuruca numa cozinha de restaurante! Isso é o que eu chamo de inversão de valores do roteiro. Em suma, "Premonição 5" é mais do mesmo. Uma morte sucede outra que sucede outra e nada mais do que isso. Se faz o seu estilo faça bom proveito.
Premonição 5 (Final Destination 5, Estados Unidos, 2011) Direção: Steven Quale / Roteiro: Eric Heisserer, Jeffrey Reddick / Elenco: Nicholas D'Agosto, Emma Bell, Arlen Escarpeta / Sinopse: Sobreviventes de um colapsto de uma ponte acabam encontrando a morte de diversas formas tempos depois.
Pablo Aluísio.