Um traficante de drogas joga uma carga de cocaína enquanto sobrevoava uma floresta. Embalada em pequenos pacotes, a cocaína acaba sendo devorada por um urso preto selvagem. Enlouquecido pela droga, ele passa então a atacar de forma violenta pessoas desavisadas que passam pelo seu território. Pois é, a premissa que parece absurda na realidade se baseia em um fato real que aconteceu nos Estados Unidos na década de 1980. O roteiro desse filme então mescla situações reais desse inusitado evento com personagens de mera ficção para obviamente criar um vínculo emocional (mínimo que seja) entre o espectador e os diversos personagens que vão acabar sendo devorados pelo urso chapado de cocaína.
O filme foi malhado pela crítica em seu lançamento. Chegou inclusive a ser lançado nos cinemas brasileiros recentemente. Eu pessoalmente não me aborreci com o filme e nem tampouco fiquei chateado por tê-lo visto. Penso que é um filme OK. Nada memorável, daqueles que se pode assistir uma vez, sem maiores problemas. É um filme curto que vai direto ao ponto e isso é um aspecto positivo. É um filme de urso assassino matando por estar doidão de cocaína. Simples assim. Há uma tentativa também de se colocar um pouco de humor na fita, algo que definitivamente não combina muito bem com as cenas de muita violência. Ainda assim, tudo bem, não me cansou e nem me aborreceu. Foi também um dos últimos filmes do ator Ray Liotta. Os produtores colocaram uma pequena mensagem em honra à sua memória. Não foi, claro, a melhor das despedidas, mas está valendo. O filme no final das contas cumpre o que promete.
O Urso do Pó Branco (Cocaine Bear, Estados Unidos, 2023) Direção: Elizabeth Banks / Roteiro: Jimmy Warden / Elenco: Keri Russell, Ray Liotta, Alden Ehrenreich, O'Shea Jackson Jr / Sinopse: Um urso fica enlouquecido após comer e cheirar pacotes cheios de cocaína que foram jogadas na reserva natural onde vive nos Estados Unidos. História baseada em fatos reais.
Pablo Aluísio.