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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Respondendo à Bala

Quando o filme começa, encontramos um soldado da cavalaria dos Estados Unidos bem no meio do deserto. Ele está tentando chegar na cidade mais próxima. Só que nada é tão ruim que não possa piorar. Logo se vê cercado por um grupo de guerreiros indígenas. São nativos da nação Cheyenne. Liderados por um jovem guerreiro arrogante que deseja pegar seu cavalo e suas armas. E se o soldado reclamar muito, provavelmente morrerá. O roubo acaba sendo interrompido com a chegada de um velho cacique e líder da tribo. Ele impede o crime. Ambos vão se reencontrar mais na frente no filme, quando um tenente da cavalaria, um sujeito sem experiência e sem via diplomática, resolve combatê-los. É uma situação complicada, porque junta um tenente incompetente do exército americano, que não tem nenhum tipo de sabedoria para lidar com os índios, com um guerreiro que no fundo só pensa em matar todo homem branco que encontrar pela frente. 

Temos aqui até um bom filme de faroeste dos anos 60. As guerras indígenas estão no ar, mas ainda limitadas por um tratado entre o homem branco e o índio que vivia naquela região. O roteiro também aproveita para trazer alguns personagens históricos reais do velho Oeste. Uma delas é a famosa Calamity Jane, que ficou muito conhecida no cinema pelo filme "Ardida como Pimenta", onde era interpretada por Doris Day. Ela é apaixonada pelo soldado, mas é um romance daqueles que não vai para frente. Para quem gosta de um pouco de ação, há um bom conflito envolvendo soldados e peles vermelhas no deserto. E não faltam também alguns toques de sutileza e humor. Fazendo com que o filme muitas vezes fique bem leve para toda a família.

Respondendo à Bala (The Plainsman, Estados Unidos, 1966) Direção: David Lowell Rich / Roteiro: Michael Blankfort / Elenco: Don Murray, Guy Stockwell, Abby Dalton / Sinopse: Um militar da cavalaria dos Estados Unidos se vê envolvido em uma guerra entre o exército e os indígenas em uma região deserta daquele país. E tudo isso acontecendo no momento em que ele estava dando baixa do serviço militar.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Aeroporto 79 - O Concorde

Mais um filme da longa franquia cinematográfica “Aeroporto”. Aqui a grande estrela não é o elenco de veteranos como aconteceu nos filmes anteriores, mas sim o próprio avião, o Concorde, uma aeronave de tripulantes que ficou famosa por sua velocidade, conseguindo fazer um vôo entre Paris e Nova Iorque em menos de três horas. Na época que essa produção foi lançada, o Concorde era o que de mais avançado existia em termos de aviação comercial no mundo. Um jato de linhas modernas e aerodinâmica arrojada, que infelizmente se mostrou ser um desastre comercial nos anos que viriam. Os preços das passagens eram caros demais, fora do alcance de passageiros de classe média,que sempre formaram a maior parte dos consumidores dos vôos comerciais. Além disso, seu custo de operação era muito alto, tornando inviável muitos vôos semanais entre Estados Unidos e a Europa. Há poucos anos o Concorde foi oficialmente aposentado, principalmente após um terrível acidente em que uma das turbinas pegou fogo em pleno ar, matando todos os passageiros e tripulantes. 

Já o filme, bem, qualquer desastre que tenha acontecido com o Concorde na vida real não pode nem ser comparado com a sucessão de desastres pelos quais passa o avião aqui. Apesar de uma certa euforia pela máquina em si, os roteiristas capricharam bem no fator "disaster movie" que era afinal o principal atrativo para esse estilo de filmes, que passaria a ser chamado no Brasil de "cinema catástrofe". O enredo é relativamente simples. Uma jornalista acaba conseguindo uma série de documentos que incriminam um rico industrial americano chamado Kevin Harrison, interpretado pelo ator Robert Wagner. A papelada prova que ele, através de suas indústrias, vendeu sistematicamente armas para governos corruptos e grupos terroristas ao redor do mundo. A repórter que está no avião pretende revelar tudo assim que chegar em Moscou. Para impedir sua divulgação o magnata decide derrubar o Concorde em pleno vôo durante sua viagem de Nova Iorque até Moscou.

Para concretizar seus planos ele literalmente tenta de tudo: mísseis, sabotagem e até mesmo uso de armas de última geração para levar ao chão o majestoso avião. O piloto do Concorde, Capitão Paul Metrand, é interpretado por um dos maiores galãs da história do cinema europeu, o astro francês Alain Delon. Já a atriz Sylvia Kristel, da série erótica Emmanuelle, atua como Isabelle, uma das aeromoças da aeronave. No campo dos efeitos especiais temos altos e baixos, pois boas cenas são intercaladas com montagens constrangedoras de tão mal feitas. É o preço pela passagem do tempo. No final de tudo temos um entretenimento com muitos absurdos de lógica e argumento, mas que diverte, caso o espectador deixe de reparar nos inúmeros furos do roteiro. De forma geral, apesar de tudo, o filme ainda consegue ser um dos mais originais da série "Aeroporto".

Aeroporto 79 - O Concorde (The Concorde... Airport '79, Estados Unidos, 1979) Direção: David Lowell Rich / Roteiro: Jennings Lang baseado na novela de Arthur Hailey / Elenco: Alain Delon, Susan Blakely, Robert Wagner, Sylvia Kristel, George Kennedy / Sinopse: Durante um vôo entre Nova Iorque e Moscou, um avião Concorde se torna alvo de um industrial poderoso que decide derruba-lo a todo custo. Ele quer evitar que seus casos de corrupção venham à tona. As provas se encontram com uma jornalista que está viajando no moderno avião de passageiros.

Pablo Aluísio.