Tom Selleck foi o escolhido pelo diretor Steven Spielberg para estrelar o primeiro filme com o personagem Indiana Jones, "Os Caçadores da Arca Perdida". O próprio personagem em si foi escrito e criado pela dobradinha Spielberg e George Lucas com o ator em mente. Selleck porém nunca interpretaria o mais famoso arqueólogo da história do cinema. Ele tinha compromissos contratuais com a série "Magnum" que na época era um dos maiores sucessos de audiência da TV americana. Assim teve que recusar o convite, que muito provavelmente teria mudado sua carreira para sempre. O sucesso do filme de Spielberg foi espetacular, uma das maiores bilheterias de todos os tempos. Imaginem o que teve ter sentido o pobre Selleck vendo Harrison Ford se consagrar em um papel que tinha sido escrito especialmente para ele. Como não se pode voltar atrás, retornando ao passado para consertar velhos erros, o jeito foi tentar superar tudo isso de uma maneira diferente.
Assim Selleck surgiu nas telas com essa aventura "High Road to China". Um filme que, assim como as produções com Indiana Jones, procuravam reviver o espírito dos antigos filmes de aventuras das matinês das décadas de 1930 e 1940. Infelizmente só ficou tudo nas boas intenções mesmo. Apesar de ter boas cenas, principalmente captadas no ar, por cima de montanhas geladas, o filme nunca decola de verdade. É mal escrito e tem um roteiro chato e confuso. A boa produção está lá, Selleck o ex-futuro Indy também, mas nada dá muito certo. Um filme bonito de se ver, temos que admitir, mas complicado de se chegar até o fim por causa de seu desenvolvimento arrastado e tedioso. Para piorar foi um tremendo fracasso de bilheteria, sumindo dos cinemas tão rapidamente como chegou. Outra boa produção que foi prejudicada por um roteiro ruim. Mesmo com todos esse problemas "Na Rota do Oriente" ainda conseguiu ser indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme - Fantasia e Melhor Atriz (Bess Armstrong). Um breve consolo que evitou que o filme se tornasse um desastre completo e absoluto.
Na Rota do Oriente (High Road to China, Estados Unidos, Iugoslávia, Hong Kong, 1983) Direção: Brian G. Hutton / Roteiro: Jon Cleary, Sandra Weintraub/ Elenco: Tom Selleck, Bess Armstrong, Jack Weston. / Sinospe: Aventura e ação pelos céus do oriente, com o astro de Magnum Tom Selleck.
Pablo Aluísio.
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sexta-feira, 17 de julho de 2015
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
O Desafio das Águias
General americano é feito prisioneiro por tropas alemãs. O alto oficial tem conhecimento dos planos aliados para o desembarque do dia D. Temendo que sob tortura ele revele esses planos uma equipe de elite do exército inglês é enviada com a missão de resgatá-lo de uma fortaleza quase inexpugnável onde ele é mantido sob rígida vigilância. Juntar o veterano Richard Burton ao jovem Clint Eastwood em um filme que une II Guerra Mundial e contra espionagem parece, a priori, uma ótima ideia. Foi justamente isso que o diretor Brian G. Hutton fez no finalzinho dos anos 60 com esse "O Desafio das Águias". O filme é ágil (apesar da duração) e mantém um bom nível nas diversas cenas de ação. Embora haja uma interessante subtrama de espionagem envolvida no roteiro o que dá o tom aqui realmente são as cenas de batalha, sabotagem e alpinismo. O filme em nenhum momento nega seu objetivo de ser um entretenimento de bom nível apenas. Em uma época em que os efeitos visuais eram primitivos, as cenas no teleférico da base alemã nos alpes impressiona. Embora o uso de back projection seja claro se percebe também que os dublês realmente ficaram pendurados por lá em diversos momentos, o que demonstra como eram bons em suas funções.
Curioso entender que "O Desafio das Águias" faz parte da última geração de filmes de guerra aonde não se discutia ou se colocava em debate os problemas que conflitos como esse causavam. De certa forma os filmes de guerra mudariam radicalmente com o lançamento de "Apocalypse Now" alguns anos depois. Ao invés de simples filmes de ação as produções desse gênero iriam ser bem mais psicológicas, nada ufanistas ou patrióticas. Tudo iria desandar no chamado círculo do Vietnã com filmes que iriam invadir as telas na década de 80. Nesse aspecto não procurem nada parecido aqui em " Where Eagles Dare" pois o filme é pura diversão escapista apenas. Se o roteiro não inova o elenco pelo menos é de primeira linha. Richard Burton, já envelhecido e com olhos de ressaca (seu alcoolismo só aumentou ao longo dos anos) consegue dar conta do recado, apesar de estar visivelmente fora de forma. Já Clint Eastwood mostra porque iria se tornar um dos grandes astros de Hollywood. Jovial, com vasta cabeleira e pinta de durão o futuro Dirty Harry não economiza nas balas e nas porradas, ambas distribuídas fartamente ao longo do filme. Enfim, "Desafio das Águias" é indicado para apreciadores de filmes de guerra bem movimentados, com fartas doses de ação e que não se importem com um ou outro furo do roteiro. Faz parte de uma linha de produção que estava chegando ao fim. Filmes de guerra com muita ação e só. Se isso faz seu gosto pessoal procure assistir, não vai se arrepender.
O Desafio das Águias (Where Eagles Dare, Reino Unido, 1968) Direção: Brian G. Hutton / Roteiro: Alistair MacLean baseado no romance de Alistair MacLean / Elenco: Richard Burton, Clint Eastwood, Mary Ure, Patrick Wymark / Sinopse: General americano é feito prisioneiro por tropas alemãs. O alto oficial tem conhecimento dos planos aliados para o desembarque do dia D. Temendo que sob tortura ele revele esses planos uma equipe de elite do exército inglês é enviada com a missão de resgatá-lo de uma fortaleza quase inexpugnável onde ele é mantido sob rígida vigilância.
Pablo Aluísio.
Curioso entender que "O Desafio das Águias" faz parte da última geração de filmes de guerra aonde não se discutia ou se colocava em debate os problemas que conflitos como esse causavam. De certa forma os filmes de guerra mudariam radicalmente com o lançamento de "Apocalypse Now" alguns anos depois. Ao invés de simples filmes de ação as produções desse gênero iriam ser bem mais psicológicas, nada ufanistas ou patrióticas. Tudo iria desandar no chamado círculo do Vietnã com filmes que iriam invadir as telas na década de 80. Nesse aspecto não procurem nada parecido aqui em " Where Eagles Dare" pois o filme é pura diversão escapista apenas. Se o roteiro não inova o elenco pelo menos é de primeira linha. Richard Burton, já envelhecido e com olhos de ressaca (seu alcoolismo só aumentou ao longo dos anos) consegue dar conta do recado, apesar de estar visivelmente fora de forma. Já Clint Eastwood mostra porque iria se tornar um dos grandes astros de Hollywood. Jovial, com vasta cabeleira e pinta de durão o futuro Dirty Harry não economiza nas balas e nas porradas, ambas distribuídas fartamente ao longo do filme. Enfim, "Desafio das Águias" é indicado para apreciadores de filmes de guerra bem movimentados, com fartas doses de ação e que não se importem com um ou outro furo do roteiro. Faz parte de uma linha de produção que estava chegando ao fim. Filmes de guerra com muita ação e só. Se isso faz seu gosto pessoal procure assistir, não vai se arrepender.
O Desafio das Águias (Where Eagles Dare, Reino Unido, 1968) Direção: Brian G. Hutton / Roteiro: Alistair MacLean baseado no romance de Alistair MacLean / Elenco: Richard Burton, Clint Eastwood, Mary Ure, Patrick Wymark / Sinopse: General americano é feito prisioneiro por tropas alemãs. O alto oficial tem conhecimento dos planos aliados para o desembarque do dia D. Temendo que sob tortura ele revele esses planos uma equipe de elite do exército inglês é enviada com a missão de resgatá-lo de uma fortaleza quase inexpugnável onde ele é mantido sob rígida vigilância.
Pablo Aluísio.
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