Scarlett (Perdita Weeks) é uma jovem estudante de história que quer prosseguir nas pesquisas de seu pai, procurando encontrar a pedra Pedra filosofal das lendas envolvendo o famoso alquimista Nicolas Flamel. Após encontrar pistas em uma escavação no Irã, ela parte em direção a Paris pois cria a firme convicção que o tal objeto místico pode ser encontrado nas catacumbas da cidade. Ao lado de outros jovens ela inicia uma expedição pelas cavernas da região, dando início a uma verdadeira aventura de desespero e medo inimagináveis. Mais um mockumentary de terror (filmes que parecem realizados como meras filmagens amadoras, embora sejam profissionais, algo como um "falso documentário"). Particularmente ando bem cansado desse tipo de filme. Um dos maiores problemas é a falta de foco nas câmeras, as tremedeiras e os momentos em que você não consegue visualizar nada do que está acontecendo. Quando os personagens saem correndo então, é uma coisa profundamente irritante. Em prol de uma falsa realidade o espectador acaba tonto com tantas cenas confusas e caóticas.
O enredo desse filme também não ajuda muito, uma salada indigesta que mistura elementos de produções como "O Código Da Vinci", passando por momentos que copiam a franquia Indiana Jones (com direito até a um cavaleiro templário com corpo incorrupto), chegando até as raias do puro trash. A trama é uma bobagem e mistura um monte de lendas históricas diferentes sem nenhum critério. Assim que os jovens exploradores entram nas catacumbas de Paris o filme se torna simplesmente insuportável com tantos clichês e ideias batidas. Em vista disso você pode esquecer a vontade de sentir medo de verdade com o filme, pois só irá se amedrontar com o que se passa se for muito ingênuo ou impressionável. Além disso se você odeia ambientes fechados ou sofre de algum tipo de claustrofobia é melhor desistir, pois praticamente 80% da fita se passa em lugares cavernosos, com pouca ou nenhum luz. Resumindo tudo, poderia encerrar essa breve resenha dizendo que "As Above, So Below" é simplesmente chato, cansativo e enjoativo. Não vá perder seu tempo com esse terrorzinho B pois vai se arrepender.
Assim na Terra Como no Inferno (As Above, So Below, Estados Unidos, 2014) Estúdio: Legendary Pictures / Direção: John Erick Dowdle / Roteiro: Drew Dowdle, John Erick Dowdle
Elenco: Perdita Weeks, Ben Feldman, Edwin Hodge, François Civil / Sinopse: Jovem procura por um artefato que pertenceu a um famoso alquimista do passado, mas só acaba encontrando desespero, morte e terror por onde passa.
Pablo Aluísio.
Mostrando postagens com marcador John Erick Dowdle. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador John Erick Dowdle. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 1 de março de 2019
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Demônio
Título no Brasil: Demônio
Título Original: Devil
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Erick Dowdle
Roteiro: Brian Nelson, M. Night Shyamalan
Elenco: Chris Messina, Geoffrey Arend, Bojana Novakovic, Logan Marshall-Green
Sinopse:
Um grupo de pessoas, sem qualquer aparente ligação entre si, fica preso em um elevador de um grande prédio de uma metrópole americana. Diante dessa situação verdadeiramente claustrofóbica começam a ocorrer eventos inexplicáveis, de natureza sobrenatural. Atos de violência são cometidos dentro do elevador e todos procuram sobreviver àquele caos e desespero.
Comentários:
M. Night Shyamalan acabou virando um diretor do tipo “ame ou odeie”. Embora tenha começado muito bem sua carreira com filmes intrigantes como "O Sexto Sentido" o fato inegável é que o cineasta anda meio perdido atualmente. Como se não bastassem os fracassos de público e crítica ele agora tenta inovar em um gênero que o diretor mostra não ter muito domínio. Aqui ele tentou segundo suas próprias palavras "criar um terror no ambiente urbano das grandes cidades". Embora o filme "Demônio" seja assinado pelo inexpressivo John Erick Dowdle a verdade é que essa produção tem a marca inconfundível do indiano. Além de produzir "Demônio" o texto é de sua autoria. Então nem adianta colocar um verdadeiro “laranja” como diretor pois todos sabemos que se trata na realidade de um filme de Shyamalan. A premissa é até promissora, tudo passado em apenas um ambiente. Tudo bem em tentar extrair de uma única situação todos os acontecimentos para realizar um filme, o problema é quando a monotonia e o tédio atingem o espectador. Certamente Shyamalan tenta de todas as formas evitar que isso aconteça, mas em vão. Em vários momentos a trama cai no lugar comum, isso quando não se torna puramente absurda e forçada. O argumento inclusive me lembrou de outro filme chamado "Enterrado Vivo" que acabou sendo mais bem sucedido nesse tipo de produção que explora um evento único. Shyamalan também não consegue escapar de cair na pura bobagem. O filme mais parece um episódio do antigo seriado "The Twillight Zone", "Amazing Stories" ou até mesmo "Contos da Cripta". O problema é que se naqueles seriados os episódios duravam pouco mais de meia hora, aqui o filme se estende por quase uma hora e meia... então é inevitável que haja muita enrolação (e tédio). Eu olhei bastante para o relógio durante a exibição do filme e isso definitivamente nunca é um bom sinal. O tempo passou devagar... devagar... Talvez fosse mais produtivo que o filme fosse dividido em duas pequenas estórias de terror já que não cansaria tanto o espectador. Além do mais no final se poderia ao menos gostar de um ou outro episódio do filme. Pena que não pensaram assim. Para falar a verdade Devil é um tanto previsível e chato (e quando sua identidade foi finalmente revelada eu literalmente bocejei pois já tinha perdido o interesse pelo roteiro lá pelos 45 minutos de exibição). Definitivamente não fiquei satisfeito com o desfecho... Enfim, não recomendo muito o filme. Ainda prefiro meus seriados de contos de terror de antigamente. Eram mais honestos em sua proposta. Não foi dessa vez que o indiano acertou novamente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Devil
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Erick Dowdle
Roteiro: Brian Nelson, M. Night Shyamalan
Elenco: Chris Messina, Geoffrey Arend, Bojana Novakovic, Logan Marshall-Green
Sinopse:
Um grupo de pessoas, sem qualquer aparente ligação entre si, fica preso em um elevador de um grande prédio de uma metrópole americana. Diante dessa situação verdadeiramente claustrofóbica começam a ocorrer eventos inexplicáveis, de natureza sobrenatural. Atos de violência são cometidos dentro do elevador e todos procuram sobreviver àquele caos e desespero.
Comentários:
M. Night Shyamalan acabou virando um diretor do tipo “ame ou odeie”. Embora tenha começado muito bem sua carreira com filmes intrigantes como "O Sexto Sentido" o fato inegável é que o cineasta anda meio perdido atualmente. Como se não bastassem os fracassos de público e crítica ele agora tenta inovar em um gênero que o diretor mostra não ter muito domínio. Aqui ele tentou segundo suas próprias palavras "criar um terror no ambiente urbano das grandes cidades". Embora o filme "Demônio" seja assinado pelo inexpressivo John Erick Dowdle a verdade é que essa produção tem a marca inconfundível do indiano. Além de produzir "Demônio" o texto é de sua autoria. Então nem adianta colocar um verdadeiro “laranja” como diretor pois todos sabemos que se trata na realidade de um filme de Shyamalan. A premissa é até promissora, tudo passado em apenas um ambiente. Tudo bem em tentar extrair de uma única situação todos os acontecimentos para realizar um filme, o problema é quando a monotonia e o tédio atingem o espectador. Certamente Shyamalan tenta de todas as formas evitar que isso aconteça, mas em vão. Em vários momentos a trama cai no lugar comum, isso quando não se torna puramente absurda e forçada. O argumento inclusive me lembrou de outro filme chamado "Enterrado Vivo" que acabou sendo mais bem sucedido nesse tipo de produção que explora um evento único. Shyamalan também não consegue escapar de cair na pura bobagem. O filme mais parece um episódio do antigo seriado "The Twillight Zone", "Amazing Stories" ou até mesmo "Contos da Cripta". O problema é que se naqueles seriados os episódios duravam pouco mais de meia hora, aqui o filme se estende por quase uma hora e meia... então é inevitável que haja muita enrolação (e tédio). Eu olhei bastante para o relógio durante a exibição do filme e isso definitivamente nunca é um bom sinal. O tempo passou devagar... devagar... Talvez fosse mais produtivo que o filme fosse dividido em duas pequenas estórias de terror já que não cansaria tanto o espectador. Além do mais no final se poderia ao menos gostar de um ou outro episódio do filme. Pena que não pensaram assim. Para falar a verdade Devil é um tanto previsível e chato (e quando sua identidade foi finalmente revelada eu literalmente bocejei pois já tinha perdido o interesse pelo roteiro lá pelos 45 minutos de exibição). Definitivamente não fiquei satisfeito com o desfecho... Enfim, não recomendo muito o filme. Ainda prefiro meus seriados de contos de terror de antigamente. Eram mais honestos em sua proposta. Não foi dessa vez que o indiano acertou novamente.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)