Título no Brasil: Anos de Ternura
Título Original: The Green Years
Ano de Produção: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Victor Saville
Roteiro: Robert Ardrey
Elenco: Charles Coburn, Tom Drake, Beverly Tyler, Dean Stockwell, Gladys Cooper, Jessica Tandy
Sinopse:
Com roteiro baseado na novela escrita por A.J. Cronin, o filme "Anos de Ternura" conta a história do jovem irlandês Robert Shannon, Quando seus pais morrem, ele é enviado para morar com seus parentes na Escócia. E lá fica muito próximo do avô, Alexander Gow (Charles Coburn), um homem de bom coração, embora fosse dado a contar lorotas e beber em demasia. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator coadjuvante (Charles Coburn) e melhor fotografia (George J. Folsey).
Comentários:
Que ótimo filme! Adorei! É uma daquelas belas obras cinematográficas que caem injustamente no esquecimento. É um drama que conta a história de um rapaz que passa a ser criado por uma numerosa família escocesa após a morte de seus pais. E cada um dos parentes que passa a conhecer tem sua própria visão de mundo. Seu tio é um sujeito com mania de economizar em tudo, o que é até compreensível pois a família Leckie não é rica e tendo muitos membros precisa contar com cada centavo. A avó é do tipo austera, religiosa ao extremo. E aqui o filme abre um aspecto interessante. O pequeno rapaz por ter sido criado na Irlanda é católico, mas sua nova família é toda protestante, pois eles são escoceses. Porém nada supera o grande talento do ator Charles Coburn. Ele é o avô do menino. Um homem de coração imenso, mas incorrigível na questão da bebida e da mania de contar mentiras, lorotas sobre seu passado. Coburn foi indicado ao Oscar por esse papel e na minha opinião deveria ter vencido. Ele está excepcional no filme. No mais é um belo clássico do cinema que merece ser conhecido pelas novas gerações. Muitos jovens vão se identificar, principalmente na luta do jovem protagonista em estudar para entrar numa boa universidade. Um tipo de batalha pessoal que é realmente atemporal.
Pablo Aluísio.