Essa história eu acompanhei de perto, ao vivo, na época. A primeira vez que ouvi falar em Charlie Sheen foi quando ele surgiu como protagonista do filme "Platoon" de Oliver Stone. Esse foi o grande filme daquele ano (1987), vencendo o Oscar de melhor filme. Depois ele emplacaria em outro grande filme, "Wall Street" ao lado de Michael Douglas, novamente dirigido por Oliver Stone. Parecia ser o começo de uma grande história de sucesso em Hollywood, mas... não aconteceu! Já naquela época se ouvia falar dos excessos de Sheen. Ele rapidamente se tornou um ator "não confiável" pelos estúdios. Estava envolvido com abusos de drogas, mercado de prostituição e mais um monte de escândalos pessoais. O resultado foi que no cinema sua carreira entrou pelo cano. Ele nunca iria se tornar o astro que todos acreditavam quando seus primeiros filmes chegaram ao topo.
Foram anos e anos de bebedeiras, vício em drogas, escândalos sexuais dos mais diversos. Esse documentário da Netflix (em dois episódios) mostra a trajetória desse ator que se tornou mais um nome na extensa lista dos atores que tinham tudo para dar certo na carreira, mas que no final deram errado. A sorte de Sheen, pelo menos, foi que, após ver sua carreira afundar no cinema, ele ainda conseguiu emplacar uma série de sucesso da Warner. Isso o ajudou a superar, pelo menos, as adversidades financeiras que viriam nos anos seguintes. Só que seu comportamento errático continuou e até mesmo da televisão ele acabou levando um cartão vermelho após algum tempo.
Ao assistir a esse documentário, fiquei surpreso em ver como o ator está envelhecido, o que era algo até natural de acontecer, já que sua vida foi, como já escrevi, de muitos excessos. Quando chegou ao final, mostrando o velho Charlie pelos corredores de sua casa, com os filhos, ainda em busca de um sentido em sua vida, fiquei com um sentimento de compaixão e empatia por ele. A nostalgia, para quem viveu aquela época, estará presente no resgate das cenas de seus filmes do passado, muitos deles icônicos. Só que a parte dos fracassos e deslizes, tanto na vida pessoal como profissional, me deixou com aquela sensação de potencial perdido de um ator que era de fato talentoso. Uma pena que tudo isso tenha acontecido ao longo de sua vida. Eu lamento, acima de tudo.
aka Charlie Sheen (aka Charlie Sheen, Estados Unidos, 2025) Direção: Andrew Renzi / Roteiro: Andrew Renzi / Elenco: Charlie Sheen, Sean Penn, Denise Richards, Chris Tucker, Martin Sheen, Emilio Estevez, Jon Cryer / Sinopse: Documentário que resgata a história pessoal e profissional do ator Charlie Sheen, mostrando sua escalada ao sucesso e a queda que veio após anos de vício em drogas, prostitutas e escândalos pessoais dos mais diversos.
Pablo Aluísio.
Documentário
ResponderExcluirPablo Aluísio.
A primeira vez que vi o.Charlie Sheen já foi uma premonição; ele estava preso numa delegacia e conversa com a irmã do Ferris Bueller em Curtindo a Vida Adoidado. Era um rapaz muito bonito à época.
ResponderExcluirEsse cara deveria ser um verbete de dicionário que se procura "autossabotagem".
A vida de Charlie Sheen foi uma sucessão de escolhas erradas, caminhos que ele escolheu seguir que destruíram sua carreira. Ele usou todas as drogas, inclusive crack. Foi um dos maiores bêbados de Hollywood e para terminar se envolveu com as mulheres erradas. Hoje tem AIDS e confessa que também dormiu com homens. Enfim, Charlie Sheen, seu nome é excesso!
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