sábado, 7 de julho de 2018

Beirute

Quando o filme começa encontramos o agente diplomático Mason Skiles (Jon Hamm) dando uma animada recepção em sua casa em Beirute. O clima é muito animado. Era o ano de 1972 e a cidade do Oriente Médio era considerada um jardim de tranquilidade naquela região do mundo. Cristãos e muçulmanos viviam bem juntos, havia turismo e muitos hotéis de luxo. Economicamente era uma cidade próspera e bem organizada, mas eis que o fundamentalismo islâmico começou a se espalhar causando terror e mortes por todos os lugares. O próprio Mason acaba vendo a esposa morrer nessa guerra insana. Ele então retorna aos Estados Unidos. Desiludido, com problemas de alcoolismo, ele tenta encontrar um novo sentido na vida.

Até que um dia recebe um estranho convite para dar uma palestra em Beirute. Ele não vai lá desde a morte da esposa, há dez anos. Mesmo assim, por causa da bela oferta em dinheiro, resolve retornar. A velha Beirute que ele conheceu já não existe mais. Tudo o que sobrou foram escombros e destruição. Pior do que isso. Ele descobre que o tal convite da universidade foi apenas uma fachada criada pela CIA que queria seu retorno para participar das negociações de resgate de um agente da embaixada americana que foi sequestrado por terroristas. E assim segue o enredo. No geral gostei dessa nova produção do Netflix. O roteiro poderia ter entrado mais fundo na questão libanesa, mas do jeito que está, valorizando mais as negociações do sequestro, até que prende a atenção. O ator Jon Hamm de "Mad Men" encara um de seus primeiros filmes como protagonista e não se sai mal. Ele tem o jeito certo para esse tipo de produção. Só falta encontrar o roteiro certo para virar, quem sabe, um novo astro de cinema.

Beirute (Beirut, Estados Unidos, 2018) Direção: Brad Anderson / Roteiro: Tony Gilroy / Elenco: Jon Hamm, Jay Potter, Khalid Benchagra / Sinopse: Mason Skiles (Jon Hamm) é um ex-agente diplomático americano que acaba caindo numa armadilha criada pela CIA. Ele retorna para Beirute, onde trabalhou dez anos antes, para se envolver nas negociações de sequestro de um membro da embaixada dos Estados Unidos. O líder dos terroristas é um velho conhecido seu, tendo trabalhado ao seu lado quando era apenas um jovem rapaz.

Pablo Aluísio.

16 comentários:

  1. Beirute
    Beirut, Estados Unidos, 2018)
    Pablo Aluísio.

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  2. Para mim o Jon Hamm é um James Bond perfeito; não sei porque ninguém vê isso agora que estão atras de um novo ator para o 007.

    Comment: Elvis Presley - His Hand In Mine / How Great Thou Art

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  3. Seria uma boa escolha de elenco. É a tal coisa, se tiver que ser seja logo, a idade já está chegando e ele perdendo a chance de dizer "Bond, James Bond"...

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    1. Eu acho o Jon Ramm um bom candidato e James Bond porque apesar dele ser boa pinta, não é um lindinho, um desses bonitinhos bombados de hoje em dia, ele parece ser um sujeito perigoso e, afinal, o James Bond é um assassino profissional, não um modelo.

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  4. Já tinha visto esse filme, Beirute, na Netflix e não consegui começar a ver, agora, por causa do seu post, estou assistindo.

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  5. O personagem do Jon Hamm é um mix de vários agentes americanos reais e o pano de fundo histórico e político é verídico.

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    1. Caramba, acho que eu não gosto dessa sujeira da CIA que aparece em todos os filmes. É pior que coisa de brasileiro.

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  6. CIA faz jogo sujo, sempre fez desde que foi criada.

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    1. Eu gostei do filme, entretanto esse negocio da CIA me incomodou bastante. Que gente nojenta que trai os próprios parceiros para viabilizar vantagens para certos grupos. Se o Brasil, que é um país atrasado, está lutado para chegar aí, eu estou fora. Não vale a pena.

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  7. Existia uma agência antes da CIA ser criada que também seguia essa mesma forma de agir. Foram tantos os processos que o governo dos EUA levou que eles acabaram extinguindo a antiga agência. Criaram a CIA. O nome mudou, mas os métodos sujos continuaram.

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  8. Esqueci de ressaltar no meu comentário de Beirute a atuação impressionante da Rosamund Pike. O irônico é que quando ela apareceu no como uma Bond Gilr, agente dupla MI6 e vilão, em Die Another Day, foi super criticada como uma atriz "samambaia" tal, como dizia a critica especializada, a sua inexpressividade nas cenas do filme. Bom, pelo jeito era, na verdade, a sua interpretação gelada (a Bond Girl se chamava Miranda Frost, sacou?) daquele personagem, porque depois disso eu a tenho visto em vários filmes e recebendo da critica os maires elogios possíveis e já foi até indicado ao Oscar de melhor atriz; nada mal!
    A unica coisa que estranhei é que nesse Beirute ela está fisicamente muito diferente, ainda bonita, mas nada que lembre a estonteante Bond Girl do 007.

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  9. Uma vez o Mickey Rourke fez o seguinte comentário sobre a Kim Basinger: "Nada mal para uma Bond-Girl". Claro que não farei o mesmo sobre a Rosamund Pike... seria injusto!

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