segunda-feira, 10 de julho de 2017

O Julgamento de Nuremberg

Título no Brasil: O Julgamento de Nuremberg
Título Original: Nuremberg
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: British American Entertainment, TNT
Direção: Yves Simoneau
Roteiro: Joseph E. Persico, David W. Rintels
Elenco: Alec Baldwin, Max von Sydow, Brian Cox, Christopher Plummer, Michael Ironside, Charlotte Gainsbourg

Sinopse:
Após o fim da II Guerra Mundial o promotor Robert H. Jackson (Alec Baldwin) é designado para acusar os principaís líderes do nazismo que ainda estavam vivos, entre eles o Reichsmarschall Hermann Göring, um dos braços direitos do Führer Adolf Hitler. Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Telefilme, Melhor Ator (Alec Baldwin) e Melhor Ator Coadjuvante (Brian Cox).

Comentários:
O julgamento de Nuremberg já foi usado como tema para vários filmes (alguns deles clássicos, inclusive), documentários e séries. Foi um julgamento marcante porque os principais nazistas foram levados ao tribunal justamente nesse momento histórico. Os principais líderes que sobreviveram foram julgados nesse julgamento. Claro que todos esperavam ver Hitler perante um tribunal, respondendo por seus crimes contra a humanidade, mas ele se suicidou antes disso. Ele não queria ser exposto como troféu pelos aliados, vencedores da guerra, numa jaula, como ele mesmo disse antes de estourar seus miolos. Assim resolveu dar um tiro na cabeça, deixando ordens expressas de incinerarem seu corpo com gasolina, no lado de fora de seu Bunker em Berlim. Hoje em dia, do ponto de vista jurídico, o julgamento de Nuremberg é considerado um erro. Existe um fundamento em direito chamado de princípio do juiz natural, que impede que órgãos judiciários sejam formados para julgar um caso específico. Foi justamente o que aconteceu em Nuremberg. O poder judiciário deve pré existir aos crimes e aos casos levados a julgamento e não serem constituídos para julgar determinados criminosos. Em Nuremberg um tribunal foi formado às pressas justamente para julgar os nazistas do III Reich. Os vencedores da guerra julgando os perdedores. Nesse processo se perde a imparcialidade, tão importante como princípio jurídico fundamental. De qualquer maneira, pelo fato de termos uma situação extrema, até se pode justificar um pouco a formação desse tribunal ad hoc!. Deixando esses problemas jurídicos de lado, temos aqui um bom filme (ou melhor dizendo, telefilme). No Brasil foi lançado em VHS, mas nos EUA ele foi exibido em dois episódios pelo canal TNT. Vale por resgatar essa história. Em termos de produção também não há nada o que reclamar. Tudo ok, com boa precisão histórica, bem fiel aos fatos reais.

Pablo Aluísio.

2 comentários:

  1. Minha filha é advogada, e esses "erros" jurídicos que você aponta no seu post me incomodam por demais, porque se uma dessas sentença for a pena de morte não há como se corrigir a injustiça de forma alguma. Isso para mim é insuportável, sejam os réus Nazistas ou outrem. O Estado, ou grupos não podem ter esse direito de "errar".

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  2. Por essa razão sempre digo que sou contra a pena de morte. O sistema judiciário não é perfeito, em lugar nenhum no mundo. Um inocente pode ser condenado à morte tranquilamente. Já vi erros absurdos sendo cometidos por juízes egocêntricos e cheios de si mesmos. Matar um inocente seria a maior das injustiças... é melhor evitar.

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