segunda-feira, 20 de abril de 2009

Esse Último que Morreu...

Esse Último que Morreu...
Até que não era uma má pessoa. Sua personalidade tendia para a generosidade, principalmente em relação às pessoas mais pobres. Também não era uma pessoa de alma sórdida, tanto que nunca ficou ao lado das cadelas do fascismo de seus familiares. Tinha seu lado bom, generoso. Tinha suas qualidades como pessoa caridosa. 

Entretanto nenhum ser humano é perfeito, tampouco ele. Não era um homem de fibras morais, pelo contrário, tinha mesmo esse lado imoral que sempre aflorou em sua personalidade. Já velho, jogou o juízo pela janela e foi se juntar com uma mulher mais jovem, de péssima reputação. Jogou a família que tinha fora e se entregou à esbórnia. 

Embora seja de uma família que sempre se auto afirmou religiosa e de fibra moral, ele não tinha nada disso. Pelo menos assumiu o que fez, de peito aberto. Nesse aspecto podemos dizer até que era mais honesto e sincero. Não era um hipócrita. 

Homem de poucas letras, tinha o sorriso fácil e gostava de prosa, principalmente se tivesse bom humor nelas. Era agradável, mas como eu disse, tinha mesmo esse lado escroto. Se houver céu acho que não entrará, embora esse papo de céu e inferno seja tudo balela mesmo. Ele viveu como quis e pagou o preço por suas escolhas. No fim de tudo é o que importa. Viva de seu jeito e seja feliz com suas escolhas. 

Pablo Aluísio. 

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