Jane Asher
Você tem curiosidade em saber quem foi a inspiração de muitas das músicas mais românticas dos Beatles? Ora veja só, a garota da foto foi essa musa inspiradora. Ela namorava Paul McCartney quando ele era um dos membros dos Beatles nos anos 60. Seu nome é Jane Asher. Ela era atriz, filha de uma família de intelectuais e artistas de Londres. Conheceu Paul em uma boate da cidade e depois disso ficaram longos anos juntos. E desse romance nasceu muitas das mais belas músicas de amor dos discos dos Beatles. Entre as mais famosas poderíamos citar "And I Love Her", "Here, There and Everywhere", entre tantas outras. Foi fonte de inspiração para dezenas de músicas maravilhosas.
Um fato interessante é que os demais Beatles (John, George e Ringo) acreditavam que Paul iria mesmo se casar com Jane, mas isso não aconteceu. Não se sabe bem qual foi o motivo do rompimento, mas Paul e Jane termiram o romance antes do final dos anos 60. E Paul acabaria se casando com Linda, em uma relacionamento muito rápido, bem mais curto do que havia tido com Jane. Outra surpresa. De qualquer forma as músicas que embalaram esse namoro ficaram aí, para a eternidade. Como diria o poeta brasileiro, "Que o amor seja eterno, enquanto dure".
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
The Beatles - You Know My Name (Look Up The Number)
John Lennon costumava dizer que as sessões de "Let It Be" eram puro lixo! Quem já ouviu as gravações cruas, feitas em estúdio, descobre logo que a preguiça, a displicência e as brigas estavam no auge. Os próprios membros do grupo sequer podiam se suportar mutuamente. Quando se dirigiam entre si geralmente o faziam em tom de crítica ou farpas. Dentro das centenas e centenas de horas gastas nessas sessões algumas "loucuras" foram gravadas pelos Beatles. A maior delas talvez seja a faixa "You Know My Name (Look Up The Number)".
Eu nem consigo chamar muito essa gravação de música, porque ela na verdade está mais para uma zoeira maluca promovida entre John e Paul. Uma insanidade. Tanto isso é verdade que a EMI Odeon resolveu tirar a gravação do álbum oficial "Let It Be", a colocando como lado B de um single. E só a encaixaram lá por pura insistência de John Lennon que amava uma bizarrice. A tal "composição" inclusive é uma criação de John e Paul que simplesmente começaram a brincar durante uma noite. John tirou a ideia de uma propaganda que viu em uma revista. Depois disso levou a ideia para que Paul a melhorasse. Isso foi em 1967. Durante os próximos anos os dois voltariam à ideia, colocando novas coisas e tirando outras.
Um fazia uma piada ou uma brincadeira bizarra e o outro corria atrás, tentando manter o pique. Para disfarçar um pouco sua essência o produtor George Martin (sempre ele!) resolveu acrescentar um pequeno arranjo melódico para que a faixa ao menos soasse como uma música e não apenas como um besteirol (que é o que ela realmente é). A coisa foi crescendo e acabou como quase cinco pedaços de canções em partes separadas. Até Brian Jones dos Rolling Stones deu uma canja. Ouça e veja até que ponto os Beatles podiam chegar quando não conseguiam se levar muito à sério.
The Beatles - You Know My Name (Look Up The Number) (John Lennon / Paul McCartney) / Produção: George Martin / Arranjos: John Lennon e Paul McCartney / Local de gravação: Abbey Road Studios, Londres / Músicos: John Lennon (guitarra e vocais), Paul McCartney (piano e vocais), Brian Jones (Sax), George Harrison (guitarra e vibrafone), Ringo Starr (bateria), Mal Evans (efeitos).
Pablo Aluísio.
Eu nem consigo chamar muito essa gravação de música, porque ela na verdade está mais para uma zoeira maluca promovida entre John e Paul. Uma insanidade. Tanto isso é verdade que a EMI Odeon resolveu tirar a gravação do álbum oficial "Let It Be", a colocando como lado B de um single. E só a encaixaram lá por pura insistência de John Lennon que amava uma bizarrice. A tal "composição" inclusive é uma criação de John e Paul que simplesmente começaram a brincar durante uma noite. John tirou a ideia de uma propaganda que viu em uma revista. Depois disso levou a ideia para que Paul a melhorasse. Isso foi em 1967. Durante os próximos anos os dois voltariam à ideia, colocando novas coisas e tirando outras.
Um fazia uma piada ou uma brincadeira bizarra e o outro corria atrás, tentando manter o pique. Para disfarçar um pouco sua essência o produtor George Martin (sempre ele!) resolveu acrescentar um pequeno arranjo melódico para que a faixa ao menos soasse como uma música e não apenas como um besteirol (que é o que ela realmente é). A coisa foi crescendo e acabou como quase cinco pedaços de canções em partes separadas. Até Brian Jones dos Rolling Stones deu uma canja. Ouça e veja até que ponto os Beatles podiam chegar quando não conseguiam se levar muito à sério.
The Beatles - You Know My Name (Look Up The Number) (John Lennon / Paul McCartney) / Produção: George Martin / Arranjos: John Lennon e Paul McCartney / Local de gravação: Abbey Road Studios, Londres / Músicos: John Lennon (guitarra e vocais), Paul McCartney (piano e vocais), Brian Jones (Sax), George Harrison (guitarra e vibrafone), Ringo Starr (bateria), Mal Evans (efeitos).
Pablo Aluísio.
The Drifters - Save the Last Dance for Me
Considero o grupo negro The Drifters muito injustiçado na história da música americana. Eles eram ótimos em qualquer ponto de vista que os analise mas mesmo assim não conseguiram se perpetuar na memória da maioria dos admiradores da musicalidade daquela época. O curioso é que não raro suas gravações originais eram gravadas posteriormente por outros artistas (geralmente brancos) e eles conseguiam melhores resultados comerciais do que os próprios Drifters! Uma face mais sutil do racismo americano?
Penso que sim, já que nem sempre as regravações tinham a mesma qualidade do que o material originalmente produzido pelo grupo. Pois bem, dentro da vasta riqueza musical desse conjunto eu destacaria esse verdadeiro clássico romântico chamado "Save the Last Dance for Me" que foi lançado em single em 1960. Uma linda balada escrita pela ótima dupla Doc Pomus e Mort Shuman (os fãs de Elvis Presley reconhecerão imediatamente esses nomes). Assim que chegou nas lojas a música logo estourou em vendas, afinal era ótima para os bailinhos que tanto sucesso faziam naquela época. Chegou ao primeiro lugar tanto na parada Pop como na de R&B, mostrando a força de sua melodia.
Além do evidente talento de todos os membros dos Drifters outros detalhes fizeram que essa gravação se tornasse o grande sucesso que foi. Para começar ela foi produzida por outra grande dupla de compositores americanos, Jerry Leiber e Mike Stoller. Eles capricharam aqui, escrevendo um arranjo maravilhoso, inclusive com uso de violinos, algo que era completamente raro em gravações pop. Some-se a isso a suposta participação (nunca comprovada historicamente) de Phil Spector que se sensibilizou com a história da composição da canção. E que história foi essa? Doc Pomus tinha poliomielite que o impedia de andar e dançar como as demais pessoas.
No dia de seu casamento com Willi Burke, atriz e dançarina da Broadway, ele ficou sentando em sua mesa vendo sua linda esposa dançando com amigos e convidados da festa. Então diante daquela situação pediu caneta e papel ao garçom e resolveu escrever os primeiros versos de "Save the Last Dance for Me" (que em português pode ser traduzida como "Guarde a últma dança para mim"). Bonita história não é mesmo? Assim deixo a dica dessa linda balada, um momento muito romântico dos anos 60 que merece ser redescoberta pelos amantes das belas melodias de amor.
Pablo Aluísio.
Penso que sim, já que nem sempre as regravações tinham a mesma qualidade do que o material originalmente produzido pelo grupo. Pois bem, dentro da vasta riqueza musical desse conjunto eu destacaria esse verdadeiro clássico romântico chamado "Save the Last Dance for Me" que foi lançado em single em 1960. Uma linda balada escrita pela ótima dupla Doc Pomus e Mort Shuman (os fãs de Elvis Presley reconhecerão imediatamente esses nomes). Assim que chegou nas lojas a música logo estourou em vendas, afinal era ótima para os bailinhos que tanto sucesso faziam naquela época. Chegou ao primeiro lugar tanto na parada Pop como na de R&B, mostrando a força de sua melodia.
Além do evidente talento de todos os membros dos Drifters outros detalhes fizeram que essa gravação se tornasse o grande sucesso que foi. Para começar ela foi produzida por outra grande dupla de compositores americanos, Jerry Leiber e Mike Stoller. Eles capricharam aqui, escrevendo um arranjo maravilhoso, inclusive com uso de violinos, algo que era completamente raro em gravações pop. Some-se a isso a suposta participação (nunca comprovada historicamente) de Phil Spector que se sensibilizou com a história da composição da canção. E que história foi essa? Doc Pomus tinha poliomielite que o impedia de andar e dançar como as demais pessoas.
No dia de seu casamento com Willi Burke, atriz e dançarina da Broadway, ele ficou sentando em sua mesa vendo sua linda esposa dançando com amigos e convidados da festa. Então diante daquela situação pediu caneta e papel ao garçom e resolveu escrever os primeiros versos de "Save the Last Dance for Me" (que em português pode ser traduzida como "Guarde a últma dança para mim"). Bonita história não é mesmo? Assim deixo a dica dessa linda balada, um momento muito romântico dos anos 60 que merece ser redescoberta pelos amantes das belas melodias de amor.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Nat King Cole - Unforgettable
Essa é uma daquelas músicas que fazem você se sentir feliz por estar vivo e ter a oportunidade de ouvi-la. Quando ouço melodias como essa fico muito entristecido de ver no que a música negra americana se tornou nos dias de hoje - um festival incrível de falta de talento, sensibilidade e romantismo. Aliás essas três qualidades fundamentais - talento, sensibilidade e romantismo - sobravam na pessoa de Nat King Cole! Que grande cantor! Aqui temos um exemplo do que talento aliado a fina técnica podem fazer por um artista. Cole cantava suavemente, delicadamente, o que lhe valeu o carinhoso apelido de "voz de veludo". Ao se ouvir gravações como essa quem pode discordar? Certamente muitos conhecem "Unforgettable" no dueto entre Cole e sua filha, algo que só foi possível graças às maravilhas da tecnologia moderna. Como sou um tradicionalista em termos musicais prefiro a versão crua, original, tal como chegou ao mercado em 1951. Aquilo senhoras e senhores é uma verdadeira obra prima em forma de notas musicais. Insuperável em todos os aspectos.
Também pudera, a canção foi produzida pelo gênio Nelson Riddle, que escreveu o arranjo com uma delicadeza ímpar. Para quem não se lembra ou não sabe, Riddle foi o grande parceiro musical de Frank Sinatra, estando por trás de todos os grandes álbuns da carreira do cantor. Era uma dupla perfeita, Sinatra no microfone e Nelson no controle, na sala de estúdio, lapidando tudo com uma sensibilidade fora do comum. A sofisticação e elegância que trazia para os discos do velho Blue Eyes, se repete aqui, em cada detalhe, em cada nuance da melodia. Irving Gordon, o famoso compositor nova iorquino negro, foi quem escreveu a música. Um veterano que chegou ao meio musical pelas mãos de ninguém menos do que Duke Ellington. Assim pare para analisar, temos aqui um trio de ouro por trás de "Unforgettable"! Com tantos talentos não poderia dar em outra coisa. Considero "Unforgettable", sem favor algum, uma das dez mais lindas canções da música norte-americana de todos os tempos. Simplesmente imortal!
Unforgettable (Irving Gordon) - Unforgettable, that's what you are / Unforgettable though near or far / Like a song of love that clings to me / How the thought of you does things to me / Never before has someone been more / Unforgettable in every way / And forever more, that's how you'll stay / That's why, darling, it's incredible / That someone so unforgettable / Thinks that I am unforgettable too / Unforgettable in every way / And forever more, that's how you'll stay / That's why, darling, it's incredible / That someone so unforgettable / Thinks that I am unforgettable too.
Pablo Aluísio.
Também pudera, a canção foi produzida pelo gênio Nelson Riddle, que escreveu o arranjo com uma delicadeza ímpar. Para quem não se lembra ou não sabe, Riddle foi o grande parceiro musical de Frank Sinatra, estando por trás de todos os grandes álbuns da carreira do cantor. Era uma dupla perfeita, Sinatra no microfone e Nelson no controle, na sala de estúdio, lapidando tudo com uma sensibilidade fora do comum. A sofisticação e elegância que trazia para os discos do velho Blue Eyes, se repete aqui, em cada detalhe, em cada nuance da melodia. Irving Gordon, o famoso compositor nova iorquino negro, foi quem escreveu a música. Um veterano que chegou ao meio musical pelas mãos de ninguém menos do que Duke Ellington. Assim pare para analisar, temos aqui um trio de ouro por trás de "Unforgettable"! Com tantos talentos não poderia dar em outra coisa. Considero "Unforgettable", sem favor algum, uma das dez mais lindas canções da música norte-americana de todos os tempos. Simplesmente imortal!
Unforgettable (Irving Gordon) - Unforgettable, that's what you are / Unforgettable though near or far / Like a song of love that clings to me / How the thought of you does things to me / Never before has someone been more / Unforgettable in every way / And forever more, that's how you'll stay / That's why, darling, it's incredible / That someone so unforgettable / Thinks that I am unforgettable too / Unforgettable in every way / And forever more, that's how you'll stay / That's why, darling, it's incredible / That someone so unforgettable / Thinks that I am unforgettable too.
Pablo Aluísio.
The McGuire Sisters - Sincerely
Esse single chegou ao topo da parada Billboard top 100 em fevereiro de 1955 e ficou lá por seis semanas! Perceba bem a época em que a música se tornou um hit. O rock estava chegando e tomaria de assalto todas as paradas musicais mas ainda havia espaço para canções ternamente românticas como essa. Outro fato interessante a se chamar a atenção é que hoje em dia vários grupos vocais femininos famosos daquela época, como esse, estão completamente esquecidos, de forma bem injusta é bom frisar. Esse tipo de som era muito popular nos anos 50 e por várias razões emplacavam sempre bem comercialmente. As jovens estudantes certamente se identificavam com esse tipo de sonoridade, até porque as letras sobre romances perdidos ou paixões não correspondidas faziam parte das próprias vidas das ouvintes. Some-se a isso a participação fundamental de Alan Freed na divulgação das canções. Freed foi um radialista pioneiro no surgimento do rock e acabou no ostracismo anos depois após se envolver em um escândalo de corrupção envolvendo jabá entre gravadoras e rádios. De qualquer maneira teve papel essencial nesse momento histórico, sendo responsável pela aparição de inúmeros artistas novos. Para promover alguns singles pedia que seu nome fosse incluído como co-autor, mesmo que não escrevesse uma linha sequer da canção (foi justamente o caso desse single).
E o que aconteceu as irmãs McGuire? Christine, Phyllis e Dorothy McGuire começaram suas carreiras em Anderson, Indiana. Como tinham lindas vozes elas ganhavam alguns trocados cantando em casamentos e festas na região até que foram descobertas por um caça-talentos da pequena gravadora Coral Records em 1952. O sujeito viu potencial nelas pois além de boas cantoras eram bonitas (em especial Phyllis McGuire, a caçula). Certamente ele poderia vender alguns discos daquelas garotas. Sua aposta foi certeira mesmo. Assim que "Sincerely" chegou nas rádios se tornou um sucesso absoluto de execuções. Depois vieram mais sucessos na mesma linha como "Picnic" e "Sugartime" que vendeu cinco milhões de cópias! Um estouro. Depois do sucesso nas rádios veio o êxito na TV. As jovens eram simpáticas e muito adequadas para os programas daquele tempo. Se apresentaram nos programas de Ed Sullivan, Dean Martin, Danny Kaye e Milton Berle, sempre com belo sucesso de audiência. Apesar da fama, do dinheiro e do reconhecimento, como era de se esperar, elas logo se apaixonaram por bons partidos e se casaram. Depois disso o trio se afastou. Claro que como irmãs continuaram próximas mas a carreira musical já não significava muito se comparada com uma vida de dona de casa, mãe e esposa. Hoje em dia fica complicado para as pessoas entenderam esse tipo de mentalidade mas nos anos 50 era bem assim a forma de pensar da grande maiorias das mulheres. A família vinha em primeiro lugar. Esporadicamente elas voltariam para pequenas apresentações nostálgicas mas a carreira musical já não era mais o foco principal de suas vidas. Não importa, o que vale a pena mesmo é realmente registrar o sucesso que "Sincerely" causou em seu lançamento. O mundo nunca mais seria tão inocente como naqueles anos dourados.
Sincerely (Harvey Fuqua - Alan Freed) - Sincerely, oh yes, sincerely / 'Cause I love you so dearly / Please say you'll be mine / Sincerely, oh you know how I love you / I'll do anything for you / Please say you'll be mine / Oh Lord, won't you tell me why / I love that fella so / He doesn't want me / But I'll never, never, never, never let him go / Sincerely, oh you know how I love you / I'll do anything for you / Please say you'll be mine / Oh Lord, won't you tell me why / I love that fella so / He doesn't want me / But I'll never, never, never, never let him go / Sincerely, oh you know how I love you / I'll do anything for you / Please say you'll be mine / Please say you'll be mine.
Pablo Aluísio.
E o que aconteceu as irmãs McGuire? Christine, Phyllis e Dorothy McGuire começaram suas carreiras em Anderson, Indiana. Como tinham lindas vozes elas ganhavam alguns trocados cantando em casamentos e festas na região até que foram descobertas por um caça-talentos da pequena gravadora Coral Records em 1952. O sujeito viu potencial nelas pois além de boas cantoras eram bonitas (em especial Phyllis McGuire, a caçula). Certamente ele poderia vender alguns discos daquelas garotas. Sua aposta foi certeira mesmo. Assim que "Sincerely" chegou nas rádios se tornou um sucesso absoluto de execuções. Depois vieram mais sucessos na mesma linha como "Picnic" e "Sugartime" que vendeu cinco milhões de cópias! Um estouro. Depois do sucesso nas rádios veio o êxito na TV. As jovens eram simpáticas e muito adequadas para os programas daquele tempo. Se apresentaram nos programas de Ed Sullivan, Dean Martin, Danny Kaye e Milton Berle, sempre com belo sucesso de audiência. Apesar da fama, do dinheiro e do reconhecimento, como era de se esperar, elas logo se apaixonaram por bons partidos e se casaram. Depois disso o trio se afastou. Claro que como irmãs continuaram próximas mas a carreira musical já não significava muito se comparada com uma vida de dona de casa, mãe e esposa. Hoje em dia fica complicado para as pessoas entenderam esse tipo de mentalidade mas nos anos 50 era bem assim a forma de pensar da grande maiorias das mulheres. A família vinha em primeiro lugar. Esporadicamente elas voltariam para pequenas apresentações nostálgicas mas a carreira musical já não era mais o foco principal de suas vidas. Não importa, o que vale a pena mesmo é realmente registrar o sucesso que "Sincerely" causou em seu lançamento. O mundo nunca mais seria tão inocente como naqueles anos dourados.
Sincerely (Harvey Fuqua - Alan Freed) - Sincerely, oh yes, sincerely / 'Cause I love you so dearly / Please say you'll be mine / Sincerely, oh you know how I love you / I'll do anything for you / Please say you'll be mine / Oh Lord, won't you tell me why / I love that fella so / He doesn't want me / But I'll never, never, never, never let him go / Sincerely, oh you know how I love you / I'll do anything for you / Please say you'll be mine / Oh Lord, won't you tell me why / I love that fella so / He doesn't want me / But I'll never, never, never, never let him go / Sincerely, oh you know how I love you / I'll do anything for you / Please say you'll be mine / Please say you'll be mine.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de julho de 2011
Glenn Miller - In the Mood
Há quem ainda hoje desmereça o grande bandleader Glenn Miller. Na era das grandes Big Bands ele era acusado de ser comercial demais, de se vender para os interesses das grandes gravadoras. Uma visão cheia de preconceito e esnobismo. Na realidade Miller foi genial ao popularizar o som das grandes orquestras americanas. Um exemplo disso temos nesse single imortal de "In the Mood". Pare para pensar um pouco, essa gravação realizada há mais de 70 anos ainda soa completamente jovial e empolgante. Até nos dias de hoje seus acordes são facilmente reconhecidos por quem entenda minimamente de música.
Além disso se tivéssemos que eleger uma sonoridade que representasse toda aquela época, sem dúvida "In the Mood" seria a escolhida. Glenn Miller havia assinado um contrato com a RCA Victor e estava disposto a ter seu primeiro grande hit nas paradas. Depois de muito procurar acabou encontrando essa composição antiga, cujos primórdios eram creditados ao músico de jazz Wingy Manone. Ao lado de Joe Garland e Andy Razaf, Glenn Miller escreveu um arranjo mais empolgante, para levantar os ânimos nos salões de festa por onde sua big band se apresentasse. Uma vez arranjada ele a gravou em 1939 e o sucesso foi enorme!
Sob o selo da Bluebird, uma subsidiária da própria RCA, o disquinho 45RPM logo se tornou um dos primeiros da história da indústria fonográfica dos Estados Unidos a vender mais de um milhão de cópias, consolidando a banda de Glenn Miller como a mais popular da América. Depois disso o mundo ficou realmente pequeno e Miller e seus músicos tocaram pelos palcos internacionais, sucesso infelizmente interrompido pelo surgimento da Segunda Guerra Mundial na Europa. Por um desses caprichos trágicos do destino como todos sabemos a história de Glenn Miller não teve um final feliz. Mesmo já tendo passado da idade ele resolveu se alistar como homem patriótica que era.
Entrou para o esforço de guerra, tocando para os soldados americanos no exterior. Em uma dessas viagens de avião, no dia 15 de dezembro de 1944 sua aeronave sumiu dos radares e nunca mais foi encontrada. O desaparecimento de Miller e toda sua tripulação acabaram dando origem a estórias bizarras ao longo do tempo, como a que ele teria sido sequestrado por UFOs e coisas do tipo. De uma forma ou outra é de fato uma pena que um gênio da música como ele tenha saído de cena, tão cedo, com apenas 40 anos de idade. Sua música porém viverá eternamente nos corações daqueles que amam uma bela melodia.
Pablo Aluísio.
Além disso se tivéssemos que eleger uma sonoridade que representasse toda aquela época, sem dúvida "In the Mood" seria a escolhida. Glenn Miller havia assinado um contrato com a RCA Victor e estava disposto a ter seu primeiro grande hit nas paradas. Depois de muito procurar acabou encontrando essa composição antiga, cujos primórdios eram creditados ao músico de jazz Wingy Manone. Ao lado de Joe Garland e Andy Razaf, Glenn Miller escreveu um arranjo mais empolgante, para levantar os ânimos nos salões de festa por onde sua big band se apresentasse. Uma vez arranjada ele a gravou em 1939 e o sucesso foi enorme!
Sob o selo da Bluebird, uma subsidiária da própria RCA, o disquinho 45RPM logo se tornou um dos primeiros da história da indústria fonográfica dos Estados Unidos a vender mais de um milhão de cópias, consolidando a banda de Glenn Miller como a mais popular da América. Depois disso o mundo ficou realmente pequeno e Miller e seus músicos tocaram pelos palcos internacionais, sucesso infelizmente interrompido pelo surgimento da Segunda Guerra Mundial na Europa. Por um desses caprichos trágicos do destino como todos sabemos a história de Glenn Miller não teve um final feliz. Mesmo já tendo passado da idade ele resolveu se alistar como homem patriótica que era.
Entrou para o esforço de guerra, tocando para os soldados americanos no exterior. Em uma dessas viagens de avião, no dia 15 de dezembro de 1944 sua aeronave sumiu dos radares e nunca mais foi encontrada. O desaparecimento de Miller e toda sua tripulação acabaram dando origem a estórias bizarras ao longo do tempo, como a que ele teria sido sequestrado por UFOs e coisas do tipo. De uma forma ou outra é de fato uma pena que um gênio da música como ele tenha saído de cena, tão cedo, com apenas 40 anos de idade. Sua música porém viverá eternamente nos corações daqueles que amam uma bela melodia.
Pablo Aluísio.
The Crickets - The “Chirping” Crickets
Esse foi o álbum de estréia dos Crickets, uma das mais influentes bandas de rock da história. Hoje em dia obviamente o líder dos Crickets, o genial Buddy Holly, é bem mais lembrado que seus companheiros. Sua morte foi muito triste, não apenas em relação a tragédia humana da perda da vida de um homem jovem, na flor da idade, que queria se casar com sua namoradinha de juventude para ir morar em Nova Iorque e respirar o cenário cultural da capital do mundo, como também pelo talentoso artista que se foi. Buddy começou a carreira cantando inocentes enredos de amor mas tinha grandes planos para o futuro. Queria compor canções mais bem trabalhadas, com ênfase se em ótimos arranjos orquestrais, algo que ainda teve tempo de fazer (para entender recomendo que se ouça suas últimas gravações para notar as mudanças que ele queria promover em sua musicalidade). Infelizmente ele morreu em um acidente de avião com dois outros artistas talentosos - entre eles o jovem Ritchie Valens de "La Bamba". A sua morte ficou conhecida como o dia em que o rock morreu.
Esse álbum foi lançado por Buddy em sua fase mais teen, vamos colocar assim, quando o que ele queria mesmo era chamar a atenção e fazer sucesso. Ao lado de seu grupo "Os Crickets" ele encarnava no palco o mesmo sentimento juvenil de seus fãs. O carinha de óculos, intelectual e boa pessoa, que só queria encontrar uma namoradinha para passear de mãos dadas com ela no cinema ou na lanchonete. O interessante é que Buddy se assumia como tal e passou para a história como o primeiro roqueiro a se apresentar de óculos, sem fazer concessões. Isso inspiraria John Lennon muitos anos depois a assumir seus problemas de visão, ao mandar a imagem pública de Beatle às favas, surgindo nas capas dos discos dos Beatles tal como ele era na vida real. Uma atitude que deixaria o velho Holly orgulhoso.
Os arranjos desse disco são, aliás, tão despojados quanto o próprio Holly foi em vida. Letra simples, que poderiam ter sido escritas por um colegial apaixonado e melodias com três ou apenas quatro notas no máximo, não mais do que isso, afinal estamos falando de um artista tipicamente da primeira geração do rock americano. Paul McCartney, que era fã de carteirinha de Holly, levaria muito de sua personalidade musical para os Beatles - eles inclusive gravaram a linda "Words of Love" no disco "Beatles For Sale". Os Crickets também apresentavam uma formação bem básica, com o baixista Joe Mauldin, o baterista Jerry Allison e na outra guitarra Niki Sullivan completando o quarteto. A seleção de repertório traz basicamente todas as grandes canções dessa fase de Buddy Holly que vivia um dos períodos mais criativos de sua (curta) vida. Enfim, precisa dizer mais alguma coisa? A sensibilidade de Buddy venceu o desafio do tempo e da sua própria morte, um roqueiro dos primórdios que certamente deixou muitas saudades em todos os fãs daquele tempo simplesmente mágico.
The Crickets - The “Chirping” Crickets (1957)
1. Oh, Boy!
2. Not Fade Away
3. You've Got Love
4. Maybe Baby
5. It's Too Late
6. Tell Me How
7. That'll Be the Day
8. I'm Looking for Someone to Love
9. An Empty Cup (And a Broken Date)
10. Send Me Some Lovin
11. Last Night
12. Rock Me My Baby
Pablo Aluísio.
Esse álbum foi lançado por Buddy em sua fase mais teen, vamos colocar assim, quando o que ele queria mesmo era chamar a atenção e fazer sucesso. Ao lado de seu grupo "Os Crickets" ele encarnava no palco o mesmo sentimento juvenil de seus fãs. O carinha de óculos, intelectual e boa pessoa, que só queria encontrar uma namoradinha para passear de mãos dadas com ela no cinema ou na lanchonete. O interessante é que Buddy se assumia como tal e passou para a história como o primeiro roqueiro a se apresentar de óculos, sem fazer concessões. Isso inspiraria John Lennon muitos anos depois a assumir seus problemas de visão, ao mandar a imagem pública de Beatle às favas, surgindo nas capas dos discos dos Beatles tal como ele era na vida real. Uma atitude que deixaria o velho Holly orgulhoso.
Os arranjos desse disco são, aliás, tão despojados quanto o próprio Holly foi em vida. Letra simples, que poderiam ter sido escritas por um colegial apaixonado e melodias com três ou apenas quatro notas no máximo, não mais do que isso, afinal estamos falando de um artista tipicamente da primeira geração do rock americano. Paul McCartney, que era fã de carteirinha de Holly, levaria muito de sua personalidade musical para os Beatles - eles inclusive gravaram a linda "Words of Love" no disco "Beatles For Sale". Os Crickets também apresentavam uma formação bem básica, com o baixista Joe Mauldin, o baterista Jerry Allison e na outra guitarra Niki Sullivan completando o quarteto. A seleção de repertório traz basicamente todas as grandes canções dessa fase de Buddy Holly que vivia um dos períodos mais criativos de sua (curta) vida. Enfim, precisa dizer mais alguma coisa? A sensibilidade de Buddy venceu o desafio do tempo e da sua própria morte, um roqueiro dos primórdios que certamente deixou muitas saudades em todos os fãs daquele tempo simplesmente mágico.
The Crickets - The “Chirping” Crickets (1957)
1. Oh, Boy!
2. Not Fade Away
3. You've Got Love
4. Maybe Baby
5. It's Too Late
6. Tell Me How
7. That'll Be the Day
8. I'm Looking for Someone to Love
9. An Empty Cup (And a Broken Date)
10. Send Me Some Lovin
11. Last Night
12. Rock Me My Baby
Pablo Aluísio.
Johnny Preston - Running Bear
Chegou ao topo de Billboard Hot 100 em janeiro de 1960. Foi o primeiro de cinco singles de sucesso do cantor a chegar no topo da parada inglesa, todas lançadas em 1960. A música foi composta por `Big Bopper`, famoso DJ do surgimento do rock americano que morreu em fevereiro de 1959 no mesmo acidente fatal que matou também os cantores Buddy Holly e Ritchie Valens. Esse é tipo de sucesso completamente fast food que hoje em dia soa completamente datado - principalmente pelo acompanhamento vocal que imita sons de tribos americanas nativas (pelo menos daquelas que surgiam nos filmes de faroeste da época!).
A letra também não ajudava muito pois era uma grande bobagem. Mesmo assim caiu nas graças do público! O Johnny Preston, para falar a verdade, era mais um daquela enorme lista de artistas que surgiram no vácuo deixado por Elvis Presley quando foi servir o exército. As gravadoras na época entenderam (de forma equivocada aliás) que tudo o que era necessário para se criar um superstar como Elvis era encontrar um jovem boa pinta, com uma boa voz, para estourar nas paradas. Tudo bem que em certos momentos o "plano" deu certo mas o fato é que esses astros fabricados desapareciam tão rapidamente quanto surgiam.
Basta ver o caso desse texano John Preston Courville! Ele foi encontrado meio ao acaso. "Running Bear" foi um estouro de vendas, rompendo a incrível marca de mais de um milhão de singles vendidos mas depois disso sua estrela foi aos poucos se apagando. No final de 1960, mesmo tendo alcançado cinco bons sucessos na parada, ele literalmente sumiu do mapa! Quando morreu em 2011 (com mais de setenta anos) já estava literalmente esquecido. Uma prova que a indústria fonográfica sempre foi descartável, usando e depois jogando fora um incrível número de artistas, cantores, grupos e compositores. Bastava um single não vender muito bem, para que o "futuro astro do amanhã" fosse descartado sem maiores problemas.
Assim as gravadoras iam atrás do próximo "Rei" e depois de um tempo repetiam a mesma estratégia. Quando a primeira geração do rock americano foi dispersa esse processo se acentuou bastante, principalmente na virada das décadas de 1950 e 1960. Por isso a década de 80 não fez tanto jus assim ao título de "a década das bandas de um sucesso só". Essa coisa de rotatividade no mundo da música já vinha de muito tempo atrás.
Pablo Aluísio.
A letra também não ajudava muito pois era uma grande bobagem. Mesmo assim caiu nas graças do público! O Johnny Preston, para falar a verdade, era mais um daquela enorme lista de artistas que surgiram no vácuo deixado por Elvis Presley quando foi servir o exército. As gravadoras na época entenderam (de forma equivocada aliás) que tudo o que era necessário para se criar um superstar como Elvis era encontrar um jovem boa pinta, com uma boa voz, para estourar nas paradas. Tudo bem que em certos momentos o "plano" deu certo mas o fato é que esses astros fabricados desapareciam tão rapidamente quanto surgiam.
Basta ver o caso desse texano John Preston Courville! Ele foi encontrado meio ao acaso. "Running Bear" foi um estouro de vendas, rompendo a incrível marca de mais de um milhão de singles vendidos mas depois disso sua estrela foi aos poucos se apagando. No final de 1960, mesmo tendo alcançado cinco bons sucessos na parada, ele literalmente sumiu do mapa! Quando morreu em 2011 (com mais de setenta anos) já estava literalmente esquecido. Uma prova que a indústria fonográfica sempre foi descartável, usando e depois jogando fora um incrível número de artistas, cantores, grupos e compositores. Bastava um single não vender muito bem, para que o "futuro astro do amanhã" fosse descartado sem maiores problemas.
Assim as gravadoras iam atrás do próximo "Rei" e depois de um tempo repetiam a mesma estratégia. Quando a primeira geração do rock americano foi dispersa esse processo se acentuou bastante, principalmente na virada das décadas de 1950 e 1960. Por isso a década de 80 não fez tanto jus assim ao título de "a década das bandas de um sucesso só". Essa coisa de rotatividade no mundo da música já vinha de muito tempo atrás.
Pablo Aluísio.
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