sábado, 12 de setembro de 2009

O Enigma de Outro Mundo

Título no Brasil: O Enigma de Outro Mundo
Título Original: The Thing
Ano de Lançamento: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Carpenter
Roteiro: Bill Lancaster, John W. Campbell Jr
Elenco: Kurt Russell, Wilford Brimley, Keith David

Sinopse:
Uma expedição de pesquisadores e aventureiros parte para o gelado continente da Antártica. Chegando lá, eles acabam explorando cavernas e lugares isolados e terminam despertando algo que a própria ciência humana desconhecia, colocando suas vidas em grande perigo. 

Comentários:
Em minha opinião John Carpenter ainda não teve o reconhecimento que merecia. Dentro desse estilo de cinema, ele foi seguramente um dos cineastas mais originais e talentosos da história do cinema americano. Um verdadeiro gênio, seguidor mais sofisticado de Roger Corman. E esse filme aqui sempre será lembrado como um dos melhores de sua filmografia. Não é apenas bom, mas igualmente influente. Penso que foi um dos filmes mais influentes dos anos 80 e isso pode ser sentido até os dias atuais. O uso do suspense, do jogo de sombras e luzes e da própria história em si, não deixa dúvidas que é um dos melhores filmes daquela década, que sempre será reconhecda por ser um tempo mais do fértil para a sétima arte. Assim deixo a recomendação para quem ainda não viu essa obra-prima Sci-fi assinada pelo grande John Carpenter. É um daqueles filmes para se ter na coleção para sempre rever de tempos em tempos. 

Pablo Aluísio.

Alien: Romulus

Novo fillme da Franquia Aliens estreia com sucesso
Mais um filme da franquia Aliens chegou aos cinemas mundiais nesse fim de semana e chegou com muito sucesso comercial, liderando a lista das maiores bilheterias dessa semana. Alien: Romulus desbancou o sucesso mundial Deadpool & Wolverine e assumiu o topo dos filmes mais assistidos desses últimos dias. Para quem achava que Aliens estava esgotado, está aí uma notícia para confirmar justamente o contrário. 

Em poucos dias o filme já rompeu a marca de 140 milhões de dólares arrecadados em todo o mundo. Uma marca muito significativa, ainda mais nos dias atuais quando a indústria luta para levar mais pessoas aos cinemas. Pois é, a retomada após a pandemia ainda segue e os estúdios respiram aliviados quando um filme como esse alcança um bom resultado comercial. 

Esse novo filme foi dirigido pelo cineasta Fede Alvarez. É uma das primeiras investidas do diretor nesse gênero Sci-Fi. Ele era mais conhecido do público que curte filmes de terror e suspense. Entre seus créditos anteriores estão fitas como O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface, A Morte do Demônio e as fitas da franquia Homem das Trevas. Em todos eles trabalhou como roteirista. 

Dessa forma Alien: Romulus é o seu primeiro grande filme como diretor e o resultado, pelo menos do ponto de vista comercial, foi muito satisfatório. E Ridley Scott? O grande diretor dessa franquia poelo menos por enquanto decidiu que não iria mais dirigir filmes. Ficando apenas como consultor e produtor executivo. Pelo visto ele ficou realmente magoado pelas críticas negativas que sofreu nos últimos filmes. Esperamos que ele mude de ideia e volte nos próximos filmes que certamente serão produzidos nos próximos anos. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Alexandre - O Nascimento de um Deus

Alexandre - O Nascimento de um Deus 
Essa série esta disponível na Netflix. Sobre ela tenho algumas considerações. Não adianta fazer um filme ou uma série sobre um personagem tão grandioso como Alexandre da Macedônia se não tiver o devido orçamento. Fica feio fazer sem o dinheiro necessário para a produção. A história de Alexandre é a história de grandes batalhas, milhares de figurantes ou pelo menos o melhor que a computação gráfica tem a oferecer. E foi justamente esse o problema que vi aqui nessa minissérie documental. 

Não tem orçamento. Essa é a verdade. As batalhas são muito pobres, mal feitas. Os atores que fazem as cenas - enquanto historiadores comentam - tampouco empolgam. Tudo parece feito meio ao acaso. Não tem aquele estilo épico que somos acostumados a ver. Claro que o roteiro é historicamente preciso, mas isso é o mínimo que se espera de um programa que tem historiadores na equipe. Na questão grandiosidade, infelizmente, esse Alexandre passou longe de ser grande!

Alexandre - O Nascimento de um Deus (Alexander: The Making of a God, Estados Unidos, 2024) Direção: Hugh Ballantyne / Roteiro: Christopher Bell / Elenco: Buck Braithwaite, Mido Hamada / Sinopse: Minissérie sobre o personagem histórico Alexandree, o Grande. Disponível na Netflix. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

SWAT - Segunda Temporada

SWAT - Segunda Temporada 
A segunda temporada dessa série policial segue as diretrizes básicas da primeira temporada. Essa é uma daquelas séries produzidas com temporadas de muitos episódios que são exibidos na TV aberta nos Estados Unidos e depois vão compor as grades de programação de canais a cabo por anos. Embora haja uma linha narrativa básica os episódios podem ser assistidos de forma independente e sem seguir uma ordem cronológica. É feito justamente para isso, para encher a programação dos canais da TV a cabo sem que o espectador fique preso a uma história central. 

Aqui na segunda temporada, temos que reconhecer, houve um capricho maior no desenvolvimento dos personagens. O Hondo, por exemplo, agora tem um sobrinho com quem se preocupar. A tenente assume sua bissexualidade, outros policiais estão passando por apertos financeiros e por aí vai. Tudo com o objetivo de não deixar os personagens rasos demais. Até que funcionou bem. 

SWAT - Segunda Temporada (S.W.A.T. - Season Two, Estados Unidos, 2018) Direção: Billy Gierhart, entre outros / Roteiro: Robert Hamner, Rick Husky / Elenco: Shemar Moore, Stephanie Sigman, Alex Russell/ Sinopse: Segunda temporada da série televisiva da CBS SWAT. Um remake moderno da clássica série dos anos 70. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

The Bear

Os Exageros em Relação a The Bear
Terminei de assistir às duas primeiras temporadas de The Bear. Gostei do que vi, são bons episódios, bons roteiros e um bom elenco. Até aí tudo bem. O que não consigo entender é o deslumbramento da crítica norte-americana em relação a essa série. Os elogios são exagerados demais. Outro dia cheguei a ler uma paragrafo inacreditável de um jornalista de Boston afirmando que era a melhor série jamais feita! O que se passa na mente de um sujeito como esse?

Talvez o segredo de seu sucesso de crítica tenha sido o formato. A série não é uma sitcom, mas tem episódios com a duração desse tipo de programa com pouco mais de 30 minutos. Isso faz com que o espectador nunca fique cansado ou entediado. Por aí se vê que se a série tivesse a média maior de duração, como nas séries dramáticas em geral, não haveria tantos elogios descabelados pela frente...

E a história contada também é bem simples. Um jovem chef de cozinha, que estava indo muito bem na carreira, trabalhando em grandes restaurantes de Nova Iorque, acaba tendo que voltar para sua cidade natal Chicago após a morte do irmão. Ele provavelmente se envolveu com as pessoas erradas pois era viciado em drogas. 

Então o chef decide levantar o pequeno restaurante do irmão morto. O problema é que ele estava trabalhando em lugares finos de Nova Iorque e aquele pequeno restaurante do brother não passa de uma espelunca que serve sanduíches e hot-dogs para os moradores da região. E aí está o centro da dramaticidade da série. Nada mais, nada menos do que isso. Uma história interessante sim, mas nenhuma oitava maravilha do mundo!

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Morte de Donald Sutherland

A Morte de Donald Sutherland
Morreu o ator Donald Sutherland. Mais um talento que se vai. Eu sempre gostei do trabalho dele, sempre achei muito digno, mesmo quando fazia filmes ruins e de baixo orçamento, algo que não estava à altura de seu status. Mas é a tal coisa, as pessoas esquecem que ser ator é como uma profissão qualquer. Algumas vezes há bom material para se trabalhar, outras vezes não! São coisas da vida. E a única certeza da vida é a morte, infelizmente. 

Pois bem, no começo eu sempre o associei à sua imagem um tanto esquisitona. Era um tipo alto, magro, com um rosto fora dos padrões. Tinha até mesmo cara de gaiato. Talvez por isso o Diretor Robert Altman o tenha escalado para atuar em MASH. Depois do sucesso de crítica desse filme bem alternativo a carreira dele aconteceu em Hollywood. 

Mas engana-se quem pensa que aconteceu com ele virando um astro. Talvez por causa de sua aparência fora mesmo dos padrões de beleza de Hollywood, nessa indústria que preza sempre justamente nisso em um profissional, ele nunca se tornou um grande astro. Pelo contrário, virou um coadjuvante de luxo, algumas vezes estrelando um filme B aqui e acolá. E assim fez sua vida, com toda dignidade, não raro roubando os filmes em que aparecia no segundo plano.

Depois da idade madura ele passou a interpretar vilões mais velhos, sim, velhos, mas com ar de respeitabilidade, embora ele nunca perdesse aquele jeitão de esquisito dele. Personagens como o velho malucão perverso era com ele mesmo. O Donald Sutherland foi bem isso. Quem o via em qualquer fime, fosse bons ou ruim, jamais o esquecia. E durante muitos anos ele foi aquele tipo de ator em que as pessoas perguntavam: como era o nome dele mesmo? Não faz diferença, ele sempre será lembrado por seu talento, que é o que conta no final de tudo. 

Pablo Aluísio. 

House of Cards

Kevin Spacey em House of Cards
Com muito atraso comecei a assistir essa série "House of Cards". Não sei porque não comecei a ver muitos anos atrás. A questão é que sempre escapa algo importante pra ver, ainda mais em tempos de streaming insano. São tantos os lançamentos para ver em filmes e séries que não tem jeito, muita coisa vai mesmo escapar do seu radar. 

E House of Cards era uma grandes lacunas da minha agenda de séries. E o mais interessante de tudo é que estou vendo pela primeira vez os episódios da primeira temporada, logo agora, depois que o Kevin Spacey foi cancelado, acusado de uma série de assédios sexuais envolvendo jovens atores, inclusive dessa própria série. Ele tinha uns descontroles, partia para cima dos caras, tentando pegar em suas partes íntimas, um vexame! 

Por falar em vexame a vida do Spacey virou uma grande baixaria! O irmão mais velho dele contou que o pai abusava dele quando criança. Provavelmente o Spacey também foi abusado e isso marcou sua vida para sempre. Pessoas abusadas acabam se tornando abusadores de alguma forma, ainda mais quando se encontram em posição de poder que era justamente o caso do Kevin Spacey. 

Dito isso, sabendo de toda a sujeira, não tenho como não elogiar o trabalho do Kevin Spacey nessa série. Sim, o cara na vida pessoal é complicado, meio insano, provavelmente um apalpador de órgãos masculinos alheios, tudo isso provavelmente é verdade. Entretanto não há como dizer que ele não é um bom ator! Pelo contrário, sempre foi um dos melhores de sua geração. E essa série comprova tudo isso. Ele é gênio na arte de atuar. No final de tudo, eu como cinéfilo, devo colocar isso em primeiro plano. 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Perry Mason - Segunda Temporada

Perry Mason - Segunda Temporada
Eu gosto e desgosto dessa série em doses equivalentes. Aliás eu nem sei porque ainda fui ver a segunda temporada, já que fiquei com um pé atrás com a primeira, que não me agradou totalmente. O problema da série, ao meu ver, é de ritmo mesmo. Do ponto de vista técnico tudo parece muito bem realizado. O elenco é muito bom, a reconstituição de época é mais do que perfeita, tudo parece estar no lugar certo. 

O problema é de ritmo. Os episódios são longos e muitas vezes percebemos claramente que estão enchendo linguiça. Ou seja, esse material tem tudo do bom e do melhor para ser coisa de primeira linha, mas na hora de chutar para o gol e ser campeão eles levam horas e horas para fazer isso. 

Eu sou da opinião de que cada episódio deveria ter um caso com começo, meio e fim. No máximo, nos casos mais complexos, colocassem tudo em dois episódios, por exemplo. Agora, colocar um mesmo caso em seis ou oito longos episódios realmente torna tudo meio cansativo. E as coisas vão acontecendo de forma bem devagar, se arrastando... Assim não dá! 

Não tenho nada contra o fato do Perry Mason ser um personagem tão antigo. Quem me conhece sabe que gosto de cultura pop do passado, mas pelo amor de Deus, contem as histórias com mais agilidade, com mais eficiência. Não adianta enrolar ao máximo, torrando a paciência do espectador para isso. 

Pablo Aluísio.