quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Elvis Presley - Discografia Oficial Americana
2) ELVIS(1956) #
3) LOVING YOU (1957) Trilha Sonora #
4) ELVIS CHRISTMAS ALBUM (1957) #
5) ELVIS GOLDEN RECORDS (1958) Coletânea #
6) KING CREOLE (1958) Trilha Sonora
7) FOR LP FANS ONLY (1959) Coletânea
8) A DATE WITH ELVIS (1959) Coletânea
9) ELVIS GOLDEN RECORDS Vol.2 (1959) Coletânea #
10)ELVIS IS BACK! (1960)
11)G.I.BLUES (1960) Trilha Sonora #
12)HIS HAND IN MINE (1960) LP Gospel #
13)SOMETHING FOR EVERYBODY (1961)
14)BLUE HAWAII (1961) Trilha Sonora #
15)POT LUCK (1962)
16)GIRLS,GIRLS,GIRLS (1962) Trilha Sonora #
17)IT HAPPENED AT WORLD'S FAIR (1963) Trilha Sonora
18)FUN IN ACAPULCO (1963) Trilha Sonora
19)ELVIS GOLDEN RECORDS Vol.3 (1963) Coletânea #
20)KISSIN COUSINS (1964) Trilha Sonora
21)ROUSTABOUT (1964) Trilha Sonora #
22)GIRL HAPPY (1965) Trilha Sonora
23)ELVIS FOR EVERYONE (1965)
24)HARUM SCARUM (1965) Trilha Sonora
25)FRANKIE AND JOHNNY (1965) Trilha Sonora
26)PARADISE, HAWAIIAN STYLE (1966) Trilha Sonora
27)SPINOUT (1966) Trilha Sonora
28)HOW GREAT THOU ART (1967) LP Gospel #
29)DOUBLE TROUBLE (1967) Trilha Sonora
30)CLAMBAKE (1967) Trilha Sonora
31)ELVIS GOLD RECORDS Vol.4 (1968) Coletânea #
32)SPEEDWAY (1968) Trilha Sonora
33)ELVIS SINGS FLAMING STAR (1968)
34)ELVIS NBC TV SPECIAL (1968) #
35)FROM ELVIS IN MEMPHIS (1969) #
36)FROM MEMPHIS TO VEGAS/FROM VEGAS TO MEMPHIS (1969) #
37)LET'S BE FRIENDS (1970)
38)ON STAGE (1970) Ao Vivo #
39)WORLDWIDE 50 GOLD AWARDS HITS (1970) Coletânea #
40)ELVIS IN PERSON AT INTERNATIONAL HOTEL (1970) Ao Vivo #
41)BACK IN MEMPHIS (1970)
42)ALMOST IN LOVE (1970)
43)THAT'S THE WAY IT IS (1970) Trilha Sonora #
44)ELVIS COUNTRY (1970) #
45)YOU'LL NEVER WALK ALONE (1970) Coletânea #
46)LOVE LETTERS FROM ELVIS (1971)
47)THE OTHER SIDES-WORLDWIDE 50 GOLDEN HITS (1971) Coletânia #
48)C'MOON EVERYBODY (1971) Coletânia
49)I GOT LUCK (1971) Coletânia
50)ELVIS SINGS THE WONDERFULL WORLD OF CHRISTMAS (1971) #
51)ELVIS NOW (1972) #
52)HE TOUCHED ME (1972) LP Gospel #
53)ELVIS SINGS HITS FROM HIS MOVIES (1972) Coletânia
54)ELVIS AS RECORDED LIVE AT MADISON SQUARE GARDEN (1972) #
55)ELVIS SING BURNING LOVE AND HITS FROM MOVIES Vol.2(1972) #
56)SEPARATE WAYS (1972) Coletânia
57)ALOHA FROM HAWAII VIA SATELITE (1973) Ao Vivo #
58)ELVIS (1973)
59)RAISED ON ROCK/FOR OLD TIMES SAKE (1973)
60)A LEGENDARY PERFORMER Vol.1 (1974) Coletânia #
61)GOOD TIMES (1974)
62)ELVIS AS RECORDED LIVE ON STAGE IN MEMPHIS (1974)
63)HAVING FUN WITH ELVIS ON STAGE (1974)
64)PROMISED LAND (1975)
65)PURE GOLD (1975) #
66)ELVIS TODAY (1975)
67)A LEGENDARY PERFORMER Vol.2 (1975) Coletânia #
68)DOUBLE DYNAMITE (1975) Coletânia
69)THE SUN SESSIONS (1976) Coletânia
70)FROM ELVIS PRESLEY BOULEVARD,MEMPHIS,TENNESSEE (1976) #
71)WELCOME TO MY WORLD (1976) Coletânea #
72)MOODY BLUE (1977) #
73)ELVIS IN CONCERT (1977) LP Póstumo #
Todos os Lps Foram Lançados Pela RCA Victor
# LPs Premiados com Disco de ouro e/ou Platina
Lisa Marie Presley - Now What
Parece que passada a curiosidade inicial sobre sua voz e seu modo de cantar, os fãs de Elvis não voltaram às lojas para repetir o sucesso do disco anterior dela. Mesmo assim é de se indicar algumas faixas desse trabalho. Lisa Marie Presley parece demonstrar afinidade com um estilo musical que eu poderia até mesmo denominar de "Country Dark". As letras muitas vezes são pessimistas, com teor sombrio. Ao que tudo indica a filha única do Rei do Rock também tem seus próprios demônios pessoais para superar.
Lisa Marie Presley - Now What (2005)
1. I'll Figure It Out;
2. Turbulence;
3. Thanx;
4. Shine (featuring Pink)
5. Dirty Laundry
6. When You Go
7. Idiot
8. High Enough
9. Turn To Black
10. Raven
Pablo Aluísio.
Lisa Marie Presley - To Whom It May Concern
As faixas possuem uma certa melancolia. Não é um trabalho pop como muita gente está acostumada a ouvir por aí. E nesse aspecto a Lisa Marie se sai bem, principalmente por optar em não imitar ninguém, nem seu pai famoso e nem muito menos outras estrelas da pop music. Assim ela escolheu de forma certa seguir por seu próprio caminho. Depois com o tempo a Lisa Marie meio que se decepcionou com sua carreira e após problemas envolvendo drogas deixou a profissão de cantora de lado, o que foi uma pena. Ela deveria ter insistido mais por seguir esse lado de artista. Uma grande perda mesmo ela ter largado tudo cedo demais. Teria sido uma cantora realmente muito boa.
Lisa Marie Presley - To Whom It May Concern (2003)
1.S.O.B.
2.The Road Between
3.Lights Out
4.Better Beware
5.Nobody Noticed It
6.Sinking In
7.Important
8.So Lovely
9.Indifferent
10.Gone
11.To Whom It May Concern
12.Excuse Me
13.Lights Out
Pablo Aluísio.
Frank Sinatra - Sinatra '57 in Concert
Outro aspecto que merece destaque é a própria postura de Sinatra no palco. Não há espaço para maiores improvisos ou brincadeiras. Nesse ponto Sinatra era realmente um profissional admirável. Ele tinha um repertório para interpretar e o fazia com extrema maestria e cuidado técnico. Como eu escrevi, para alguém tão perfeccionista não havia espaço para falhas. No máximo ele se dava o prazer e privilégio de cantar alguma música com uma entonação mais divertida. Em pequenos momentos ele se divertia mais como em "I Get a Kick Out of You", onde acabava perdendo por um momento o fio da meada do acompanhamento de seus músicos. É interessante que esse tipo de show era bem diferente do que ele estava mais acostumado a realizar em Las Vegas. Ao lado do Rat Pack a proposta era bem outra. Quando estava acompanhado de Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford ou Joey Bishop, o cantor com copo de whisky na mão adotava outra postura, outro comportamento, quase como um comediante. A intenção não era apenas cantar bem, mas acima de tudo divertir o público, contando piadinhas e histórias engraçadas. Nem sempre esse tipo de material foi bem apreciado pelos críticos, já que todos queriam mesmo ouvir o talento de Sinatra com a devida perfeição e profissionalismo. Se esse for o seu caso então recomendo esse CD sem receios.
Frank Sinatra - Sinatra '57 in Concert
1. Introduction / You Make Me Feel So Young
2. It Happened in Monterey
3. At Long Last Love
4. I Get a Kick Out of You
5. Just One of Those Things
6. A Foggy Day
7. The Lady Is a Tramp
8. They Can't Take That Away From Me
9. I Won't Dance
10. Sinatra Dialogue
11. When Your Lover Has Gone
12. Violets For Your Furs
13. My Funny Valentine
14. Glad to Be Unhappy
15. One For My Baby
16. The Tender Trap
17. Hey Jealous Lover
18. I've Got You Under My Skin
19. Oh! Look at Me Now
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Chuck Berry - Too Much Monkey Business
O compacto era extraído de seu álbum "After School Session" (um dos ícones da primeira geração de roqueiros americanos) e trazia dois clássicos absolutos, com "Too Much Monkey Business" no lado A e "Brown Eyed Handsome Man" no lado B. A letra, como convinha a Berry nessa época, usava de gírias da época, pois a expressão "Monkey Business" era muito utilizada entre os jovens. A música fez bastante sucesso, chegando ao quarto lugar da Billboard e entrou definitivamente no panteão de grandes clássicos do rock ´n´ roll, ganhando versões posteriores de grandes astros da música como os Beatles e Elvis Presley. Algum tempo depois um outro single seria lançado com a canção "Let It Rock" no lado A, mostrando como essa faixa era popular na carreira de Chuck Berry.
Chuck Berry - Too Much Monkey Business (1956)
Single: Too Much Monkey Business / Brown Eyed Handsome Man / Cantor: Chuck Berry / Álbum: After School Session / Selo: Chess Records / Data de Lançamento: Setembro de 1956 / Produção: Leonard Chess, Phil Chess / Músicos: Chuck Berry (vocais e guitarra), Johnnie Johnson (piano), Willie Dixon (baixo), Fred Below (bateria).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Chuck Berry - Chuck Berry In London
Dito isso deixa aqui a dica desse excelente álbum ao vivo gravado em Londres quando Berry visitou a Inglaterra para uma série de concertos para seus fãs ingleses (que definitivamente não são poucos). O disco foi lançado originalmente em 1965 e naquela época Berry ainda era uma explosão em cima de um palco. O curioso da seleção musical desse concerto é que Chuck Berry fugiu completamente da set list habitual que costumava usar em seus shows. Ao invés de apostar nos velhos sucessos que todos conheciam ele optou por um repertório completamente fora dos padrões, focado principalmente em canções de blues. Isso é interessante porque ele já sabia que o material seria usado em um disco a ser lançado, por isso caprichou, tanto do ponto de vista em escolher as músicas certas, como também na hora de tocar e cantar, procurando dar sempre o melhor de si. O resultado é ótimo. Eis aqui um álbum que definitivamente não pode faltar na coleção de nenhum roqueiro que se preze.
Chuck Berry - Chuck Berry In London (1965)
My Little Love-Lights / She Once Was Mine / After It's Over / I Got A Booking / Night Beat / His Daughter Caroline / You Came A Long Way From St. Louis / St. Louiis Blues / Jamaica Farewell / Dear Dad / Butterscotch / The Song Of My Love / Why Should We End This Way / I Want To Be Your Driver.
Pablo Aluísio.
Chuck Berry - St. Louis to Liverpool
O título procurava fazer uma ponte entre o legado de Berry e as novas bandas, por isso a referência a Liverpool, a terra dos Beatles. É claro que havia ali um oportunismo barato por parte dos produtores, mas para Berry o importante era voltar à ativa, voltar a trabalhar. E como era de se esperar o resultado era genial. Em seus anos preso, Berry aproveitou para compor vários temas, muitos deles gravados aqui pela primeira vez. Um repertório fantástico, capaz de derrubar dúzias de bandinhas da moda. Ele era realmente genial. Basta dar uma olhada na seleção para verificar que novos clássicos da geração rocker eram lançados nesse álbum como, por exemplo, "Promised Land" (que Elvis Presley regravaria alguns anos depois), "Merry Christmas Baby" (outra que Elvis aproveitaria, um autêntico blues de natal, composto na amargura de se passar uma noite de natal atrás das grades) e "Little Marie", uma espécie de continuação de "Memphis, Tennessee". Enfim, o disco era mais uma obra prima da discografia de Berry, produzido em uma época complicada de sua vida. A despeito de tudo contra, Chuck Berry mais uma vez provava que ainda era capaz de produzir rock de extrema qualidade. Ser genial é isso aí.
Chuck Berry - St. Louis to Liverpool (1964)
1. Little Marie 2. Our Little Rendezvous 3. No Particular Place to Go 4. You Two 5. Promised Land 6. You Never Can Tell 7. Go Bobby Soxer 8. Things I Used to Do 9. Liverpool Drive (instrumental 10. Night Beat (instrumental) 11. Merry Christmas Baby 12. Brenda Lee
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Chuck Berry - Chuck Berry Is on Top
Com tanto coisa jogando contra não é de se admirar que ele tenha tido vários problemas para colocar um disco completamente inédito nas lojas. Particularmente abomino coletâneas em geral que considero resumos incompletos das obras dos artistas de que gosto. É um produto comercial para vender e nada mais. Em relação a roqueiros como Chuck Berry e Little Richard a coisa ficou ainda mais feia pois a partir dos anos 60 sairiam uma infinidade de títulos como "Golden Hits" e coisas do gênero que apenas procuravam relançar velhas gravações com novas capas. Uma verdadeira praga. Mesmo assim ainda consigo indicar - com certa reserva - um álbum como esse, afinal de contas em seu favor temos o fato dele ter sido parte da discografia original de Berry nos anos 50. Uma prova que sua carreira foi realmente meteórica, de poucos anos. Depois ele infelizmente se tornaria mais um artista ao estilo revival, vivendo de glórias passadas e pouco produzindo algo de novo.
Chuck Berry - Chuck Berry Is on Top (1959)
Almost Grown / Carol / Maybellene / Rock Sweet Little & Roller / Anthony Boy / Johnny B. Goode / Little Queenie / Jo Jo Gunne / Roll Over Beethoven / Around and Around / Hey Pedro / Blues for Hawaiians.
Pablo Aluísio.
Chuck Berry - Chuck Berry Blues
Uma boa oportunidade para conhecer o blueseiro Berry vem justamente desse álbum chamado muito apropriadamente de "Chuck Berry Blues". A edição em CD vem com 16 faixas, quatro a mais do que o LP original. No repertório vemos o cantor tentando resgatar suas origens. Berry não se sai mal em nenhuma das gravações, mas temos que reconhecer que ele não também não consegue ser tão brilhante como em seu lado rocker, já que como roqueiro ele foi um dos mais importantes da história. Como blueseiro, devo dizer, ele é apenas um músico esforçado, embora como eu escrevi, talentoso. Berry chega a até mesmo, em momentos ocasionais, a brilhar como em "I Just Want To Make Love To You", "The Things I Used To Do" e principalmente "St. Louis Blues". Mesmo assim há momentos que deixam a desejar como na preguiçosa "Still Got The Blues", onde Berry parece se contentar em ficar no piloto automático, apelando para clichês. Dentro do blues o grande mentor de Berry, como ele sempre admitiu, sempre foi Willie Dixon. Na prática porém Berry chega mais próximo do estilo de Muddy Waters, o que convenhamos também não é nada mal.
Chuck Berry - Chuck Berry Blues
House Of Blue Lights / Wee Wee Hours / Deep Feeling / I Just Want To Make Love To You / How You've Changed / Down The Road Apiece / Worried Life Blues / Confessin' The Blues / Still Got The Blues / Driftin' Blues / Run Around / Route 66 / Sweet Sixteen / All Aboard / The Things I Used To Do / St. Louis Blues.
Pablo Aluísio.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Chuck Berry - One Dozen Berrys
"One Dozen Berrys" faz parte da primeira fase da carreira do cantor. Por essa época ele ainda gravava seus álbuns em Chicago, sob supervisão dos próprios irmãos Chess (Leonard e Phil Chess) que dominavam todo o processo de gravação com mãos de ferro, algo que em pouco tempo os colocaria contra as ideias de Chuck Berry que não ficaria muito tempo no selo - ele saiu batendo a porta literalmente, dizendo que estava sendo roubado pelos donos da Chess na cara dura! De uma forma ou outra não há como negar que é um grande trabalho. Não importam muito as brigas de bastidores quando o ouvinte se delicia com esse repertório. Berry até procura inovar um pouco ao considerar gravar ousadias como "Rockin' at the Philharmonic", uma óbvia tirada de sarro dele para cima dos críticos do Rock ´n´ Roll que não paravam de qualificar as primeiras canções de rock como imbecis e destituídas de valor musical. O tempo, senhor de tudo, porém iria dar o devido reconhecimento para Berry e todos os pioneiros do rock uma vez que esse disco hoje é considerado um verdadeiro clássico! Nada mal...
Chuck Berry - One Dozen Berrys (1958)
Sweet Little Sixteen / Blue Feeling / La Jaunda / Rockin' at the Philharmonic / Oh Baby Doll / Guitar Boogie / Reelin' and Rockin / In-Go / Rock and Roll Music / How You've Changed / Low Feeling / It Don't Take But a Few Minutes.
Pablo Aluísio.
Chuck Berry - After School Session
Chuck Berry nunca foi uma pessoa fácil de se controlar e essa característica ele aprendeu pelas gravadoras pelas quais passou. Sua passagem na Chess Records foi seguramente sua fase mais inspirada. Nessa gravadora ele colecionou hits após hits, todos lançados em singles de grande sucesso comercial. Para um cantor negro como ele na década de 50 um single de sucesso era tudo o que se procurava alcançar pois isso geralmente significava mais shows e com mais shows mais grana ele conseguia ganhar. Pois Berry não conseguiu apenas um single mas vários, em sequência. Infelizmente como ele próprio definiu anos depois tudo o que conseguiu por essa época foi ser literalmente roubado por empresários e donos de gravadora. Sempre às turras com esse pessoal, Berry não foi consultado nem sobre esse seu primeiro álbum, cujas faixas foram escolhidos à sua revelia. De qualquer modo esse “After School Sessions” é um joia da fase artística mais inspirada de Berry com canções fantásticas que até hoje inspiram as novas gerações de roqueiros. Um disco maravilhoso de um artista numa fase comercialmente conturbada de sua carreira mas artisticamente muito produtiva em sua vida.
Chuck Berry - After School Session (1957)
School Days / Deep Feeling / Too Much Monkey Business / Wee Wee Hours / Roly Poly (Rolli Polli) / No Money Down / Brown Eyed Handsome Man / Berry Pickin / Together (We'll Always Be) / Havana Moon / Downbound Train / Drifting Heart / You Can't Catch Me * / Thirty Days (To Come Back Home) * / Maybellene * / * Faixas bônus do lançamento em CD.
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Chuck Berry
Chuck Berry - Na famosa foto de divulgação da gravadora Decca ao lado, vemos o cantor e compositor Chuck Berry com sua guitarra, ainda no começo da carreira. Ele diria depois que pouco sobrou de seus primeiros anos. Em entrevista Berry recordou: "Todos me roubaram. Meu empresário, os donos das gravadoras, as editoras de música, minhas ex-esposas, meus parentes! O dinheiro que ganhei no auge da minha carreira foi todo roubado! Assim eu tive que continuar trabalhando para não morrer de fome!"
Chuck Berry, como muitos dos pioneiros do rock, não
tinham a menor ideia de como a indústria musical funcionava. Por essa
razão assinaram contratos em que praticamente cediam todos os direitos
de suas músicas e gravações. Para esses primeiros roqueiros o que
importava era gravar discos, mostrar que estava fazendo sucesso no meio
musical.
Só que ao assinarem esses contratos leoninos eles
perdiam direito a quase tudo. O próprio Chuck Berry iria descobrir que
não tinha o direito sequer de usar seu próprio nome pois ele havia
cedido tudo para a gravadora Decca, desde suas gravações de seus maiores
sucessos, passando por sua imagem e até mesmo o nome! Chuck Berry assim
precisou lutar por anos em processos e mais processos judiciais para
finalmente começar a ganhar algum dinheiro com sua própria arte.
Chuck Berry - I Just Want To Make Love To You / House Of Blue Lights / Confessin' The Blues
"I Just Want To Make Love To You" é um dos blues mais bem arranjados da discografia de Chuck Berry. Além da onipresente guitarra de Berry ele resolveu colocar também uma guitarra rítmica que lembra muito a sonoridade típica dos anos 70, um tipo de arranjo que iria fazer parte de muitas músicas daquela época. De todas as faixas do disco "Chuck Berry Blues" essa era uma das mais vocacionadas a virar um hit nas rádios. Só que isso acabou não acontecendo, muito provavelmente por desleixo da gravadora que não trabalhou direito na promoção da música nas estações de rádio. Uma pena.
"House Of Blue Lights" abre com um daqueles rifs memoráveis de Berry. Essa canção é puro rock ´n´ roll dos anos 50. A única razão dela ter sido incluída nesse álbum foi para ajudar na promoção do disco. OK, um dos ingredientes da formação do rock como ritmo musical foi o blues, todos sabem disso, porém "Blue Lights" não é uma canção de blues, pelo contrário, é puro rock mesmo, sem tirar e nem colocar nada. Grande gravação de Berry e também um dos melhores momentos do disco. A melodia é das mais agradáveis e lembra imediatamente de outros sucessos de Berry como a sempre lembrada "Johnny B. Goode".
Mais híbrida é a animadinha "Confessin' The Blues". Dessa faixa aprecio especialmente o "duelo" de guitarras, com Berry solando em praticamente toda a gravação. A melodia com as várias "paradinhas" é outro ponto de atração. Assim como "Make Love to You" essa é igualmente uma das mais bem arranjadas canções do disco. O próprio Chuck Berry abriu espaço no meio da faixa para solar e improvisar como nunca com sua Gibson. Precisava mais de alguma coisa? Penso que não. Em apenas dois minutos Chuck Berry mandou muito bem, adicionando todos os elementos que o fizeram um dos grandes nomes do surgimento do rock nos Estados Unidos.
É lamentável saber que um dos grandes mitos da história do rock, Chuck Berry, está nesse momento fazendo uma turnê pela América do Sul (Argentina, Chile, etc) sem ter a menor condição de se apresentar mais com dignidade. Aos 86 anos o velho roqueiro não está nada bem, nem fisicamente e nem psicologicamente falando.
Sua última apresentação no último dia 14 de abril na Argentina foi avaliada como “desastrosa” pela imprensa local. Berry subiu ao palco visivelmente debilitado, sem condições de tocar ou cantar adequadamente. Ao lado de sua famosa guitarra mal conseguiu acertar as notas de seus clássicos.Executou apenas 10 canções em 1 hora de show e saiu sem dar adeus. Acompanhado de uma banda considerada “medíocre” pela crítica argentina Berry não tem mais condições psicológicas e nem de saúde para se expor a esse tipo de apresentação. Seu concerto foi classificado como “triste, bizarro e indigno” pela edição argentina da Rolling Stone. A todo momento Berry era ajudado por sua filha que ao que parece tem sido a organizadora de suas últimas e lamentáveis aparições ao vivo.
Para piorar o que já era bem ruim o cantor não parece mais saber direito onde se encontra ou que está fazendo. De fato Berry só não foi vaiado por causa de sua importância na história do rock – e os argentinos entendem perfeitamente isso. Seria a repetição de mais uma história triste envolvendo os pioneiros do rock? Explorado por familiares e parasitas em geral esses músicos são levados a concertos por cachês altos mesmo não tendo mais a menor condição de levar um show em frente. Triste saber que o maravilhoso Berry se encontra nessa situação. Espero que ele consiga encontrar alguma paz em seus últimos anos de vida. Obs: o texto foi escrito antes da morte do cantor. Chuck Berry morreu em 18 de março de 2017.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Brian Jones
Era um grande instrumentista mas como colega de grupo era um sujeito complicado. Esnobe, só aceitava ficar nos melhores hotéis (enquanto os demais Stones se viravam em quartos fajutos). Achava que era o líder intocável dos Stones mas sua presunção acabou minando sua liderança. Aos poucos os garotos de rua, Jagger e Richards, assumiram esse posto. Jones porém não viveu para ver sua queda arquitetada.
Ele morreu antes, em circunstâncias misteriosas na piscina de sua casa. Era um jovem ainda e até hoje não se sabe com exatidão o que aconteceu (para alguns estava tão drogado que simplesmente se afogou de forma acidental). Hoje, passados tantos anos isso não importa mais. Brian Jones sempre será lembrado como o idealista criador dos Rolling Stones. Um dândi afetado que agora faz parte da constelações dos grandes nomes do rock na história.
Brian Jones (1942 – 1969)
Pablo Aluísio.
Raul Seixas – O Dia Em Que A Terra Parou
O álbum foi criticado por alguns por não trazer tantas faixas significativas como nos primeiros discos de Raulzito mas não concordo plenamente com essa visão. Existem no mínimo quatro grandes canções na seleção musical. Além das óbvias “Maluco Beleza” (onde brincava com sua fama de lunático) e a já citada “O Dia Em Que a Terra Parou” havia ainda a deliciosa “No Fundo do Quintal da Escola” onde Raul dava uma banana para seus críticos mais ferozes. Aproveitava também para relembrar dos dias de colegial quando pulava o muro do quintal da escola. Ótima letra. Afirmando que não sabia para onde estava indo mas que estava no seu caminho, Raulzito dá seu divertido recado para os que gostavam de lhe passar sermões. Outro momento fenomenal é “Sapato 36” onde em uma letra nostálgica Raul relembra aspectos de sua infância, mostrando que já não era mais a criança de antes mas sim uma pessoa ciente de si mesmo. Um recado sincero para seu pai. Enfim, para os críticos de sua fase na WEA basta apenas uma audição. Certamente não é um disco filosófico e cheio de mensagens como os anteriores mas não há como negar que é uma bela coleção de canções do eterno maluco beleza.
Raul Seixas – O Dia Em Que A Terra Parou (1977)
Tapanacara
Maluco Beleza
O Dia em que a Terra Parou
No Fundo do Quintal da Escola
Eu Quero Mesmo
Sapato 36
Você
Sim
Que Luz É Essa?
De Cabeça-pra-Baixo
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Frankie Valli and the Four Seasons
O grupo nasceu em 1960 e sua formação inicial contava com o próprio Frankie Valli como líder vocal, Bob Gaudio nos teclados, Tommy DeVito na guitarra e Nick Massi no baixo. Frankie Valli já tinha estrada pois estava tentando decolar na carreira desde 1953. Ele participou de sucessivos grupos mas a sorte não parecia bater na sua porta. Não conseguiu se sobressair e nem fazer sucesso, também pudera na década de 50 o rock americano teve uma verdadeira explosão de criatividade, dominando todas as paradas. Só na década seguinte Valli conseguiu conquistar seu lugar ao sol, justamente quando se uniu ao Four Seasons. O primeiro single foi um fracasso mas aos poucos o grupo foi chamando a atenção, conquistando seu espaço. A explosão veio com "Sherry”, seguido do sucesso número 1 da Billboard, "Big Girls Don't Cry". A partir daí o grupo se firmou e foi conseguindo um sucesso atrás do outro até a invasão britânica em 1964 que de uma forma ou outra enterrou várias carreiras de artistas americanos. É claro que o som deles jamais poderia ser páreo para os Beatles e os Rolling Stones. Não faz mal. Ouvir um álbum do Four Seasons hoje é um dos maiores prazeres que um fã da música dos anos 60 pode desfrutar. Seu som, suas letras sobre romances adolescentes e principalmente a voz de Valli ainda soam maravilhosamente inocentes e cativantes. Uma volta ao tempo que faz muito bem à alma e ao espírito. Por isso serão sempre eternos.
Pablo Aluísio.