Título no Brasil: Massacre no Bairro Japonês
Título Original: Showdown in Little Tokyo
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Little Tokyo Productions
Direção: Mark L. Lester
Roteiro: Stephen Glantz, Caliope Brattlestreet
Elenco: Dolph Lundgren, Brandon Lee, Cary-Hiroyuki Tagawa, Tia Carrere, Toshishiro Obata, Philip Tan
Sinopse:
Dois policiais de Los Angeles, com pontos de vista opostos sobre qual é a melhor maneira de cumprir a lei, precisam trabalhar juntos para derrubar a Yakuza, a máfia japonesa, que atua no submundo da cidade.
Comentários:
Esse filme foi o único a unir o brucutu Dolph Lundgren ao especialista em artes marciais Brandon Lee, o filho do lendário Bruce Lee. Ele morreu precocemente em um set de filmagens quando foi atingido por uma bala de verdade - algo completamente absurdo! De qualquer maneira essa é uma boa opção para conhecer um filme de sua curta carreira. Ele se deu muito bem ao lado do parceiro de cena. Como se pode perceber tinha tudo para dar certo, principalmente para os fãs dos filmes de ação. Só que, apesar do pequeno orçamento (8 milhões de dólares) o filme não foi bem de bilheteria, se tornando um fracasso nas salas de cinemas. O roteiro tem os elementos que se esperaria encontrar em um filme como esse, sem maiores novidades. Vale mais, para dizer a verdade, pelo contraste entre os dois atores principais. Esse choque de diferenças de personalidades acaba sendo um dos atrativos do filme, ao lado, é claro, das lutas bem coreografadas.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 3 de maio de 2019
quinta-feira, 2 de maio de 2019
Os Herculóides
É um dos desenhos animados da minha infância. Outro produto da incrível dupla Hanna-Barbera. Eles produziam desenhos em série para a TV, por isso não havia muito tempo. Mal um novo programa era lançado e eles já estavam na prancha de novo para criar outro grupo de personagens. Quem criou essa nova animação na verdade foi Alex Toth, um dos desenhistas do estúdio. O primeiro episódio foi ao ar em 1967. Era um pulp fiction de bolso, só que obviamente levado para a televisão. As animações revistas hoje em dia poderiam ser consideradas bem simples, até primitivas. O que importava para a garotada na época porém não era isso, mas sim a oportunidade de conferir esses monstros lutando contra os inimigos. Havia um gorilão feito de pedra, um rinoceronte dinossauro que expelia pedras pelos seus chifres, um dragão verde poderoso que soltava raios pelos olhos e cauda e até mesmo dois bichinhos de complicada definição. Mais pareciam massas de modelar que assumiam qualquer forma.
E sim, havia uma família de humanos, como era praxe na época. Eles viviam em um "mundo primitivo" que de vez em quando era atacado por monstros. E isso era a base de todos os episódios. Havia sim uma certa influência do mundo de Conan nesse desenho, mas não era algo assim tão óbvio. Na verdade, como escrevi antes, esse tipo de desenho era pura ficção B de bolso. Nem preciso dizer que a garotada adorava. No total foram produzidos 31 episódios. O último inédito foi ao ar em 1968 na rede CBS americana. No Brasil a série praticamente nunca chegou a ser de cartaz, sendo exibida por anos a fio, sendo exibida pelos principais canais de TV de nosso pais como Tupi, Record, Globo e Bandeirantes. Recentemente revi um episódio completo só para matar as saudades. Os Herculóides enfrentavam um ser de pura energia que invadia seu planeta. Divertido, mas bem básico. Será que algum dia vão ressuscitar esses personagens para uma versão para o cinema? Acredito que não, mas não custa sonhar.
Os Herculóides (Estados Unidos, 1967, 1968) Direção: Joseph Barbera, William Hanna / Roteiro: Joe Ruby, David Scott / Elenco: Mike Road, Virginia Gregg, Ted Eccles / Sinopse: Uma família de humanos e seus companheiros animias vivem em um mundo primitivo que sempre é invadido por estranhas criaturas monstruosas.
Pablo Aluísio.
E sim, havia uma família de humanos, como era praxe na época. Eles viviam em um "mundo primitivo" que de vez em quando era atacado por monstros. E isso era a base de todos os episódios. Havia sim uma certa influência do mundo de Conan nesse desenho, mas não era algo assim tão óbvio. Na verdade, como escrevi antes, esse tipo de desenho era pura ficção B de bolso. Nem preciso dizer que a garotada adorava. No total foram produzidos 31 episódios. O último inédito foi ao ar em 1968 na rede CBS americana. No Brasil a série praticamente nunca chegou a ser de cartaz, sendo exibida por anos a fio, sendo exibida pelos principais canais de TV de nosso pais como Tupi, Record, Globo e Bandeirantes. Recentemente revi um episódio completo só para matar as saudades. Os Herculóides enfrentavam um ser de pura energia que invadia seu planeta. Divertido, mas bem básico. Será que algum dia vão ressuscitar esses personagens para uma versão para o cinema? Acredito que não, mas não custa sonhar.
Os Herculóides (Estados Unidos, 1967, 1968) Direção: Joseph Barbera, William Hanna / Roteiro: Joe Ruby, David Scott / Elenco: Mike Road, Virginia Gregg, Ted Eccles / Sinopse: Uma família de humanos e seus companheiros animias vivem em um mundo primitivo que sempre é invadido por estranhas criaturas monstruosas.
Pablo Aluísio.
Batman vs. Drácula
Animação muito boa da Warner que une, numa mesma história, dois ícones da ficção, um da literatura de terror e outro do mundo dos quadrinhos. Quem diria que Batman poderia encontrar o Drácula? Pois é, no mundo da imaginação tudo seria possível. O mais interessante de tudo é que o resultado final ficou muito bom, muito bem escrito. No enredo o Pinguim acaba trazendo Drácula de volta ao nosso mundo. Procurando no cemitério de Gotham por um tesouro escondido ele acaba abrindo o túmulo do mitológico vampiro. E como se isso tudo não fosse ruim o bastante ainda há mais surpresas, como um Coringa transformado em vampiro!
O mais curioso é que Drácula cria um exército de vampiros para tomar Gotham City e em determinado momento ficamos mesmo com a impressão que o Batman seria destruído facilmente, afinal ele é apenas mais um homem vestido com uma fantasia de morcega. E por falar em morcegos há um diálogo divertido quando o Drácula encontra Batman pela primeira vez. Ele diz que ambos são muito parecidos (e são mesmo), mas que diante das circustâncias não haveria espaço para dois morcegos naquela cidade! Tive que esboçar um sorriso pela ironia envolvida. De fato, o que poucos sabem, é que lá atrás, na década de 1930, o desenhista e escritor Bob Kane realmente usou elementos de Drácula ao criar Batman. Assim essa animação não deixa de ser um encontro de velhos conhecidos, até mesmo "parentes" no mundo da ficção!
Batman vs. Drácula (he Batman vs. Dracula, Estados Unidos, 2005) Direção: Michael Goguen, Seung Eun Kim / Roteiro: Duane Capizzi, baseado nos personagens criados por Bob Kane / Elenco: Rino Romano, Peter Stormare, Tara Strong / Sinopse: Após ficar séculos em um sarcófago, o milenar vampiro Drácula retorna para uma Gotham City dos dias atuais. Para impedir que o conde transforme toda a cidade em um exército de vampiros, Batman inicia uma luta de vida e morte contra o monstro. Animação indicada ao Annie Awards.
Pablo Aluísio.
O mais curioso é que Drácula cria um exército de vampiros para tomar Gotham City e em determinado momento ficamos mesmo com a impressão que o Batman seria destruído facilmente, afinal ele é apenas mais um homem vestido com uma fantasia de morcega. E por falar em morcegos há um diálogo divertido quando o Drácula encontra Batman pela primeira vez. Ele diz que ambos são muito parecidos (e são mesmo), mas que diante das circustâncias não haveria espaço para dois morcegos naquela cidade! Tive que esboçar um sorriso pela ironia envolvida. De fato, o que poucos sabem, é que lá atrás, na década de 1930, o desenhista e escritor Bob Kane realmente usou elementos de Drácula ao criar Batman. Assim essa animação não deixa de ser um encontro de velhos conhecidos, até mesmo "parentes" no mundo da ficção!
Batman vs. Drácula (he Batman vs. Dracula, Estados Unidos, 2005) Direção: Michael Goguen, Seung Eun Kim / Roteiro: Duane Capizzi, baseado nos personagens criados por Bob Kane / Elenco: Rino Romano, Peter Stormare, Tara Strong / Sinopse: Após ficar séculos em um sarcófago, o milenar vampiro Drácula retorna para uma Gotham City dos dias atuais. Para impedir que o conde transforme toda a cidade em um exército de vampiros, Batman inicia uma luta de vida e morte contra o monstro. Animação indicada ao Annie Awards.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 1 de maio de 2019
A Máquina de Lembranças
Nem sempre um bom conceito, um bom ponto de partida, pode dar origem a um filme interessante. É o que acontece nesse "A Máquina de Lembranças". O roteiro parte de um ponto inicial até bem original quando uma máquina é inventada por um executivo e cientista de uma empresa chamada Cortex. Essa nova tecnologia permite que as lembranças, as memórias de um ser humano, possam ser armazenadas em um software. Isso por si só já seria excelente, mas vai além. Qualquer pessoa pode acessar essas memórias, as assistindo como se estivesse vendo um filme. Só que obviamente algo assim acaba gerando problemas, inclusive efeitos colaterais imprevistos como alucinações e distúrbios mentais.
O enredo se desenvolve após a morte desse inventor. Ele é encontrado morto em seu escritório. Quem teria assassinado? Entra assim em cena o misterioso Sam Bloom (Peter Dinklage) que inclusive pode estar escondendo sua verdadeira identidade após roubar a única máquina já produzida. Lendo a sinopse assim pode o filme parecer bem interessante. Infelizmente não é. O desenvolvimento é muito lento, cheio de "climas" mal resolvidos. Para piorar o roteiro que poderia ser mais coeso surge desfragmentado em excesso. Outro problema é que o filme parece ter vários finais. Quando um termina, outro começa. Isso torna tudo tão chato, para não dizer tedioso. Nem o talento do ator Peter Dinklage salva o filme nesse sentido. Ele que é de certa forma a alma por trás do sucesso da série "Game of Thrones", aqui tem pouco a oferecer, tudo efeito de um roteiro mal resolvido, cujo clímax é mais do que decepcionante.
A Máquina de Lembranças (Rememory, Estados Unidos, Canadá, 2017) Direção: Mark Palansky / Roteiro: Mike Vukadinovich, Mark Palansky / Elenco: Peter Dinklage, Matt Ellis, Jordana Largy / Sinopse: Após a morte de um executivo, um inventor de uma máquina revolucionária que armazena as memórias de pessoas, um desconhecido começa a investigar sua morte. Quem teria sido o assassino?
Pablo Aluísio.
O enredo se desenvolve após a morte desse inventor. Ele é encontrado morto em seu escritório. Quem teria assassinado? Entra assim em cena o misterioso Sam Bloom (Peter Dinklage) que inclusive pode estar escondendo sua verdadeira identidade após roubar a única máquina já produzida. Lendo a sinopse assim pode o filme parecer bem interessante. Infelizmente não é. O desenvolvimento é muito lento, cheio de "climas" mal resolvidos. Para piorar o roteiro que poderia ser mais coeso surge desfragmentado em excesso. Outro problema é que o filme parece ter vários finais. Quando um termina, outro começa. Isso torna tudo tão chato, para não dizer tedioso. Nem o talento do ator Peter Dinklage salva o filme nesse sentido. Ele que é de certa forma a alma por trás do sucesso da série "Game of Thrones", aqui tem pouco a oferecer, tudo efeito de um roteiro mal resolvido, cujo clímax é mais do que decepcionante.
A Máquina de Lembranças (Rememory, Estados Unidos, Canadá, 2017) Direção: Mark Palansky / Roteiro: Mike Vukadinovich, Mark Palansky / Elenco: Peter Dinklage, Matt Ellis, Jordana Largy / Sinopse: Após a morte de um executivo, um inventor de uma máquina revolucionária que armazena as memórias de pessoas, um desconhecido começa a investigar sua morte. Quem teria sido o assassino?
Pablo Aluísio.
Mademoiselle Vingança
Produção francesa lançada pelo Netflix. A historia conta um caso de amor. Após ficar viúva, a Madame de La Pommeraye passa a ser cortejada pelo marquês des Arcis, O problema é que ele tem péssima reputação. É considerado na corte como um Don Juan aventureiro, um galanteador que não consegue ter um relacionamento sério com nenhuma mulher. Na verdade ele faz uma coleção de conquistas, todas sem ir a lugar nenhum. Apenas para satisfazer seu ego. No começo ela resiste, até faz piadas com suas declarações de amor, mas depois de um tempo não consegue mais resistir e cede aos seus avanços amorosos. Bom, não seria por falta de aviso que ela cairia na armadilha de um sujeito como aquele, só que quando se deu conta já era tarde demais.
O filme tem ótimo diálogos, todos extremamente bem escritos. Essa é uma característica bem conhecida dos filmes franceses. O problema é que a produção deixa muito a desejar. Fazer filmes de época é complicado, é necessário caprichar nos figurinos, nos cenários luxuosos, no glamour. Nesse quesito o filme falha. Também comete alguns erros históricos irritantes. Em determinada cena Madame de La Pommeraye mostra um quadro de seu falecido marido. Só que aquele quadro mostrado por ela é uma conhecida obra de pintura retratando o Rei Luís XVI. Imagine a cara de decepção do espectador mais culto e conhecedor de história ao se deparar com um erro desses! Parte do charme se vai para não mais voltar. Então é isso. Um filme irregular, com excelentes linhas de diálogo e produção capenga, que não consegue ficar à altura da época histórica que retrata.
Mademoiselle Vingança (Mademoiselle de Joncquières, França, 2018) Direção: Emmanuel Mouret / Roteiro: Emmanuel Mouret, baseado na obra de Denis Diderot / Elenco: Cécile de France, Edouard Baer, Alice Isaaz / Sinopse: Rica viúva, a Mademoiselle de Joncquières passa a ser cortejada por um nobre com fama de mulherengo e conquistador.
Pablo Aluísio.
O filme tem ótimo diálogos, todos extremamente bem escritos. Essa é uma característica bem conhecida dos filmes franceses. O problema é que a produção deixa muito a desejar. Fazer filmes de época é complicado, é necessário caprichar nos figurinos, nos cenários luxuosos, no glamour. Nesse quesito o filme falha. Também comete alguns erros históricos irritantes. Em determinada cena Madame de La Pommeraye mostra um quadro de seu falecido marido. Só que aquele quadro mostrado por ela é uma conhecida obra de pintura retratando o Rei Luís XVI. Imagine a cara de decepção do espectador mais culto e conhecedor de história ao se deparar com um erro desses! Parte do charme se vai para não mais voltar. Então é isso. Um filme irregular, com excelentes linhas de diálogo e produção capenga, que não consegue ficar à altura da época histórica que retrata.
Mademoiselle Vingança (Mademoiselle de Joncquières, França, 2018) Direção: Emmanuel Mouret / Roteiro: Emmanuel Mouret, baseado na obra de Denis Diderot / Elenco: Cécile de France, Edouard Baer, Alice Isaaz / Sinopse: Rica viúva, a Mademoiselle de Joncquières passa a ser cortejada por um nobre com fama de mulherengo e conquistador.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 25 de abril de 2019
Montgomery Clift - Além da Alma - Parte 2
Durante muitos anos se especulou sobre a verdadeira sexualidade do ator Montgomery Clift. Recentemente o assunto voltou à tona pois um ex-gigolô em Hollywood lançou um livro supostamente mostrando a vida sexual de astros de cinema durante as décadas de 40, 50 e 60. Clift é um dos enfocados. O autor provavelmente não se deu muito bem com o ator e talvez por isso tenha escrito uma imagem nada lisonjeira dele nas páginas do livro. Mont é retratado como um esnobe, um sujeito cheio de "não me toques". Curiosamente apesar de ter sido esnobado por Clift o autor do livro garante que ele era gay! Mas com que provas?
De fato a alcunha de esnobe em relação a Clift não me surpreende. Ele era uma pessoa discreta, tímida na vida privada. Geralmente os tímidos são confundidos com esnobes. Não faz diferença. O fato é que Clift teve uma vida sexual das mais discretas em Hollywood. Tentativas de tachá-lo de gay nunca tiveram comprovação inequívoca. Na realidade não são poucos os que acham que ele na realidade era assexuado (uma definição que só há pouco tem se tornado mais comum).
Montgomery Clift realmente não era visto com mulheres em sua passagem por Hollywood. Ator consagrado de teatro resolveu ir para a capital do cinema atraído pelos bons cachês. Mesmo assim nunca se considerou um membro ativo daquela comunidade. Pouco ia a festas e eventos sociais e procurava manter sua privacidade a todo custo. Tanta discrição acabou despertando suspeitas. Como não era visto com mulheres em público logo se começou a especular se era gay. O interessante é que ao contrário de outros gays famosos em Hollywood, como Rock Hudson, por exemplo, tampouco existem testemunhos de algum ex amante do astro. O que parece ter realmente acontecido foi um simples desinteresse sexual por parte de Montgomery Clift, seja por homens, seja por mulheres. Era neutro ou como se diz atualmente, assexuado, desinteressado por sexo.
Clift tinha grandes paixões platônicas geralmente por mulheres. Sua paixão não realizada por Elizabeth Taylor era conhecida. Taylor sempre casando e descasando nunca deu uma chance para Mont e o considerava apenas um grande amigo. Equivocadamente ela pensava que ele era gay mas tampouco chegou a ver ele com qualquer homem em todo o tempo que conviveu ao seu lado. A eterna solteirice de Clift incomodou inclusive seu pai. Confrontado o ator simplesmente explicou: "Minha vida já é complicada demais sem outra pessoa, por isso não me envolvo mais seriamente com alguém. Mesmo assim darei 10 mil dólares a qualquer um que comprove que não gosto de garotas". Depois que sofreu um grave acidente de carro Montgomery Clift ficou ainda mais recluso e retraído. Sentindo fortes dores de cabeça e sofrendo com as consequências do acidente as chances de sair para cortejar com qualquer pessoa, seja homem ou mulher, ficaram nulas. Clift morreu solteirão e carregando uma injusta fama de homossexual quando na verdade ele simplesmente parecia estar além do sexo.
Pablo Aluísio.
De fato a alcunha de esnobe em relação a Clift não me surpreende. Ele era uma pessoa discreta, tímida na vida privada. Geralmente os tímidos são confundidos com esnobes. Não faz diferença. O fato é que Clift teve uma vida sexual das mais discretas em Hollywood. Tentativas de tachá-lo de gay nunca tiveram comprovação inequívoca. Na realidade não são poucos os que acham que ele na realidade era assexuado (uma definição que só há pouco tem se tornado mais comum).
Montgomery Clift realmente não era visto com mulheres em sua passagem por Hollywood. Ator consagrado de teatro resolveu ir para a capital do cinema atraído pelos bons cachês. Mesmo assim nunca se considerou um membro ativo daquela comunidade. Pouco ia a festas e eventos sociais e procurava manter sua privacidade a todo custo. Tanta discrição acabou despertando suspeitas. Como não era visto com mulheres em público logo se começou a especular se era gay. O interessante é que ao contrário de outros gays famosos em Hollywood, como Rock Hudson, por exemplo, tampouco existem testemunhos de algum ex amante do astro. O que parece ter realmente acontecido foi um simples desinteresse sexual por parte de Montgomery Clift, seja por homens, seja por mulheres. Era neutro ou como se diz atualmente, assexuado, desinteressado por sexo.
Clift tinha grandes paixões platônicas geralmente por mulheres. Sua paixão não realizada por Elizabeth Taylor era conhecida. Taylor sempre casando e descasando nunca deu uma chance para Mont e o considerava apenas um grande amigo. Equivocadamente ela pensava que ele era gay mas tampouco chegou a ver ele com qualquer homem em todo o tempo que conviveu ao seu lado. A eterna solteirice de Clift incomodou inclusive seu pai. Confrontado o ator simplesmente explicou: "Minha vida já é complicada demais sem outra pessoa, por isso não me envolvo mais seriamente com alguém. Mesmo assim darei 10 mil dólares a qualquer um que comprove que não gosto de garotas". Depois que sofreu um grave acidente de carro Montgomery Clift ficou ainda mais recluso e retraído. Sentindo fortes dores de cabeça e sofrendo com as consequências do acidente as chances de sair para cortejar com qualquer pessoa, seja homem ou mulher, ficaram nulas. Clift morreu solteirão e carregando uma injusta fama de homossexual quando na verdade ele simplesmente parecia estar além do sexo.
Pablo Aluísio.
Montgomery Clift - Além da Alma - Parte 1
Edward Montgomery Clift nasceu em uma família aristocrata de Omaha, Nebraska, a mesma cidade que deu ao mundo outro gênio da atuação, Marlon Brando. Entre os dois atores haveria sempre uma coincidência de destinos. Eles nasceram na mesma década (Clift em 1920 e Brando em 1924) e na mesma cidade. Durante os anos 1950 se tornariam grandes astros do cinema americano, elogiados por suas grandes atuações nas telas. Apenas as origens sociais eram diferentes. Enquanto Montgomery Clift nasceu no lado rico de Omaha, em uma família bem tradicional da cidade, Brando era apenas o filho de um caixeiro viajante, membro de uma família bem disfuncional que vivia no lado pobre de Omaha, do outro lado da linha do trem.
Mesmo assim o destino e a sétima arte os uniriam, até mesmo porque a riqueza da família Clift seria tragada por causa da grande depressão que arrasaria a economia americana em 1929, durante a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque. O pai de Monty, um rico especulador de ações, perderia praticamente tudo com a crise. Arruinados financeiramente, a família Clift mudou-se então para Nova Iorque, deixando o meio oeste durante os anos 1930. Essa mudança de cidade iria também mudar para sempre o destino de Montgomery Clift. Criado para ser um dândi da elite de Nebraska, ele precisou rever seus conceitos na grande cidade, na grande Maçã, como Nova Iorque era conhecida.
Ao invés de estudar em colégios privados tradicionais ele foi parar em uma escola pública do Brooklyn. Monty que sempre havia estudado com jovens ricos e bem educados de Omaha, se viu de repente no meio de um pessoal mais barra pesada, que partia para a briga nos intervalos. Nova Iorque era realmente uma selva e para sobreviver por lá o jovem Monty precisou se impor, não por meio de sua educação refinada, mas sim pela força dos punhos. Sem dúvida foi uma mudança brutal, de um meio aristocrático, para um realidade bem mais pé no chão.
Em meio a tantas mudanças algo no novo colégio mudaria para sempre sua vida. Ele se apaixonou pelo teatro. O departamento teatral da escola era muito bom, muito original, um ambiente que valorizava o talento dos alunos que mostravam o interesse pela arte de interpretar. Monty foi fisgado desde os primeiros dias. Ele sabia que Nova Iorque era um dos lugares mais efervescentes do mundo em termos teatrais. Havia muitas peças sendo encenadas na Broadway e no circuito Off-Broadway. As oportunidades estavam em todos os lugares. Vendo que poderia arranjar trabalho no meio teatral da cidade ele se empenhou nas peças escolares em que atuou. Seu objetivo era ganhar experiência para partir para a Broadway, até porque trabalhar havia se tornado uma necessidade em sua casa, pois seu pai enfrentava muitas dificuldades para arranjar um emprego.
Pablo Aluísio.
Mesmo assim o destino e a sétima arte os uniriam, até mesmo porque a riqueza da família Clift seria tragada por causa da grande depressão que arrasaria a economia americana em 1929, durante a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque. O pai de Monty, um rico especulador de ações, perderia praticamente tudo com a crise. Arruinados financeiramente, a família Clift mudou-se então para Nova Iorque, deixando o meio oeste durante os anos 1930. Essa mudança de cidade iria também mudar para sempre o destino de Montgomery Clift. Criado para ser um dândi da elite de Nebraska, ele precisou rever seus conceitos na grande cidade, na grande Maçã, como Nova Iorque era conhecida.
Ao invés de estudar em colégios privados tradicionais ele foi parar em uma escola pública do Brooklyn. Monty que sempre havia estudado com jovens ricos e bem educados de Omaha, se viu de repente no meio de um pessoal mais barra pesada, que partia para a briga nos intervalos. Nova Iorque era realmente uma selva e para sobreviver por lá o jovem Monty precisou se impor, não por meio de sua educação refinada, mas sim pela força dos punhos. Sem dúvida foi uma mudança brutal, de um meio aristocrático, para um realidade bem mais pé no chão.
Em meio a tantas mudanças algo no novo colégio mudaria para sempre sua vida. Ele se apaixonou pelo teatro. O departamento teatral da escola era muito bom, muito original, um ambiente que valorizava o talento dos alunos que mostravam o interesse pela arte de interpretar. Monty foi fisgado desde os primeiros dias. Ele sabia que Nova Iorque era um dos lugares mais efervescentes do mundo em termos teatrais. Havia muitas peças sendo encenadas na Broadway e no circuito Off-Broadway. As oportunidades estavam em todos os lugares. Vendo que poderia arranjar trabalho no meio teatral da cidade ele se empenhou nas peças escolares em que atuou. Seu objetivo era ganhar experiência para partir para a Broadway, até porque trabalhar havia se tornado uma necessidade em sua casa, pois seu pai enfrentava muitas dificuldades para arranjar um emprego.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de abril de 2019
As Cartas de Grace Kelly - Parte 8
Quando a atriz Grace Kelly casou com o príncipe Rainier de Mônaco ela pensou que estava realizando o sonho de toda jovem, se tornando a princesa de um lindo principado europeu. Era um conto de fadas! A realidade de Monte Carlo porém era bem diferente do que ela pensava. O pequeno principado na verdade estava falido. Os hotéis viviam vazios, os restaurantes só eram frequentados por algumas velhinhas francesas aposentadas e os cassinos viviam praticamente às moscas. Grace ainda não havia entendido que seu casamento no fundo havia sido um grande golpe publicitário para levantar aquele outrora point turístico do passado.
De uma forma ou outra o fato da princesa ser Grace Kelly acabou chamando o interesse novamente para aquela região que parecia meio esquecida, afundada em dívidas. Navegando pela costa de Mônaco em seu maravilhoso iate Christine o milionário Aristóteles Onassis se interessou em conhecer melhor aquela pequenina monarquia, muito por causa da interessante história de Grace Kelly. Empreendedor nato ele viu que do ponto de vista capitalista tudo andava bem decadente. Como era um investidor sagaz Onassis resolveu que iria investir em Mônaco, a começar pelo country club que estava desativado, às moscas. No passado ele havia gostado de jogar golfe ali e ficou realmente desolado de ver que toda aquela beleza natural estava abandonada e esquecida.
Grace Kelly o conhecia desde os tempos de Hollywood e viu que seria ótimo que Onassis investisse em Mônaco, dando todo o apoio possível para seu desejo de investir lá. O curioso é que a empresa que administrava o desativado Country Club não gostava de Onassis e por isso recusou todas as propostas de venda do lugar. Inconformado e se recusando a ser esnobado Onassis resolveu comprar a própria empresa que insistia em lhe dizer não. Só assim ele teria total controle do Country Club de Mônaco. Depois disso não parou mais, comprou hotéis, cassinos e restaurantes. Muito do renascimento de Mônaco se deveu a Onassis que dizem as más línguas fez tudo isso porque nutria uma paixão platônica por Grace Kelly (quem poderia lhe culpar por algo assim?)
Assim Grace e Rainier não apenas ficaram gratos pela força milionária em Mônaco por parte de Onassis como também se tornaram amigos dele e de sua companheira, a cantora lírica Maria Callas. Com o dinheiro do rico Onassis a cidade resplandeceu e começou a novamente atrair turistas, especialmente americanos. Isso trouxe divisas, empregos e riqueza para Monte Carlo. Muitas e muitas vezes para celebrar os bons negócios Onassis convidava Grace Kelly e seu marido para longos passeios no iate Christine. Não era um barco comum, era o maior iate particular do mundo. Certa vez Onassis comentou com Grace Kelly que a embarcação tinha doze suítes de luxo, mas que viviam vazias. Intrigada Grace perguntou porque viviam vazias, sem ninguém, ao que Onassis respondeu: "Não existem doze pessoas interessantes no mundo que me faça querer compartilhar meu tempo e minha privacidade com elas".
Pablo Aluísio.
De uma forma ou outra o fato da princesa ser Grace Kelly acabou chamando o interesse novamente para aquela região que parecia meio esquecida, afundada em dívidas. Navegando pela costa de Mônaco em seu maravilhoso iate Christine o milionário Aristóteles Onassis se interessou em conhecer melhor aquela pequenina monarquia, muito por causa da interessante história de Grace Kelly. Empreendedor nato ele viu que do ponto de vista capitalista tudo andava bem decadente. Como era um investidor sagaz Onassis resolveu que iria investir em Mônaco, a começar pelo country club que estava desativado, às moscas. No passado ele havia gostado de jogar golfe ali e ficou realmente desolado de ver que toda aquela beleza natural estava abandonada e esquecida.
Grace Kelly o conhecia desde os tempos de Hollywood e viu que seria ótimo que Onassis investisse em Mônaco, dando todo o apoio possível para seu desejo de investir lá. O curioso é que a empresa que administrava o desativado Country Club não gostava de Onassis e por isso recusou todas as propostas de venda do lugar. Inconformado e se recusando a ser esnobado Onassis resolveu comprar a própria empresa que insistia em lhe dizer não. Só assim ele teria total controle do Country Club de Mônaco. Depois disso não parou mais, comprou hotéis, cassinos e restaurantes. Muito do renascimento de Mônaco se deveu a Onassis que dizem as más línguas fez tudo isso porque nutria uma paixão platônica por Grace Kelly (quem poderia lhe culpar por algo assim?)
Assim Grace e Rainier não apenas ficaram gratos pela força milionária em Mônaco por parte de Onassis como também se tornaram amigos dele e de sua companheira, a cantora lírica Maria Callas. Com o dinheiro do rico Onassis a cidade resplandeceu e começou a novamente atrair turistas, especialmente americanos. Isso trouxe divisas, empregos e riqueza para Monte Carlo. Muitas e muitas vezes para celebrar os bons negócios Onassis convidava Grace Kelly e seu marido para longos passeios no iate Christine. Não era um barco comum, era o maior iate particular do mundo. Certa vez Onassis comentou com Grace Kelly que a embarcação tinha doze suítes de luxo, mas que viviam vazias. Intrigada Grace perguntou porque viviam vazias, sem ninguém, ao que Onassis respondeu: "Não existem doze pessoas interessantes no mundo que me faça querer compartilhar meu tempo e minha privacidade com elas".
Pablo Aluísio.
As Cartas de Grace Kelly - Parte 7
Grace Kelly (1929 - 1982) foi uma das mais belas atrizes de Hollywood. Preferida do mestre Alfred Hitchcock estrelou um de seus grandes clássicos, "Ladrão de Casaca". Foi vencedora do Oscar de Melhor Atriz em 1954 por "Amar é Sofrer". No começo de sua carreira foi modelo de sucesso em Nova Iorque. Logo se tornou um ícone da moda. Entretanto o sucesso nas revistas da moda não a interessavam tanto como o mundo do cinema. Obviamente que naqueles tempos havia um preconceito contra mulheres que se dedicavam à carreira de atriz em Hollywood. E Grace Kelly tendo nascido em uma família rica e tradicional enfrentou preconceitos ainda mais fortes e presentes. Mesmo assim passou por cima de tudo e enfrentou o desafio de ser uma atriz.
Grace Kelly foi atriz na era de ouro do cinema dos Estados Unidos. Tinha o tipo certo para isso. Era um tempo em que os estúdios estavam atrás de rainhas da beleza para os filmes. A beleza era fundamental nesse aspecto. Quanto mais belas, maiores eram as chances de emplacar uma carreira de sucesso na capital do cinema. Porém não era apenas isso que contava. E Grace sabia disso, por isso procurou estudar a profissão de atriz, frequentou cursos de arte dramática, tanto em Nova Iorque como em Los angeles para onde se mudou por causa da carreira.
E assim ganhou a confiança de grandes diretores de cinema, entre eles Alfred Hitchcock que com ela rodou alguns de seus maiores clássicos. Em "Janela Indiscreta" explorou na atriz a figura da mulher fiel, que sempre estava pronta a apoiar seu companheiro, mesmo quando ele colocava na cabeça que havia um crime sendo planejado e executado no apartamento vizinho. Já em "Ladrão de Casaca" o diretor a escalou para ser uma das peças de seu tabuleiro. Na rica Mônaco um jogo de roubo e charme era jogado e pelas mesmas pessoas, imagine você!
Depois de trabalhar com Hitchcock ela estava pronta para trabalhar com qualquer direitor, mas no final de tudo trocou sua carreira por uma coroa, na mesma Mônaco onde havia filmado seu filme com o mestre do suspense. Dizem que anos depois iria se arrepender de suas escolhas, mas será mesmo? De certa maneira ela trocou mesmo a insegurança de uma carreira de atriz, por mais bem sucedida que fosse, pela posição de esposa do monarca, de princesa de Mônaco. Que bela jovem de sua época não queria ser uma princesa de verdade? Era a concretização de um conto de fadas!
Pablo Aluísio.
Grace Kelly foi atriz na era de ouro do cinema dos Estados Unidos. Tinha o tipo certo para isso. Era um tempo em que os estúdios estavam atrás de rainhas da beleza para os filmes. A beleza era fundamental nesse aspecto. Quanto mais belas, maiores eram as chances de emplacar uma carreira de sucesso na capital do cinema. Porém não era apenas isso que contava. E Grace sabia disso, por isso procurou estudar a profissão de atriz, frequentou cursos de arte dramática, tanto em Nova Iorque como em Los angeles para onde se mudou por causa da carreira.
E assim ganhou a confiança de grandes diretores de cinema, entre eles Alfred Hitchcock que com ela rodou alguns de seus maiores clássicos. Em "Janela Indiscreta" explorou na atriz a figura da mulher fiel, que sempre estava pronta a apoiar seu companheiro, mesmo quando ele colocava na cabeça que havia um crime sendo planejado e executado no apartamento vizinho. Já em "Ladrão de Casaca" o diretor a escalou para ser uma das peças de seu tabuleiro. Na rica Mônaco um jogo de roubo e charme era jogado e pelas mesmas pessoas, imagine você!
Depois de trabalhar com Hitchcock ela estava pronta para trabalhar com qualquer direitor, mas no final de tudo trocou sua carreira por uma coroa, na mesma Mônaco onde havia filmado seu filme com o mestre do suspense. Dizem que anos depois iria se arrepender de suas escolhas, mas será mesmo? De certa maneira ela trocou mesmo a insegurança de uma carreira de atriz, por mais bem sucedida que fosse, pela posição de esposa do monarca, de princesa de Mônaco. Que bela jovem de sua época não queria ser uma princesa de verdade? Era a concretização de um conto de fadas!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 23 de abril de 2019
As Cartas de Grace Kelly - Parte 6
Assim, até meio a contragosto, ela finalmente arranjou três semanas livres e voou até Los Angeles. Acabou encontrando um set de filmagens com um diretor muito estressado pois o cineasta Fred Zinnemann era detalhista ao extremo, No elenco ela encontro um amigo, o ator Gary Cooper, que aos 51 anos era um veterano das telas, com décadas de carreira em Hollywood. Enquanto isso Grace era apenas uma novata esforçada, aos 21 anos de idade. Apesar da diferença de gerações (afinal ele tinha idade para ser o pai dela), as coisas fluíram muito bem entre eles. O que começou com uma amizade sincera entre dois colegas de trabalho acabou se tornando algo mais.
Grace Kelly levou o romance das telas para a vida real. Ela teve um romance com o cinquentão Cooper, que dono de uma personalidade bem tímida e retraída, nunca ficou muito confortável com aquela situação. Na verdade o ator ficou em dúvida se aquela jovem queria tirar algum proveito dele ou se realmente tinha um verdadeiro sentimento no relacionamento que começou bem no meio das filmagens. De uma forma ou outra o próprio Cooper resolveu acabar com o breve romance. Ele disse a Grace Kelly, já perto do fim das filmagens, que já tinha vivido muito para saber que algo como aquilo não tinha muito futuro. Assim de forma educada e gentil resolveu encerrar o romance. Ele gostava de cultivar a imagem de homem honrado dentro da comunidade em Hollywood. Um caso com uma atriz tão jovem não iria pegar bem.
Nos anos que viriam Grace Kelly iria se relacionar com muitos atores com quem trabalharia. Ela parecia ter um tipo de fetiche em namorar os grandes astros de Hollywood, por isso acabou ficando conhecida por ser muito namoradeira na época. Só um grande astro resistiu ao seu charme. Apesar de todos os esforços Grace Kelly não conseguiu conquistar o homem que ela considerava perfeito: Rock Hudson. Grace ficou apaixonadíssima por ele, pois era alto, bonito e tinha um ótimo carisma, se revelando simpático e muito acessível. O que Grace não sabia (poucos sabiam disso em Hollywood) era que Hudson era gay e escondia isso do estúdio e do público em geral. Afinal segredos eram para ser bem guardados.
Pablo Aluísio.
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