domingo, 21 de outubro de 2018

Sabata Vem para Vingar

Título no Brasil: Sabata Vem para Vingar
Título Original: È Tornato Sabata... Hai Chiuso un'altra Volta!
Ano de Produção: 1971
País: Itália, França, Alemanha
Estúdio: Artemis Film, Dino De Laurentiis Studios
Direção: Gianfranco Parolini
Roteiro: Renato Izzo, Gianfranco Parolini
Elenco: Lee Van Cleef, Reiner Schöne, Giampiero Albertini
  
Sinopse:
Cavalgando pelo deserto hostil o famoso pistoleiro e às do gatilho Sabata (Lee Van Cleef) chega na distante e esquecida cidadezinha de Hobsonville. O lugar está sob controle de Joe McIntock (Giampiero Albertini), um sujeito desprezível, barão do gado e ladrão de terras alheias. Implantando o terror na cidade ele aumenta seu poder através da extorsão e do medo contra os moradores locais. Para Sabata essa é uma situação que deve acabar o mais rapidamente possível, nem que seja com o uso do poder de fogo de suas armas.

Comentários:
Lançado nos Estados Unidos com o título de "Return of Sabata" essa sequência de "Sabata, o Homem que Veio para Matar" trouxe de volta ao papel de Sabata o ator que o consagrou, Lee Van Cleef. É curioso perceber que o pistoleiro Sabata foi interpretado por vários outros atores entre o filme original e essa primeira continuação oficial. Um ano antes desse filme chegar nas telas, por exemplo, tivemos  Anthony Steffen interpretando Sabata na produção "Viva Sabata". Depois dele foi a vez do ator americano Yul Brynner arriscar a sorte em "Sabata Adeus". Como se isso não fosse o bastante ainda tivemos mais uma fita B chamada "Eu Lavrei Tua Sentença" onde Sabata era interpretado por Raf Baldassarre. Apesar do sucesso relativo de alguns desses filmes todos os fãs do western spaghetti queriam mesmo era ver novamente Lee Van Cleef interpretando mais uma vez o personagem. Não se arrependeram. De fato é um faroeste italiano acima da média, dirigido com maestria pelo cineasta italiano Gianfranco Parolini (usando o pseudônimo americanizado de Frank Kramer). O roteiro tem excelentes sequências e serviu muito bem ao propósito de fechar o arco narrativo iniciado no primeiro filme. A fita ainda contou com a preciosa colaboração do famoso produtor Dino De Laurentiis que bancou parte do (alto) cachê exigido por Van Cleef para voltar ao papel. Curiosamente, apesar do sucesso nas bilheterias, o ator não aceitou mais interpretar Sabata nas telas novamente. De fato esse foi seu último faroeste como o infame Sabata. Em uma entrevista publicada em 1987 ele próprio explicou a recusa afirmando que não queria ficar marcado por nenhum personagem do cinema pois em sua forma de entender isso limitava demais o talento e as perspectivas de carreira de um ator. De certa maneira tinha razão, embora os admiradores de seu estilo único tenham ficado desapontados com sua decisão.

Pablo Aluísio.

Atirar Para Viver

Título no Brasil: Atirar Para Viver
Título Original: Se Vuoi Vivere... Spara!
Ano de Produção: 1968
País: Itália
Estúdio: G.V. Cinematografica
Direção: Sergio Garrone
Roteiro: Franco Cobianchi, Sergio Garrone
Elenco: Ivan Rassimov, Giovanni Cianfriglia, Isabella Savona
  
Sinopse:
Durante um jogo de pôquer um cowboy percebe que está sendo roubado pelos demais jogadores. Imediatamente desmascara o golpe, mas sua atitude não é bem recebida pelos demais. Após algumas acusações todos resolvem sacar suas armas. No meio do tiroteio alguns homens tombam, crivados de balas. Johnny Dall (Ivan Rassimov) então resolve fugir. Acusado de assassinato sua cabeça é colocada a prêmio. Como um fugitivo acaba encontrando refúgio em um rancho distante.

Comentários:
Mais um western Spaghetti que fez sucesso nos anos 1960. Na verdade se trata de mais um falso Django, já que no Brasil foi lançado como se fosse mais um faroeste estrelado pelo famoso pistoleiro. Após matar um homem em um jogo de pôquer ele foge, ganha os desertos. No meio do caminho encontra um rancho com uma bondosa família morando lá. Precisando de cuidados médicos e um trabalho, Dall acaba encontrando o lugar ideal para se recuperar e ficar longe do longo braço da lei. Os problemas porém parecem lhe perseguir. Após um tempo no rancho, já recuperado, o local se torna alvo de um bando de criminosos e bandoleiros mexicanos. Apenas Sally McGowan (Isabella Savona) da família que o acolheu sobrevive ao cerco mortal. Ao saber da chacina Johnny Dall nem pensa duas vezes e sai em busca de vingança e justiça pela morte daquelas pessoas. O ator Ivan Rassimov (1938 - 2003) era um italiano, filho de imigrantes russos. Ele fez uma série de filmes B em seu país natal (fitas como "O Planeta dos Vampiros" e "A Feiticeira no Amor") até que encontrou seu gênero ideal no faroeste italiano. Depois que interpretou o pistoleiro Cjamango, no filme de mesmo nome, não parou mais de fazer western spaghetti. "Django não Espera, Mata" acabou sendo seu grande sucesso. Um filme de 1967 que acabou pegando carona no filme original com Franco Nero. Sua carreira atravessou três décadas e ele acabou se tornando um dos mais conhecidos atores do gênero na Itália.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de outubro de 2018

A Arma Divina

Título no Brasil: A Arma Divina
Título Original: Diamante Lobo
Ano de Produção: 1976
País: Itália, Israel
Estúdio: Golan-Globus Productions, Dunamis Cinematografica
Direção: Gianfranco Parolini
Roteiro: John Fonseca, Gianfranco Parolini
Elenco: Lee Van Cleef, Jack Palance, Richard Boone, Sybil Danning, Leif Garrett, Robert Lipton
  
Sinopse:
Bandoleiro cruel e assassino chega em uma pequena vila do velho oeste e massacra a população civil. Indefesos, os sobreviventes pedem ajuda ao padre local que resolve corajosamente enfrentar o bandido. Infelizmente ele também acaba sendo morto de forma covarde. O que o facínora não contava é que o jovem sacerdote tinha um irmão, um homem perigoso e temido na região. Ao saber que seu irmão padre foi assassinado ele não perde tempo, monta em seu cavalo e vai em direção da vila para um acerto de contas final com o assassino.

Comentários:
Um spaghetti italiano (em co-produção israelense com a dupla de produtores Golan-Globus que anos depois iriam fundar a produtora Cannon, que se tornaria bem conhecida dos fãs de filmes de ação nos anos 1980). O faroeste ficou muito famoso e rendeu excelente bilheteria, inclusive no Brasil, por trazer dois atores bem populares, Lee Van Cleef e Jack Palance. Cleef acabou interpretando dois personagens bem diferentes entre si, mas ligados por laços de sangue. Ele dá vida ao bondoso Padre John e a Lewis, seu irmão gêmeo pistoleiro e sanguinário. Palance interpreta o bandoleiro sem escrúpulos que mata todos aqueles que se atrevem a desafiar seus atos de terror. Intenso do começo ao fim, com excelentes sequências de ação e duelos, "Diamante Lobo" é uma excelente pedida para os admiradores dos faroestes europeus antigos.  

Pablo Aluísio.

Valentia Adquirida

Gene Autry foi um nome popular no passado. Na década de 1940 ele estrelou uma série de filmes rápidos, feitos a toque de caixa, com o objetivo de faturar em matinês feitas especialmente para um público bem jovem, guris e garotos em sua maioria. Esse filme aqui é uma boa amostra desse tipo de produção que o ator se envolveu por esses tempos. Por isso não espere nada muito sofisticado.

O curioso é que ele interpreta a si mesmo. Um cara durão no passado que foi para a vida boa em Hollywood e ficou mole, acomodado numa vida de luxos. E quando ele retorna para a velha cidade, acaba encontrando velhas inimizades daqueles tempos que ficaram para trás. Os caras lhe provocam, eles trocam socos e Gene Autry leva a pior. Então ele começa a se preparar para finalmente dar o troco naqueles covardes. Bom filme, uma matinê que agrada.

Valentia Adquirida (Melody Ranch, Estados Unidos, 1940) Direção: Joseph Santley / Roteiro: Jack Moffitt / Elenco: Gene Autry, Jimmy Durante, Ann Miller / Sinopse: Astro de Hollywood perdeu a velha garra do passado e agora precisa recuperar para enfrentar 3 valentões covardes em sua cidade natal.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Estância em Guerra

Título no Brasil: Estância em Guerra
Título Original: The Range Feud
Ano de Produção: 1931
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: D. Ross Lederman
Roteiro: Milton Krims
Elenco: Buck Jones, John Wayne, Susan Fleming, Edward LeSaint, Will Walling, Wallace MacDonald

Sinopse:
Dois rancheiros vizinhos sofrem com o mesmo problema: o roubo de gado. No começo eles seguem caminhos diferentes, mas depois que um deles é encontrado morto, assassinado covardemente, os demais fazendeiros decidem se unir. Para manter a lei e a ordem na região a cidade recebe um novo xerife chamado Buck Gordon (Buck Jones). Seu objetivo é evitar uma guerra no condado.

Comentários:
John Wayne ficou no começo de sua carreira fazendo alguns papéis sem maior importância. Um mero coadjuvante. As coisas só melhoraram mesmo para Wayne em 1931 com o filme "Estância de Guerra" (The Range Feud, 1931). Aqui ele retornava para os filmes de western nessa produção estrelada por Buck Jones, um ator que na época disputava o título de ator cowboy mais popular do cinema com Tom Mix, a quem Wayne procurava seguir os passos. O filme obviamente tinha um roteiro muito simples, com bandidos e mocinhos bem delimitados, o que era próprio para um faroeste de matinê. Depois dessa produção o ator chegou na conclusão que se continuasse a aparecer em papéis secundários jamais conseguiria atingir seus objetivos de um dia se tornar um astro de cinema. Enfim o que temos aqui é um bom e velho filme de cowboy. Faroeste raiz.

Pablo Aluísio.

Rio Perdido

Título no Brasil: Rio Perdido
Título Original: Trail of the Rustlers
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Victor Arthur
Elenco: Charles Starrett, Gail Davis, Tommy Ivo, Mira McKinney, Don C. Harvey, Eddie Cletro 

Sinopse:
Com a intenção de ter todas as terras e fazendas do vale do Rio Perdido, Chick Mahoney (Don Harvey) e seu irmão Jed Mahoney (Myron Healey) formam uma quadrilha de malfeitores. O cowboy Steve Armitage (Charles Starrett) assim resolve ajudar a rancheira Mary Ellen Hyland (Gail Davis) que também está sendo vítima desses bandidos.

Comentários:
O melhor do filme é a direção de Ray Nazarro. Esse foi um diretor de faroestes de longa trajetória, tendo uma carreira longa e bem produtiva. Nem sempre contava com um elenco de astros e estrelas, mas conseguia realizar bons filmes, mesmo com orçamento limitado. Nesse western B chamado "Trail of the Rustlers" ele conseguiu mais uma vez realizar um bom filme. É interessante que ainda hoje o filme é lembrado, mostrando seu valor cinematográfico. O detalhe curioso é que nos anos 1950 a Columbia Pictures montou uma verdadeira linha de produção de filmes de cowboy. Afinal eram populares, custavam pouco e rendiam excelentes bilheterias. O ator Charles Starrett nunca foi um astro de primeira grandeza, mas tinha excelente presença de cena, o que no mínimo garantia um bom faroeste para os fãs do estilo na época.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A Grande Estirada

Título no Brasil: A Grande Estirada
Título Original: The Big Stampede
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Leon Schlesinger Studios
Direção: Tenny Wright
Roteiro: Marion Jackson, Kurt Kempler
Elenco: John Wayne, Noah Beery, Paul Hurst, Mae Madison, Luis Alberni, Berton Churchill

Sinopse:
Com roteiro baseado no livro de faroeste "The Land Beyond the Law", escrito por Marion Jackson, o filme conta a estória do xerife John Steele (John Wayne), um homem da lei honesto que tenta colocar lei e ordem numa região cheia de ladrões de gado e matadores de aluguel.

Comentários:
Em 1932 chegou aos cinemas o filme "A Grande Estirada" (The Big Stampede). John Wayne interpretou um xerife, John Steele. Em um lugar remoto no meio do deserto, sem homens para apoiá-lo na captura de um violento pistoleiro e sua quadrilha, ele se vê forçado a recrutar cowboys comuns, alguns até mesmo com histórico de prisão, para enfrentar os demais criminosos. Esse foi outro filme de Wayne na Warner Bros, outra fita rápida com apenas 54 minutos de duração. Com direção de Tenny Wright e roteiro escrito a partir do conto "The Land Beyond the Law" de  Marion Jackson, o filme era mais um a ser exibido em matinês por cinemas em toda a América. A estratégia de lançamento desse tipo de produção era simples e lucrativa. Os filmes eram exibidos geralmente em sessões duplas, com outras produções, a preços promocionais. Baratos e altamente lucrativos, fizeram a fortuna de muitos produtores na época.

Pablo Aluísio.

Pena de Talião

Título no Brasil: Pena de Talião
Título Original: Ride Him, Cowboy
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Fred Allen
Roteiro: Kenneth Perkins, Scott Mason
Elenco:  John Wayne, Ruth Hall, Henry B. Walthall, Otis Harlan, Harry Gribbon, Frank Hagney

Sinopse:
John Wayne interpreta um cowboy chamado John Drury. Em uma cidade do velho oeste ele encontrava todos os tipos de gente, desde a mocinha romântica em perigo, até um grupo de bandoleiros sob às ordens do manda-chuva do lugar.

Comentários:
Em 1932 John Wayne voltou para os filmes de faroeste. A fita da vez se chamava "Pena de Talião" (Ride Him, Cowboy). Com direção de Fred Allen e roteiro escrito pela dupla Kenneth Perkins e Scott Mason, esse western de matinê era mais um passo para que Wayne se tornasse um verdadeiro astro de cinema. Esse também foi um dos primeiros trabalhos de Wayne na poderosa Warner Bros, conhecido estúdio que sempre caprichava em suas produções. Conforme podemos ver no poster original um destaque dessa fita era a presença do cavalo treinado Duke, um alazão muito bonito e forte, que acabou roubando várias cenas do próprio John Wayne. O curioso é que embora tenha se tornado um dos astros mais populares desse tipo de filme, ele nunca teria um cavalo ligado ao seu mito, como aconteceu por exemplo com Roy Rogers e Trigger. Ao invés disso preferiu deixar os animais de seus filmes em segundo plano, com exceção talvez única desse filme onde o "Duke" ganhou espaço até mesmo no cartaz da fita.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Escravos da Ambição

O título brasileiro desse filme é bem adequado. Todos os personagens que aparecem na tela são seres desprezíveis, pessoas sem valores morais, corroídos pela ganância. São mesmo escravos da ambição. Em jogo uma fortuna em ouro escondida numa montanha. As pedras de ouro em estado bruto foram colocadas lá em um passado distante. Mineradores espanhóis são mortos por apaches, justamente quando colocavam o ouro em um pequeno esconderijo no alto da montanha. E o tesouro fica lá por anos e anos.

Até que um estrangeiro que ninguém sabe exatamente de onde veio, alguns dizem que da Holanda, chega na região. Jacob 'Dutch' Walz (Glenn Ford) só pensa em achar o ouro e tem a sorte grande quando sai em perseguição a uma dupla que sobe a montanha sem chamar a atenção. Eles acabam achando o ouro e Jacob nem pensa duas vezes, os mata para ter o ouro só para ele.

A partir daí começa o frenesi. Jacob volta para a cidadezinha com parte do ouro, troca por dinheiro e vira uma verdadeira fera em suas ruas, como se o ouro lhe desse o direito de ser um crápula e um facínora. Chama a atenção o fato de que Glenn Ford interpretou esse personagem, um sujeito vil e inescrupuloso. O diferencial é que todos os demais que circulam à sua volta são piores do que ele, inclusive a loira Julia Thomas (Ida Lupino) que mesmo casada dá em cima de Jacob, de olho obviamente em sua fortuna. Uma mulher interesseira? Mais do que isso, assassina também.

O final é muito bom, com todos os personagens no alto da montanha mostrando o que quanto são desprezíveis. Vale tudo pelo ouro, pelo vil metal. Não há limites éticos a seguir, nada. Vale apenas ter o ouro e ficar rico. Todo o resto é secundário. Além de um roteiro muito bem escrito, que explora esse lado ganancioso do ser humano, a produção também se mostra muito boa. Recriaram parte da montanha dentro do estúdio. Isso não significa que não foram feitas cenas em locação, nada disso. Apenas que na cena no terremoto tudo ficou muito bem realizado. Um faroeste muito bom. Chega a surpreender que tenha sido feito em plenos anos 1940.

Escravos da Ambição (Lust for Gold, Estados Unidos, 1949) Direção: S. Sylvan Simon, George Marshall / Roteiro: Ted Sherdeman, Richard English / Elenco: Glenn Ford, Ida Lupino, Gig Young, William Prince / Sinopse: Jacob 'Dutch' Walz (Glenn Ford) é um homem desconhecido que chega numa região distante do Arizona. Ele está atrás de uma lenda que diz que anos atrás um grupo de mineradores escondeu uma fortuna em ouro nas montanhas. Ele resolve então ir até lá e acaba tirando a sorte grande, só que o dinheiro e a riqueza acabam expondo ainda mais seu mau caratismo e violência.

Pablo Aluísio.

Na Pista do Criminoso

Título no Brasil: Na Pista do Criminoso
Título Original: Sunset Pass
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Jack Cunningham, Gerald Geraghty
Elenco: Randolph Scott, Tom Keene, Kathleen Burke, Harry Carey, Noah Beery, Leila Bennett

Sinopse:
Um agente policial se infiltra no meio de uma quadrilha de criminosos. Seu objetivo é descobrir quem estaria por trás de uma fuga de prisioneiros de uma prisão de segurança no Texas. As coisas porém se complicam quando ele acaba se apaixonando pela irmã de um dos membros da quadrilha.

Comentários:
O faroeste seguinte de Randolph Scott foi "Na Pista do Criminoso" (Sunset Pass, 1933). Ao lado dele no elenco estavam Tom Keene e Kathleen Burke. A direção era do excelente Henry Hathaway, cineasta que assinou grandes clássicos da história do cinema americano como "Bravura Indômita" (que daria o primeiro Oscar na carreira de John Wayne), "Sublime Devoção" e "A Conquista do Oeste", para muitos o filme de faroeste mais pretensioso da história pois queria esgotar o assunto da ida dos pioneiros para as vastas terras do velho oeste. Pois bem, como se pode ver o filme tinha o diretor certo. Acontece que por essa época, ainda na primeira metade dos anos 30, tanto Henry Hathaway como o próprio Randolph Scott eram ainda bem jovens, muito longe dos grandes clássicos em que iriam trabalhar no futuro Voltando para a fita intitulada "Na Pista do Criminoso", aqui temos uma fita B da Paramount Pictures. Uma produção de apenas 61 minutos de duração, feita e realizada para ser exibida em matinês dos cinemas de bairro, a preços promocionais. Tudo feito em ritmo de linha de produção mesmo. Para se ter uma ideia a Paramount produziu mais de 700 fitas como essa entre os anos de 1929 a 1949, todas vendidas depois para a recém nascida TV que exibia os filmes em horários matutinos, tornando o western ainda mais popular, principalmente entre os mais jovens.

Pablo Aluísio.