Título no Brasil: Alçapão Sangrento
Título Original: Jack McCall, Desperado
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sidney Salkow
Roteiro: John O'Dea, David Chandler
Elenco: George Montgomery, Angela Stevens, Douglas Kennedy, James Seay, Eugene Iglesias, John Hamilton
Sinopse:
Jack McCall (George Montgomery) é nascido no sul, porém resolve se alistar no exército do norte, da União, durante a guerra civil americana. Acusado de ser um espião sulista dentro do quartel general unionista, ele é preso, julgado e condenado à morte como espião. Desesperado, consegue escapar da prisão e passa a ser perseguido de forma violenta por soldados ianques, até que foge para uma reserva da nação Dakota.
Comentários:
"Jack McCall, Desperado" é mais uma produção B da Columbia que foi lançada nos anos 50. O filme foi estrelado por George Montgomery, um astro de faroestes de que nunca consegui gostar muito. Ele não era particularmente um bom ator e sempre parecia deslocado em cena. Ele só conseguia se sobressair quando a ação era o ponto focal dos filmes em que atuava. Assim os próprios produtores procuravam por roteiros mais rasos para que ele estrelasse. Nada de tramas muito rebuscadas, nem de personagens profundos. O que interessava era a sucessão de tiroteios e perseguições, o que com o tempo ficou mais conhecido popularmente como filmes de bangue-bangue. É um filme que não desgosta o fã de faroestes, mas que certamente também não vai adicionar nada de muito relevante na coleção. Melhor procurar por filmes mais interessantes e importantes do ponto de vista histórico.
Pablo Aluísio.
domingo, 14 de maio de 2017
O Regresso
O caçador de peles Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) vê seu grupo ser atacado por nativos selvagens em uma região remota do velho oeste. Eles quase não conseguem sair vivos da brutalidade dos indígenas. Precisando encontrar o caminho de volta para sua base ele acaba sendo atacado de forma violenta por um urso cinzento. Praticamente dado como morto, vira alvo do caçador John Fitzgerald (Tom Hardy) que quer deixá-lo para trás. O instinto de sobrevivência de Glass porém falará muito mais alto. "O Regresso" é um filme brutal. Não há outra definição. Também traz a interpretação mais visceral da carreira do ator Leonardo DiCaprio. Praticamente não há quase diálogos para declamar, mas apenas a fúria da luta entre o homem e a natureza. O realismo das cenas impactam desde o começo. É curioso como há um contraste muito presente entre a beleza do lugar onde a estória se passa e a brutalidade inerente da natureza humana entre brancos e nativos. O discurso politicamente correto também não resiste em nenhum momento. A velha ladainha do choque de civilizações não encontra eco nessa batalha pela sobrevivência.
E por falar em sobreviver a qualquer custo a cena mais lembrada da produção (o ataque do urso selvagem contra Glass) resume muito bem a essência desse roteiro. Nesse mundo primitivo não há espaço para o Éden, mas apenas para a guerra em se manter vivo. "The Revenant" assim se revela uma obra prima. O cineasta mexicano Alejandro G. Iñárritu é certamente o diretor mais promissor de sua geração. Confesso que ele nunca havia me impressionado tanto como agora. Não há qualquer dúvida de que "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" é uma obra prima do cinema, porém com esse novo filme ele alcançou um novo pico em sua filmografia, algo que poucos esperavam. Certa vez o lendário xerife Wyatt Earp foi perguntado sobre o que achava dos filmes de western que estavam sendo lançados no cinema. Ele disse que o velho oeste americano era muito mais brutal do que aquilo que se via nas telas. Provavelmente se tivesse tido a oportunidade de assistir "O Regresso" o velho homem da lei teria se sentido muito mais familiarizado. O filme é isso, um retrato extremamente bem feito de um tempo onde apenas os mais fortes conseguiam sobreviver. É brutal, mas também é maravilhoso em todos os aspectos.
O Regresso (The Revenant, Estados Unidos, 2015) Direção: Alejandro G. Iñárritu / Roteiro: Mark L. Smith, Alejandro G. Iñárritu / Elenco: Leonardo DiCaprio, Tom Hardy, Will Poulter, Domhnall Gleeson, Forrest Goodluck, Paul Anderson / Sinopse: Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) é um caçador que se vê diante de uma realidade brutal, não apenas por causa do clima hostil onde está, como também pela natureza perversa e cruel dos homens. Apesar de ter tudo contra si ele lutará até o fim pela sua sobrevivência, custe o que custar. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Ator (Leonardo DiCaprio), Melhor Fotografia (Emmanuel Lubezki) e Melhor Direção (Alejandro G. Iñárritu). Também vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator - Drama (Leonardo DiCaprio) e Melhor Direção - Drama (Alejandro G. Iñárritu).
Pablo Aluísio.
E por falar em sobreviver a qualquer custo a cena mais lembrada da produção (o ataque do urso selvagem contra Glass) resume muito bem a essência desse roteiro. Nesse mundo primitivo não há espaço para o Éden, mas apenas para a guerra em se manter vivo. "The Revenant" assim se revela uma obra prima. O cineasta mexicano Alejandro G. Iñárritu é certamente o diretor mais promissor de sua geração. Confesso que ele nunca havia me impressionado tanto como agora. Não há qualquer dúvida de que "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" é uma obra prima do cinema, porém com esse novo filme ele alcançou um novo pico em sua filmografia, algo que poucos esperavam. Certa vez o lendário xerife Wyatt Earp foi perguntado sobre o que achava dos filmes de western que estavam sendo lançados no cinema. Ele disse que o velho oeste americano era muito mais brutal do que aquilo que se via nas telas. Provavelmente se tivesse tido a oportunidade de assistir "O Regresso" o velho homem da lei teria se sentido muito mais familiarizado. O filme é isso, um retrato extremamente bem feito de um tempo onde apenas os mais fortes conseguiam sobreviver. É brutal, mas também é maravilhoso em todos os aspectos.
O Regresso (The Revenant, Estados Unidos, 2015) Direção: Alejandro G. Iñárritu / Roteiro: Mark L. Smith, Alejandro G. Iñárritu / Elenco: Leonardo DiCaprio, Tom Hardy, Will Poulter, Domhnall Gleeson, Forrest Goodluck, Paul Anderson / Sinopse: Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) é um caçador que se vê diante de uma realidade brutal, não apenas por causa do clima hostil onde está, como também pela natureza perversa e cruel dos homens. Apesar de ter tudo contra si ele lutará até o fim pela sua sobrevivência, custe o que custar. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Ator (Leonardo DiCaprio), Melhor Fotografia (Emmanuel Lubezki) e Melhor Direção (Alejandro G. Iñárritu). Também vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator - Drama (Leonardo DiCaprio) e Melhor Direção - Drama (Alejandro G. Iñárritu).
Pablo Aluísio.
sábado, 13 de maio de 2017
A Mocidade de Lincoln
Título no Brasil: A Mocidade de Lincoln
Título Original: Young Mr. Lincoln
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Ford
Roteiro: Lamar Trotti
Elenco: Henry Fonda, Alice Brady, Marjorie Weaver, Arleen Whelan, Eddie Collins, Richard Cromwell
Sinopse:
O sonho do jovem Abraham Lincoln (Henry Fonda) é se tornar um grande advogado. Até chegar lá porém ele terá que superar muitos desafios. Filho de uma humilde família da interiorana Hodgenville, no Kentucky, trabalhador rural, ele precisa mostrar seu valor nos estudos, mesmo sem muito apoio ou incentivo por parte de seus pais. O filme narra justamente os anos iniciais de sua vida profissional, quando apenas sonhava em vencer na vida.
Comentários:
Quando se fala em filmes sobre a figura do presidente Abraham Lincoln, sempre se lembra dessa produção dos anos 30. É um dos clássicos da brilhante carreira do mestre John Ford. O filme foi vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro (Lamar Trotti) justamente por romantizar os primeiros anos de atuação de Lincoln, quando ele era apenas um jovem advogado desconhecido, do interior do Kentucky. Apesar de ser inegavelmente um grande filme, desses para se ter em sua coleção, o fato é que há dois pequenos erros em sua narrativa. O primeiro diz respeito aos próprios fatos mostrados na tela, todos eles meramente ficcionais. Obviamente Lincoln realmente foi um advogado de interior antes de entrar na vida política. Isso é certo, porém os acontecimentos mostrados no filme, os detalhes, as causas, essas são frutos da imaginação do roteirista Lamar Trotti. Outro erro digno de nota vem da própria personalidade do protagonista. Interpretado por Henry Fonda, o jeito de ser e agir do seu Lincoln tem mais a ver com a imagem simbólica que ele construiu em seus anos na Casa Branca, do que com a do jovem advogado cheio de prosa que é encontrado nos livros de história. Em sua juventude Abraham Lincoln era dado a contar causos, piadas e anedotas divertidas, muitas delas explorando a vida de um homem simples do campo. Nada a ver com atitudes gloriosas, majestosas, da imagem oficial. O Lincoln da história era bem mais divertido. Assim o filme perde bastante no quesito veracidade histórica, embora como puro cinema é realmente uma excelente obra cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Título Original: Young Mr. Lincoln
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Ford
Roteiro: Lamar Trotti
Elenco: Henry Fonda, Alice Brady, Marjorie Weaver, Arleen Whelan, Eddie Collins, Richard Cromwell
Sinopse:
O sonho do jovem Abraham Lincoln (Henry Fonda) é se tornar um grande advogado. Até chegar lá porém ele terá que superar muitos desafios. Filho de uma humilde família da interiorana Hodgenville, no Kentucky, trabalhador rural, ele precisa mostrar seu valor nos estudos, mesmo sem muito apoio ou incentivo por parte de seus pais. O filme narra justamente os anos iniciais de sua vida profissional, quando apenas sonhava em vencer na vida.
Comentários:
Quando se fala em filmes sobre a figura do presidente Abraham Lincoln, sempre se lembra dessa produção dos anos 30. É um dos clássicos da brilhante carreira do mestre John Ford. O filme foi vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro (Lamar Trotti) justamente por romantizar os primeiros anos de atuação de Lincoln, quando ele era apenas um jovem advogado desconhecido, do interior do Kentucky. Apesar de ser inegavelmente um grande filme, desses para se ter em sua coleção, o fato é que há dois pequenos erros em sua narrativa. O primeiro diz respeito aos próprios fatos mostrados na tela, todos eles meramente ficcionais. Obviamente Lincoln realmente foi um advogado de interior antes de entrar na vida política. Isso é certo, porém os acontecimentos mostrados no filme, os detalhes, as causas, essas são frutos da imaginação do roteirista Lamar Trotti. Outro erro digno de nota vem da própria personalidade do protagonista. Interpretado por Henry Fonda, o jeito de ser e agir do seu Lincoln tem mais a ver com a imagem simbólica que ele construiu em seus anos na Casa Branca, do que com a do jovem advogado cheio de prosa que é encontrado nos livros de história. Em sua juventude Abraham Lincoln era dado a contar causos, piadas e anedotas divertidas, muitas delas explorando a vida de um homem simples do campo. Nada a ver com atitudes gloriosas, majestosas, da imagem oficial. O Lincoln da história era bem mais divertido. Assim o filme perde bastante no quesito veracidade histórica, embora como puro cinema é realmente uma excelente obra cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Emboscada Selvagem
A Allied Artists Pictures produziu muitos filmes como esse nos anos 1950. Eram produções de orçamentos mais modestos, sem nenhum grande astro no elenco. Tudo com o objetivo de economizar nos custos. Esse "Emboscada Selvagem" porém tem alguns méritos ao seu favor. O filme foi todo rodado em uma floresta de proteção ambiental em Bedon, no Oregon, o que lhe trouxe pelo menos uma bonita fotografia. O roteiro também explora a luta entre a cavalaria americana e os índios, o que torna tudo ainda mais interessante. Filmes sobre fortes do exército americano costumam ser nostálgicos e bons, acima de tudo. O astro do filme é o loiro ator John Ericson. Ele era alemão de nascimento e teve apenas uma carreira discreta em Hollywood. No geral fez mais séries de TV do que cinema nos anos 1950. Ele interpreta esse oficial, o tenente Niles Ord. Durante uma patrulha na região ele descobre a localização de uma indígena que será dada em casamento ao líder dos guerreiros rebeldes, o selvagem Águia Negra. Sem saber direito o que fazer com ela o tenente decide levar a jovem índia para o forte e isso obviamente desperta a ira do violento chefe tribal e seus homens. Começa então um cerco ao forte. Como se isso não fosse ruim o bastante o comandante da tropa é um tolo, um arrogante, o Coronel Roland Dane (interpretado por Edward Platt, o "Chefe" da série Agente 86).
A esposa do Coronel foi namorada do Tenente no passado e isso cria uma rivalidade entre eles. A jovem garota parece ainda gostar de seu antigo namorado, deixando a tensão se espalhar entre esses oficiais da cavalaria. A produção de "Emboscada Selvagem" não é de encher os olhos e seu roteiro, que foi baseado numa novela escrita por Gordon D. Shirreffs, não é excepcional. Apesar de tudo isso o filme ainda diverte. Há uma boa cena final entre o tenente e o chefe Águia Negra. Uma luta de punhais em cima do monte. No geral é um filme curto (meros 80 minutos de duração) e simples em seus objetivos. Feito para as matinês ainda vale como diversão nostálgica, mas passa longe de ser uma obra prima do gênero.
Emboscada Selvagem (Oregon Passage, Estados Unidos, 1957) Direção: Paul Landres / Roteiro: Jack DeWitt, baseado na novela escrita por Gordon D. Shirreffs / Elenco: John Ericson, Lola Albright, Toni Gerry, Edward Platt / Sinopse: Tenente da cavalaria, prestando serviço militar em um forte remoto do exército americano, precisa não apenas lidar com os índios selvagens da região, como também com um comandante petulante, vaidoso e incompetente.
Pablo Aluísio.
A esposa do Coronel foi namorada do Tenente no passado e isso cria uma rivalidade entre eles. A jovem garota parece ainda gostar de seu antigo namorado, deixando a tensão se espalhar entre esses oficiais da cavalaria. A produção de "Emboscada Selvagem" não é de encher os olhos e seu roteiro, que foi baseado numa novela escrita por Gordon D. Shirreffs, não é excepcional. Apesar de tudo isso o filme ainda diverte. Há uma boa cena final entre o tenente e o chefe Águia Negra. Uma luta de punhais em cima do monte. No geral é um filme curto (meros 80 minutos de duração) e simples em seus objetivos. Feito para as matinês ainda vale como diversão nostálgica, mas passa longe de ser uma obra prima do gênero.
Emboscada Selvagem (Oregon Passage, Estados Unidos, 1957) Direção: Paul Landres / Roteiro: Jack DeWitt, baseado na novela escrita por Gordon D. Shirreffs / Elenco: John Ericson, Lola Albright, Toni Gerry, Edward Platt / Sinopse: Tenente da cavalaria, prestando serviço militar em um forte remoto do exército americano, precisa não apenas lidar com os índios selvagens da região, como também com um comandante petulante, vaidoso e incompetente.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Rebelião em Dakota
Título no Brasil: Rebelião em Dakota
Título Original: The Black Dakotas
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Ray Buffum, DeVallon Scott
Elenco: Gary Merrill, Wanda Hendrix, John Bromfield, Noah Beery Jr, Howard Wendell, James Griffith
Sinopse:
O presidente Lincoln decide amenizar a crise com as nações indígenas do oeste. Em plena guerra civil ele envia um emissário para os territórios da nação Sioux para propor um tratado de paz. Além disso envia um carregamento de ouro para os índios, uma maneira de mostrar sua boa vontade. Brock Marsh (Gary Merrill), um espião confederado, descobre sobre essa missão e decide que irá roubar o ouro para a causa dos estados do sul.
Comentários:
Bom western B. A premissa se baseia em um fato histórico real, quando os confederados (que tinha senso de honestidade e ética bem maleáveis) decidem roubar um carregamento de ouro enviado pelo presidente Lincoln ao oeste. É curioso que o roteiro não coloque como protagonista nenhum dos militares da união, conhecidos como ianques, mas sim um espião do lado confederado, um sujeito que inclusive usa um nome falso (Zachary Paige) para se infiltrar entre os soldados de casaca azul para planejar um grande roubo. O filme tem um elenco interessante, com destaque para Gary Merrill, um veterano, com mais de 100 filmes na carreira. Quase sempre atuando como coadjuvante aqui ele teve uma chance de aparecer em primeiro lugar nos créditos. Um presente de reconhecimento por parte da Columbia. Outro nome que sempre chamará atenção nos créditos é o do diretor Ray Nazarro. Esse certamente foi um dos grandes mestres da era de auge dos faroestes americanos. Um verdadeiro artesão do Bang-Bang made in USA.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Black Dakotas
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Ray Buffum, DeVallon Scott
Elenco: Gary Merrill, Wanda Hendrix, John Bromfield, Noah Beery Jr, Howard Wendell, James Griffith
Sinopse:
O presidente Lincoln decide amenizar a crise com as nações indígenas do oeste. Em plena guerra civil ele envia um emissário para os territórios da nação Sioux para propor um tratado de paz. Além disso envia um carregamento de ouro para os índios, uma maneira de mostrar sua boa vontade. Brock Marsh (Gary Merrill), um espião confederado, descobre sobre essa missão e decide que irá roubar o ouro para a causa dos estados do sul.
Comentários:
Bom western B. A premissa se baseia em um fato histórico real, quando os confederados (que tinha senso de honestidade e ética bem maleáveis) decidem roubar um carregamento de ouro enviado pelo presidente Lincoln ao oeste. É curioso que o roteiro não coloque como protagonista nenhum dos militares da união, conhecidos como ianques, mas sim um espião do lado confederado, um sujeito que inclusive usa um nome falso (Zachary Paige) para se infiltrar entre os soldados de casaca azul para planejar um grande roubo. O filme tem um elenco interessante, com destaque para Gary Merrill, um veterano, com mais de 100 filmes na carreira. Quase sempre atuando como coadjuvante aqui ele teve uma chance de aparecer em primeiro lugar nos créditos. Um presente de reconhecimento por parte da Columbia. Outro nome que sempre chamará atenção nos créditos é o do diretor Ray Nazarro. Esse certamente foi um dos grandes mestres da era de auge dos faroestes americanos. Um verdadeiro artesão do Bang-Bang made in USA.
Pablo Aluísio.
O Último Malfeitor
Título no Brasil: O Último Malfeitor
Título Original: Bad Men of Tombstone
Ano de Produção: 1949
País: Estados Unidos
Estúdio: King Brothers Productions
Direção: Kurt Neumann
Roteiro: Philip Yordan, Arthur Strawn
Elenco: Barry Sullivan, Marjorie Reynolds, Broderick Crawford, Fortunio Bonanova, Guinn 'Big Boy' Williams
Sinopse:
Durante a corrida do ouro, no velho oeste americano, um cowboy chamado Tom Horn (Barry Sullivan) chega em Tombstone. Durante um assalto ele é confundido com um dos bandoleiros e é preso. Alegando ser inocente das acusações, ele tenta provar sua inocência, mas só conseguirá isso se sair da prisão. Para sua fuga conta com seus companheiros que o salvam de ser enforcado injustamente.
Comentários:
Antigo western, lançado originalmente na década de 1940, que recentemente chegou nas lojas americanas em uma edição especial da Warner Bros. Infelizmente não temos nenhuma notícia sobre o lançamento desse DVD no Brasil. De qualquer forma esse faroeste B sempre é bastante lembrado no círculo de colecionadores. O filme fez tanto sucesso em sua época que virou até mesmo revista em quadrinhos. Como sabemos havia muitas adaptações de personagens do cinema para o mundo dos comics (a nona arte) e isso se refletiu também no Brasil onde uma revistinha mensal explorou essa mesma adaptação. Em termos de roteiro, como era de se esperar, existe a sempre presente dualidade dos personagens, entre os mocinhos e os bandidos. O curioso de "Bad Men of Tombstone" é que isso não é assim tão transparente. Parece existir uma intenção nesse roteiro de confundir mesmo o espectador, o que não deixa de ser algo muito positivo para um filme dos anos 40. Já naquela época os escritores procuravam fugir um pouco do lugar comum.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bad Men of Tombstone
Ano de Produção: 1949
País: Estados Unidos
Estúdio: King Brothers Productions
Direção: Kurt Neumann
Roteiro: Philip Yordan, Arthur Strawn
Elenco: Barry Sullivan, Marjorie Reynolds, Broderick Crawford, Fortunio Bonanova, Guinn 'Big Boy' Williams
Sinopse:
Durante a corrida do ouro, no velho oeste americano, um cowboy chamado Tom Horn (Barry Sullivan) chega em Tombstone. Durante um assalto ele é confundido com um dos bandoleiros e é preso. Alegando ser inocente das acusações, ele tenta provar sua inocência, mas só conseguirá isso se sair da prisão. Para sua fuga conta com seus companheiros que o salvam de ser enforcado injustamente.
Comentários:
Antigo western, lançado originalmente na década de 1940, que recentemente chegou nas lojas americanas em uma edição especial da Warner Bros. Infelizmente não temos nenhuma notícia sobre o lançamento desse DVD no Brasil. De qualquer forma esse faroeste B sempre é bastante lembrado no círculo de colecionadores. O filme fez tanto sucesso em sua época que virou até mesmo revista em quadrinhos. Como sabemos havia muitas adaptações de personagens do cinema para o mundo dos comics (a nona arte) e isso se refletiu também no Brasil onde uma revistinha mensal explorou essa mesma adaptação. Em termos de roteiro, como era de se esperar, existe a sempre presente dualidade dos personagens, entre os mocinhos e os bandidos. O curioso de "Bad Men of Tombstone" é que isso não é assim tão transparente. Parece existir uma intenção nesse roteiro de confundir mesmo o espectador, o que não deixa de ser algo muito positivo para um filme dos anos 40. Já naquela época os escritores procuravam fugir um pouco do lugar comum.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Reduto de Heróis
Título no Brasil: Reduto de Heróis
Título Original: Fort Courageous
Ano de Produção: 1965
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Richard H. Landau
Elenco: Fred Beir, Don 'Red' Barry, Hanna Hertelendy, Harry Lauter, Walter Reed, Cheryl MacDonald
Sinopse:
O Sargento John Lucas (Fred Beir) da décima cavalaria dos Estados Unidos é levado a julgamento militar após um ataque sangrento ao seu forte, localizado nos confins do território Apache. Ele é acusado de ter cometido diversos erros durante a batalha, o que acabou resultando na morte do comandante da guarnição. Lucas porém está convencido de que é inocente de todas as acusações e irá se defender até o fim nessa corte marcial.
Comentários:
Filmes de cavalaria americana geralmente são muito bons. Não tem erro. Poucos são os faroestes que decepcionam quando exploram o tema dos soldados americanos durante as chamadas guerras indígenas. Esse "Fort Courageous" tem um roteiro bem consistente, explorando um ataque de apaches contra um forte localizado em território inimigo. Muitos militares morrem e um sargento é levado como bode expiatório. Assim temos uma corte marcial em andamento, enquanto os eventos são relembrados em longos flashbacks. Tudo muito bom e bem realizado. Um aspecto interessante da trama acontece quando os soldados da cavalaria fazem de refém o filho do cacique da tribo. Os apaches então juram vingança de sangue, se preparando para a guerra. Ora, atacar um forte americano não era algo muito fácil, sendo necessária a presença de algum traidor dentro das tropas para facilitar a entrada de guerreiros. Teria Lucas sido o traidor desse massacre? Assista ao filme para conferir. O filme é realmente bem acima da média, por isso deixamos a recomendação.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fort Courageous
Ano de Produção: 1965
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Richard H. Landau
Elenco: Fred Beir, Don 'Red' Barry, Hanna Hertelendy, Harry Lauter, Walter Reed, Cheryl MacDonald
Sinopse:
O Sargento John Lucas (Fred Beir) da décima cavalaria dos Estados Unidos é levado a julgamento militar após um ataque sangrento ao seu forte, localizado nos confins do território Apache. Ele é acusado de ter cometido diversos erros durante a batalha, o que acabou resultando na morte do comandante da guarnição. Lucas porém está convencido de que é inocente de todas as acusações e irá se defender até o fim nessa corte marcial.
Comentários:
Filmes de cavalaria americana geralmente são muito bons. Não tem erro. Poucos são os faroestes que decepcionam quando exploram o tema dos soldados americanos durante as chamadas guerras indígenas. Esse "Fort Courageous" tem um roteiro bem consistente, explorando um ataque de apaches contra um forte localizado em território inimigo. Muitos militares morrem e um sargento é levado como bode expiatório. Assim temos uma corte marcial em andamento, enquanto os eventos são relembrados em longos flashbacks. Tudo muito bom e bem realizado. Um aspecto interessante da trama acontece quando os soldados da cavalaria fazem de refém o filho do cacique da tribo. Os apaches então juram vingança de sangue, se preparando para a guerra. Ora, atacar um forte americano não era algo muito fácil, sendo necessária a presença de algum traidor dentro das tropas para facilitar a entrada de guerreiros. Teria Lucas sido o traidor desse massacre? Assista ao filme para conferir. O filme é realmente bem acima da média, por isso deixamos a recomendação.
Pablo Aluísio.
Os Cruéis
Título no Brasil: Os Cruéis
Título Original: I Crudeli
Ano de Produção: 1967
País: Itália, Espanha
Estúdio: Alba Cinematografica
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Sergio Corbucci, Albert Band, Louis Garfinkle
Elenco: Joseph Cotten, Norma Bengell, Al Mulock, Julián Mateos, Aldo Sambrell, Gino Pernice
Sinopse:
Após a derrota humilhante na guerra civil americana as tropas do sul são dispensadas. Muitos veteranos começam a vagar pelo velho oeste em busca de algum meio de sobrevivência. Para o Coronel Jonas (Joseph Cotten) essa situação é humilhante. O veterano então decide planejar um grande roubo de ouro para reerguer o exército confederado. Um sonho megalomaníaco que ele lutará para transformar em realidade.
Comentários:
Western Spaghetti dirigido pelo grande diretor Sergio Corbucci. Esse cineasta seguramente foi um dos mais talentosos mestres do cinema italiano, em especial dos faroestes. Ele criou e dirigiu o grande sucesso "Django", provavelmente o filme mais famoso dessa época. Colhendo os frutos desse sucesso (e de muitos outros), Sergio Corbucci procurou ampliar os horizontes desse tipo de filme, explorando mais aspectos históricos, etc. Ao ler sobre um fanático oficial confederado que lutou para reerguer a Confederação sulista após o fim da guerra civil nos Estados Unidos, o diretor resolveu escrever o roteiro desse filme. A história (que era real) parecia tão absurda que daria certamente um ótimo western italiano. Inicialmente Corbucci pensou em escalar Franco Nero para o papel, mas como o protagonista era um veterano coronel sulista, bem mais velho, o ator não foi contratado. Outro detalhe que chama a atenção no elenco é a presença da atriz brasileira Norma Bengell. Com um figurino elegante, em trajes negros, ele chama a atenção pela classe e sofisticação. Então é basicamente isso. Um bom faroeste italiano que prima por ter sido dirigido por um dos grandes mestres do gênero.
Pablo Aluísio.
Título Original: I Crudeli
Ano de Produção: 1967
País: Itália, Espanha
Estúdio: Alba Cinematografica
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Sergio Corbucci, Albert Band, Louis Garfinkle
Elenco: Joseph Cotten, Norma Bengell, Al Mulock, Julián Mateos, Aldo Sambrell, Gino Pernice
Sinopse:
Após a derrota humilhante na guerra civil americana as tropas do sul são dispensadas. Muitos veteranos começam a vagar pelo velho oeste em busca de algum meio de sobrevivência. Para o Coronel Jonas (Joseph Cotten) essa situação é humilhante. O veterano então decide planejar um grande roubo de ouro para reerguer o exército confederado. Um sonho megalomaníaco que ele lutará para transformar em realidade.
Comentários:
Western Spaghetti dirigido pelo grande diretor Sergio Corbucci. Esse cineasta seguramente foi um dos mais talentosos mestres do cinema italiano, em especial dos faroestes. Ele criou e dirigiu o grande sucesso "Django", provavelmente o filme mais famoso dessa época. Colhendo os frutos desse sucesso (e de muitos outros), Sergio Corbucci procurou ampliar os horizontes desse tipo de filme, explorando mais aspectos históricos, etc. Ao ler sobre um fanático oficial confederado que lutou para reerguer a Confederação sulista após o fim da guerra civil nos Estados Unidos, o diretor resolveu escrever o roteiro desse filme. A história (que era real) parecia tão absurda que daria certamente um ótimo western italiano. Inicialmente Corbucci pensou em escalar Franco Nero para o papel, mas como o protagonista era um veterano coronel sulista, bem mais velho, o ator não foi contratado. Outro detalhe que chama a atenção no elenco é a presença da atriz brasileira Norma Bengell. Com um figurino elegante, em trajes negros, ele chama a atenção pela classe e sofisticação. Então é basicamente isso. Um bom faroeste italiano que prima por ter sido dirigido por um dos grandes mestres do gênero.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 10 de maio de 2017
Os Rifles do Kentucky
Título no Brasil: Os Rifles do Kentucky
Título Original: Kentucky Rifle
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Howco Productions Inc
Direção: Carl K. Hittleman
Roteiro: Carl K. Hittleman, Lee Hewitt
Elenco: Chill Wills, Lance Fuller, Cathy Downs, Sterling Holloway, Henry Hull, Jeanne Cagney
Sinopse:
O mercenário Tobias Taylor (Chill Wills) é designado para uma perigosa missão: escoltar um carregamento de rifles por um território dominado por índios. Para seu azar os nativos descobrem que as armas estão na carroça que está sendo protegida por Taylor e seus homens e resolvem cercar seu caminho. Encurralados, eles recebem um ultimato do cacique: ou entregam todos os rifles para os guerreiros apaches ou então serão mortos!
Comentários:
Esse faroeste "Os Rifles do Kentucky" tem algumas coisas bem interessantes, uma delas é seu roteiro que se baseia em uma situação de tensão e suspense. Os cowboys e mercenários ficam cercados por apaches bem no meio do deserto. Eles querem as armas, mas os homens brancos não parecem dispostos a cederem às pressões. O próprio diretor Carl K. Hittleman escreveu o roteiro, baseado em uma estória criada por ele mesmo, após ler uma reportagem sobre os perigos que os nativos enfrentavam quando iam ao oeste selvagem em busca de uma nova vida. Curiosamente embora o filme tenha em seu título uma referência ao Estado americano sulista do Kentucky, tudo foi filmado nos desertos próximos de Santa Clarita, na Califórnia. No Kentucky não existem desertos, mas grandes montanhas verdes, em um terreno bem conhecido dos americanos em geral. Enfim, mais uma vez Hollywood deu um jeitinho de mudar um pouco o cenário natural de suas locações. Tirando esses detalhes de lado o filme até que diverte, embora, como é previsível, também esteja muito datado por causa dos anos passados. O tempo é realmente implacável e deixa suas marcas.
Pablo Aluísio.
Título Original: Kentucky Rifle
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Howco Productions Inc
Direção: Carl K. Hittleman
Roteiro: Carl K. Hittleman, Lee Hewitt
Elenco: Chill Wills, Lance Fuller, Cathy Downs, Sterling Holloway, Henry Hull, Jeanne Cagney
Sinopse:
O mercenário Tobias Taylor (Chill Wills) é designado para uma perigosa missão: escoltar um carregamento de rifles por um território dominado por índios. Para seu azar os nativos descobrem que as armas estão na carroça que está sendo protegida por Taylor e seus homens e resolvem cercar seu caminho. Encurralados, eles recebem um ultimato do cacique: ou entregam todos os rifles para os guerreiros apaches ou então serão mortos!
Comentários:
Esse faroeste "Os Rifles do Kentucky" tem algumas coisas bem interessantes, uma delas é seu roteiro que se baseia em uma situação de tensão e suspense. Os cowboys e mercenários ficam cercados por apaches bem no meio do deserto. Eles querem as armas, mas os homens brancos não parecem dispostos a cederem às pressões. O próprio diretor Carl K. Hittleman escreveu o roteiro, baseado em uma estória criada por ele mesmo, após ler uma reportagem sobre os perigos que os nativos enfrentavam quando iam ao oeste selvagem em busca de uma nova vida. Curiosamente embora o filme tenha em seu título uma referência ao Estado americano sulista do Kentucky, tudo foi filmado nos desertos próximos de Santa Clarita, na Califórnia. No Kentucky não existem desertos, mas grandes montanhas verdes, em um terreno bem conhecido dos americanos em geral. Enfim, mais uma vez Hollywood deu um jeitinho de mudar um pouco o cenário natural de suas locações. Tirando esses detalhes de lado o filme até que diverte, embora, como é previsível, também esteja muito datado por causa dos anos passados. O tempo é realmente implacável e deixa suas marcas.
Pablo Aluísio.
Fronteiras da Morte
Título no Brasil: Fronteiras da Morte
Título Original: Cavalry Scout
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Monogram Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Daniel B. Ullman, Thomas W. Blackburn
Elenco: Rod Cameron, Audrey Long, Jim Davis, James Millican, James Arness, John Doucette
Sinopse:
Kirby Frye (Rod Cameron) é um veterano confederado da guerra civil americana que após o fim do conflito se alista no exército da União. Como batedor da cavalaria ele é enviado para o distante e isolado território de Montana. Sua missão é recuperar três metralhadoras de alto poder de fogo que foram roubadas por renegados. As armas foram parar nas mãos das nações Sioux e Cheyenne que estão em guerra contra o homem branco.
Comentários:
O ator Rod Cameron foi bem popular nos Estados Unidos durante o auge dos filmes de western, nos anos 50. Sua carreira foi longa e produtiva. No total atuou em 120 filmes, muitos deles produções B de faroeste que faziam bastante sucesso nas matinês de fim de semana nas milhares de salas de cinemas que existiam naquela época em toda a América. Esse "Cavalry Scout" foi um de suas fitas mais bem sucedidas. Sim, é um western B, feito sem muitos recursos, mas que conseguiu se sobressair por algumas boas escolhas feitas pelo diretor Lesley Selander. Uma delas foi escolher belas locações naturais para filmar as diversas cenas de luta entre nativos e soldados da cavalaria americana. Sob esse aspecto o filme até mesmo me chegou a lembrar do recente "O Regresso" pois a tropa do protagonista chega em uma região tão isolada onde só existem mesmo índios e caçadores de peles (como o personagem de Leonardo DiCaprio). Claro que por ser um filme antigo não espere por muitas complexidades em termos de roteiro ou personagens. Mesmo assim, ficando bem na média, não deixa de ser uma ótima diversão, principalmente para saudosistas de filmes de faroeste dos anos 50. Sob esse aspecto está mais do que recomendado.
Pablo Aluísio.
Título Original: Cavalry Scout
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Monogram Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Daniel B. Ullman, Thomas W. Blackburn
Elenco: Rod Cameron, Audrey Long, Jim Davis, James Millican, James Arness, John Doucette
Sinopse:
Kirby Frye (Rod Cameron) é um veterano confederado da guerra civil americana que após o fim do conflito se alista no exército da União. Como batedor da cavalaria ele é enviado para o distante e isolado território de Montana. Sua missão é recuperar três metralhadoras de alto poder de fogo que foram roubadas por renegados. As armas foram parar nas mãos das nações Sioux e Cheyenne que estão em guerra contra o homem branco.
Comentários:
O ator Rod Cameron foi bem popular nos Estados Unidos durante o auge dos filmes de western, nos anos 50. Sua carreira foi longa e produtiva. No total atuou em 120 filmes, muitos deles produções B de faroeste que faziam bastante sucesso nas matinês de fim de semana nas milhares de salas de cinemas que existiam naquela época em toda a América. Esse "Cavalry Scout" foi um de suas fitas mais bem sucedidas. Sim, é um western B, feito sem muitos recursos, mas que conseguiu se sobressair por algumas boas escolhas feitas pelo diretor Lesley Selander. Uma delas foi escolher belas locações naturais para filmar as diversas cenas de luta entre nativos e soldados da cavalaria americana. Sob esse aspecto o filme até mesmo me chegou a lembrar do recente "O Regresso" pois a tropa do protagonista chega em uma região tão isolada onde só existem mesmo índios e caçadores de peles (como o personagem de Leonardo DiCaprio). Claro que por ser um filme antigo não espere por muitas complexidades em termos de roteiro ou personagens. Mesmo assim, ficando bem na média, não deixa de ser uma ótima diversão, principalmente para saudosistas de filmes de faroeste dos anos 50. Sob esse aspecto está mais do que recomendado.
Pablo Aluísio.
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