terça-feira, 23 de junho de 2015

Os Últimos Foras-da-Lei

Quem acompanha meus textos sobre cinema já deve ter percebido que gosto bastante do trabalho do ator Mickey Rourke. É curioso que Rourke tenha se dedicado durante uma certa época de sua carreira a realizar filmes de faroeste, como esse "Os últimos Foras-da-Lei". Rourke nunca foi um sujeito muito fácil de conviver, quando algo saía algo errado em seus filmes ele tomava satisfações sem medir as consequências. Até produtores poderosos viraram alvo de Rourke em seus anos mais complicados. Isso obviamente vai fechando as portas para o profissional por mais bem intencionado que seja. Assim na década de 1990 o ator sofreu uma época de maré baixa, onde pouca coisa lhe era oferecida no mundo do cinema. Como não havia muitas propostas vindas de Hollywood Rourke se voltou para a TV. E foi no canal HBO que ele começou a dar a volta por cima. A HBO como todos sabem não é um canal comum, pelo contrário, é um ótimo espaço para produção de séries e telefilmes realmente excepcionais. Basta lembrar do número de prêmios Globo de Ouro e Emmy que o canal já ganhou.

Assim Mickey Rourke foi para o velho oeste. Quem diria, um ator como ele que se destacou ao interpretar personagens tipicamente urbanos como o desiludido rebelde de "O Selvagem da Motocicleta" ou o executivo yuppie de Nova Iorque em "Nove Semanas e Meia de Amor" agora tendo que lidar com cavalos e a dureza na vida do campo. Rourke, um nova-iorquino nato, acabou tendo que se acostumar com a aridez e os vastos campos desérticos do Novo México (onde o filme foi rodado). Curiosamente anos depois ele diria em entrevistas que no final das contas adorou a experiência, afinal dar um tempo nos problemas, no ritmo frenético das grandes cidades e encarar um clima de interior, de simplicidade, acabou lhe fazendo muito bem. E o resultado do filme? Bom, "Os últimos Foras-da-Lei" certamente não é nenhum clássico do western mas também não é desprezível. Na verdade é um faroeste que tenta ser o mais realista e duro possível ao contar a trama envolvendo um grupo de criminosos sanguinários. Mickey Rourke, herdando de certa forma uma tradição do Actors Studio, adotou um figurino e uma aparência estranha, com bigodinho Fu-Manchu! Isso acaba trazendo ainda mais interesse ao filme. Infelizmente a HBO não tem mais reprisado o filme tanto quanto antes mas o fã de Rourke pode tentar achar uma cópia por aí já que ele foi lançado no mercado de vídeo e depois em DVD em nosso país. Assim fica a dica, Mickey Rourke no velho oeste! Vai encarar?

Os últimos Foras-da-Lei (The Last Outlaw, Estados Unidos, 1993) Direção: Geoff Murphy / Roteiro: Eric Red / Elenco: Mickey Rourke, Dermot Mulroney, Ted Levine / Sinopse: Um grupo de criminosos no velho oeste semeia violência e mortes por onde passa!

Pablo Aluísio.

Tootsie

Título no Brasil: Tootsie
Título Original: Tootsie
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Larry Gelbart, Murray Schisgal
Elenco: Dustin Hoffman, Jessica Lange, Teri Garr

Sinopse: 
Michael Dorsey (Dustin Hoffman) é um ator desempregado que decide fazer algo radical para finalmente encontrar um trabalho. Ele inventa uma personagem feminina, Dorothy Michaels, conhecida carinhosamente como Tootsie e cai nas graças da mídia que a transforma em uma sensação de popularidade. E agora, como Dorsey revelará seu grande segredo?

Comentários:
"Ele é Tootsie. Ela é Dustin Hoffman!". Foi essa a frase usada no marketing desse divertido, delicioso e muito bem humorado filme. Dustin Hoffman em excelente atuação causou impacto na época por ter desenvolvido uma brilhante caracterização de uma mulher. Sob forte maquiagem (muito bem feita aliás), Hoffman surpreendeu pelos detalhes que certamente fizeram toda a diferença. Longe da caricatura o ator surpreendeu a todos. O interessante em "Tootsie" porém é que o roteiro não fica apenas apoiado na transformação de Hoffman mas também investe de forma muito talentosa na parte dramática do enredo. É acima de tudo um argumento muito bem escrito, desenvolvido e executado. Outro destaque do elenco vem com Jessica Lange, fazendo muito bem a transição de starlet para atriz séria, reconhecida por seu talento em cena. Seu Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante foi muito merecido. Por fim vale destacar o fato de que "Tootsie" é o filme mais singular da carreira do cineasta Sydney Pollack. Diretor de filmes sérios, de temáticas complexas como, por exemplo, "Três Dias do Condor", ele aqui abriu espaço para o bom humor, a simpatia e o romance. Um marco certamente em sua carreira.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A Última Festa de Solteiro

Título no Brasil: A Última Festa de Solteiro
Título Original: Bachelor Party
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Neal Israel
Roteiro: Bob Israel, Neal Israel
Elenco: Tom Hanks, Tawny Kitaen, Adrian Zmed

Sinopse:
Rick Gassko (Tom Hanks) está prestes a casar com Debbie Thompson (Tawny Kitaen). Seus pais odeiam a ideia. Os amigos de Rick porém estão pouco se importando com a opinião dos pais de Debbie. Eles querem dar uma despedida de solteiro para o amigo que entrará para a história de Los Angeles. Inicialmente resolvem fazer a festa no hotel mais caro da cidade com tudo do bom e do melhor, sem se importar com as despesas. Depois cada um dos amigos começa a ter novas ideias, algumas bem fora do normal, até que de repente aquilo que iria se transformar numa despedida de amigos acaba se transformando em um caos incontrolável!

Comentários:
Já que estamos falando do carismático Tom Hanks hoje, que tal recordar uma de suas comédias mais queridas pelo público? O filme foi rodado logo após a grande estréia de Tom Hanks no cinema, a comédia Disney "Splash, uma sereia em minha vida". Nos anos 80 estava muito em voga esse tipo de comédia mais picante, como por exemplo "Porky´s", "O Último Americano Virgem", "Negócio Arriscado" e coisas nesse estilo. "A Última Festa de Solteiro" foi o "Porky´s" da carreira de Tom Hanks, vamos colocar nesses termos. É importante entender que Hanks no comecinho de sua carreira não era esse ator oscarizado que a nova geração passou a conhecer. Pelo contrário, ele fazia mesmo a linha comediante gaiato, em fitas comerciais, muitas delas realizadas sem qualquer pretensão a não ser divertir o máximo possível o público jovem. E diversão certamente não faltará nesse "Bachelor Party". É o tipo de comédia maluca que fazia muito sucesso nas locadoras durante a era do VHS, afinal de contas reunir os amigos em casa para dar boas gargalhadas com esse tipo de roteiro era mais do que divertido. Há muitas cenas sem noção e momentos que fariam a geração atual do politicamente correto ficar de cabelos em pé - mas pensando bem, a graça vem justamente desse tipo de situação. Assista, relembre (se você for daquela época) e dê boas risadas pois a verve cômica da fita ainda continua de pé, mesmo após tantos anos. 

Pablo Aluísio.

Xanadu

Título no Brasil: Xanadu
Título Original: Xanadu
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Robert Greenwald
Roteiro: Richard Christian Danus, Marc Reid Rubel
Elenco: Olivia Newton-John, Gene Kelly, Michael Beck

Sinopse: 
Musas gregas do Olimpo descem até a Terra em busca de diversão. Durante sua estadia entre os mortais uma delas chamada Kira (Olivia Newton-John) acaba se envolvendo com um artista, algo que não será de agrado dos grandes deuses como Zeus e cia! Musical símbolo dos anos 80.

Comentários:
Hoje em dia o filme vai soar tão estranho como um Deus Grego caminhando pelas ruas! De fato quando "Xanadu" foi lançado o mundo pop era bem diferente. A discoteca dava seus últimos suspiros e a última moda era andar de patins! Tudo isso hoje soa bem datado (e é mesmo!) mas talvez esteja aí o grande charme de rever o musical nos dias atuais. Afinal tudo é tão exageradamente inocente que vai parecer mesmo uma relíquia histórica. Em termos de elenco o grande atrativo é a presença da atriz sensação (na época, claro) Olivia Newton-John. Além de atriz era uma cantora talentosa e por isso virou símbolo para as garotas daqueles anos que a imitavam no penteado, nas roupas e no estilo. Gene Kelly, ator símbolo dos antigos musicais da MGM também está presente mas sua participação não é muito relevante. Vale mais como uma homenagem do que qualquer outra coisa. Os efeitos de Xanadu hoje em dia vão soar completamente sem noção, mais parecendo um videogame da Atari mas releve tudo isso e caia na dança cantando o refrão eterno (e ultra, mega pegajoso) da canção tema do filme! Os saudosistas agradecem!

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de junho de 2015

Repo Man - A Onda Punk

Título no Brasil: Repo Man - A Onda Punk
Título Original: Repo Man
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Edge City Productions
Direção: Alex Cox
Roteiro: Alex Cox
Elenco: Harry Dean Stanton, Emilio Estevez, Tracey Walter, Olivia Barash, Sy Richardson, Susan Barnes

Sinopse:
Um jovem punk recrutado por uma agência de reintegração de posse de automóveis encontra-se em busca de um Chevrolet Malibu que é procurado por uma recompensa de $ 20.000 - e tem algo sobrenatural escondido em seu porta-malas.

Comentários:
O que diabos é um Repo Man? Ora, geralmente jovens truculentos usados para recuperar bens que não foram pagos pelos devedores. E nesse tipo de situação geralmente saia pancadaria. Esse filme aqui chegou a ser lançado no Brasil em VHS, mas era mais conhecido por suas reprises na TV, em canas abertos secundários, tipo o SBT. É um filme legal, mas funcionava melhor nos anos 80, obviamente. O  Emilio Estevez teve uma carreira bacana naquela década, mas curiosamente depois que deixou de ser jovem sua carreira meio que foi pelo ralo. Irmão do Charlie Sheen, filho do Marin Sheen, ele era talentoso, mas sua profissão de ator não foi muito longe, ao contrário de seus parentes mais famosos.

Pablo Aluísio.

Octagon - Escola de Assassinos

Título no Brasil: Octagon - Escola de Assassinos
Título Original: The Octagon
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: ACG Motion Picture
Direção: Eric Karson
Roteiro: Paul Aaron, Leigh Chapman
Elenco: Chuck Norris, Karen Carlson, Lee Van Cleef

Sinopse: 
Scott James (Chuck Norris) é um mestre em artes marciais que é enviado para um campo de recrutamento e treinamento de combatentes ninjas conhecido por todos como "Octagon". Seus planos mudam porém quando é contratado por uma mulher rica para se vingar de seu irmão, que está envolvido com terrorismo internacional. A luta não será fácil e em pouco tempo ele acaba compreendendo que está aos poucos trilhando um caminho de volta para o temido "Octagon".

Comentários: 
Rodado com apenas 18 mil dólares o filme "The Octagon" foi o primeiro a apostar no estrelismo de Chuck Norris, o baixinho bom de briga que havia ganho notoriedade ao lutar com o mito Bruce Lee no clássico das artes marciais "O Vôo do Dragão" em 1972. Os produtores americanos nunca tinham levado muito à sério esse tipo de filme até que com a morte de Bruce Lee formou-se uma verdadeira legião de fãs nos EUA. Para faturar em cima desse público aos poucos o cinema americano foi investindo nesse tipo de produção. O roteiro era bem simples e apostava em muita pancadaria para agradar aos fãs dos filmes de artes marciais japoneses e chineses. Para espanto de muitos deu certo. "Octagon" encontrou espaço no circuito mais alternativo, formado por cinemas poeiras por todos os EUA. Na época Norris não era conhecido no Brasil e por isso a fita não foi lançada aqui nos cinemas mas ganhou uma edição em VHS pelo selo Hipervídeo anos depois quando ele já fazia sucesso na Cannon. Então se você estiver em busca de entender de onde veio tanta porrada no cinema dos anos 80 uma boa dica é ver esse filme que antecipava muito do que viria nos anos seguintes.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de junho de 2015

Street Fighter - A Última Batalha

Título no Brasil: Street Fighter - A Última Batalha
Título Original: Street Fighter
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Capcom Entertainment
Direção: Steven E. de Souza
Roteiro: Steven E. de Souza
Elenco: Jean-Claude Van Damme, Raul Julia, Ming-Na Wen

Sinopse:
O Coronel William Guile (Jean-Claude Van Damme) lidera um exército de soldados no país de Shadaloo para encontrar vestígios que possam levá-lo até o General M. Bison (Raul Julia), responsável por vários crimes de guerra, entre eles o desaparecimento de três soldados de seu grupo. E entre os desaparecidos se encontra Carlos "Charlie" Blanka, que Bison decide transformar em um mutante hediondo. Por outro lado, Chun Li é um repórter que busca vingança contra Bison pela morte de seu pai anos atrás. O conflito logo se torna inevitável entre todos.

Comentários:
Não é de hoje que adaptações de games viram verdadeiros desastres nas telas de cinema. Duvida? Que tal dar uma olhada nesse "Street Fighter - A Última Batalha"? Esse jogo sempre foi dos mais populares no mundo dos games e por isso seus direitos foram adquiridos por uma pequena fortuna. O roteirista Steven E. de Souza (de "Duro de Matar", "O Sobrevivente" e "Comando Para Matar") foi contratado para a direção e nomes famosos também entraram no elenco. Infelizmente mesmo com essa ficha técnica promissora nada parece dar certo. Tudo bem que ninguém esperava densidade dramática de personagens de vídeo game mas precisava mesmo ser tudo tão caricatural? Pior é que até mesmo os combates e lutas corporais são sem graça e isso em um filme com Jean-Claude Van Damme no elenco é imperdoável. Talvez o único interesse que a fita ainda vai despertar em cinéfilos em geral venha do fato de que esse foi o último trabalho no cinema do ator Raul Julia (1940–1994). Ator talentoso, de ótimos recursos, é uma pena que tenha se despedido da sétima arte com algo assim tão obtuso.

Pablo Aluísio.

Nico - Acima da Lei

Título no Brasil: Nico - Acima da Lei
Título Original: Above the Law
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Andrew Davis, Steven Seagal
Elenco: Steven Seagal, Pam Grier, Henry Silva

Sinopse: 
Nico Toscani (Steven Seagal) é um mestre em artes marciais que é recrutado pela CIA para ser enviado em missões especiais. Quinze anos depois se torna policial em Chicago no departamento de narcóticos. Com métodos nada sutis ele enfrenta o crime organizado da cidade com seu jeito bem particular de lidar com criminosos.

Comentários:
Primeiro filme da carreira de Steven Seagal. Curiosamente já em seu primeiro filme ele já surge como a estrela da fita. Na realidade Seagal já era bem conhecido no meio das artes marciais do circuito americano então foi apenas uma questão de oportunidade para que a Warner criasse um novo herói de ação nos cinemas. Afinal aqueles eram os anos 80 onde os filmes de ação batiam recordes e mais recordes de bilheteria. O mercado pedia por novos astros no gênero e a Warner foi buscar o seu nos tatames de Los Angeles. Seagal não tinha qualquer experiência como ator e isso fica bem claro logo nas primeiras cenas mas o público da época não estava muito preocupado com esse detalhe. "Nico" que custou relativamente pouco acabou caindo nas graças do público, fazendo sucesso tanto de bilheteria como de locações de vídeo, abrindo assim as portas da indústria para os 40 filmes seguintes de Seagal no cinema.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Corina, uma Babá Perfeita

Título no Brasil: Corina, uma Babá Perfeita
Título Original: Corrina, Corrina
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jessie Nelson
Roteiro: Jessie Nelson
Elenco: Ray Liotta, Whoopi Goldberg, Tina Majorino

Sinopse:
Após a morte da esposa de Manny Singer (Ray Liotta) sua pequena filha começa a apresentar sinais de problemas comportamentais. Se torna inibida, introvertida e triste. A vida segue em frente para Manny, afinal ele tem uma jovem família para sustentar e precisa de uma babá para a jovem menina enquanto ele está trabalhando. Após várias entrevistas desastrosas ele acaba contratando a simpática e alegre Corrina Washington (Whoopi Goldberg) que acaba trazendo finalmente a velha luz para aquela casa antes deprimida e melancólica.

Comentários:
" Corrina, Corrina" é aquele tipo de produção bem despretensiosa, mas cheia de boas intenções. Ao mostrar uma babá negra nos anos 60 cuidando de uma jovem garotinha branca que perdeu sua mãe, ele mostra muito bem que não existe diferença de raças quando existe amor e amizade sincera entre as pessoas. Mas não se preocupe, mesmo tocando na questão do racismo na sociedade americana de cinquenta anos atrás o filme não se torna panfletário e cheio de discursos. Ao invés disso investe mesmo em um enredo bem leve, com ótima trilha sonora, tudo para deixar o espectador com aquela sensação boa de quem acabou de ver algo para cima, com mensagem positiva e feliz. Whoopi Goldberg continua com todo aquele carisma e talento que sempre a caracterizou em toda a sua carreira. Sua personagem inclusive parece ter sido escrito especialmente para ela, tal o nível de simbiose que ela desenvolve na película. Agora curioso mesmo é ver o durão Ray Liotta, que sempre se notabilizou por personagens fortes, como mafiosos e criminosos em geral, bancando o paizão amoroso. E não é que ele está muito bem! Pois é, até os durões precisam de vez em quando mostrar toda sua sensibilidade.

Pablo Aluísio.

O Incrível Homem Que Encolheu

Título no Brasil: O Incrível Homem Que Encolheu
Título Original: The Shrinking Man
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jack Arnold
Roteiro: Richard Matheson
Elenco: Grant Williams, Randy Stuart, April Kent

Sinopse: 
O filme mostra a incrível estória de Scott Carey que em férias acaba sendo contaminado por uma nuvem radioativa. Inicialmente nada parece mudar em sua vida e em sua saúde até que passado algum tempo ele começa a sofrer com uma incrível diminuição em seu tamanho, o tornando finalmente numa criatura menor do que um alfinete! Agora terá que sobreviver em sua própria casa, enfrentando insetos e animais domésticos que devido à sua pequenez se tornam monstros terríveis!

Comentários:
Filmaço de ficção científica que vai muito além de seus criativos e bastante eficientes efeitos visuais. A estória é simples, mas seu conteúdo difere do tradicional ao realizar uma viagem "literal" de um homem em constante luta em sua determinação de provar sua existência, por mais que tudo esteja contra ele. Desde o inicial constrangimento (a perda do amor de sua esposa) passando pela ferrenha luta pela vida (sua morte pode vir de uma simples aranha de casa), até quando sua vontade de viver irá prevalecer? Amarrado com ótimas cenas de tensão, o filme termina de forma ousada, em momento de existencialismo filosófico, coisa pouco comum, principalmente para a época. E para os interessados no enredo o livro saiu há pouco no Brasil, numa coletânea de histórias do Richard Matheson, Indicadíssimo! (Ricardo Martins).

Pablo Aluísio.