domingo, 16 de outubro de 2011
10 Curiosidades sobre Francis Ford Coppola
1. No total foi indicado mais de 80 vezes em prêmios diversos do cinema ao redor do mundo
2. Venceu o Oscar de Melhor Direção por "O Poderoso Chefão II" e o Prêmio Irving G. Thalberg dado pela Academia pelo conjunto da obra em 2011.
3. Foi mais premiado como roteirista pelo Oscar do que como diretor. Ao todo venceu dois prêmios na categoria Roteiro - com "O Poderoso Chefão" e "Patton"
4. Produziu 73 filmes ao longo da carreira, dirigiu 34 e escreveu 27 roteiros
5. Embora poucos saibam ele também foi ator, aparecendo nos filmes "Desafiando a Morte" e "Obsessão de Matar"
6. Sua produtora, a Zoetrope, foi por três vezes à falência em 20 anos. Cansado dos problemas financeiros Coppola resolveu fechá-la definitivamente nos anos 90 mas manteve a marca em alguns de seus filmes seguintes.
7. Ao invés de investir em estúdios de cinema passou a usar seu dinheiro numa bem sucedida vinícola na Califórnia, a Francis Ford Coppola Winery localizada em Napa Valley.
8. É pai da diretora e atriz Sofia Coppola e tio de Nicolas Cage.
9. Seu último filme foi "Virgínia" em 2011.
10. Começou a carreira realizando pequenas obras de terror como "Sombras do Terror" e "Dementia 13".
Pablo Aluísio.
Hulk Vs Wolverine
Título Original: Hulk Vs Wolverine
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Sam Liu, Frank Paur
Roteiro: Larry Lieber
Elenco: Fred Tatasciore, Matthew Wolf, Graham McTavish, Kari Wahlgren. Bryce Johnson, Janyse Jaud
Sinopse:
O governo decide contratar o X-Men Wolverine para localizar e destruir o Hulk que, solto pelas montanhas, está causando destruição por onde passa. Ao mesmo tempo uma organização criminosa tenta colocar as mãos em Wolverine, usando de mercenários, como o irritante Deadpool.
Comentários:
Já que estamos falando de X-Men, vale a citação dessa animação dos estúdios Marvel reunindo dois pesos pesados dos quadrinhos. Não há muito enredo para contar, na verdade esse tipo de crossover quase nunca tem muita coisa de qualidade. É mais para saciar a curiosidade dos fãs de quadrinhos. Algo no gênero: quem venceria uma luta entre Hulk e Wolverine, dois cascas grossas do universo Marvel? Bom, se é esse tipo de coisa que você procura pode ir sabendo de antemão que o roteiro da animação fica em cima do muro, não se decidindo nem por um e nem pelo outro. Saída pela esquerda, como diria o Leão da Montanha. No fritar dos ovos sobram diversas cenas de violência, tão violentas que a Marvel achou por bem colocar a classificação indicativa para maiores de 13 anos de idade. Pois é, quando o Hulk decide esmagar é uma coisa complicada. Sangue e ossos quebrados voam para todos os lados.
Pablo Aluísio.
sábado, 15 de outubro de 2011
Pink Floyd - Wish You Were Here
Com Wish You Were Here o grupo deu continuidade aos trabalhos. O álbum só possui 5 faixas, o que era o número médio de músicas utilizadas em EPs (compactos duplos) na época. Além dessa singularidade as canções eram de longa duração, o que para o convencionalismo reinante naqueles anos era sinal de morte nas paradas, pois nenhuma rádio iria tocar canções tão longas como aquelas em sua programação. Para bandas comerciais todas essas regras eram seguidas à risca, mas não para o Pink Floyd, que já trazia há tempos em seus discos faixas nesse estilo. Afinal ser Progressivo era prezar pela virtuose, pela minuciosa elaboração de arranjos, numa simbiose bem próxima ao gênero erudito e clássico. O grande destaque do disco é a canção Shine On You Crazy Diamond, que abre e fecha o álbum. Dividido em partes, tal como acontece nas músicas e peças eruditas, a música virou símbolo da melhor fase do grupo. A canção havia sido composta em homenagem a Syd Barrett, naquela altura completamente entregue à doença mental que o levou a sair da banda. Reza a lenda que Syd chegou a aparecer nos estúdios durante a gravação de um dos álbuns do Pink Floyd, completamente careca e fora de si. O fato chocou tanto os membros do grupo que eles resolveram homenagear seu antigo líder com essa faixa.
Já a canção título do álbum não foi, como alguns pensam, também composta para Syd. O próprio Roger Waters esclareceu que Wish You Were Here foi na realidade composta em homenagem a seu pai, morto em combate. Embora esse fato tenha dado origem a um dos mais fracos trabalhos do grupo, com The Final Cut, aqui tudo soa maravilhosamente bem e coeso. Sem dúvida a canção é um dos clássicos absolutos da banda britânica. O álbum fecha seu ciclo com duas outras ótimas canções, Welcome To The Machine (uma crítica à indústria musical e à sociedade industrial como um todo) e Have a Cigar (outra canção com temática crítica em relação ao chamado Show Business). Embora tenha sido rotulado como um álbum conceitual baseado em perda e saudade, Wish é muito mais do que isso. É um trabalho complexo, extremamente rico do ponto de vista musical e que deve ser conhecido por quem gosta de boa música. Um sucessor digno da grandiosidade de The Dark Side of The Moon.
Wish You Were Here (1975)
1. Shine On You Crazy Diamond (Parts I–V)
2. Welcome to the Machine
3. Have a Cigar
4. Wish You Were Here
5. Shine On You Crazy Diamond (Parts VI–IX)
Pablo Aluísio.
Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon
Esse álbum é a obra prima do Pink Floyd. Até hoje impressiona pela criatividade, inovação e som atemporal. Fruto de um trabalho verdadeiramente coletivo, onde todos os membros da banda colaboraram de igual para igual, o Dark Side representa finalmente o caminho que o Floyd vinha procurando desde a saída de seu fundador e mentor Syb Barrett. Enlouquecido pelo abuso de drogas o primeiro líder do Pink Floyd saiu muito cedo de cena deixando os demais membros perdidos, sem saber qual rumo tomar. Nos primeiros anos sem Barrett o Floyd tentou trilhar vários caminhos, gravou trilhas sonoras, flertou com a música puramente instrumental e tentou unir música erudita com Rock. Todas essas experimentações levaram o grupo a ter um som único, inigualável, diferente de tudo o que havia na época. Experimentalismo como dogma musical.
Foi quando o Rock Progressivo cruzou o caminho dos rapazes do Floyd que eles finalmente entenderam por onde deveriam seguir. E foi justamente lá, no ladro escuro da Lua, que eles finalmente se encontraram musicalmente. O disco nasceu do trabalho árduo de todos os músicos. Antes de Roger Waters enlouquecer com acessos de egomania, a banda conseguiu trabalhar como nunca antes (ou depois). Durante seis meses eles tentaram tudo, experimentaram de tudo, até chegarem a um material que consideravam o ideal para a composição de seu novo disco. O resultado dessa ajuda mútua e solidariedade é um dos discos mais importantes da história do rock. Se há algum trabalho que mereça o adjetivo de “perfeito” esse é certamente “Dark Side of The Moon” do Pink Floyd.
Depois de vários meses de ensaio e gravação o disco finalmente chegou nas lojas em março de 1973. Sua sonoridade ímpar caiu como uma bomba nuclear no mercado fonográfico. Os críticos levaram meses para entender a proposta do disco (alguns não entenderam até hoje) e o Dark finalmente ganhou status de grande arte. Não é para menos, temos aqui um álbum para ser digerido aos poucos, em camadas, sem pressa nenhuma. É como degustar aquele vinho raro de sua adega. Não cabem interpretações superficiais e rasteiras em um trabalho dessa envergadura. Até hoje o disco levanta debates acalorados. Até questões básicas, como por exemplo, qual seria seu tema principal, levanta debates sem fim. Afinal qual é o conceito por trás de “The Dark Side Of The Moon”? É um disco sobre o enlouquecimento de Syd Barrett? É uma sonorização do filme “O Mágico de Oz”? É uma apologia ao uso de drogas lisérgicas? É uma busca de autoconhecimento através da música? Do que diabos o álbum trata? Bom, não responderei a essas perguntas pois cabe a cada ouvinte formular sua própria tese baseado na experiência de ouvir o disco. Tirando as questões metafísicas e filosóficas de lado e focando apenas na questão puramente comercial (Money?), é importante dizer que esse é um dos trabalhos musicais mais bem sucedidos da história com mais de 50 milhões de cópias vendidas após todos esses anos. Sinceramente falando? Esqueça tudo isso e o coloque para tocar – “The Dark Side Of The Moon” é aquele tipo de obra que deve ser mais sentida do que explicada. O sentimento supera a razão nesse caso. Palavras são tão insuficientes. Ouça e embarque em sua própria jornada pessoal. Boa viagem!
Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon (1973)
Speak to Me
Breathe
On the Run
Time
The Great Gig in the Sky
Money
Us and Them
Any Colour You Like
Brain Damage
Eclipse
Pablo Aluísio.
Pink Floyd - The Piper at the Gates of Dawn
Na maioria das músicas foi extremamente feliz, embora o excesso de psicodelismo e experimentalismo tenha prejudicado algumas das faixas, como por exemplo "Pow R. Toc H.", maluca demais até mesmo para um sujeito com um parafuso a menos como Barrett. Entre os destaques do disco temos "Astronomy Domine" que iria definir para sempre o som do grupo britânico, trazendo influência a todos os seus álbuns posteriores, com destaque para a obra prima Dark Side Of The Moon; "Interstellar Overdrive" que mostraria o virtuosismo instrumental dos membros da banda, "Chapter 24", uma das faixas mais acessíveis aos ouvintes e a ultra psicodélica "Bike", lembrando muito faixas do disco Sgt Peppers dos Beatles como "Being For The Benefit Of Mr Kite". Infelizmente a fase Syd Barrett iria durar pouco. O líder do Pink Floyd logo iria perder o sentido de realidade, sendo afastado do grupo meses depois. Sem a mente pensante de Barrett os membros restantes do Floyd iriam passar por uma fase de transição, sem saber direito que rumo tomar. Com Roger Waters e David Gilmour à frente do grupo, o Pink Floyd só iria reencontrar seu rumo definitivo anos depois, em plenos anos 70, onde se consagraria com alguns dos discos mais essenciais da história da música, gerando o nascimento do Rock Progressivo. Mas essa é uma outra história, que começou bem antes, aqui nesse álbum, fruto dos delírios geniais de Syd Barrett.
Pink Floyd - The Piper at the Gates of Dawn
Astronomy Domine
Lucifer Sam
Matilda Mother
Flaming
Pow R. Toc H.
Take Up Thy Stethoscope and Walk
Interstellar Overdrive
The Gnome
Chapter 24
Scarecrow
Bike
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Norah Jones - Come Away With Me
Muito se teorizou para se procurar a razão de tanto sucesso e impacto. Talvez a resposta seja tão simples que não precise de tese alguma. Norah Jones fez sucesso com Come Away With Me simplesmente porque gravou excelentes canções, embaladas por arranjos de maravilhoso bom gosto, tudo aliado a uma sonoridade ímpar e cativante, que bateu fundo aos ouvintes que àquela altura já estavam fartos de tantos grupos sem consistência, divas fabricadas pelas gravadoras e cantores descartáveis. Norah trouxe qualidade musical em uma época em que isso estava simplesmente em extinção. O resultado dessa equação não poderia ter sido diferente e seu grande sucesso comprovou apenas que as pessoas queriam simplesmente ouvir boa música novamente. Norah também rompeu com velhas fórmulas. No ano em que surgiu a moda era venerar as grandes divas, com explosões de ego, estrelismo e excessos de todos os tipos. As cantoras que estavam em evidência na mídia ou eram estrelas deslumbradas com seu próprio sucesso (como Mariah Carey, que recentemente mostrou toda a sua falta de talento desafinando no funeral de Michael Jackson) ou ídolos teen que, para sobreviverem no meio musical, tiveram que adotar uma postura de vulgaridade explicita (como Britney Spears e similares). Norah, com sua timidez quase patológica rompeu com tudo isso.
Sua carreira evoluiu bastante após o lançamento de Come Away With Me. Norah lançou mais dois CDs, o segundo denominado Feels Like Home flertou apaixonadamente com a Country Music e seu último trabalho, Not Too Late, trouxe o lado compositora da cantora, com faixas compostas pela própria ao lado do produtor Lee Alexander. Mas sem a menor sombra de dúvida foi com Come Away With Me e sua parceria vitoriosa com o chamado Jazz contemporâneo que Norah alcançou suas melhores notas. Uma obra irretocável certamente.
Norah Jones - Come Away With Me
01. "Don't Know Why" (Harris)
02. "Seven Years" (Alexander)
03. "Cold, Cold Heart" (Williams)
04. "Feelin' the Same Way" (Alexander)
05. "Come Away with Me" (Jones)
06. "Shoot the Moon" (Harris)
07. "Turn Me On" (Loudermilk)
08. "Lonestar" (Alexander)
09. "I've Got to See You Again" (Harris)
10. "Painter Song" (Alexander, Hopkins)
11. "One Flight Down" (Harris)
12. "Nightingale" (Jones)
13. "The Long Day Is Over" (Harris, Jones)
14. "The Nearness of You" (Carmichael, Washington)
Pablo Aluísio.
Norah Jones - Feels Like Home
A produção é da própria Norah Jones que aqui divide a responsabilidade com Arif Mardin, veterano arranjador e maestro da era de ouro do Jazz americano. A parceria já havia dado muito certo em "Come Away with Me" então não havia razão mesmo para mudar. Já deu para perceber que "Feels Like Home" é de certa forma uma extensão de "Come Away With Me". No conjunto não consegue porém ser melhor que seu antecessor. A seleção musical é inferior. Mesmo assim a gravadora de Norah Jones resolveu investir alto. Para capitalizar em cima de seu nome foram lançados quatro singles do CD! Nos tempos atuais isso é bem incomum. As canções que saíram em single foram "Sunrise", "What Am I to You?" (uma das melhores composições de "Feels Like Home"), "Those Sweet Words" e "Sleepless Nights" (single lançado exclusivamente no mercado do Japão pois a canção virou um tremendo hit por lá). No mais após ouvir todas as faixas tiramos algumas conclusões. A primeira é que Norah Jones ainda canta lindamente, provando mais uma vez que há sim espaço para a boa música atualmente nas paradas. Segundo que country ou não, menos inspirado ou não, o fato é que o álbum foi um grande sucesso de público e crítica. Vendeu mais de 10 milhões de cópias e chegou ao primeiro lugar em praticamente todos os países ocidentais. Não foi tão bem premiado como "Come Away With me" porque afinal aquele levou todos os Grammys importantes de seu ano. Como eu já afirmei "Feels Like Home" é item obrigatório para quem gostou do primeiro CD da cantora. Não é tão brilhante mas mantém um nível de qualidade bem acima do que se produz atualmente. No fundo o que vale a pena mesmo é ouvir a voz de Norah Jones e aqui não há como negar que ela está em momento inspirado. Talento musical certamente não lhe falta.
Norah Jones - Feels Like Home (2004)
Sunrise
What Am I to You?
Those Sweet Words
Carnival Town
In the Morning
Be Here to Love Me
Creepin' In
Toes
Humble Me
Above Ground
The Long Way Home
The Prettiest Thing
Pablo Aluísio.
Norah Jones – Little Broken Hearts
A maioria das letras é depressiva e melancólica. Não a bela melancolia do primeiro álbum de Norah Jones, “Come Away With Me” mas sim uma melancolia chata, tediosa que não chega a lugar nenhum. Tudo tenta parecer moderninho demais na minha visão. Curiosamente de modo em geral o álbum recebeu críticas positivas lá fora. Além disso teve bom resultado comercial. Atribuo isso ao fato das pessoas terem esperado bastante pelo CD novo da Norah. Além disso essa sonoridade digamos. mais experimental. sempre ganha a simpatia daqueles que escrevem sobre música, principalmente nos EUA. De minha parte não gostei de praticamente nada – nem da capa que homenageia o filme. Mudhoney. Prefiro as capas mais bonitas, elegantes e bem trabalhadas dos CDs anteriores de Norah. Aqui foi caso de antipatia imediata só de olhar para aquele visual retrô trash. Enfim, o disco pode ser considerado até mesmo o mais ousado e experimental da cantora até agora mas a despeito disso não me fisgou em nada. Prefiro a Norah Jones mais tradicional, tocando piano e cantando suavemente seu lindo repertório jazzístico dos trabalhos anteriores. Esse som techno cult não me atraiu em absolutamente nada mesmo. Espero que ela volte ao velho estilo em seu próximo trabalho. Dias melhores virão!
Norah Jones – Little Broken Hearts (2012)
01. Good Morning
02. Say Goodbye
03. Little Broken Hearts
04. She’s 22
05. Take It Back
06. After The Fall
07. 4 Broken Hearts
08. Travelin’ On
09. Out On The Road
10. Happy Pills
11. Miriam
12. All A Dream
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Paul McCartney - Wings 1976
Depois do fim dos Beatles, Paul montou um novo conjunto chamado Wings. Embora tenha colecionado sucessos nessa fase, Linda revelou que Paul afundou nas bebidas e nas drogas. E isso piorava muito quando John publicamente criticava algum de seus álbuns. Esse tipo de atitude revelava um certo sentimento de inferioridade de Paul em relação a John, embora fosse fato de que ele era tão ou mais talentoso que seu colega de grupo. De qualquer forma o próprio John Lennon acabou se tornando o maior algoz de seus trabalhos solos. Mal Paul lançava um disco novo e lá estava John na imprensa o criticando. Ora dizia que os discos de Paul eram literalmente uma porcaria, ora dizendo que ele havia se tornado um velho baladeiro, sem qualquer ligação com o rock que o havia tornado famoso.
Recebendo esses ataques em sua fazenda na Escócia, Paul bebia cada vez mais. Pior do que isso, ele passou a usar algumas drogas bem pesadas ao invés da habitual maconha. Linda percebeu esse estado de coisas e resolveu dar uma dura no marido, dizendo que ele deveria mandar John Lennon se danar pela imprensa também. Muito provavelmente Paul se ressentia pelo fim da amizade com John. Afinal eles eram amigos desde a adolescência e Paul de certa forma não conseguia se imaginar sem John Lennon ao lado.
Para a tristeza de Paul eles realmente nunca mais se tornaram próximos. Paul ainda visitou John em seu apartamento de Nova Iorque em 1974, mas nada mais seria como antes. O próprio John confessou em entrevista que havia deixado subentendido que não queria mais ver tanto Paul como na época dos Beatles. Ele afirmou: "Depois do fim dos Beatles Paul começou a querer frequentar minha casa. Uma noite eu lhe disse: Da próxima vez que você aparecer, por favor avise antes. Não estamos mais em 1956 e eu não sou mais um amigo da escola. Abrir a porta agora já não é mais a mesma coisa. Com o passar do tempo você deixa os velhos amigos da escola para trás. Se aos 40 anos você ainda sentir a necessidade de ter um bando de caras ao redor, como nos tempos da escola, então isso significa que você ainda não saiu dos 16 anos em termos de mentalidade". Depois desse verdadeiro sermão de John, Paul entendeu que era melhor se afastar. Nunca mais voltaram a se ver pessoalmente. Foi o último encontro da velha dupla Lennon e McCartney.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
The Beatles - O Verão do Amor
O Rock deixou seu lado mais juvenil de lado e investiu pesado no psicodelismo. O álbum primordial nessa transformação foi justamente o antológico LP dos Beatles, Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band. Esse disco certamente mudou o mundo da música para sempre, pois da noite para o dia o Rock, antes um gênero visto com reservas pela crítica musical, passou a servir de referência e paradigma do bom gosto e qualidade sonora. Porém a revolução não parou no quarteto britânico. Outros grupos essenciais ao psicodelismo surgiram com seus primeiros álbuns comerciais nas lojas: Pink Floyd e The Doors. O Pink Floyd, liderado pelo enigmático (e alucinado) líder Syd Barrett, chegava aos ouvidos do grande público com um disco diferente de tudo o que havia no mercado: The Piper At The Gates of Dawn. Embora o grupo se tornasse nos anos que viriam o maior símbolo do Rock Progressivo, em 1967 ele ainda era na essência um grupo psicodélico por excelência. Outro grupo também rompeu barreiras sonoras: Os Doors. Investindo fundo em poesia, o grupo de Jim Morrison trazia em suas letras temas que jamais antes havia sido explorado pelo mundo do Rock.
Para muitos críticos 1967 significou antes do que qualquer coisa uma verdadeira virada artistica do mundo da música. A lista de grandes astros que surgiu nesse ano fala por si: Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Velvet Underground, David Bowie, Jimi Hendrix, Bee Gees, Creedence Clearwater Revival e Genesis. Em poucos períodos da história tivemos a oportunidade de ver tanta gente talentosa surgindo ao mesmo tempo. Realmente 67 foi um ano que jamais será esquecido do ponto de vista cultural.
Pablo Aluísio.