terça-feira, 23 de maio de 2006

Rifles Apaches

A colonização rumo ao oeste dos Estados Unidos foi violenta e repleta de situações de guerra envolvendo os soldados da cavalaria do exército (conhecidos como casacas azuis) e os nativos, tribos e nações indígenas que lutavam por suas terras. Alguns tratados de paz foram celebrados, mas também rompidos, tanto por um lado como pelo outro. A história desse faroeste se passa justamente nesse período histórico marcante dos Estados Unidos, quando brancos e índios entraram em confronto direto, resultando muitas mortes no meio do deserto escaldante do velho oeste.

A história desse filme se passa em 1879, no território do Arizona. Um grupo de guerreiros apaches rompem o tratado de paz, deixam sua reserva e partem em luta contra os soldados do exército. O Capitão Jeff Stanton (Audie Murphy) é designado pelo alto comando para liderar uma unidade da cavalaria para localizar, combater e capturar os Apaches rebeldes. E no meio de todo esse clima de confronto ainda surgem mineradores mal intencionados que desejam roubar os metais preciosos nessas mesmas terras de conflito. Bom filme de western, contando com Audie Murphy, veterano da II Guerra Mundial, que se tornou ator bem popular de filmes de faroeste da época, inclusive no Brasil.

Rifles Apaches (Apache Rifles, Estados Unidos, 1964) Direção: William Witney / Roteiro: Charles Smith, Kenneth Gamet / Elenco: Audie Murphy, Michael Dante, Linda Lawson / Sinopse: Capitão da cavalaria do exército dos Estados Unidos recebe ordens para combater e aprisionar um grupo de violentos guerreiros Apaches que deixaram a reserva onde viviam para partir em uma campanha de vingança contra os homens brancos que invadiram suas terras ancestrais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Ao Rufar dos Tambores

Um filme do mestre John Ford menos conhecido. Porém não menos importante. Na história um casal de jovens pioneiros se casa. Mal a cerimônia de casamento termina e eles já sobem em uma carroça em direção ao oeste. O marido, Gilbert Martin (Henry Fonda), comprou um rancho na fronteira. A esposa, Lana Magdelana (Claudette Colbert) é uma moça da cidade e fica assustada com a rudeza do lugar. Fica mais apavorada ainda quando encontra um velho índio, amigo de Gilbert, dentro de sua casa. Apesar desses sustos iniciais as coisas seguem até bem nos primeiros dias.

Só que estoura a guerra de independência das 13 colônias americanas. Os ingleses se aliam com tribos de índios que atacam e queimam as fazendas dos colonos, inclusive a casa onde vive o casal que protagoniza a história. Eles fogem, conseguem sobreviver e se instalam em um forte de madeira mantido e defendido pelos próprios habitantes da região. A guerra é feroz, muitos homens morrem no campo de batalha e Lana logo percebe como é dura a vida de uma mulher naquelas terras sem lei, forjadas na violência.

"Ao Rufar dos Tambores" é um filme muito bom, explorando a vida dos pioneiros do oeste em um momento muito delicado da história dos Estados Unidos. Há cenas emblemáticas, como a da apresentação da primeiras bandeira da nova nação para as pessoas que viviam na fronteira selvagem. Como é de praxe em filmes de John Ford ele também acrescentou alguns breves momentos de humor para não deixar o filme tão pesado. Henry Fonda, como sempre ótimo, mas quem acaba roubando a cena é a atriz que interpreta sua esposa, Claudette Colbert. Enfim, um filme que resgata a vida de pessoas comuns, no limiar do nascimento daquela jovem nação.

Ao Rufar dos Tambores (Drums Along the Mohawk, Estados Unidos, 1939) Direção: John Ford / Roteiro: Lamar Trotti, Sonya Levien / Elenco: Claudette Colbert, Henry Fonda, Edna May Oliver, Eddie Collins / Sinopse: Um casal de pioneiros tenta vencer na vida, em um rancho da fronteira, durante a guerra de independência dos Estados Unidos. No novo lar acabam sendo atacados por índios e ingleses, que lutam contra a separação do colônia do império britânico. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Edna May Oliver).

Pablo Aluísio.

O Vingador Silencioso

Título no Brasil: O Vingador Silencioso
Título Original: Il Grande Silenzio
Ano de Produção: 1968
País: Itália, França
Estúdio: Adelphia Cinematografica, Les Films
Direção: Sergio Corbucci
Roteiro: Sergio Corbucci, Vittoriano Petrilli
Elenco: Jean-Louis Trintignant, Klaus Kinski, Luigi Pistilli, Frank Wolff, Mario Brega, Carlo D'Angelo

Sinopse:
Um atirador mudo defende uma jovem viúva e um grupo de moradores de uma gangue de assassinos de recompensas no inverno de 1898. Há diversos pistoleiros profissionais entre os bandoleiros, o que resulta numa luta tensa e sombria entre os inimigos.

Comentários:

Produção franco-italiana dirigida pelo "mestre do western spaghetti", o hoje cultuado Sergio Corbucci. Esse cineasta, ao lado de Sergio Leone, é considerado um dos mestres do cinema italiano de faroeste da década de 1960. O curioso é que durante anos seus filmes foram impiedosamente malhados pelos críticos, mas depois sua filmografia foi ganhando um status cult, principalmente nos cursos de cinema ao redor do mundo. A estética de Corbucci hoje em dia é estudada nos mais renomados centros universitários, seus filmes são exibidos em cineclubes e assim sua obra foi devidamente reconhecida, embora tardiamente. Infelizmente o diretor, falecido em 1990, não teve a oportunidade de ver suas filmes sendo resgatados pela academia. De qualquer maneira a sua obra está aí, para quem deseja conhecer. Esse "O Vingador Silencioso" é um desses filmes que na época de lançamento passou em brancas nuvens, mas que hoje em dia é extremamente elogiada.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de maio de 2006

Adeus, Texas

Título no Brasil: Adeus, Texas
Título Original: Texas, addio
Ano de Produção: 1966
País: Itália, Espanha
Estúdio: B.R.C. Produzione S.r.l., Estela Films
Direção: Ferdinando Baldi
Roteiro: Ferdinando Baldi, Franco Rossetti
Elenco: Franco Nero, Alberto Dell'Acqua, Elisa Montés

Sinopse:
Após longos anos trabalhando como xerife, Burt Sullivan (Franco Nero) resolve deixar seu cargo para resolver um velho problema de seu passado. Acontece que ele finalmente descobre que Cisco Delgado (José Suárez) foi o responsável pela morte de seu pai, muitos anos atrás. Como homem da lei ele não poderia levar adiante seu plano de vingança, por isso resolve deixar a estrela de prata de lado para rumar em direção ao Texas com o firme objetivo de acertar contas com Cisco. Para isso conta com a ajuda de seu irmão Jim Sullivan (Alberto Dell'Acqua) pois ambos possuem interesse em fazer justiça com as próprias mãos. Uma vez na pequena cidade descobrem que Cisco se tornou um homem rico, poderoso e influente na região, o que dificultará ainda mais seu anseio de vingança.

Comentários:
No grande ano da carreira de Franco Nero ele ainda estrelou mais esse western Spaghetti, "Texas, addio". Uma das primeiras coisas que chamam atenção aqui é o fato do enredo ser muito parecido com o de seu filme anterior, "Tempo de Massacre". Isso se explica facilmente. Acontece que na década de 1960 o cinema italiano produzia filmes em ritmo industrial. Ao contrário do que acontece hoje em dia o número de salas de cinema no mundo só aumentava e com muita demanda era de se esperar que muitos filmes fossem produzidos rapidamente. Franco Nero assim pulava de um set de filmagens para outro, tudo para aproveitar sua popularidade após "Django". Nesse ritmo frenético nem sempre havia tempo hábil para se escrever roteiros muito originais, assim não era raro se aproveitar de uma estória que havia dado certo antes para se contar novamente algo bem parecido. Usando da velha tática de escrever roteiros "diferentes, mas iguais" os escritores do cinema italiano tinham que reciclar muitas vezes a mesma estória em filmes diferentes. Temas como vingança envolvendo a morte de familiares, xerifes que se tornavam criminosos e homens poderosos e ricos como vilões eram recorrentes por essa época. O mesmo acontece nessa produção. A boa notícia é que o filme realmente diverte, ainda hoje, e traz todos os elementos que fizeram a diversão dos fãs do estilo Spaghetti. Olhando sob esse prisma "Adeus, Texas" ainda pode ser considerado uma boa pedida.

Pablo Aluísio.

Deus Perdoa... Eu Não!

Título no Brasil: Deus Perdoa... Eu Não!
Título Original: Dio perdona... Io no!
Ano de Produção: 1967
País: Itália, Espanha
Estúdio: Cronocinematografica Productores Films
Direção: Giuseppe Colizzi
Roteiro: Giuseppe Colizzi
Elenco: Terence Hill, Bud Spencer, Frank Wolff, Bruno Ariè, Francisco Sanz, Antonio Decembrino

Sinopse:
Um trem chega na estação com todos os passageiros mortos. Havia um carregamento de ouro no valor de 200 mil dólares que simplesmente sumiu. Tudo leva a crer que foi um roubo bem planejado e executado com requintes de crueldade, mas quem teria sido o autor de tal crime? E o mais importante de tudo, onde foi parar aquela pequena fortuna? É justamente para responder essas perguntas que Cat Stevens (Terence Hill) e Hutch Bessy (Bud Spencer) se unem para procurar pelo ouro. Ambos acreditam que o roubo foi cometido pela quadrilha liderada pelo bandoleiro Bill San Antonio (Frank Wolff). O problema é que Bill é dado como morto desde que enfrentou Stevens no passado! Mas será mesmo que ele morreu?

Comentários:
Esse é um Western Spaghetti dos mais interessantes, não apenas por reunir a boa dupla Terence Hill e Bud Spencer mas também por apresentar um roteiro até bem feito, com idas e vindas no tempo, para encaixar todas as peças sobre o desaparecimento (ou teria sido morte?) do bandoleiro e assassino Bill San Antonio! Esse é um personagem bem curioso pois tem jeito de afeminado, meio louco e com ares de megalomania. Imaginem um pistoleiro como esse em pleno anos 60! Como sempre acontecia em Spaghettis dessa época temos todo aquele desfile de sujeitos barbudos, suados e mal encarados. O personagem de Terence Hill é um jogador inveterado que está sempre envolvido em jogos e tiroteios, não necessariamente nessa ordem. Como sempre seu carisma se mostra à prova de falhas. O filme tem sua dose de brigas caricatas - com todos aqueles sopapos bem característicos dos filmes italianos - mas a despeito disso consegue manter um tom bem mais sério do que o habitual. No final a única dúvida que fica sem resposta é como o Bud Spencer conseguia aguentar aquele pesado casaco de peles em pleno deserto? Haja preparo físico para isso!

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de maio de 2006

Sob o Sol do Arizona

Título no Brasil: Sob o Sol do Arizona
Título Original: Neath the Arizona Skies
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Harry L. Fraser
Roteiro: Burl R. Tuttle
Elenco: John Wayne, Sheila Terry, Shirley Jean Rickert

Sinopse:
Chris Morrell (John Wayne) é um cowboy durão que de repente se vê na  incumbência de cuidar de uma garotinha mestiça que se encontra abandonada. Chris tem esperanças de encontrar seu pai, que dizem viver nas montanhas, mas enquanto isso não acontece tem que deixar a menina a salvo de malfeitores que descobrem que ela é na verdade a herdeira não reconhecida de uma rica mulher branca que morreu na região.

Comentários:
Uma produção rodada ainda na primeira fase da carreira do mito John Wayne. Apesar de bastante jovem o ator já mostrava seu grande carisma, numa caracterização que se tornaria típica em sua carreira nos anos que viriam, a do durão de bom coração. Aqui Wayne tem o desafio de contracenar com uma simpática - e muito talentosa - atriz mirim. Muitos anos depois Wayne citaria o filme como uma prova de que ele havia atuado ao lado de uma criança e mesmo assim ainda conseguia chamar a atenção do público para si. Em tempos de Shirley Temple era realmente uma façanha e tanto. Apesar de ser um bangue-bangue bem na média do que era produzido em massa pelos estúdios naquela época, o filme ainda consegue crescer bastante em seu terço final quando um clima de suspense e tensão se impõe na história. Em suma, uma bela pedida para conferir o grande Wayne no alvorecer de sua maravilhosa carreira.

Pablo Aluísio

Amanhecer na Fronteira

Título no Brasil: Amanhecer na Fronteira
Título Original: Dawn on the Great Divide
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: Monogram Pictures
Direção: Howard Bretherton
Roteiro: Adele Buffington, James Oliver Curwood
Elenco: Buck Jones, Mona Barrie, Raymond Hatton

Sinopse:
Buck Roberts (Buck Jones) lidera uma caravana pelo meio do deserto que leva suprimentos para os trabalhadores da construção de uma estrada de ferro da região. No meio do caminho Buck e seus homens são surpreendidos por um ataque Navajo mas algo parece estranho com aqueles nativos. Na realidade são foras-da-lei disfarçados de guerreiros para desestabilizar o avanço da nova estrada férrea que avança rumo ao oeste selvagem.

Comentários:
Último filme da carreira do ator Buck Jones (1891 - 1942). Ele foi um dos mais conhecidos astros de filmes de oeste B do cinema americano. O interessante é que antes de entrar no ramo da atuação Buck exerceu realmente a profissão de cowboy. Nascido em Indiana e criado nas reservas do Oklahoma ele já atravessava aqueles territórios a cavalo muito antes de pensar em entrar na sétima arte. Seus filmes viraram sinônimo de matinês lotadas em cinemas do interior por todo o país. Com seu jeitão rude e valente mas íntegro e honesto, Buck acabou caindo no gosto da garotada que não perdia um só de seus faroestes rápidos e movimentados. No total estrelou quase 170 filmes! Agora em 2014 os fãs de western nos Estados Unidos estão celebrando o centenário de seu primeiro filme, "Life on the 101 Ranch, Bliss Oklahoma" lançado em 1914. Já nesse "Dawn on the Great Divide", que marcou sua despedida das telas, os fãs do eterno cowboy terão uma amostra de seu estilo. Foi sem dúvida uma honrosa despedida para um dos atores mais queridos da mitologia do faroeste americano.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Cavalgada Infernal

Título no Brasil: Cavalgada Infernal
Título Original: Take a Hard Ride
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos, Itália, Espanha
Estúdio: Bernsen-Ludwig-Bercovici Production
Direção: Antonio Margheriti
Roteiro: Eric Bercovici, Jerrold L. Ludwig
Elenco: Jim Brown, Lee Van Cleef, Fred Williamson, Catherine Spaak, Barry Sullivan, Dana Andrews

Sinopse:
Depois de vender seu gado na cidade, o dono da fazenda Morgan morre inesperadamente, e seu capataz Pike tem que levar o dinheiro do pagamento de volta para os seus familiares, na região de onde veio. E essa será uma jornada de retorno perigosa pois ele passa a ser seguido por bandoleiros, pistoleiros e ladrões de todos os tipos.

Comentários:
Quando o western spaghetti começava a desaparecer dos cinemas, um grupo de produtores americanos se associou a produtores europeus, italianos e espanhóis, para a produção desse faroeste no melhor estilo spaghetti. O filme até que é bem interessante, diria bom, com destaque para as cenas de ação, todas bem elaboradas. O problema, ao meu ver, vem do fraco desempenho de Jim Brown que deveria ser o suposto astro principal do filme. Só que ele acabou sendo ofuscado por Lee Van Cleef, um veterano ator nesse tipo de produção. Aliás nem só de bandidos e violões viveu sua carreira. Na vida real ele se tornou de fato um ladrão, ladrão de filmes alheios. Costumava mesmo ofuscar todos os "mocinhos" de seus faroestes, se tornando um vilão tão interessante que acabava roubando todas as atenções para si.  De resto posso dizer que os fãs de faroeste nessa linha certamente não vão se decepcionar. Todos os elementos que fazem a festa desses cinéfilos estão presentes nessa produção. Pode assistir sem receios.

Pablo Aluísio.

Cinco Revólveres Mercenários

Título no Brasil: Cinco Revólveres Mercenários
Título Original: Five Guns West
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Palo Alto Productions
Direção: Roger Corman
Roteiro: R. Wright Campbell
Elenco: John Lund, Dorothy Malone, Mike Connors, R. Wright Campbell, Jonathan Haze, Paul Birch

Sinopse:
Durante a Guerra Civil, oficiais da Confederação perdoam sob certas condições cinco criminosos e os enviam para o território Comanche para recuperar o ouro confederado apreendido pela União. Eles também precisam capturar um traidor confederado.para cumprir o trato que foi feito. Caso contrário, voltarão para a prisão.

Comentários:
Quem poderia imaginar que Roger Corman, que iria se tornar o rei dos filmes B em Hollywood, iria estrear na indústria de cinema dos Estados Unidos justamente dirigindo um faroeste! E foi justamente isso que aconteceu. Esse foi seu primeiro filme, que aliás tem até uma boa produção para um western dos anos 50, com bonita fotografia realizada em locações no Vale da Morte na Califórnia. O tema novamente vinha de uma história passada na guerra civil americana. Os personagens principais são criminosos, pistoleiros e bandoleiros... ladrões em essência. Eles roubaram o ouro dos confederados e agora, para não encararem uma corda de enforcamento, precisam recuperar toda a fortuna. No caminho encontram um jovem e seu tio, o que lhes causam novos problemas. Filme movimentado, bem roteirizado, inclusive com bons diálogos. Não se parece em nada com o tipo de filme que Roger Corman iria se acostumar a dirigir e produzir ao longo de sua produtiva carreira.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Destino Violento

Título no Brasil: Destino Violento
Título Original: The Parson and the Outlaw
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Oliver Drake
Roteiro: Oliver Drake, John Mantley
Elenco: Anthony Dexter, Sonny Tufts, Marie Windsor, Charles 'Buddy' Rogers, Jean Parker, Robert Lowery

Sinopse:
Para fugir de se passado violento e de sua fama de pistoleiro, Billy the Kid (Anthony Dexter) resolve recomeçar sua vida numa pequena cidade distante do velho oeste. Lá encontra o mesmo clima de opressão em que sempre viveu. A cidade é dominada por um rico comerciante e veterano da guerra civil, o coronel Morgan (Robert Lowery) que mantém todos com mão de ferro. Seu principal opositor na cidade é o pregador Jericho Jones (Charles 'Buddy' Rogers), velho conhecido de Billy. Depois da morte covarde dele, finalmente Billy The Kid resolve combater os malfeitores da região mas antes precisa se livrar da perseguição do xerife Pat Garrett, (Bob Duncan) que está em seu encalço, o perseguindo desde o condado de Lincoln.

Comentários:
O famoso Billy The Kid (1859 - 1881) se revelou uma fonte inesgotável para o cinema americano. Centenas de filmes de faroeste foram feitos em torno de sua fama de rápido no gatilho. Infelizmente poucos retrataram o personagem com fidelidade histórica. Na imensa maioria das vezes tudo o que vemos são versões romanceadas de sua vida. Esse western B da Columbia não poderia ser diferente. Os roteiristas aqui resolveram dar um verdadeiro nó nos acontecimentos reais, criando toda um enredo de pura ficção, embora usando do nome de pessoas que realmente existiram como o próprio Billy e o xerife e ex-pistoleiro Pat Garrett. Como se trata de uma produção a ser lançada nas matinês não há maiores preocupações com qualidade de roteiro ou boas atuações. É um bangue-bangue de origem e isso significa que o espectador certamente terá muita ação e duelos mas nada muito além disso. Também vamos convir que filmes assim nunca tiveram a pretensão de se tornarem obras primas do cinema, pelo contrário, o importante era realmente divertir o público. O ator que interpreta Billy The Kid, Anthony Dexter, nunca chegou a se tornar um astro do gênero no cinema mas anos depois encontrou um bom veículo em séries de TV como "Rawhide", "Bat Masterson" e "Chaparral"

Pablo Aluísio.