terça-feira, 18 de outubro de 2005
Elvis Presley - 10 Anos de Saudades
Isso porém não significava que o disco em si era sem importância, pelo contrário. Lançamentos como esse serviam para apresentar as músicas de Elvis para uma nova geração de fãs que naqueles tempos distantes o conheciam basicamente pelas inúmeras reprises de seus filmes na Sessão da Tarde. O repertório, como era de se imaginar, investia apenas nos grande sucessos. Agora era curioso a inclusão de faixas como "Sweet Caroline", que nunca tinham se tornado grande sucesso no Brasil. Onde foram parar as mais conhecidas "Kiss Me Quick" e "Sylvia"? Ao invés disso a seleção inovava ao trazer entre os hits a doce "Can´t Help Falling in Love" de Feitiço Havaiano, que apesar de ser extremamente famosa nos Estados Unidos e Europa, não o era tanto assim no Brasil. E "I Got a Woman", o que estaria fazendo nessa lista? Outra que era praticamente desconhecida do povão. Enfim, valeu pelas intenções e pelo resultado. Não é um álbum para se ter hoje em dia em sua coleção a não ser como mera curiosidade histórica. Afinal eram os 10 anos sem Elvis.
Elvis - 10 Anos de Saudades (1987)
Blue Suede Shoes
Love Me Tender
Don´t Be Cruel
Can´t Help Falling in Love With You
I Got a Woman
Sweet Caroline
All Shook Up
Are You Lonesome Tonight?
Jailhouse Rock
Bridge Over Troubled Water
Tutti Frutti
It´s Now Or Never
Suspicious Minds
Heartbreak Hotel.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - Graceland's Table
São 175 receitas saborosas (e que farão um mal danado para sua saúde) que revelam um painel do cardápio do dia a dia de Elvis. Muito bacon, gordura, frituras e refrigerantes para você arrasar na sua taxa de colesterol! Como profissional de saúde posso dizer que todas as comidas, sem exceção, são bombas calóricas para levar você direto a um hospital. Você certamente vai adorar os sabores dos pratos, mas provavelmente não curtirá muito quando suas artérias ficarem entupidas! Na década de 50, 60 e 70 as pessoas não estavam preocupadas com taxas de colesterol, gordura, etc. Se comia basicamente para se fartar e quanto mais gostosa fosse a comida, melhor! Nada de verduras à vista ou Menu vegano. Elvis gostava mesmo de um cardápio feito para carnívoros esfomeados! Há muitas carnes, bifes enormes como os sulistas gostam, de preferência ainda escorrendo sangue ao serem servidas. Frutas? Quase nenhuma, apenas banana frita para ser servida dentro de um sanduíche enorme, cheio de creme de amendoim e gordura, que acabam escorrendo por todos os lados! Seus dedos ficarão completamente melados ao tentar abocanhar esse monstro calórico! Uma orgia de gula! Para se ter uma ideia Elvis no café da manhã se fartava com uma quantidade realmente insana de calorias - bem acima do que é necessário para um homem adulto passar o resto do dia sem precisar fazer novas refeições. Como sabemos porém isso era apenas o breakfast pois Elvis beliscava o dia inteiro e geralmente suas comidas favoritas fazem parte do que hoje em dia se chama "Junk Food", um degrau acima do já danoso "Fast Food".
Mas o livro não se resume nas comilanças desenfreadas do Rei do Rock. Há espaço também para outro tipo de informação. Assim o leitor é presentado com muitas fofoquinhas banais relembradas por aqueles que faziam parte do círculo íntimo de Elvis. Entre eles, Joe Esposito e a única mulher a fazer parte da Máfia de Memphis, Patty Perry. Outro depoimento inédito é o da enfermeira de Elvis, Marian Cocke, que mostra pela primeira vez qual era a refeição preferida de Elvis quando ele estava doente (Meu Deus - como você viveu até hoje sem essa informação?!). Em suma, um lançamento que mostra os dois lados de Elvis: o do Gourmet e o do Glutão. Por fim, se você estiver disposto a um programa de leitura duplamente bizarro eu ainda indico outro título, mais um a engrossar a longa lista de livros que tentam provar que Elvis ainda está vivo. Ele se chama "Elvis' DNA Proves He's Alive". É um livro alemão escrito pelo autor Bill Beeny, que tenta em 112 páginas provar de uma vez por todas que através de exames de DNA se pode provar com certeza que a pessoa que está enterrada em Graceland não é Elvis Aaron Presley. O díficil mesmo vai ser convencer a família Presley a promover uma investigação com o cadáver do suposto de cujus que jaz no Jardim da Meditação. Beeny só não explica como Elvis estaria vivo com todo aquele bacon gorduroso consumido diariamente! Então é isso, leia e se divirta, mas pelo amor de Deus não tente fazer da dieta de Elvis o seu Menu diário, as consequências para sua saúde podem ser bem trágicas! Palavra de escoteiro...
Erick Steve.
segunda-feira, 17 de outubro de 2005
Elvis Presley - Os Melhores Singles dos Anos 50
Sem esse single você provavelmente nunca teria ouvido falar em Elvis Presley. Recém contratado pela poderosa gravadora RCA Victor foi a prova de fogo para o jovem cantor. Caso ele não vendesse o esperado muito provavelmente jamais teria tido o apoio da multinacional e sumiria pelas sombras dos tempos. É muito curioso que esse single tenha feito sucesso. Era uma música sombria, triste, com tom pessimista ao extremo. É de se admirar que os jovens Teddy Boys com cabelos cheios de brilhantina e chiclete na boca tenham captado a essência da música principal. Uma canção depressiva que foi inspirada em um caso de suicídio real! Um dos mais improváveis rocks da história.
2. Don't Be Cruel / Hound Dog
Durante muitos anos foi o single mais vendido da história. Dois enormes sucessos que concretizaram definitivamente o som e a imagem desse roqueiro diferente, com cara de baby face e letras maliciosas e cortantes. Olhando para trás temos dois momentos interessantes. Esqueça o lado puramente comercial. "Don't Be Cruel" não se destaca por sua letra, até mesmo pueril e na média do que era ouvido nas rádios da época. O que chama a atenção é sua sensualidade camuflada, moralmente ofensiva para alguns - tempos moralistas aqueles! Do outro lado o rock incendiário "Hound Dog" que é pura negritude. Composta por brancos judeus para uma cantora negra, "Hound Dog" é uma mistura incrível que tinha tudo para dar errado, mas deu certo! Elvis mandando seu ex-homem pastar! (achou estranho a frase? Pois é isso mesmo, a letra foi composta para ser cantada por uma cantora black e não um cantor white...).
3. Good Rockin Tonight / If I Don't Care if the Sun Don't Shine
Elvis gravou poucas faixas no estúdio fundo de quintal da Sun Records. Esse aqui é o seu melhor trabalho. "Good Rockin Tonight" foi até mesmo mais importante do que "That´s All Right (Mama)" em sua carreira jovem, isso porque Elvis finalmente colocou um pé a mais dentro do novo gênero musical que nascia, o Rock ´n´Roll, uma mistureba incrível de sons feito e cantado por cretinos adolescentes sem muita cultura musical (segundo o próprio mobster Frank Sinatra e toda a sua falta de bom senso e sensibilidade para com colegas da profissão). De qualquer maneira é a primeira gravação do Rei do Rock que é genuinamente um Rock, pedigree puro! Para muitos foi inclusive o primeiro rock da história - Será mesmo? Joguem os dados...
4. All Shook Up / That's When Your Heartaches Begin
Tom Parker, o empresário de Elvis e seu mentor, era seguramente um cretino e um patife, mas sabia como poucos reconhecer um grande produto quando tinha em mãos. Quando recebeu o novo 45RPM do pupilo e o colocou para tocar em seu escritório de Nashville o velho trambiqueiro deu pulos de alegria e soltou uma frase memorável, dando baforadas em seu fedido charuto: "Eu vou ganhar um milhão de dólares com essa gravação". O pior de tudo é que ele ganhou mesmo, passando mais uma vez a perna em Elvis pois embolsou a grana toda, sem muito pudor. Segundo dados revelados anos depois em auditoria Elvis não ganhou um centavo com esse compacto, uma demonstração de como ele era no fundo um inocente no mundo dos negócios. Parker, o porco, agradecia...
5. One Night / I Got Stung
Já com um pé dentro da botina do exército americano a RCA Victor soltou no mercado o novo single de Elvis Presley, o mocinho patriótico. O divertido é que o som foi considerado pornográfico na época. Elvis, todo saliente, convidava sua garota para passar a noite com ele, provavelmente em algum motel de quinta categoria, à beira da estrada. Coisa de delinquente cafajeste e muito longe da imagem de bom mocinho que Tom Parker, o escroto-mor, queria lhe impor! Foi um dos últimos suspiros de sua fase "James Dean de guitarra" porque logo depois Elvis seria devidamente embrulhado para consumo da chatíssima família modelo branca da América. Nunca mais ele pediria por uma noite de pecado com sua queridinha, passando a cantar hinos militares e louvores à bandeirona Stars and Stripes, que pena!
Pablo Aluísio.
domingo, 16 de outubro de 2005
Elvis Presley - FTD One Night in Vegas / FTD Too Much Monkey Business
Já tive a oportunidade de escrever um longo e detalhado review desse CD e portanto não irei me alongar em demasia. O que mais posso escrever em relação ao "FTD One Night in Vegas"? Se trata realmente de um título maravilhoso do selo FTD, muito bem organizado e completamente focado em sua proposta histórica. O CD foi gravado ao vivo durante um concerto realizado por Elvis Presley em Las Vegas durante a temporada de agosto de 1970. Essa terceira rodada de shows de Elvis é até hoje considerada uma das melhores de toda a sua carreira. Não havia mais o nervosismo da temporada inicial e nem tampouco a tensão da temporada do começo do ano, quando todos disseram que era precipitado voltar a Vegas em uma época de baixa no fluxo de turistas. Temia-se até um fracasso comercial, que de fato não aconteceu.
FTD One Night in Vegas - 1: Opening Theme 2: That's All Right 3: Mystery Train/Tiger Man 4: Elvis talks 5: I Can't Stop Loving You 6: Love Me Tender 7: The Next Step Is Love 8: Words 9: I Just Can't Help Believing 10: Something 11: Sweet Caroline 12: You've Lost That Loving Feeling 13: You Don't Have To Say You / Love Me 14: Polk Salad Annie / Intro: band 15: I've Lost You 16: Bridge Over Troubled Water17: Patch It Up 18: Can't Help Falling In Love 19: Words 20: Cattle Call / (Yodel) 21: Twenty Days And Twenty Nights 22: You Don't Have To Say You Love Me 23: Brigde Over Troubled Water (incomplete).
FTD Too Much Monkey Business
Esse é o patinho feio da coleção FTD. Mereceu o título. Muito ruim a ideia de se mexer nas gravações originais de Elvis. Há limites que não se devem ultrapassar sobre isso. De qualquer maneira o repertório pelo menos é de bom nível. O que liga a grande maioria das músicas desse CD é o sabor nitidamente country de praticamente todas as faixas. A country music sempre foi muito subestimada pela crítica em relação à obra do cantor. Elvis, e poucos param para pensar seriamente sobre isso, foi um grande artista country. Presley realmente vestiu mesmo a camisa desse estilo musical durante toda a sua carreira. Ele de certa maneira nasceu dentro dessa sonoridade e jamais a abandonou. Provavelmente se ainda estivesse vivo estaria lançando álbuns desse gênero até hoje! "Too
FTD Too Much Monkey Business - 1: Burning Love 2: I'll Be There 3: Guitar Man 4: After Loving You 5: Too Much Monkey Business 6: Just Call Me Lonesome 7: Loving Arms 8: You Asked Me To 9: Clean Up Your Own Backyard 10: She Thinks I Still Care11: Faded Love 12: I'm Movin' On 13: I'll Hold You In My Heart14: In The Ghetto15: Long Black Limousine16: Only The Strong Survive17: Hey Jude18: Kentucky Rain19: If You Talk In Your Sleep 20: Blue Suede Shoes (Las Vegas, Aug '69).
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - FTD Long Lonely Highway / FTD Tucson '76
Em poucas palavras podemos classificar esse título do selo FTD como uma coletânea de takes alternativos dos anos 1960. Por essa época a gravadora ainda não tinha se decidido em ir mais a fundo na discografia de Elvis, ficando na superfície, ainda apenas planejando criar CDs da coleção FTD que fossem específicos a cada álbum lançado pelo Rei do Rock. Menos mal. De qualquer maneira sob o ponto de vista da atualidade se torna também ultrapassado. Mesmo assim ainda vale como um mero cartão de visitas para marinheiros de primeira viagem que queiram sondar do que efetivamente se trata.
FTD Long Lonely Highway - 1. It's Now or Never (take 1) 2. A Mess Of Blues (take 1) 3. It Feels So Right (take 2) 4. I'm Yours (take 2) 5. Anything That's Part of You (take 2) 6. Just For Old Time Sake (take 1) 7. You'll Be Gone (take 4) 8. I Feel That I've Known You Forever (take 3) 9. Just Tell Her Jim Said Hello (take 5) 10. She's Not You (take 1) 11. Devil In Disguise (takes 2, 3) 12. Never Ending (take 1) 13. Finders Keepers, Losers Weepers (take 1) 14. Long Lonely Highway (take 1) 15. Slowly But Surely (take 1) 16. By And By (take 4) 17. Fools Fall In Love (take 4) 18. Come What May (stereo master) 19. Guitar Man (take 10) 20. Singing Tree (unused master, take 13) 21. Too Much Monkey Business (take 9) 22. Stay Away (take 2).
FTD Tucson '76
Esse foi o primeiro CD da coleção FTD a trazer um show ao vivo de Elvis Presley na década de 1970. É a tal coisa, durante anos e anos, os fãs de Elvis só tinham acesso a um número restrito de gravações dos concertos do cantor. Basicamente havia apenas as faixas lançadas em seus álbuns oficiais como "On Stage", "Elvis in Concert", etc, etc. Depois, bem mais tarde, com o advento do CD que vinha para substituir o vinil, começaram a surgir os bootlegs, discos piratas, que rapidamente se alastraram entre os colecionadores. De repente surgiram shows realmente maravilhosos, que agora chegavam a um grande público, não ficando restritos a apenas alguns poucos sortudos.
FTD Tucson '76 - 1. See See Rider (Odessa, May 30 A.S.) 2. I Got A Woman/Amen 3. Love Me 4. If You Love Me 5. You Gave Me A Mountain 6. All Shook Up 7. Teddy Bear/Don't Be Cruel 8. And I Love You So 9. Jailhouse Roc 10. Help Me 11. Fever 12. Polk Salad Annie 13. Introduction of band (Early Morning Rain, What'd I Say, Love Letters (Odessa, May 30 E.S.) School Days 14. Hurt (plus reprise) 15. Burning Love 16. Help Me Make It Through The Night 17. Danny Boy (performed by Elvis) 18. Hound Dog 19. Funny How Time Slips Away 20. Can't Help Falling In Love (Closing Riff).
Pablo Aluísio.
sábado, 15 de outubro de 2005
Elvis Presley - FTD In a Private Moment / The Jungle Room Sessions
FTD In a Private Moment
Dando prosseguimento com a análise da coleção FTD (Follow That Dream) chegamos nesse terceiro CD do selo. Não é um título indicado ao ouvinte eventual da obra de Elvis Presley, isso porque se trata de uma compilação de gravações caseiras realizadas por Elvis ao longo de sua vida. Como se sabe existiam aparelhos eletrônicos chamados gravadores que foram muito populares nas décadas de 1960 até mais ou menos meados dos anos 1980. Com eles e com uma simples fita k-7, que era vendida em qualquer supermercado, era possível realizar gravações caseiras, muitas sem qualidade sonora nenhuma, é bom reconhecer, mas que se tornavam divertidas de ouvir depois.
Elvis adquiriu logo um aparelho desses - e de outras tecnologias disponíveis na época também - e começou assim a gravar pequenos registros dele cantando ao lado de amigos ou sozinho em casa. Muitas vezes ele queria apenas ouvir como andava sua voz! É justamente isso que esse CD traz ao ouvinte. Grande parte foi gravado quando Elvis estava no exército, na Alemanha, em fins dos anos 1950, mas os registros vão além, chegando até 1966, quando Elvis promovia animadas reuniões em sua casa em Malibu. Ao lado de amigos, acompanhado muitas vezes apenas de um violão, ele soltava a voz! Não se trata de, como eu já frisei, material para todos os tipos de público. É algo bem específico e deve ser ouvido com uma determinada mentalidade, que entenda seu valor histórico, ao mesmo tempo que ignora a falta de uma melhor qualidade sonora. Agindo assim você certamente ficará encantado com os registros de muitas canções que inclusive nunca foram gravadas oficialmente por Presley em estúdio ao longo de sua carreira.
FTD The Jungle Room Sessions
Esse foi o quarto título do selo FTD. Para muitos fãs continua sendo um dos melhores de toda a coleção. Não lhes tiro a razão. Foi o primeiro a trazer material inédito dos anos 1970, justamente de sua última sessão de gravação, realizada na "sala das selvas" em Graceland. Além da riqueza das gravações em si o registro serviu também para demonstrar que essas sessões não foram realizadas com um Elvis melancólico, depressivo, caindo pelos cantos de tristeza, como foi escrito em várias biografias. Certamente Elvis enfrentava adversidades em sua vida, mas o que ouvimos aqui é um Elvis bem distante do quadro negro que muitas vezes foi pintado.
Ele na verdade está brincalhão, contando piadas, rindo e se divertindo ao lado de sua banda. Na verdade Presley não parece levar nada muito à sério. Mesmo assim o resultado artístico dessas gravações surpreende pela excelente qualidade, tanto pelos registros em si como da escolha de repertório, muito bem selecionado e executado. Além de tudo isso o CD ainda traz as sessões limpas, sem os os instrumentos adicionais que o produtor Felton Jarvis adicionou nos discos oficiais que chegaram ao mercado na época. Antes do lançamento se especulou bastante sobre a existência de faixas inéditas, mas no geral o CD só trouxe mesmo "There´s A Fire Below" nesse sentido, e mesmo assim apenas instrumental, pois Elvis não chegou a colocar sua voz nela. Então é isso. Certamente um dos dez mais relevantes títulos da FTD e um item obrigatório na coleção dos fãs de Elvis.
FTD The Jungle Room Sessions - Bitter They Are, Harder They Fall (alt. takes 2-5) She Thinks I Still Care (alt. take 2A) The Last Farewell (alternate take 2) Solitaire (alt. take 3) I'll Never Fall In Love Again (alt. take 5) Moody Blue (alt. take 3) For The Heart (alt. take 2 & 3) Hurt (alt. take 3) Danny Boy (alt. take 8) Never Again (alt. take take 11) Love Coming Down (alt. take 2 ) Blue Eyes Crying In The Rain (alt. take 2) Graceland Session Oct.29-30,1976 It's Easy For You (alt. take 1) Way Down (alt. take 2) Pledging My Love (un-edited master) He'll Have To Go (rough mix-master) Fire Down Below (instrumental track only) America.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - FTD Burbank '68 / FTD Out In Hollywood
FTD Burbank '68
Esse foi o primeiro CD dessa maravilhosa coleção FTD (Follow That Dream). Se você é fã de Elvis Presley os títulos dessa série são simplesmente essenciais e obrigatórios. Não tem como deixar de lado. Além de trazer shows inéditos a coleção ainda revitalizou os álbuns clássicos e as trilhas sonoras, criando um panorama absolutamente completo sobre a discografia de Elvis Presley. Nesse aqui o foco se desloca para o NBC TV Special realizado em 1968. Como se sabe esse programa de TV acabou salvando a carreira de Elvis, mostrando a ele e ao Coronel Parker que havia chegado a hora de deixar Hollywood para voltar aos palcos novamente.
Dito isso, temos também que lembrar que infelizmente essas sessões de gravações não foram tecnicamente bem realizadas pela RCA. Havia uma certa dúvida se as gravações do show do especial seriam lançadas em disco ou não na época - e talvez por essa razão nenhum registro dessas canções são bem realizadas do ponto de vista puramente técnico. Nem o álbum original em vinil (que saiu em mono) conseguiu ter boa qualidade sonora. Mesmo assim, com esses eventuais problemas, ter a oportunidade de ouvir e ver Elvis cantando novamente ali, ao lado do público, não tem preço. Em relação a esse CD o conteúdo se concentra basicamente nos ensaios realizados no dia 25 de junho e no show feito no dia 29. Grande parte desse material era inédito quando chegou nas lojas, causando um grande alvoroço entre os fãs de Presley. Material muito bom e histórico.
FTD Burbank '68 - Danny Boy / Baby What You Want Me To Do / Love Me / Dialogue with Steve Binder / Lawdy Miss Clawdy / One Night / Blue Christmas / Baby What You Want Me To Do / When My Blue Moon Turns To Gold Again / Blue Moon Of Kentucky / Elvis dialogue (no 2) / Heartbreak Hotel / Hound Dog / All Shook Up / Can't Help Falling In Love / Jailhouse Rock / Don't Be Cruel / Love Me Tender / Blue Suede Shoes / Trouble/Guitar Man / If I Can Dream (Vocal overdub take 3, June 30) / Let Yourself Go (Instrumental).
FTD Out In Hollywood
Segundo lançamento do selo FTD. Já tive a oportunidade de escrever um longo review sobre esse CD. Como o próprio nome sugere o foco dessa vez é em cima das trilhas sonoras de Elvis dos anos 1960, ou melhor dizendo, dos takes alternativos de sessões de filmes diversos gravados por Presley nesse período de sua vida. Material que ficou pelo chão da sala de edição na composição dos álbuns oficiais e originais. Assim o ouvinte irá desfrutar de canções retiradas de produções como "O Seresteiro de Acapulco", "Garotas, Garotas e Mais Garotas", "Talhado Para Campeão", "Minhas Três Noivas", "Entre a Loira e a Ruiva", etc, etc.
Os takes soavam interessantes na época do lançamento porque a maioria deles era inédita na ocasião. Hoje em dia esse título está superado pela simples razão de que o próprio selo FTD iria lançar nos anos seguintes CDs individuais para cada trilha sonora específica. Ora, aqui temos apenas um aperitivo, uma coletânea de takes alternativos de lançamentos avulsos que seriam completados depois com a íntegra das sessões. No geral vale como uma descompromissada audição, caso você não queira ser tão específico com os lançamentos que vieram depois dele.
FTD Out In Hollywood
1: Mexico (take 7) 2: Cross My Heart And Hope To Die (take 6) 3: Wild In The Country (take 11) 4: Adam And Evil (take 16) 5: Lonely Man (take 4) 6: Thanks To The Rolling Sea (take 3) 7: Where Do You Come From (take 13) 8: King Of The Whole Wide World [M7-version] (take 3) 9: Little Egypt (take 21) 10: Wonderful World (take 7) 11: This Is My Heaven (Vocal overdub take 4) 12: Spinout (take 2) 13: All That I Am (take 2)14: We'll Be Together (take 10) 15: Frankie And Johnny (take 1) 16: I Need Somebody To Lean On (take 8) 17: The Meanest Girl In Town (take 9) 18: Night Life (take 3) 19: Puppet On A String (take 7) 20: Hey Little Girl (take 1, 2) 21: Edge Of Reality (take 6) 22: Baby I Don't Care (Vocal overdub take 6).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de outubro de 2005
Elvis Presley - Am I Ready
Cantor: Elvis Presley
Música: Am I Ready
Compositores: Sid Tepper / Roy C. Bennett
Álbum: Spinout
Selo: RCA Victor
Data de Gravação: 16 de fevereiro de 1966
Produção: George Stoll
Engenheiro de Som: Dave Weichman
Local de Gravação: Radio Recorders, Hollywood
Músicos:
Elvis Presley (vocal) / Scotty Moore (guitarra) / Tiny Timbrell (guitarra) / Tommy Tedesco (guitarra) / Bob Moore (baixo) / Murrey "Buddy" Harman (bateria) / D.J. Fontana (bateria) / Floyd Cramer (piano) / Homer "Boots" Randolph (sax) / The Jordanaires: Gordon Stoker, Hoyt Hawkins, Neal Matthews e Ray Walker (vocais).
Comentários:
Bela balada de um disco um pouco irregular. Eu sempre digo que não gosto da sonoridade dessa trilha sonora. O som ficou diferente, a qualidade sonora não foi das melhores. Parece que o produtor das sessões, George Stoll, estava tão apressado em finalizar as gravações que deslizou nesses aspectos mais técnicos. Já a performance de Elvis nessa música em particular foi muito boa. Ele aqui repetiu um estilo vocal que sempre me agradou e que ficou muito evidenciado em discos como "Something For Everybody" e até mesmo "Pot Luck". A mesma suavidade, a mesma linha harmônica muito agradável aos ouvidos. Dentro da coleção das canções de "Spinout" essa é seguramente uma das melhores faixas do disco.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 13 de outubro de 2005
Elvis Presley - A Mess of Blues
Cantor: Elvis Presley
Música: A Mess of Blues
Compositores: Doc Pomus / Mort Shuman
Álbum: Elvis Golden Records vol.4
Selo: RCA Victor
Data de Gravação: 21 de março de 1960
Produção: Steve Sholes / Chet Atkins
Engenheiro de Som: Bill Porter
Local de Gravação: RCA Studio B, Nashville, Tennessee
Músicos:
Elvis Presley (vocais e guitarra), Hank Garland (guitarra), Scotty Moore (guitarra), Chet Atkins (guitarra e arranjos), Bob Moore (baixo), D.J. Fontana (bateria), Murrey "Buddy" Harman (bateria), Floyd Cramer (Piano), The Jordanaires (vocais).
Comentários:
Essa canção fez parte das primeiras sessões de gravação de Elvis após ele retornar para os Estados Unidos. Seu serviço militar na Alemanha estava concluído e ele agora poderia voltar para sua carreira. Nessa mesma noite Elvis ainda gravaria "Stuck on You", "Fame and Fortune" e "It Feels So Right". Era material para ser usado em singles futuros, mas a RCA resolveu segurar "A Mess of Blues" por mais alguns meses. A faixa não saiu no disco "Elvis is Back!" e nem em um single próprio como lado A. Ao invés disso a música ficou algum tempo arquivada para só depois aparecer como lado B do single "It´s Now Or Never", o compacto mais vendido de Elvis durante os anos 60. Só alguns anos depois é que finalmente a RCA Victor a colocou em um álbum, o quarto da série "Elvis Golden Records". Corria na ocasião o ano de 1968. É um belo blues, com levada pop e excelente arranjo. É interessante chamar a atenção para o fato de que pela primeira vez o guitarrista Chet Atkins foi creditado como produtor de uma sessão de Elvis, ao lado de Steve Sholes. Algo merecido, pois o músico realmente embelezou as gravações. Incorporando novos instrumentos e membros na banda de acompanhamento de Elvis. O resultado ficou realmente excelente.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de outubro de 2005
Elvis Presley - America The Beautiful
Cantor: Elvis Presley
Música: America The Beautiful
Compositores: Katherine Lee Bates / Samuel Augustus Ward
Álbum: Elvis in Concert
Selo: RCA Victor
Data de Gravação: 13 de dezembro de 1975
Produção: Felton Jarvis, Elvis Presley
Engenheiro de Som: Felton Jarvis
Local de Gravação: Las Vegas, Nevada
Músicos:
Elvis Presley (vocais), James Burton (guitarra), John Wilkinson (guitarra), Charlie Hodge (violão), Jerry Scheff (baixo), Ronnie Tutt (bateria), David Briggs (piano), The Sweet Inspirations (vocais), J.D Sumner, The Stamps (vocais), Kathy Westmoreland e Sherril Nielsen (vocais), Joe Guercio (maestro), Joe Guercio Orquestra.
Comentários:
"America The Beautiful" é uma música tradicional, patriótica, escrita no século XIX. Dentro da discografia oficial de Elvis só chegou ao mercado através de um single que fez parte do lançamento em conjunto com o álbum "Elvis in Concert". O Lado A vinha com "My Way" e o lado B trazia "America The Beautifull". Curiosamente a faixa ao vivo não foi incluída no disco original de 1977, sendo apenas um plus para os colecionadores que compraram o compacto. Também chama a atenção o fato de que Elvis a cantou muito no bicentenário da independência dos Estados Unidos, em 1976, porém sempre sendo ignorado por sua gravadora. Só depois da morte de Elvis é que finalmente uma versão ao vivo foi incluída nesse compacto simples, sem muita promoção. Parece que a gravadora de Elvis não tinha muita intenção de usar a canção (ou hino) nos discos de Presley na época. A razão? Bom, apenas os executivos poderiam explicar essa decisão. Anos depois, em 2001, no auge da explosão de patriotismo que tomou conta dos Estados Unidos após os atentados terroristas de 11 de setembro, a música voltou a ser relançada em um novo single, dessa vez com "If I Can Dream" como lado B. A capa trazia um Elvis jovial, sorridente, com uma enorme bandeira dos Estados Unidos como pano de fundo. Demorou, levou décadas, mas finalmente a canção teve seu lugar de destaque dentro da discografia de Elvis Presley. Antes tarde do que nunca. Ele certamente teria gostado disso.
Pablo Aluísio.