sábado, 4 de setembro de 2004

Poemas Brancos - Parte VIII

 
Poemas Brancos: Ribeirão, da minha infância feliz

Ribeirão, da minha infância feliz
Ribeirão dos anos 70, do frio no bosque
Do grande tapete estendido na sala
Das grandes janelas de vitral, com cortinas brancas
Da casa com decoração de pedras, da árvore na frente
Do quintal das brincadeiras, dos porquinhos da Índia

Ribeirão, da minha infância feliz
Das grandes rampas dos corredores da escola
Da bola oficial do futebol, dos times de botão
Dos brinquedos, dos bonecos Playmobil, do fusca vermelho
Do Falcon mergulhador, dos desenhos animados na TV

Ribeirão, da minha infância feliz
Das piscinas do Ipanema, dos mergulhos divertidos
Dos circos itinerantes nas tardes de domingo
Das brincadeiras no pátio da escola
Dos amiguinhos de infância, do primário do Musa

Ribeirão, da minha infância feliz
Dos discos de vinil dos Beatles
Da música discoteca, da Rita Lee, Do Dancing Day´s, do Abba

Ribeirão, da minha infância feliz
Dos hotéris e dos restaurantes de noite
Dos passeios de bicicleta na praça, dos jogos de Star Wars
Da felicidade de uma criança

Pablo Aluísio. 

Poemas Brancos - Parte VII


Acabei com minha vida, disse ela!

Acabei com minha vida, disse ela!
Disse no alto de seus mais de oitenta anos
Olhou para trás, para o passado, não gostou do que viu
Foi esposa e mãe, dona de casa, mulher direita
E não gostou do que viu!

Acabei com minha vida, disse ela!
Disse que deveria ter curtido mais a sua vida
Ter ido em mais festas, namorados mil
Aos 80, com casa própria e vida confortável
Mas nao gostou do que viu!

Acabei com minha vida, disse ela!
A futilidade de uma mente vazia não tem idade
A adolescência aos 80 anos existe mesmo, viu!

Acabei com minha vida, disse ela!
As areias do tempo se foram, falta pouco
A vida passou, se foi, e ela não gostou do que viu!

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 3 de setembro de 2004

Poemas Brancos - Parte VI

Poesia Flaviana
Paixão escolar, paixão da juventude...
Loira dos poemas, nativa do mundo real
Cor de pele que nunca negou suas origens
Da selva vieste, conquistando meu coração selvagem...
Nunca nos deitamos, como eu gostaria que tivesse acontecido...

Gostaria de tê-la feito minha mulher...
Deitada em lençóis brancos, cor da ilusão
Eu teria coberto você com todo o carinho
Mas não deu, embora eu tenha tentado...
A vida tem seus próprios caprichos, lamentável

Eu me lembro de seu rosto e de suas feições...
De seu corpo bem delineado, do olhar miúdo 
Das calças colegiais que iam do paraíso, ao meio caminho...

Eu me recordo de seu rabo de cavalo...
De sua pele perto da minha, adoraria ter você
Nunca adentrei, gostaria de retornar um dia ao passado...

Pablo Aluísio. 

Poemas Brancos - Parte V


Simplesmente Val...
Val de mil novecentos e noventa e seis...
Onde andarás, onde rebolarás?
Vives ainda ou já morreste?
Vermes lhe comeram ou vermes ainda te comem?
Era Eva ou eras Adão?

O Olhar e as pernas eram do panteão das deusas...
O sorriso era sincero, plebe por natureza
A pele de marfim, o cabelo de Ogum...
Caminhos machucados pelo labor
Fostes mulher de muitos homens ou homem de muitas mulheres?

Como eu gostaria de ter tido você em meu leito...
Embora soubesse que seu panteão era farto
Teria feito carinho, entrado em suas entranhas

O gozo seria eterno, ainda hoje banhas meus sonhos do Eros...
Eu ainda lembro de suas vestes vermelhas
E suas pernas eternas, que ainda embalam meus sonhos inconfessáveis

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 2 de setembro de 2004

Poemas Brancos - Parte IV

 Poema Livre

Area livre de todo o preconceito
Area livre de toda a gente tóxica
Area livre para ser feliz
Area livre para a paz espiritual
Area para que te quero livre

Uma semente de paz 
Trazida por uma bela pomba branca
Semeia o campo
Que é o meu coração humano
Sou fugaz, sou breve, mas também sou livre

Poema livre de todas as amarras
Poeminha livre de todas as regras
A única regra é ser feliz e ter paz interior

Porque nossa vida é breve
Estaremos aqui por pouco tempo
Os nossos átomos livres é que serão eternos
Navegando pelo cosmos de forma infinita, livres para sempre

Pablo Aluísio. 

Poemas Brancos - Parte III

Soneto da Chuva
Mundo fechando, chuva chegando
Ar puro, clima lindo, medo da chuva!
A chuva que embeleza é a mesma que mata!
A chuva que traz vida, também traz a final cartada!

Mundo escuro, quarto escuro
Na sala, tecnologia da loucura
Muita gente fanatizada, no duro!
Quem era são, virou insano, loucura dominando o mundo!

E a bela casa no barranco pode deslizar...
E todos os sonhos de seguridade, desabar...
Vai chorar? Vai reclamar? O mundo é de barro!

Esse Deus só existe no papel...
Estamos todos à mercê do verdadeiro deus, o caos!
O resto é a esperança, que nunca virá!

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de setembro de 2004

Poemas Brancos - Parte II

 
Eu não tenho saudades...

Eu não tenho saudades...
O que passou, passou...
Teve seu lugar na história e agora é passado
Também não houve assim pessoas tão marcantes
Havia muita toxicidade em pessoas que eu não via

Eu não tenho saudades...
Das duras rotinas, das duras disciplinas
A maioria dos tais líderes não passavam de idiotas
Gente de má índole, gente despreparada
Fingindo ser o que não eram na realidade...

Eu não tenho saudades...
Dos amigos falsos, dos invejosos disfarçados
Das falsas lindas garotas, mulheres em devassidão

Eu não tenho saudades...
Da irmandade tóxica e traiçoeira
Das paixões que eu felizmente nunca vivi... pois teria sido pior! 

Pablo Aluísio.

Poemas Brancos - Parte I

 
Eis a única razão...

Por que eu devo me sacrificar?
Por gente que não merece o sacrificio
Por que eu devo sofrer?
Por pessoas que não merecem esse sofrimento 
Por que não desistir da luta?

Por que eu devo procurar por respeito?
De gente que não me respeita
De gente que eu não respeito
Por que se importar com a opinião
De pessoas que não valem a pena?

Por que eu deva me importar
Com o que pensam de mim?
Se o mais importante é o que eu penso de mim!

Por que eu devo seguir em frente, na luta?
Por gente que não merece que eu lute por eles
Simplesmente pela minha consciência e respeito próprio, eis a única razão!

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 1 de junho de 2004

Greek

Greek
Eu havia me formado há pouco tempo e ainda estava com aquela cultura universitária quando Greek chegou ao mercado de séries. Ela foi exibida originalmente no canal abc family nos Estados Unidos. Esse canal a cabo (que não sei se ainda existe) passava programas bem na linha family friendly. Só que acabei assistindo a série no modo virtual mesmo. Essa foi uma das séries que vi do primeiro ao último episódio. Fiquei pasmo dia desses ao perceber que ela havia chegado ao final em 2011! (sendo que seu primeiro episódio foi exibido em 2007). Meu Deus, como o tempo voa, é inacreditável! De repente passa uma década e você nem percebe que o tempo voou desse jeito!

Enfim, a série mostrava uma série de personagens que estavam entrando na universidade. E sua vida no campus era o mote principal dos episódios. Era a vida de jovens universitários! Esse elenco era bem interessante e muitos desses atores pensei que iriam estourar mais cedo ou mais tarde, só que nunca mais vi essa galera em lugar nenhum! Uma pena! 

No geral os personagens eram arquétipos mesmo. Havia os nerds, os bonitões do time de futebol, as gatinhas loiras, o cara largado, meio bagunceiro, de fraternidade. Esse era o esquema mesmo dos roteiros. E funcionava. Era soft, nada na linha pesada, mas eu cheguei a curtir na época, caso contrário não teria assistido a todos os episódios, claro! 

É isso, em um tempo em que eu já estava com saudades da minha vida na universidade eu pude sentir, mesmo que por pouco tempo, mais um pouco daquele gostinho daqueles bons tempos. Tantos sonhos no horizonte! Sinto saudades até hoje! Assim deixo aqui meu registro de uma série que mesmo sendo bem bobinha, marcou, de uma maneira ou outra, uma fase da minha vida! 

Pablo Aluísio. 

Deep Space Nine

Título no Brasil: Deep Space Nine 
Título Original: Deep Space Nine 
Ano de Lançamento: 1993 a 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount
Direção: David Livingston, Les Landau
Roteiro: Rick Berman, Rick Berman
Elenco: Avery Brooks, Rene Auberjonois, Cirroc Lofton

Sinopse:
Deep Space Nine é uma estação espacial nos confins do universo. Ela fica ao lado de um verdadeiro atalho cósmico, um ponto de ida e vinda dos mais distantes locais do cosmos. E nessa estação também vai parar os mais diversos tipos, desde heróis até criminosos procurados em inúmeros planetas. 

Comentários:
Assistia na época em que estava sendo exibida. Das séries da franquia Star Trek (Jornada nas Estrelas) daqueles tempos (anos 90) essa era a menos prestigiada. Tipo Patinho Feio mesmo. Eu nunca fui grande fã, mas assistia quando não havia nada melhor pra ver. O problema dessa série, em meu ponto de vista, é que ela não se passava em uma nave espacial, mas sim em uma estação espacial parada, ao lado de um buraco de minhoca (se minha memória não está me traindo). Assim os quesitos aventura e exploração espacial do universo profundo não eram muito bem trabalhados. Alguns episódios, por essa razão, eram bem chatos. E hoje fico admirado dessa série meio chocha ter durado tanto tempo! Pois é, a televisão dos anos 90 não era tão diversificada como nos tempos atuais. 

Pablo Aluísio.