sábado, 3 de junho de 2000

O Exterminador

Título no Brasil: O Exterminador
Título Original: The Exterminator 
Ano de Lançamento: 1980 
País: Estados Unidos 
Estúdio: Interstar Pictures 
Direção: James Glickenhaus 
Roteiro: James Glickenhaus 
Elenco: Robert Ginty, Samantha Eggar, Christopher George, Steve James, Tony DiBenedetto, Dick Boccelli 

Sinopse:
John Eastland, veterano da Guerra do Vietnã, retorna a Nova York e descobre que seu amigo Michael Jefferson foi brutalmente atacado por criminosos de rua e ficou paralisado. Tomado pela dor e indignação, John decide assumir o papel de vigilante — “O Exterminador” — usando habilidades de combate e armas para caçar criminosos que o sistema legal parece incapaz de controlar. Enquanto limpa as ruas com violência, ele entra em conflito com a polícia, agentes do governo e dilemas morais que surgem ao cruzar os limites da lei em busca de justiça.

Comentários:
Não vá confundir com "O Exterminador do Futuro" que já é um clássico moderno. Esse filme aqui é apenas um trash movie dos anos 80, com muitos socos, tiros e carros explodindo, mas que no final das contas não tem nada muito além disso para oferecer. Lançado em 1980 nos cinemas, mal chegou a chamar alguma atenção. Depois com o surgimento do mercado de vídeo VHS acabou sendo lançado sem sucesso em nossas locadoras. Só indicado para "trasheiros" inveterados! Direção de James Glickenhaus. O elenco contava com Samuel L. Jackson que só iria ficar mais famoso anos depois desse filme genérico de ação. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 2 de junho de 2000

Fuga Mortal

Título no Brasil: Fuga Mortal
Título Original: Joshua Tree
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: LIVE Entertainment
Direção: Vic Armstrong
Roteiro: Steven E. de Souza, Don Jakoby
Elenco: Dolph Lundgren, George Segal, Kristian Alfonso, Geoffrey Lewis, Ken Foree, Matt Battaglia

Sinopse:
Eddie Lomax, um ex-piloto de corrida e ladrão de carros, é condenado injustamente por um crime que não cometeu. Após escapar de uma prisão de segurança máxima, ele tenta provar sua inocência enquanto é perseguido implacavelmente pela polícia e por criminosos ligados a um poderoso esquema de corrupção. Durante a fuga, ele faz refém uma policial, Rita, que acaba descobrindo a verdade e se torna sua aliada. Juntos, enfrentam perseguições explosivas e confrontos mortais em meio ao deserto americano.

Comentários: 
Depois de Rocky IV, o brutamontes Dolph Lundgren emplacou uma série de filmes de ação, meras produções B, muitas delas lançadas diretamente no mercado de vídeo VHS. Essa é uma delas, lançada em 1993, com direção de Vic Armstrong. Nesse filme o musculoso loiro interpreta um fugitivo da prisão. Ele foi preso injustamente e agora quer vingança contra o homem que o colocou nessa armadilha penal e potencialmente mortal. E na fuga ele acaba fazendo de refém uma policial, o que não vai lhe ajudar em nada na sua busca por justiça e vingança. Filme originalmente intitulado de "Joshua Tree". 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 2 de maio de 2000

Já Não Se Faz Amor Como Antigamente

Título no Brasil: Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
Título Original: Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
Ano de Lançamento: 1976
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Anselmo Duarte, Adriano Stuart, John Herbert
Roteiro: Adriano Stuart, John Herbert
Elenco: Joffre Soares, Sandra Bréa, Carlos Eduardo Dolabella, Rosana Tapajós, Lúcia Alves, Anselmo Duarte

Sinopse:
Composto por três episódios independentes, o filme é uma comédia que retrata, com humor e ironia, diferentes formas de relacionamento amoroso no Brasil dos anos 1970. Cada história aborda situações que revelam mudanças de comportamento, conflitos de gerações e os contrastes entre romantismo e liberdade sexual, sempre com um tom leve e crítico sobre os costumes da época.

Comentários:
Filme com uma das mais famosas gostosas das pornochanchadas brasileiras dos anos 70. Estou me referindo à Matilde Mastrangi, uma bela mulher. O filme foi lançado em 1976 e foi dirigido por Anselmo Duarte. Não deixa de ser uma grande surpresa ver o cineasta de "O Pagador de Promessas" envolvido em uma produção popularesca como essa! De qualquer forma, só ele poderia explicar porque se envolveu com algo desse nível. De qualquer forma vale o registro do cinema brasileiro sendo bem picante em plena ditadura militar! O elenco ainda trazia Lucélia Santos, John Herbert, Laura Cardoso, Vera Gimenez e até o Chacrinha! Quem poderia imaginar...

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de maio de 2000

O Trapalhão na Ilha do Tesouro

Título no Brasil: O Trapalhão na Ilha do Tesouro
Título Original: O Trapalhão na Ilha do Tesouro
Ano de Lançamento: 1975
País: Brasil
Estúdio: Herbert Richers
Direção: J.B. Tanko
Roteiro: Victor Lima, J.B. Tanko
Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Manfried Sant’Anna (Mussum), Antônio Carlos (Zacarias), Milton Moraes, Edson Silva

Sinopse:
Inspirado livremente no clássico romance A Ilha do Tesouro, o filme acompanha Didi e seus amigos trapalhões em uma divertida e atrapalhada caçada por um tesouro escondido em uma ilha misteriosa. Enfrentando piratas, vilões gananciosos e muitas confusões, o grupo embarca em uma aventura cheia de humor, música e situações cômicas típicas do quarteto mais querido do cinema brasileiro.

Comentários: 
Sim, eu fui criança nos anos 70, então me lembro perfeitamente desse filme. Esse é aquele tipo de produção nacional que só fazia sentido dentro do contexto daquela época. Revendo hoje em dia ficamos pasmos como um filme tão ruim e mal produzido fazia tanta bilheteria nos cinemas. É algo inegável, os filmes dos Trapalhões lotavam as salas de cinemas por todo o país, fazendo a festa dos donos desses estabelecimentos comerciais. Pena que hoje em dia sejam tão fracos numa revisão. Era um cinema muito popular, mas que não resistiu ao tempo. Assim não há como negar, não era um bom cinema nacional. Era comercialmente bem sucedido e apenas isso. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 5 de abril de 2000

Se Versalhes Falasse...

Título no Brasil: Se Versalhes Falasse
Título Original: Si Versailles m'était conté…
Ano de Lançamento: 1954
País: França
Estúdio: Gaumont
Direção: Sacha Guitry
Roteiro: Sacha Guitry, Jean Aurenche
Elenco: Sacha Guitry, Claudette Colbert, Michel Auclair, Gérard Philipe, Jean Marais, Micheline Presle

Sinopse:
O filme percorre três séculos da história da França, contados a partir das paredes do lendário Palácio de Versalhes, que “fala” e testemunha os acontecimentos mais marcantes do reinado de Luís XIV até a Revolução Francesa. Misturando drama, humor e romance, a narrativa apresenta figuras históricas como Madame de Pompadour, Luís XV, Maria Antonieta e Luís XVI, mostrando intrigas, paixões e conspirações que marcaram a corte francesa.

Comentários: 
Na direção desse filme temos um dos mais respeitados diretores da história do cinema europeu, Sacha Guitry. Com inteligência e até bom humor ele praticamente fez um guia do famoso palácio francês, passeando por sua história. Foi uma produção luxuosa, se tornando o filme francês mais caro da época, contando com centenas de figurantes, figurinos luxuosos e filmagens em locações reais dentro do Palácio de Versalhes. O elenco também era o melhor do cinema francês quando o filme foi realizado. Reuniu alguns dos maiores atores franceses da década de 1950 como Gérard Philipe, Jean Marais e Claudette Colbert (estrela de Hollywood que retornava à França após anos de carreira nos EUA). Do ponto de vista histórico o roteiro não foi lá muito fiel aos fatos, preferindo optar por apresentar uma visão mais irônica daquele passado. E isso definitivamente não se revela um defeito do filme, muito pelo contrário. O filme fez muito sucesso de bilheteria na França e foi muito elogiado pela crítica, chegando a ser indicado ao prestigiado prêmio BAFTA na categoria de de Melhor Filme.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 3 de abril de 2000

A Lenda de Enéas

Título no Brasil: A Lenda de Enéas
Título Original: La leggenda di Enea
Ano de Lançamento: 1962 
País: Itália, França, Iugoslávia 
Estúdio: Mercury Films 
Direção: Giorgio Venturini
Roteiro: Ugo Liberatore, Albert Band 
Elenco: Steve Reeves, Carla Marlier, Giacomo Rossi Stuart, Liana Orfei, Gianni Garko, Mario Ferrari 

Sinopse:
Após a queda de Troia, Enéas lidera os sobreviventes troyanos em direção à Itália, buscando fundar uma nova pátria. Chegando ao Lácio, ele tenta negociar com o rei Latino para se estabelecer com seu povo, mas enfrenta oposição de Turno, rei dos Rutuli, que vê nos recém-chegados uma ameaça. Conflitos, intrigas e batalhas se desenrolam enquanto Enéas luta para cumprir seu destino, enfrentar inimigos, conquistar o amor de Lavínia e estabelecer paz em meio ao caos. 

Comentários:
Mais um filme com o brutamontes Steve Reeves. O cinema italiano estava a todo vapor na época. O que me chamou mais atenção nesse filme é a direção de arte. As armaduras, por exemplo, são bem diferentes. Não se parecem em nada com outros filmes da época. E de beleza na arte, vamos convir, os italianos sabiam tudo. Desde a era da renascença é bom lembrar. O filme era inspirado em um clássico do mundo antigo, na Eneida de Virgílio, o épico romano, adaptando seu enredo mitológico para o cinema de aventura. Steve Reeves, ícone do gênero por sua presença física e músculos, interpretou Enéas. Outros nomes do elenco traziam Giacomo Rossi Stuart (como Eurialo), Liana Orfei (como Camilla), Gianni Garko (como Turno) e Carla Marlier (como Lavínia). A Trilha sonora era de autoria do compositor Giovanni Fusco e a direção de arte foi do talentoso Angelo Lotti, contribuindo para a atmosfera épica e visual grandioso típico do gênero. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 2 de abril de 2000

O Diabo Branco

Título no Brasil: O Diabo Branco
Título Original: Agi Murad il diavolo bianco
Ano de Lançamento: 1959 
País: Itália, Iugoslávia 
Wikipedia
Estúdio: Majestic Films 
Direção: Riccardo Freda 
Roteiro: Lev Tolstoy, Gino De Santis 
Elenco: Steve Reeves; Giorgia Moll; Scilla Gabel; Renato Baldini; Gérard Herter; Milivoje Živanović 

Sinopse:
Agi Murad, um chefe tchetcheno no século XIX, lidera seus guerreiros contra as forças do czar russo. Ele se destaca por sua coragem e habilidade de combate, sendo conhecido como “O Diabo Branco” pelos russos devido à sua ferocidade e valentia. Em meio a conflitos, intrigas palacianas e rivalidades, Agi Murad também vive tensões pessoais, principalmente pelo amor de mulher disputada entre diferentes facções. Enfrentando traição, brutalidade militar e dilemas morais, ele luta para proteger seu povo e manter sua honra. 

Comentários: 
O filme se baseia no romance Hadji Murat, do grande e consagrado escritor Lev Tolstoy. A história retrata o famoso líder caucasiano e sua resistência contra o expansionismo russo. Outro filme de Steve Reeves rodado na Itália! O roteiro conta a história de Hadji Murad, um chefe tribal do século XIX que liderou seus guerreiros em uma luta contra as forças invasoras do czar russo. Como se pode ver nessa rápida sinopse temos uma mudança no tema dos filmes do ator. Essa produção chamada originalmente de " Agi Murad il diavolo bianco" foi lançada nos Estados Unidos com o nome de White Warrior e dividiu opiniões, o que era esperado, pois se vivia a Guerra Fria em todo o seu apogeu. O filme foi todo rodado em regiões montanhosas da Itália e Iugoslávia, aproveitando locações externas para reforçar a ambientação histórica das montanhas do Cáucaso. O resultado ficou muito bom e trouxe uma bela fotografia para o filme como um todo. O filme acabou misturando diversos elementos populares da época, como aventura, romance, ação e rivalidade política. O público gostou bastante do que viu nos cinemas.

Pablo Aluísio. 

Hércules e a Rainha da Lídia

Título no Brasil: Hércules e a Rainha de Lídia
Título Original: Ercole e la regina di Lidia 
Ano de Lançamento: 1959 
País: Itália, França
Estúdio: Galatea Film
Direção: Pietro Francisci 
Roteiro: Ennio De Concini, Pietro Francisci 
Elenco: Steve Reeves, Sylva Koscina, Sylvia Lopez, Mimmo Palmara, Sergio Fantoni, Gabriele Antonini 

Sinopse:
Após cumprir suas lendárias façanhas, o herói Hércules (Steve Reeves) viaja em missão diplomática com o príncipe Ulysses para a cidade de Tebas. No caminho, Hércules bebe de uma nascente que faz perder sua memória e acaba preso aos caprichos da rainha Omphale, soberana de Lídia. Enquanto luta para recuperar sua identidade e voltar à missão, ele também intervém numa guerra civil entre os irmãos Polinices e Etéocles pelo trono de Tebas, enfrenta desafios fantásticos e tenta salvar sua esposa Iole, tudo em meio a batalhas, traições e encantamentos. 

Comentários: 
Segundo filme do Steve Reeves como o herói e semideus da mitologia grega, o lendário Hércules! A história é bem interessante: Enquanto negocia a paz entre dois irmãos que disputam o trono de Tebas, um Hércules amnésico é seduzido pela malvada Rainha Onfale. Essa é uma produção entre Itália e França, lançada bem no auge da popularidade dos filmes épicos italianos. Esse tipo de filme era chamado na época de “péplum” (no Brasil, “espada e sandálias”). O diretor de fotografia desse filme, Mario Bava, se tornaria anos depois bastante conhecido por dirigir filmes italianos clássicos de terror. O roteiro também era bem interessante, colocando lado a lado elementos da mitologia original com inovações cinematográficas para o público que ia aos cinemas. O resultado comercial foi excelente, se tornando um dos filmes italianos de melhor bilheteria naquele ano. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 2 de março de 2000

Minha Vida de Cinéfilo - Texto II

Minha Vida de Cinéfilo - Texto II
Eu tenho a opinião de que quem viveu os anos 80 viveu também o auge da paixão por filmes e cinema. A era do Vídeocassete explodiu então todo mundo queria consumir filmes e filmes. Meus amigos na escola falavam sobre cinema, minha turma era muito ligada na sétima arte! Era um clima bem diferente dos dias de hoje. Havia muitas publicações de revistas no Brasil. Provavelmente a primeira revista de cinema que comprei na minha vida foi a Cinemin. Era uma boa revista, com muitas matérias interessantes. Uma revista de formato grande, que era até ruim de colecionar por isso! O papel de dentro era preto e branco, mas as capas costumavam ser muito bem feitas, bonitas. Eu me recordo da capa com Aliens, o Resgate e Jogo Bruto. Tive essas duas edições e muito mais. Infelizmente as perdi com o tempo e me arrependo muito disso!

Agora, a revista de cinema da minha vida foi a Set. Era uma publicação da Abril. Que revista boa! Colecionei ao longo dos anos, da edição 1 até a última. Era um tempo bom! Nas revistas de cinema eu ficava informado sobre os novos filmes, ao mesmo tempo que ia aprendendo a cada nova leitura. Foi a minha universidade de cinéfilo. Esse é um tempo que não existe mais! Sequer existem mais bancas de revistas e jornais agora! Eu até hoje fico chocado com essa nova realidade. Adoro a internet, mas esse meio de revistas e jornais impressos não precisava ter sido varrido do mapa como foi! Em minha opinião isso foi bem trágico para a cultura de um modo em geral. 

Por volta de 1985 eu passei a ir aos cinemas todas as semanas. Se tivesse filme bom estreando, pode ter certeza que eu estava lá. O ingresso era muito barato e não havia cinema em shopping centers. Eram ainda os velhos cinemões de bairro. Os que eu frequentava ficava no centro da minha cidade. Eles se chamavam Municipal (o melhor, com os principais lançamentos do mês) e o Plaza (onde passavam os filmes de segunda categoria). Ficavam na mesma rua, com uma pequena distância entre eles. 

Como estudava pela manhã ia aos cinemas à tarde, geralmente nas segundas ou quartas (que tinha preço promocional). Foi uma época muito feliz da minha vida. Eu era jovem, estudante, adorava cinema e música, mas não o tipo de som que a garotada da minha idade curtia. Eu gostava de Rock Clássico como Elvis Presley, os Beatles, etc. Curioso, mesmo após tantos anos eu ainda tenho o mesmo gosto musical. Acho que ninguém superou esses artistas do passado! E hoje, cinquentão, fico feliz em olhar para trás e ver que eu sempre tive um excelente gosto musical. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 1 de março de 2000

Minha Vida de Cinéfilo - Texto I

Minha Vida de Cinéfilo - Texto I
Eu sempre gostei de assistir a filmes, mas nos anos 70 eu era apenas uma criança que via os filmes do Jerry Lewis e do Elvis Presley na Sessão da Tarde. Não tenho muitas lembranças desse tempo, mas eu tenho recordações vivas de ter assistido a alguns filmes como "A Fantástica Fábrica de Chocolates" e de ter amado esse filme. Até hoje a trilha sonora quase me faz chorar!

Também tenho vagas recordações de Superman I e algum filme dos Trapalhões. Não me lembro se vi no cinema mesmo! Provavelmente fui ao cinema nessa idade, bem jovem, ainda morando no interior de SP, mas o tempo apagou essa recordação. Sequer tenho lembranças das salas de cinema na cidade onde nasci! Eu não tenho lembranças, nos anos 70, de nenhum outro filme mais marcante ou de ter conhecido algum ator americano de cinema pelo nome. A minha paixão por cinema só iria surgir mesmo nos anos 80. 

Eu saí da infância provavelmente por volta de 1985. Mesma época em que começou a explodir a febre do videocassete no Brasil! A primeiro locadora que entrei ficava no centro da minha cidade. Era uma produtora de vídeo que também alugava filmes. Na época eu nem entendia direito como esse novo comércio iria funcionar. Havia fichas técnicas na parede da locadora. Daí você puxava a fichinha e lia o nome dos atores, do diretor e do elenco, além da sinopse claro. Acho que essa locadora se chamava Comvideo. 

Eu fui ter videocassete bem mais tarde. Acho que no ano de 1986. Não era um VHS, mas um Betamax! A alegria de ter um videocassete em casa ficou meio na metade, porque só havia uma locadora Betamax na minha cidade. De VHS havia dezenas de locadoras. Então eu sempre ia na locadora e saía de lá sem nada, porque os bons filmes já tinham sido alugados. Era meio complicado. Só que eu não desistia, ia quase todo dia na locadora com a farda do colégio Marista e a bolsa no ombro! 

Só que havia uma questão que eu só fui descobrir depois. O Betamax como tecnologia era melhor do que o VHS. A fita era menor, mais portátil e tinha muita qualidade. O problema é que a Sony monopolizou o Beta, então todas as outras fabricantes foram para o VHS. O egoísmo da Sony meio que destruiu seu próprio formato! 

Pablo Aluísio.